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quinta-feira, 24 de março de 2016

Possível 'Mega Estrutura Alienígena' pode estar se comunicando, mas não com a Terra, afirma SETI

Vários telescópios já estão apontados para a estrela em questão. Mas o que foi captado?

mega estrutura alienigena estrela kic 8462852


Se existem civilizações alienígenas fazendo transmissões de dados ao redor de uma estrela distante, os sinais são fracos demais para serem detectados por nós aqui na Terra.

A estrela KIC 8462852 chamou a atenção do mundo em outubro de 2015, quando cientistas anunciaram evidências de escurecimento periódico de 20% ou mais, o que algumas pessoas teorizaram que seriam causados pela sombra de uma mega estrutura alienígena. No entanto, as observações de KIC 8462852 feitas por pesquisadores do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por Inteligência Extraterrestre) na Califórnia, não conseguiram até agora capturar sinais de rádio que poderiam indicar algum tipo de transmissão alienígena.

ATA telescope - SETI

"A história da astronomia nos mostra que todas as vezes que pensamos ter encontrado um fenômeno ligado a atividades extraterrestres, estávamos errados", comenta o astrônomo Seth Shostak do instituto SETI. "Mas embora seja muito provável que trata-se apenas de um comportamento estranho e natural da estrela, é prudente verificarmos os fatos para ter certeza."


"Não há evidências claras"

O telescópio espacial Kepler tem a missão de encontrar planetas em torno de estrelas distantes, através das quedas de brilho das estrelas quando seus planetas passam na sua frente. As observações feitas na estrela KIC 8462852 mostraram que ela estava escurecendo de uma maneira muito peculiar, e extremamente diferente de tudo que já vimos antes. Por conta desse escurecimento estranho, alguns astrônomos deduziram que poderia ser alguma estrutura gigantesca que passava na frente da estrela durante nossas observações.


'O Big Bang foi apenas uma miragem', afirma novo estudo

Além disso, foram propostas várias explicações naturais, incluindo a presença de um enxame de cometas que orbitam a estrela. KIC 8462852 encontra-se a 1.480 anos-luz da Terra na constelação de Cygnus (Cisne), entre as estrelas Deneb e Rukh, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866, como mostra na imagem abaixo:

localização da estrela KIC 8462852
Localização da estrela KIC 8462852 na constelação do Cisne, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866

Créditos: Wikimedia Commons / Roberto Mura

Mas considerando todas as possibilidades, a que cativou a atenção do público em geral foi a ideia de que a estrela estudada por Kepler poderia hospedar mega-estruturas alienígenas em órbita, que seriam construídas por civilizações tecnologicamente avançadas.

Com esta possibilidade em mente, o Instituto SETI apontou o Allen Telescope Array (ATA) para a estrela em questão, observando-a por mais de duas semanas.

O telescópio ATA examinou a estrela em dois tipos diferentes de sinais:

Banda estreita - compõem a maioria das pesquisas do SETI, e são consideradas plausíveis para as sociedades avançadas como uso de um "sinal de saudações" no caso de presença de outras civilizações;
Banda larga - poderia vir de espaçonaves alienígenas em manutenção ou qualquer outro projeto em torno da estrela, e poderia haver vazamento de feixes intensos de microondas na espaçonave.


"Esta é a primeira vez que usei o Allen Telescope Array para procurar sinais de banda larga, um tipo de emissão que, geralmente, não é considerado em pesquisas do SETI", disse Gerry Harp, cientista do instituto SETI.

Astrônomos encontram indícios de vida no cometa 67P / C-G

sonda Philae na superfície do cometa 67P / C-G


O cometa que está sendo analisado de perto pela sonda Philae poderia muito bem ser o lar de diversos tipos de vida microbiana extraterrestre, de acordo com astrônomos.

As características do cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko, tais como a sua rica crosta negra orgânico, tem uma provável explicação: "a presença de organismos vivos debaixo da superfície gelada", disseram os cientistas.

O orbitador Rosetta, a nave espacial européia, também teria observado grupos estranhos de material orgânico que se assemelham a partículas virais.

A Agência Espacial Europeia fez história quando conseguiu pousar a sonda Philae na superfície do cometa 67P / C-G no final de 2014. Desde então, a sonda passou por um período de hibernação não programada, mas depois de aproximadamente 6 meses acordou, e após conseguir carga utilizando seus painéis solares.

A parte chata de toda essa história é que o orbitador Rosetta e o pousador Philae não estão equipados para procurar evidências diretas de vida, pois os cientistas que tentaram incluir tais equipamentos teriam sido ridicularizados pela proposta. O astrônomo e astrobiólogo Chandra Wickramasinghe, professor da Universidade de Cardiff, professor honorário da Universidade de Buckingham e diretor do Centro de Astrobiologia de Buckingham, esteve envolvido no planejamento da missão há 15 anos, e acredita que as pessoas deveriam ser mais abertas para a possibilidade de vida alienígena, mesmo em um cometa.

Uma fonte que acelera raios cósmicos galácticos até níveis sem precedentes



Impressão de artista de nuvens moleculares gigantes que rodeiam o Centro Galáctico, bombardeadas por protões altamente energéticos acelerados na vizinhança do buraco negro central, que subsequentemente brilham em raios-gama. Crédito: Dr. Mark A. Garlick / Colaboração H.E.S.S.

Há já mais de dez anos que o observatório H.E.S.S. na Namíbia, dirigido por uma colaboração internacional de 42 instituições em 12 países, tem vindo a mapear o centro da nossa Galáxia em raios-gama altamente energéticos. Estes raios-gama são produzidos por raios cósmicos oriundos da região mais interna da Galáxia. Uma análise detalhada dos dados mais recentes do H.E.S.S., publicados na edição de 16 de março da revista Nature, revela pela primeira vez uma fonte desta radiação cósmica em energias nunca antes observadas na Via Láctea: o buraco negro supermassivo no centro da Galáxia, que provavelmente acelera os raios cósmicos até energias 100 vezes superiores àquelas obtidas no maior acelerador de partículas da Terra, o LHC no CERN. A Terra é constantemente bombardeada por partículas de alta-energia (protões, eletrões e núcleos atómicos) de origem cósmica, partículas que compõem a chamada "radiação cósmica". Estes "raios cósmicos" são eletricamente carregados e são, portanto, fortemente desviados pelos campos magnéticos interestelares que permeiam a nossa Galáxia. O seu percurso através do cosmos é randomizado por estes desvios, o que torna impossível a identificação direta das fontes astrofísicas responsáveis pela sua produção. Assim, durante mais de um século, a origem dos raios cósmicos continua a ser um dos mistérios mais duradouros da ciência.

Felizmente, os raios cósmicos interagem com a luz e o gás na vizinhança das suas fontes, produzindo raios-gama. Estes raios-gama viajam em linhas retas e não são desviados pelos campos magnéticos, podendo, portanto, ser traçados até à sua origem. Quando um raio-gama altamente energético atinge a Terra, interage com uma molécula na atmosfera superior, produzindo uma chuva de partículas secundárias que emitem um curto pulso de "luz de Cherenkov". Ao detetar estes flashes de luz usando telescópios equipados com grandes espelhos, foto-detetores sensíveis e eletrónica topo-de-gama, foram identificadas, ao longo das três últimas décadas, mais de 100 fontes de raios-gama. O observatório H.E.S.S. (High Energy Stereoscopic System) na Namíbia representa a última geração destas redes de telescópios. É operado por cientistas de 42 instituições em 12 países, com contribuições principais de MPIK Heidelberg, Alemanha, CEA e CNRS, França.

Hoje sabemos que os raios cósmicos com energias até cerca de 100 TeV (tera eletrão-volt) são produzidos na nossa Galáxia por objetos como remanescentes de supernovas e nebulosas alimentadas por ventos de pulsares. Os argumentos teóricos e as medições diretas dos raios cósmicos que alcançam a Terra indicam, no entanto, que as fábricas de raios cósmicos na nossa Galáxia devem ser capazes de fornecer partículas com, pelo menos, até 1 PeV (peta eletrão-volt). Apesar de muitos aceleradores multi-TeV terem sido descobertos nos últimos anos, até agora a procura das fontes dos raios cósmicos galácticos mais energéticos foi infrutífera.



Impressão de artista de nuvens moleculares gigantes que rodeiam o Centro Galáctico, bombardeadas por protões altamente energéticos acelerados na vizinhança do buraco negro central, que subsequentemente brilham em raios-gama.  Crédito: Dr. Mark A. Garlick / Colaboração H.E.S.S.

Observações detalhadas do Centro Galáctico, feitas pelo H.E.S.S. ao longo dos últimos 10 anos, e publicadas anteontem na revista Nature, finalmente fornecem indicações diretas da aceleração de raios cósmicos até níveis PeV. Durante os primeiros três anos de observações, o H.E.S.S. descobriu uma fonte muito poderosa de raios-gama na região do Centro Galáctico, bem como emissão difusa de raios-gama das nuvens moleculares gigantes que o rodeiam numa zona com aproximadamente 500 anos-luz de diâmetro. Estas nuvens moleculares são bombardeadas por raios cósmicos que se deslocam quase à velocidade da luz, que produzem raios-gama através das suas interações com a matéria nas nuvens. Uma notavelmente boa coincidência espacial entre os raios-gama observados e a densidade de material nas nuvens indica a presença de um ou mais aceleradores de raios cósmicos nessa região.

No entanto, a natureza da fonte permanecia um mistério. Observações mais profundas obtidas pelo H.E.S.S. entre 2004 e 2013 lançaram nova luz sobre os processos que alimentam os raios cósmicos na região. De acordo com Aion Viana (MPIK, Heidelberg), "a quantidade sem precedentes de dados e o progresso feito nas metodologias permite-nos medir simultaneamente a distribuição espacial e a energia dos raios cósmicos." Com estas medições únicas, os cientistas do H.E.S.S. conseguiram, pela primeira vez, identificar a origem destas partículas: "algures entre os 33 anos-luz centrais da Via Láctea, existe uma fonte astrofísica capaz de acelerar protões para energias de aproximadamente 1 PeV, continuamente, durante pelo menos 1000 anos," explica Emmanuel Moulin (CEA, Saclay). Numa analogia com o "Tevatron", o primeiro acelerador de partículas construído pelo Homem que alcançou energias de 1 TeV, esta nova classe de acelerador cósmico foi apelidada de "Pevatron". "Com o H.E.S.S., somos agora capazes de rastrear a propagação dos protões PeV na região central da Galáxia," acrescenta Stefano Gabici (CNRS, Paris).

O centro da nossa Galáxia é o lar de muitos objetos capazes de produzir raios cósmicos altamente energéticos, incluindo, em particular, um remanescente de supernova, uma nebulosa alimentada por ventos de um pulsar e um enxame compacto de estrelas massivas. No entanto, "o buraco negro supermassivo localizado no centro da Galáxia, chamado Sgr A*, é a fonte mais plausível dos protões PeV," afirma Felix Aharonian (MPIK, Heidelberg e DIAS, Dublin), acrescentando que "várias possíveis regiões de aceleração podem ser consideradas, quer na proximidade imediata do buraco negro, quer mais longe, onde uma fração do material que cai para o buraco negro é expelido de volta para o ambiente, iniciando-se assim a aceleração de partículas."

A medição H.E.S.S. dos raios-gama pode ser usada para inferir o espetro dos protões que foram acelerados pelo buraco negro central - revelando que Sgr A* está provavelmente a acelerar protões para energias a níveis PeV. Atualmente, estes protões não conseguem explicar o fluxo total de raios cósmicos detetados na Terra. "Se, no entanto, o nosso buraco negro central tivesse sido mais ativo no passado", argumentam os cientistas, "então poderia ser realmente responsável pela maior parte dos raios cósmicos galácticos que são observados hoje na Terra". A ser verdade, isso poderia influenciar o debate de um século sobre a origem destas partículas enigmáticas.

Buraco negro vermelho de “fúria” é observado por astrônomos

Impressão artística do buraco negro

Violentas luzes vermelhas, com duração de apenas frações de segundo, foram observadas durante uma das mais brilhantes explosões de buracos negros nos últimos anos. Em junho de 2015, um buraco negro chamado V404 Cygni sofreu um dramático brilho por cerca de duas semanas, uma vez que devorou ​​o material que havia retirado de uma estrela companheira em órbita. O V404 Cygni, que está cerca de 7.800 anos-luz da Terra, foi o primeiro buraco negro definitivo a ser identificado em nossa galáxia e pode ficar extremamente brilhante quando está devorando materiais ativamente. Em um novo estudo, publicado na revista Monthly Notices da Royal Astronomical Society, uma equipe internacional de astrônomos liderada pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, relatou que o buraco negro emitiu deslumbrantes flashes em vermelho com duração de apenas frações de segundo, conforme despejava material que não conseguia engolir.

Os astrônomos associaram a cor vermelha com jatos velozes de matéria que foram ejetados perto do buraco negro. Estas observações fornecem novas ideias sobre a formação de tais jatos e fenômenos de buracos negros extremos. Principal autor do estudo, Dr. Poshak Gandhi, professor associado na Universidade de Astronomia de Southampton, comenta: “A velocidade muito alta nos diz que a região onde essa luz vermelha está sendo emitida deve ser muito compacta. Reunindo pistas sobre a cor, a velocidade e o poder desses flashes, podemos concluir que esta luz está sendo emitida a partir da base do buraco negro. A origem destes jatos ainda é desconhecida, apesar de fortes campos magnéticos serem suspeitos de desempenhar um papel nisso”.

Fúria vermelha
“Além disso, esses flashes vermelhos são mais fortes no auge da agitação de alimentação do buraco negro. Especula-se que quando o buraco negro estava sendo rapidamente forçado a se alimentar por sua estrela companheira de órbita, reagiu violentamente expelindo parte do material como um jato que se movia rapidamente. A duração desses episódios intermitentes poderia estar relacionada com o ligar e desligar do jato, visto pela primeira vez em detalhe”.

Devido à natureza imprevisível e à raridade dessas “explosões” brilhantes de buracos negros, os astrônomos têm muito pouco tempo para reagir. Por exemplo, a última erupção do V404 Cygni havia sido em 1989. Ele esteve excepcionalmente brilhante em junho de 2015 e constituiu uma excelente oportunidade para esse trabalho. Na verdade, esta foi uma das mais brilhantes explosões de buracos negros nos últimos anos. Mas a maioria das explosões são muito opacas, tornando-as difíceis de estudar.

Cada flash era cegamente intenso, equivalente à potência de cerca de 1.000 sóis. E alguns dos flashes eram mais curtos do que 1/40º de segundo – cerca de dez vezes mais rápido do que a duração de um piscar típico de um olho. Tais observações exigem novas tecnologias, de modo que os astrônomos usaram a câmera de imagem rápida UltraCam montada no telescópio Herschel William, em La Palma, nas Ilhas Canárias.

Trabalho conjunto
O professor Vik Dhillon, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e cocriador da UltraCam, disse: “A UltraCam é a única que pode operar a uma velocidade muito alta, capturando ‘filmes’ com alta taxa de quadros por segundo de alvos astronômicos, em três cores simultaneamente. Isto nos permitiu determinar a cor vermelha desses flashes de luz do V404 Cygni”. O evento de 2015 fez os astrônomos coordenarem esforços mundiais para observar explosões futuras. Suas curtas durações e emissões fortes em todo o espectro eletromagnético requerem uma estreita comunicação, compartilhamento de dados e esforços de colaboração entre cientistas. Estas observações podem ser um verdadeiro desafio, especialmente quando se tenta observações simultâneas de telescópios terrestres e satélites espaciais”, conclui Gandhi.

“Estrela da Morte” real está destruindo planetas

estrela-da-morte-real-esta-destruindo-planetas

Há uma estrela não muito longe de nós que está destruindo vários planetesimais. É uma anã branca, a WD 1145+017, que tem sido observada pelas missões espaciais Kepler e K2. Anãs brancas são estrelas mortas, do tamanho do planeta Terra. Elas são super densas, e consistem basicamente de carbono. A maioria das estrelas, inclusive o nosso sol, terminam como estrelas deste tipo – observá-las é como ver o futuro do nosso sistema solar. Esta estrela em questão já havia sido notícia em outra oportunidade, quando astrônomos descobriram um planetesimal, um objeto pequeno que pode ser um pequeno planeta ou um outro corpo menor, sendo destruído pela estrela, enquanto a orbitava a 837.000 km, pouco mais do dobro da distância Terra-lua.  Agora, depois de examinar mais atentamente a estrela, os astrônomos descobriram outros objetos sendo destruídos por ela.

As observações feitas com o Thai National Telescope detectaram pelo menos seis novos corpos orbitando a WD 1145+017, possivelmente mais. Estes novos corpos estão orbitando a estrela morta a uma distância parecida com a distância do corpo observado anteriormente, e tem cada um dois a quatro vezes o tamanho da estrela. Segundo os astrônomos, não se tratam de rochas sólidas, mas enormes nuvens de gás e poeira que se formam de pedras muito menores que estão se desintegrando. Os astrônomos têm uma série de perguntas que devem ser respondidas com novas observações, como “como funciona a desintegração de um planetesimal”, “quanto tempo ela dura”, “será que veremos tudo desaparecer em um ano ou dois”, “como o disco de poeira em torno da estrela evolui” e “como a composição da estrela vai se alterar”.

Nebulosa de Órion




A constelação do caçador, onde se localiza a nebulosa de Órion, é uma das constelações que mais se destacam no céu à noite, e ao mesmo tempo é uma das mais belas!

Colisão entre 3 galáxias




Uma rara colisão entre 3 galáxias dá origem a esta imagem curiosa de um beija flor cósmico.

Foto : Tempestade magnética



Tempestade magnética no cometa Catalina. Atividade solar atinge a cauda ionizada do cometa e cria nós de plasma.

Créditos: Michael Jäger

Foto : Muitas Nebulosas



Nebulosas e suas comparações de comprimento.

Foto : Nascimento de uma estrela



Nascimento de uma estrela com formato de foguete. 
Fotografia feita com o telescópio Hubble!

O que poderia fazer uma nebulosa parecer um quadrado? Ninguém sabe ao certo.



O sistema estelar quente conhecido como MWC 922, contudo, parece estar mergulhado em uma nebulosa com a forma de um quadrado. A imagem mostrada acima, combina exposições em infravermelho do Hale Telescope no Monte Palomar na Califórnia e do Keck-2 Telescope em Mauna Kea no Havaí. A 

hipótese mais defendida para a nebulosa em forma de quadrado é que a estrela central ou outras estrelas expeliram cones de gás durante o seu estágio final de desenvolvimento. Para o MWC 922, esses cones acabaram por incorporar ângulos praticamente retos e sendo visíveis dos lados.

Uma evidência que suporta a hipótese do cone inclui feições radiais na imagem que parecem atravessar as paredes dos cones.

Os pesquisadores especulam que os cones observados de outro ângulo apareceriam similares a gigantescos anéis como os observados na Supernova 1987A, indicando possivelmente que uma estrela do MWC 922 poderia um dia ter explodido em uma supernova similar.



Ranger 9



Há 51 anos, no dia 21 de março de 1965, foi lançada a Ranger 9, a nona e última sonda do Programa Ranger.

Seu objetivo era transmitir fotos da superfície da Lua antes do impacto. Esta sonda levava seis câmeras de TV do tipo VIDCON, duas grande angulares, e mais quatro outras.

A Ranger 9 foi lançada por um veículo lançador composto por um Atlas 204D e um Agena B 6007 numa órbita de espera a 185 km de altitude e, em seguida, numa trajetória de injeção translunar.

A Ranger 9 atingiu a Lua em 24 de março de 1965 e, durante os últimos 19 minutos de voo, 5.814 fotos de excelente qualidade foram transmitidas.

NGC 3628



A nítida imagem telescópica da impressionante galáxia espiral NGC 3628, que observamos de lado daqui da Terra mostra um disco galáctico almofadado dividido por linhas escuras de poeira. 

Claro, esse retrato galáctico profundo traz a tona para alguns astrônomos o apelido dessa galáxia, a Galáxia Hambúrguer. Essa tentadora ilha do universo tem aproximadamente 100000 anos-luz de diâmetro e está localizada a 35 milhões de anos-luz de distância na constelação de Leo, o Leão.

A NGC 3628 compartilha sua vizinhança no universo local com duas outras grandes galáxias espirais, a M65 e a M66 num grupo conhecido como Trinca de Leão. As interações gravitacionais com suas vizinhas cósmicas são provavelmente as forças responsáveis por estender a incandescência e a torção do disco espiral.

Vale Timgad em Mercúrio



Essa imagem mostra o quinto dos cinco canais em Mercúrio que tiveram seus nomes recentemente aprovados. Os vales foram nomeados de acordo com o tema de cidades abandonadas da antiguidade, tema essa que foi desenvolvido especialmente para esse tipo de paisagem planetária.

O vale mostrado na imagem acima recebeu o nome de Timgad, uma cidade colonial romana localizada nas Montanhas Algerianas Aurès, fundada por volta de 100 dC. A cidade foi abandonada depois da invasão árabe no século oitavo depois de Cristo, antes de ser coberta pelo Saara. As ruinas da cidade foram escavadas em 1881. A população da cidade pode ter atingido os 15000 habitantes. A imagem acima é uma porção do mosaico global do mapa base realizado pelo instrumento MDIS que foi adquirido durante o primeiro ano de órbita da sonda MESSENGER ao redor do planeta Mercúrio.

IC 1805



Se espalhando por quase 200 anos-luz, a nebulosa de emissão IC 1805 é uma mistura de gás brilhante interestelar e nuvens escuras de poeira. 

Derivada da sua forma, seu apelido é a Nebulosa do Coração. Localizada a aproximadamente 7500 anos-luz de distância no braço espiral de Perseus da nossa galáxia, as estrelas estão nascendo na IC 1805. 

De fato, perto do centro do coração cósmico estão as estrelas massivas quentes de um aglomerado estelar recém-nascido também conhecido como Melotte 15, que tem aproximadamente 1.5 milhões de anos de vida.

De forma um pouco irônica, a Nebulosa do Coração está localizada na constelação rainha mítica a Etiopia (Cassiopeia). Essa imagem profunda da região ao redor da Nebulosa do Coração se espalha por aproximadamente dois graus no céu, ou algo em torno de quatro vezes o diâmetro da Lua Cheia.

Fonte: NASA

MACS J0717



O aglomerado de galáxias MACS J0717, localizado a 5,4 bilhões de anos luz de distância da Terra.

Nebulosa da Medusa




Daqui a cerca de 5 bilhões de anos, quando o Sol esgotar seu combustível nuclear, ele vai expelir suas camadas mais externas, deixando para trás apenas os restos incandescentes de seu núcleo, tornando-se uma estrela do tipo chamado anã-branca. 

Neste processo, se formará então um objeto celeste conhecido como nebulosa planetária, que apesar do nome nada tem a ver com planetas, como mostra essa sua origem.

E um exemplo típico destes objetos na nossa galáxia é a Nebulosa da Medusa, cuja fatídica beleza é revelada nessa imagem capturada por astrônomos usando o telescópio VLT, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.

Com aproximadamente quatro anos-luz de diâmetro, a Nebulosa da Medusa está localizada a cerca de 1,5 mil anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Gêmeos. Apesar de seu tamanho, seu brilho é extremamente tênue, o que a faz um objeto difícil de ser observado.

A beleza da Nebulosa da Medusa contrasta com a história do mito grego que lhe deu nome. Uma das três górgonas, criaturas horrendas filhas de Fórcis com sua irmã Ceto, por sua vez filhos da união de Gaia (terra) com Ponto (mar), Medusa era a única mortal entre elas e por isso foi alvo do herói grego Perseu, que a matou em suas aventuras. Com um olhar capaz de transformar em pedra quem quer que as visse, as górgonas tinham serpentes no lugar dos cabelos, que na nebulosa estão representadas pelos filamentos brilhantes de gás que dela saem.

Noite estrelada magnífica sobre a Estação de Pesquisa Concordia Pesquisa na Antártica.




Concordia é um dos lugares mais remotos da Terra e hospeda a pesquisa abrangendo geologia, meteorologia, astronomia, glaciologia e até mesmo biologia humana.

Foi construída à altitude de 3233m num local designado por Dome C, na Antártida. A base é administrada pela França e Itália.

(Crédito: ESA / IPEC / PNRA-A. Kumar)

Corot-7b



O exoplaneta Corot-7b está tão próximo da sua estrela hospedeira que se encontra seguramente sujeito a condições extremas. 

O planeta tem uma massa de cinco massas terrestres e é o exoplaneta que se conhece mais próximo da sua estrela, o que também o torna no mais rápido - orbita a estrela com uma velocidade de mais de 750 000 quilômetros por hora. 

A temperatura provável do seu lado diurno é superior a 2000 graus e terá no lado noturno uns - 200 graus de temperatura. Modelos teóricos sugerem que o planeta possa ter lava ou oceanos escaldantes à sua superfície. O nosso artista compôs uma imagem de como seria o planeta se estivesse coberto de lava. O seu planeta irmão, Corot-7c, pode ser visto ao longe.

Créditos: ESO

Um Planeta Imaginário



Esta concepção artística mostra um planeta imaginário em órbita de uma estrela próxima com a brilhante luz exozodiacal que se estende pelo céu ofuscando a Via Láctea. Trata-se de radiação estelar refletida por poeira criada a partir de colisões entre asteroides e evaporação de cometas. A presença de tais nuvens espessas de poeira nas regiões internas em torno de algumas estrelas poderá dificultar a obtenção de imagens diretas de planetas do tipo terrestre.

Grande Nuvem de Magalhães



Esta é uma das maiores e mais prolíficos regiões de formação estelar perto da nossa Via Láctea. 

Localizado a cerca de 160.000 anos-luz de distância, na galáxia vizinha Grande Nuvem de Magalhães, a nebulosa Tarântula é esculpida por escaldante de radiação e ventos fortes que vem das estrelas maciças em seu centro. 

Se o fato, estima-se que pelo menos 40 destas grandes estrelas têm ido supernova nos últimos 10.000 anos, incluindo o mais recente, SN 1987a. 

Imagem Manipulada a partir de dados múltiplas fontes. Telescópio Espacial Hubble, ESO, Dados Amador. Assembly Imagem e Processamento: Robert Gendler e Roberto Colombari

Um Novo Planeta



Muitas pessoas ficaram tristes por em 2006 termos perdido, ou melhor, rebaixado Plutão de planeta para planeta anão. Desde então, telescópios com o Kepler, veem explorando o espaço em busca de novos mundos pelo universo.

Entretanto, uma notícia divulgada pela Caltech, a Universidade da Califórnia, está deixando muitos astrônomos curiosos, relatando ter forte evidência de um novo planeta dentro do nosso sistema solar.

Foto : A evolução da nebulosa de Órion



A evolução da astrofotografia com duas imagens da nebulosa de Órion!

Saturno visto pela sonda Cassini



Saturno visto pela sonda Cassini usando uma combinação de cores no infravermelho para mostrar a espessura dos anéis e a emissão térmica do planeta.

A nebulosa de emissão IC 405 está distante cerca de 1.500 anos luz da Terra.



Ela é popularmente conhecida popularmente como Nebulosa da Estrela Flamejante (Flaming Star Nebula), suas avermelhadas nuvens circinais de hidrogênio brilhante são energizadas pela formidável estrela quente da classe O AE Aurigae.

sábado, 19 de março de 2016

Para que servem as sondas espaciais?




São equipamentos enviados a outros planetas, satélites,asteróides e cometas que coletam, analisam e remetem informações à Terra. Cada sonda tem objetivos diferentes, que vão desde tirar fotos em close da Lua, como na década de 1960, até desvendar o histórico da água em Marte hoje. A partir de estações na Terra, os cientistas mandam comandos para as sondas e recebem dados enviados por elas, já que elas não são tripuladas. Desde a década de 1950 rolam tentativas de mandar enviados especiais rumo ao espaço. Luna-1, da ex-União Soviética, chegou a registrar dados sobre a Lua, mas apenas sua sucessora, Luna-2, conseguiu pela primeira vez pousar no satélite com sucesso, tudo no ano de 1959. Para explicar como funciona uma sonda, vamos tomar como exemplo a Phoenix, da Nasa, que pousou em Marte em maio deste ano. O apetrecho tem 5,5 metros de comprimento e 2,2 metros de altura no seu ponto máximo. Leia abaixo como essa gracinha de 350 quilos (e que custou 420 milhões de dólares!) ajuda-nos a entender o planeta vermelho. :-!

BBB MARCIANO
A Phoenix tem uma grande câmera no alto, que guia os cientistas que a operam. De olho no terreno ao redor, eles orientam os movimentos do braço robótico. Ao mirar o Sol, é possível estimar a densidade da poeira atmosférica, e, com filtros que geram imagens em diferentes comprimentos de onda, inclusive infravermelho, dá até para verificar a quantidade de vapor d’água naquele dia

PEGA-PEGA
O braço robótico é uma espécie de miniescavadeira, com lâminas na ponta para raspar e colher amostras de solo e gelo. O braço tem 2,35 metros de comprimento e uma articulação no meio para dar mobilidade. Acopladas ao braço, há ainda outra câmera e uma sonda com três agulhas, que detectam temperatura e condutividade elétrica da terra marciana

CÂMERA INDISCRETA
Antes que as amostras de solo sigam para os laboratórios, a câmera acoplada tira fotos do solo ou do gelo para os cientistas poderem analisar o material em estado bruto. Além disso, como fica pertinho da pá da escavadeira, ela dá informações geológicas preciosas, pois consegue fotografar também o subsolo que está sendo cavoucado. Cada detalhe do terreno, como a textura e as camadas, é registrado

PREVISÃO DO TEMPO
Na estação meteorológica, uma caixa mede a temperatura, que varia entre -120 ºC e -30 ºC, e a pressão atmosférica de Marte. O Lidar emite pulsos de laser, que “batem” em partículas e voltam, informando o tamanho e a distância de itens da atmosfera. Outro aparelho, o Telltale, estuda os ventos, tirando fotos de um peso móvel em intervalos de tempo regulares

SÓ SOLO
O Meca (sigla em inglês para Analisador de Microscopia, Eletroquímica e Condutividade) é formado por quatro minilaboratórios, que misturam as amostras de solo (de até 100 gramas cada) a água e analisam características químicas como acidez e concentração de minerais. Um dos experimentos, por exemplo, mistura o solo ao bário para determinar a presença de sulfatos

Qual é o formato do Universo?




Como quase tudo na astronomia, não há resposta conclusiva. Mas os cientistas trabalham com três possibilidades de geometria: plana (como uma mesa), fechada (como a superfície de uma bola) e aberta (como uma sela de cavalo). Como não podemos enxergar o Universo "do lado de fora", todos os estudos científicos para identificar seu formato baseiam-se em estimativas e análises dos sinais que o Universo nos envia. As principais pistas chegam até nós por meio da radiação cósmica de fundo, ou seja, raios que passeiam pelo Universo desde o big-bang, trazendo-nos uma espécie de retrato do Cosmos da época em que ele nasceu. Algumas outras pistas sobre o formato vêm do estudo de supernovas distantes.

Para cada um dos formatos citados acima existem alguns comportamentos previstos. Se o Universo fosse plano (a hipótese mais difundida), por exemplo, sua expansão diminuiria com o tempo, mas sem parar. O problema é que hoje os cientistas já sabem que o Universo está em expansão acelerada. Outra questão bastante polêmica que diz muito sobre o formato do Cosmos é se ele é finito ou infinito. Se ele for finito, é possível que seja enrolado como um canudo, ou seja, seguindo sempre em frente retorna-se ao mesmo ponto em algum momento.

Qual a origem do nome dos planetas do sistema solar?

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Os primeiros a batizar planetas foram os sumérios, povo que ocupava a região da Mesopotâmia (atual Iraque) há 5 mil anos. Eles já haviam identificado cinco "estrelas" que se moviam no céu, enquanto as demais permaneciam paradas, e acreditaram que fossem deuses. De acordo com as características de cada uma, elas ganharam nomes relacionados com as divindades. Séculos depois, os romanos adaptaram os nomes dos planetas de acordo com suas próprias divindades. As cinco estrelas dos sumérios ganharam novos nomes: Enki, a que se movia mais rápido, recebeu o nome de Mercúrio, o veloz mensageiro dos deuses. Vênus, a deusa da beleza, batizou a mais brilhante das estrelas, Inanna. A vermelha Gugalanna, cor do sangue, ganhou o nome de Marte, deus da guerra. Enlil, a maior, foi chamada de Júpiter, nome latino de Zeus, senhor do Olimpo. Ninurta, a mais lenta de todas, cuja movimentação só era percebida pelos mais pacientes, ganhou o nome de Saturno, o deus do tempo. Já o nome da Terra vem do latim antigo. Na época, a palavra já tinha os mesmos significados de hoje: solo, chão, território. Na mitologia romana, a Terra era representada pela deusa Gaia, ligada à fertilidade. Os outros três planetas foram descobertos há relativamente pouco tempo. Urano, descoberto em 1781, ganhou o nome do deus greco-romano que representava o céu. Netuno, visto pela primeira vez em 1846, foi batizado com o nome do deus romano dos oceanos. O planeta mais distante de todos, Plutão, descoberto em 1930, por pouco não se chamou Percival, sugestão da mulher do astrônomo Percival Lowell, que havia previsto a existência do planeta em 1915. Foi a estudante inglesa Venetia Burney, na época com 11 anos, quem sugeriu aos pesquisadores que o astro recebesse o nome do deus romano dos mortos.

Por que os planetas giram?


Pode parecer óbvio, mas é a pura verdade: os planetas rodam porque não existe nenhuma força para brecá-los. O fato é que tudo tende a manter seu movimento se não aparecer nada que se oponha. Essa história começou com o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo há 15 bilhões de anos. Desde então as partículas do cosmos se atraem e se chocam sem parar. Foi justamente dessas trombadas que nasceram os movimentos de rotação. É como se o Universo fosse uma imensa mesa de sinuca imaginária em que não houvesse nenhuma força capaz de parar as bolas. Imagine a bagunça: bastaria uma tacada para começar um bate-bate eterno! Nessa confusão, as bolas fatalmente raspariam umas nas outras, dando origem aos movimentos de rotação. O giro da Terra, por exemplo, pode ser reconstituído desde a época em que a matéria que hoje compõe tudo o que existe no sistema solar era só uma nuvem de gás e poeira perdida no meio da galáxia. Acompanhando o pique da Via Láctea, essa nuvem já girava.


Mas, há uns 5 bilhões de anos, uma das regras mais importantes do Universo começou a fazer a diferença. Estamos falando da lei que diz que qualquer coisa que fique mais compacta acaba rodando mais depressa. É o que fazem os patinadores na hora do rodopio, encolhendo o corpo para girar rapidamente. No caso da nuvem, a rotação fez com que ela começasse a se condensar, e quanto mais ela se compactava, mais veloz ficava seu giro. Essa reação circular fez as partículas do centro da nuvem condensarem com tanta violência que a temperatura lá no meio chegou à casa dos milhões de graus Celsius. Foi o suficiente para disparar as reações nucleares que "acenderam" o Sol. Esse prato giratório, frenético, fez mais e mais partículas baterem umas nas outras.


Algumas juntaram tanta poeira e pedras que cresceram a ponto de virar planetas. "Como o antigo disco girava, os novos planetas conservaram essa característica e passaram a rodar também", diz o astrônomo Roberto Dias da Costa, da Universidade de São Paulo (USP). Cada um deles, porém, faz seus giros em tempos e sentidos próprios, como você confere no infográfico que ilustra estas páginas.

Movimentos estranhos

No sistema solar, Vênus e Urano rodopiam ao contrário dos outros astros

VÊNUS

Tempo de rotação: 243 dias

Tempo de translação: 224 dias

Quase todos os planetas giram no sentido anti-horário, seguindo o sentido do "disco" que lhes deu origem. Mas Vênus roda ao contrário. Provavelmente, isso aconteceu porque ele foi atingido por um objeto muito grande, do tamanho de um planeta, durante a infância do sistema solar. Além da rotação ímpar, a superpancada deixou Vênus com outro trauma: por lá, um dia dura mais que o próprio ano


URANO

Tempo de rotação: 17 horas

Tempo de translação: 84 anos

Como Vênus, Urano também gira no sentido contrário ao dos outros planetas —segundo os astrônomos, também por causa de algum impacto gigantesco. Mas sua marca registrada é outra: Urano é um planeta "deitado". Visto da Terra, é como se ele girasse de lado. Isso faz com que as "noites" na metade que está escura durem 42 anos, ou o tempo em que o planeta dá meia-volta em torno do Sol

SOL

Tempo de rotação: 25 dias (no equador)

Tempo de translação: 225 milhões de anos

Muita gente não sabe, mas o Sol também gira em torno de seu próprio eixo. Aliás, é um movimento bem estranho: como a superfície não é sólida, a rotação deixa de ser uniforme. Com isso, o equador completa uma volta três dias antes dos pólos. Para completar, o astro também gira ao redor do centro da Via Láctea, mas o fim do passeio demora nada menos que 225 milhões de anos

TERRA

Tempo de rotação: 23 horas e 56 minutos

Tempo de translação: um ano

Como todos os planetas, a Terra gira mais rápido onde a circunferência é maior — é só pensar no planeta como um disco: um ponto que estiver na faixa mais externa roda mais rápido que outro próximo ao centro. Por isso, no equador, a velocidade de rotação é de 1 674 km/h. Em uma cidade como São Paulo, situada mais ao sul, a velocidade cai para 1 535 km/h. A rotação também causa uma força centrífuga que anula parte da gravidade. Isso explica por que uma mesma pessoa pesa 250 gramas a menos no Maranhão, perto do equador, que na Noruega, no extremo norte, onde a rotação é menor

JÚPITER

Tempo de rotação: 9 horas e 55 minutos

Tempo de translação: 11,9 anos

O maior planeta tem a rotação mais veloz, alcançando incríveis 40 mil km/h no equador. Não é coincidência: os astros massivos tendem a guardar uma quantidade maior do movimento do "disco" que deu origem aos planetas, já que nasceram de uma faixa mais espessa dele. Saturno, que tem quase o tamanho de Júpiter, também é rápido: dá uma volta em torno do eixo em 10 horas e meia


CÉU DE OUTRO MUNDO

Rotação absurda dos pulsares forma paisagem surreal

Quando um objeto de massa gigantesca se contrai, sua rotação aumenta vertiginosamente. É o caso dos pulsares, estrelas que tinham milhões de quilômetros de circunferência mas que diminuem de tamanho com o fim de seu "combustível". Um pulsar tem uma massa equivalente à do Sol, espremida numa esfera de mais ou menos 20 quilômetros de diâmetro. Essa concentração inimaginável de matéria faz eles girarem em torno do próprio eixo umas 30 vezes por segundo. Da superfície de um pulsar, você veria o céu igual ao da montagem acima: as estrelas passariam tão rápido que pareceriam riscos estáticos.


TERRA SUPERSÔNICA

Nesse instante, estamos a quase 1 milhão de km/h

O fato de a gente girar com a rotação da Terra a uma velocidade um pouco maior que a do som (1 224 km/h) já surpreende. Mas estamos bem mais rápidos. O planeta roda em volta do Sol a nada menos que 107 mil km/h, nos levando de carona. E o próprio Sol nos puxa a mais 800 mil km/h enquanto gira em torno do centro da Via Láctea. Somando tudo, rasgamos a galáxia a quase 1 milhão de km/h!

O planeta Nibiru existe mesmo?

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Não, não existe. A lenda surgiu com o escritor azerbaijano Zecharia Sitchin (1920-2010), que estudou escritos babilônicos com mais de 3 mil anos. Neles, aparecia a palavra "nibiru", descrita como uma posição no céu, associada ao início do verão. Sitchin, no entanto, entendeu que se tratava de um planeta. Em seus livros, ele dizia que Nibiru tinha uma órbita muito alongada e que, a cada 3,6 mil anos, o astro se aproximaria da Terra. As ideias de Sitchin foram requentadas por Nancy Lieder, uma norte-americana que dizia receber mensagens de ETs e previa a chegada do astro em 2003. Outros crentes também associaram Nibiru ao final do calendário maia, em dezembro de 2012. Mas, por enquanto, nem sinal do corpo celeste...
Perdidos no espaço
Os planetas cuja existência é incerta
NÊMESE
TAMANHO - Até 80 vezes a massa do planeta Júpiter
ORIGEM - Dois grupos internacionais de astrônomos formularam a hipótese de sua existência
TYKHE
TAMANHO - Até quatro vezes a massa de Júpiter
ORIGEM - O astrônomo norte-americano John Matese propôs sua existência em 1999

Como é o céu em outros planetas?

Varia bastante, é claro. Basicamente, há quatro fatores envolvidos: composição da atmosfera, iluminação das estrelas próximas, partículas em suspensão no ar e reflexo dos componentes do solo. Sendo assim, é possível fazer estimativas sobre o que você veria se pudesse estar em outro planeta e olhar para cima. Mas é melhor ir com calma. Até hoje, poucas sondas visitaram lugares fora da Terra e as câmeras que elas carregavam continham filtros que privilegiavam a observação de outros detalhes, mais interessantes para os cientistas. Então, ainda há muito espaço para especulação. E piração.
MERCÚRIO
01_Mercurio
O planeta dos notívagos. É que, por não ter atmosfera, o céu dele é sempre negro, com direito a estrelas – incluindo uma enorme, o Sol (afinal, Mercúrio é o primeirão do sistema solar). Assim, o céu mercuriano seria semelhante àquele que os astronautas viram na Lua.
VÊNUS
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A atmosfera é muito densa, a ponto de o Sol nem aparecer. As nuvens de ácidos, como o sulfúrico, fazem os astrônomos presumirem que o céu seja branco-amarelado, mas imagens das sondas soviéticas Venera na década de 1970 mostram uma cor alaranjada.
MARTE
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A atmosfera rica em CO2, a superfície avermelhada e a intensa poeira deixam o tom escarlate predominante. No nascer e no por do Sol, o céu fica rosa, e as áreas mais próximas do Sol ficam azul. Mais ou menos o contrário do que ocorre na Terra.
JÚPITER
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Onde o céu está limpo, o amarelo-sujo dominaria. Mas, nas regiões de tempestades, que são tão comuns que se refletem nas faixas do planeta vistas do espaço, substâncias como hidrosulfeto de amônia espalhariam tons alaranjados, avermelhados e marrons.
SATURNO
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Em dias limpos, os anéis seriam de tirar o fôlego, assim como a grande lua Titã, que é laranja-escura. O problema é que quase sempre as nuvens de amônia e hidrossulfeto de amônia deixariam o céu como o de Júpiter, mas mais esbranquiçado.
URANO
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A grande quantidade de gás metano deixaria o céu uraniano com uma tonalidade ciano. Especula-se, no entanto, que o efeito não seja tão brilhante na prática, já que o Sol está muito distante, dificultando a chegada de luz ao planeta.
NETUNO
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Como em Urano, o azul também é predominante por causa da existência do gás metano no planeta. A diferença é que a distância ainda maior em relação ao Sol tornaria a tonalidade do céu netuniano mais escura para os olhos humanos.
OUTROS PLANETAS
O HD 189733b, a 63 anos-luz da Terra, teria céu azul-cobalto, pois sua atmosfera é repleta de um tipo de vidro, que espalharia radiação.
HD 189733b1
O HAT-P-11b (120 anos-luz) é iluminado por uma estrela-anã vermelha e, por isso, teria céu nessa cor.
HAT-P-11b
Já o GJ 504b (57 anos-luz), tem metano e fica em um sistema novo e, portanto, quente. Seu céu seria rosa.
GJ 504

CONSULTORIA Gustavo A. Lanfranchi, coordenador do mestrado em astrofísica e física computacional da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Rafael Santucci, astrônomo do Colégio Magno/Mágico de Oz, Sergio Pilling, coordenador do curso de mestrado em física e astronomia da Universidade do Vale do Paraíba (Univap)

O que é panspermia?

panspermia


É a teoria que diz que a vida na Terra veio do espaço, pegando carona em um meteorito. Nosso planeta já recebeu, de fato, muitos meteoritos. Bactérias poderiam sobreviver a uma viagem dessas, vindas de Marte, por exemplo. Devido à gravidade e ao tamanho do planeta vermelho, é mais fácil um meteorito vir de lá para cá do que fazer o caminho inverso. A vida pode ter vindo também de Júpiter ou de Saturno, porque ambos têm satélites onde há água. Essa ideia é tida como razoável pela ciência. Já a hipótese de a vida ter vindo de uma estrela é bem mais remota, porque as distâncias são muito maiores: dificilmente uma forma de vida resistiria a viagens que duram, nesses casos, milhões de anos. "A panspermia é apenas uma hipótese razoável que pode explicar a origem da vida, mas quase todos os cientistas da área sustentam que a teoria mais simples é a vida ter sido criada aqui mesmo, onde as condições são favoráveis", diz Gustavo Porto de Mello, professor de astronomia da UFRJ.
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UMA ÚLTIMA CURIOSIDADE:
- Algumas pessoas associam a panspermia à existência de civilizações extraterrestres


Vênus e suas elevações





A imagem mostra Vênus com código de cores para destacar suas elevações, que podem chegar perto do tamanho da Terra, porém as semelhanças terminam aí. 

A Temperatura do nosso "planeta irmão" é de aproximadamente 860 ° F (460 ° C) de superfície, sem falar nas nuvens de ácido sulfúrico, e esmagadora pressão atmosférica, o que o torna um mundo de pesadelo inóspito.

NGC 2070


A Nebulosa da Tarântula ou NGC 2070 e 30 Doradus é uma gigantesca fábrica de estrelas, de 1000 anos-luz de largura. 

Esta região HII (região de hidrogênio ionizado) é um dos objetos astronômicos mais interessantes na Grande Nuvem de Magalhães (LMC) e mais importante da galáxia vizinha da Via Láctea.

É a maior nebulosa de emissão conhecida, outra nebulosa, a nebulosa NGC 2060 ocupa o seu centro. Localizada a uma distância de cerca de 170 000 anos-luz, ele pode seria vista na constelação de Dorado no céu do sul. 

A Nebulosa da Tarântula tem uma magnitude aparente de 5, ele é facilmente visível a olho nu, pois pertence a outra galáxia vizinha da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães. A Tarantula é 100 vezes mais distante do que o berçário estelar famoso, a Nebulosa de Orion em nossa própria galáxia.

Galáxias Abell 2744




Vasculhando profundamente no início do universo, este pitoresco campo paralelo de observação do telescópio espacial Hubble da Nasa/ESA revela milhares de galáxias coloridas que nadam na escuridão do espaço.

Esta espetacular observação foi capturada durante estudo do aglomerado de galáxias Abell 2744, também conhecida como caixa de Pandora.
Esta imagem de campo paralelo é quase tão profunda quanto o Hubble Ultra Deep Field (considerada a imagem mais importante registrada pela humanidade).

Além de mostrar a beleza impressionante do universo profundo com um detalhe incrível, este campo paralelo quando comparado a outros campos profundos, vai ajudar os astrônomos a compreender o quão semelhante é o universo em diferente direções.

Wolf-Rayet




No centro da imagem podemos ver a linda estrela Wolf-Rayet, também conhecida como WR-31, localizada a cerca de 30.000 anos-luz de distância na constelação de Carina.

A bolha azul que envolve a estrela se trata da nebulosa também que também compartilha do mesmo nome (Wolf-Rayet), uma nuvem interestelar de poeira (hidrogênio, hélio e outros gases), criado quando rápidos ventos estelares interagem com as camadas exteriores de hidrogênio expulso pela WR-31, essas nebulosas frequentemente tomam a forma de anel ou esférica. 

A bolha, estima-se que foi formada há cerca de 20.000 anos atrás e está se expandindo a uma taxa de cerca de 220.000 km por hora.

Fonte : Nasa