Surpreendentemente, as simulações dos astrofísicos também revelam que a Terra poderia facilmente ter sofrido o mesmo destino de Vênus. Se o nosso planeta estivesse um pouco mais perto do Sol, ou se nossa estrela brilhasse tão intensamente em sua ‘juventude’ como faz hoje, tudo seria muito diferente. Ou seja, é provável que a radiação relativamente fraca do jovem Sol é que tenha permitido que a Terra esfriasse o suficiente para condensar a água que forma nossos oceanos. Para Emeline Bolmont, professora da UNIGE, membro do PlaneS e coautora do estudo, “esta é uma reversão completa na forma como olhamos para o que há muito tempo é chamado de Paradoxo do Sol Jovem Fraco”. Se a radiação do sol fosse muito mais fraca do que hoje, teria transformado a Terra em uma bola de gelo hostil à vida. “Mas acontece que, para a Terra jovem e muito quente, esse Sol fraco pode ter sido, na verdade, uma oportunidade inesperada”, continua o pesquisador. “Nossos resultados são baseados em modelos teóricos e são um alicerce importante para responder à questão da história de Vênus”, diz o coautor do estudo David Ehrenreich, professor do Departamento de Astronomia da UNIGE e membro do NCCR PlanetS. “Mas, não poderemos decidir sobre o assunto definitivamente em nossos computadores. As observações das três futuras missões espaciais venusianas serão essenciais para confirmar – ou refutar – nosso trabalho”, explicou Ehrenreich.
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