A escolha da Duilia se deve ao fato de que, além do show de cores, essa nebulosa tem de tudo: estrela “bebezinha”, estrela morrendo, pilares gasosos, ventania estelar, jatos… E é também na Carina onde encontramos uma das estrelas mais interessantes da redondeza, a Eta Carina.
Tudo indica que essa estrela é, na verdade, uma estrela binária que está dentro de uma nuvem de gás causada por miniexplosões que uma das estrelas sofreu. A Eta Carina é 5 milhões de vezes mais brilhante que o Sol e está a 7.500 anos-luz daqui. A previsão é que ela explodirá como uma supernova e fará um espetáculo no céu, só não sabemos exatamente quando.
Na nebulosa temos também WR 25, um outro sistema binário em que uma das estrelas é enorme e está passando por uma fase que chamamos de Wolf-Rayet, em homenagem aos astrônomos Charles Wolf e Georges Rayet, descobridores desse tipo de estrela. As WRs emanam um vento estelar intenso e são importantes para o enriquecimento químico do meio interestelar.
É na Carina que se encontra ainda um glóbulo famoso, apelidado de Dedo Desafiador. Esse tipo de objeto celeste é chamado de glóbulo de Bok, em homenagem ao astrônomo holandês Bart Bok, que fez a descoberta em 1940. São esses glóbulos que depois viram estrelas.
Outro lugar fantástico na nebulosa Carina é a chamada Montanha Mística. São pilares de poeira e gás que contêm a matéria-prima das estrelas. Lá tem algumas estrelas jovenzinhas que estão emitindo jatos lindos e são conhecidas como objetos do tipo Herbig-Haro, em referência aos astrônomos George Herbig e Guillermo Haro.
E para completar o show de maravilhas, essa nebulosa tem vários aglomerados estelares, como o Tumpler 14, um aglomerado de 2 mil estrelas jovens que parece uma porção de diamantes no espaço.
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