Cientistas descobriram um planeta enorme que tem um estranho local extremamente quente, na sua lateral.
O gigante de gás, chamado Upsilon Andromedae b, é conhecido como “Júpiter quente” graças as suas temperaturas escaldantes. Ele fica a cerca de 44 anos-luz da Terra, na constelação de Andrômeda. O planeta tem cerca de 70% a massa de Júpiter, e orbita em torno de sua estrela a cada 4,6 dias ou mais.
Ele tem um lado “preso”, o que significa que um de seus lados está perpetuamente em ebulição – o lado que encara a sua estrela-mãe.
Segundo os astrônomos, o mais curioso é que a parte mais quente do planeta não é esse lado que permanece encarando o seu sol. Um local na lateral do planeta é, na verdade, muito mais quente.
Os cientistas usaram um telescópio da NASA para medir a luz infravermelha total do planeta e de sua estrela-mãe durante cinco dias em fevereiro de 2009. O telescópio não pode olhar diretamente para o planeta, mas pode detectar as variações de luz que surgem conforme o lado quente do planeta entra no campo de vista da Terra. A parte mais quente do planeta emite a luz mais infravermelha.
O senso comum sugeria que o planeta apareceria mais brilhante quando estivesse diretamente atrás da estrela, ou seja, encarando sua estrela-mãe, ou seu sol. Porém, o sistema ficou mais brilhante quando o planeta estava ao lado da estrela, o que significa que as partes mais quentes do Upsilon Andromedae b não são as que estão sob o brilho pleno da estrela-mãe.
Segundo observações de outros “Júpiteres quentes”, como o Upsilon Andromedae b, têm mostrado que os pontos quentes dos planetas podem ser deslocados um pouco para o lado. Os astrônomos acreditam que ventos fortes podem empurrar os gases quentes em torno de planetas como esse.
Porém, a pesquisa recente descobriu que no Upsilon Andromedae b o deslocamento é tão dramático que é improvável que os ventos fortes tenham sido os responsáveis.
Por enquanto, os pesquisadores não chegaram a nenhuma conclusão sobre o deslocamento, mas já formularam algumas teorias, desde ventos supersônicos que podem ter provocado ondas de choque e aquecido o local, até interações magnéticas entre o planeta e a estrela.
Para deixar a especulação de lado, os astrônomos pretendem examinar mais “Júpiteres quentes” e testar novas teorias