ATIVIDADE TECTÔNICA EM MERCÚRIO: Um estudo publicado em 2016 na Nature Geoscience foi o primeiro a mostrar que Mercúrio é um planeta tectonicamente ativo, assim como a Terra. Segundo os dados analisados pelo estudo, pequenas fraturas em sua superfície comprovam isso, as quais demonstram ser jovens demais para sobreviverem visíveis sob o constante bombardeio de asteroides e meteoroides em sua superfície. Ou seja, foram produzidas por atividades tectônicas recentes. Antes, nosso planeta era considerado o único no Sistema Solar com atividade tectônica. Agora Mercúrio entra na lista, e sua atividade tectônica está em um processo concomitante com o resfriamento e contração do planeta. Em 2020, um estudo também publicado na Nature Geoscience corroborou o achado ao identificar 37 recentes estruturas vulcânicas ativas na superfície de Vênus.
NÚCLEO DE VÊNUS: Vênus é inclinado por 2,6392° em relação ao seu plano orbital (na Terra, essa inclinação é em torno de 23°); sua taxa de precessão é de 44,58 arcos por ano, o que gera um momento de inércia normalizado de 0,337. Com esses valores, o diâmetro do núcleo desse planeta é estimado em algo próximo de 3500 quilômetros - bem similar ao da Terra -, mas ainda incerto se o núcleo é líquido ou sólido .
VIDA EM VÊNUS: Evidências recentes têm sugerido a presença de significativa concentração de fosfina (PH3) na alta atmosfera Venusiana, indicando possível presença de vida microbiana. Porém, a questão ainda é controversa e longe de conclusiva. Para mais detalhes sobre o assunto, acesse: Potencial sinal de vida encontrado em Vênus
ÁGUA EM MARTE: Apesar de receber apenas 30% da atual energia da radiação solar incidente sobre a Terra e ser hoje muito frio (temperatura média superficial de ~62°C negativos) (!), Marte chegou a ter em um passado distante lagos e rios de água líquida na sua superfície; lagos persistiam no planeta por mais de 100 anos. É sugerido que um mecanismo de efeito estufa atuou há cerca de 4-3 bilhões de anos - em um cenário de clima árido e com umidade superficial relativa de ~25% - através de uma grande quantidade de nuvens de gelo em alta altitude, elevando a temperatura média anual para cerca de 265 K (~8°C negativos), o que é suficiente para permitir água líquida em lagos de baixa latitude do planeta.
(!) IMPORTANTE: Por causa da fina atmosfera e baixo potencial estufa, as temperaturas superficiais em Marte podem ser tão altas quanto 20°C e tão baixas quanto 153°C negativos dependendo da latitude, e variar de forma dramática com a altitude. Nesse último ponto, por exemplo, se você estivesse no equador do planeta ao meio-dia, a superfície atingida pelos raios solares aqueceria seus pés até 24°C e sua cabeça permaneceria bem fria (0°C).
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