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sábado, 23 de junho de 2012

Cientistas descobrem local que misteriosamente emite calor em um planeta de outro sistema



Cientistas descobriram um planeta enorme que tem um estranho local extremamente quente, na sua lateral.
O gigante de gás, chamado Upsilon Andromedae b, é conhecido como “Júpiter quente” graças as suas temperaturas escaldantes. Ele fica a cerca de 44 anos-luz da Terra, na constelação de Andrômeda. O planeta tem cerca de 70% a massa de Júpiter, e orbita em torno de sua estrela a cada 4,6 dias ou mais.
Ele tem um lado “preso”, o que significa que um de seus lados está perpetuamente em ebulição – o lado que encara a sua estrela-mãe.
Segundo os astrônomos, o mais curioso é que a parte mais quente do planeta não é esse lado que permanece encarando o seu sol. Um local na lateral do planeta é, na verdade, muito mais quente.
Os cientistas usaram um telescópio da NASA para medir a luz infravermelha total do planeta e de sua estrela-mãe durante cinco dias em fevereiro de 2009. O telescópio não pode olhar diretamente para o planeta, mas pode detectar as variações de luz que surgem conforme o lado quente do planeta entra no campo de vista da Terra. A parte mais quente do planeta emite a luz mais infravermelha.
O senso comum sugeria que o planeta apareceria mais brilhante quando estivesse diretamente atrás da estrela, ou seja, encarando sua estrela-mãe, ou seu sol. Porém, o sistema ficou mais brilhante quando o planeta estava ao lado da estrela, o que significa que as partes mais quentes do Upsilon Andromedae b não são as que estão sob o brilho pleno da estrela-mãe.
Segundo observações de outros “Júpiteres quentes”, como o Upsilon Andromedae b, têm mostrado que os pontos quentes dos planetas podem ser deslocados um pouco para o lado. Os astrônomos acreditam que ventos fortes podem empurrar os gases quentes em torno de planetas como esse.
Porém, a pesquisa recente descobriu que no Upsilon Andromedae b o deslocamento é tão dramático que é improvável que os ventos fortes tenham sido os responsáveis.
Por enquanto, os pesquisadores não chegaram a nenhuma conclusão sobre o deslocamento, mas já formularam algumas teorias, desde ventos supersônicos que podem ter provocado ondas de choque e aquecido o local, até interações magnéticas entre o planeta e a estrela.
Para deixar a especulação de lado, os astrônomos pretendem examinar mais “Júpiteres quentes” e testar novas teorias

Novo satélite descobre 10 novos planetas fora do sistema solar



A França liberou recentemente uma lista com 10 planetas descobertos pelo seu satélite Corot, elevando o número total de exoplanetas conhecidos para 561.
Corot, lançado pela agência espacial francesa CNES em 2006, encontra planetas através da medição da diminuição pequena de luz estelar que ocorre quando os planetas passam entre as estrelas e a Terra. Ele já adicionou 23 sistemas planetários para a lista cada vez maior.
O satélite entrou em órbita pouco antes de Kepler, uma missão semelhante da agência espacial americana NASA. Originalmente programado para ser executado apenas até meados de 2008, sua missão já foi prorrogada para 2013.
Desde então, estabeleceu-se não só como caçador de planetas, mas também como instrumento preciso de astrosismologia, o estudo da composição das estrelas com base na luz que emitem.
A lista mais recente de Corot inclui um planeta que orbita uma estrela muito nova, e dois planetas do tamanho de Netuno orbitando a mesma estrela.
Também se encontram sete chamados “Júpiters quentes”, planetas gigantes gasosos semelhantes ao nosso próprio Júpiter, mas muito mais perto de suas estrelas-mãe (e assim completando suas órbitas em poucos dias).
Os dois planetas que orbitam a estrela Corot-24, um com diâmetro igual e outro com diâmetro cerca de 1,4 vezes o de Netuno, completam as suas órbitas em 5 e 12 dias, respectivamente.
Um dos planetas “Júpiter quente” que orbita a estrela Corot-18 é pensado para ter apenas 600 milhões de anos. Isso é de particular interesse dos astrofísicos, porque muita coisa pode ser aprendida nesses primeiros estágios da formação do planeta.
“Se quisermos compreender as condições em que os planetas se formam, precisamos pegá-los nos primeiros cem milhões de anos”, disse Suzanne Aigrain, astrofísica da Universidade de Oxford.
No caso do Corot-18, formas diferentes de determinar a idade das estrelas dão resultados diferentes, mas é possível que ela tenha apenas umas poucas dezenas de milhões de anos. “Se isso for confirmado, então nós poderíamos aprender muito sobre a formação e evolução inicial dos planetas gigantes de gás quente, comparando o tamanho de Corot-18b com as previsões dos modelos teóricos”, complementa.

Cientistas descobriram um sistema de planetas aliens similar ao Sistema Solar



Astrônomos descobriram um grupo de pelo menos cinco planetas no espaço circulando em torno de uma estrela em um arranjo semelhante ao nosso próprio sistema solar.
Os planetas e sua própria estrela parecida com o Sol estão a cerca de 127 anos-luz da Terra. Segundo os astrônomos, este é apenas um dos 15 sistemas planetários conhecidos por terem mais de três mundos.
Segundo os pesquisadores, os cinco planetas circulam em volta de sua estrela-mãe, chamada HD 10180, em um padrão regular como os planetas do nosso sistema solar, apenas em um arranjo mais compacto.
Dos dois planetas adicionais que podem estar presentes, um deles pode ter a massa mais próxima da Terra que já se viu.
Segundo os cientistas, esta descoberta notável também destaca o fato de que agora estamos entrando numa nova era de investigação: o estudo dos sistemas complexos dos planetas e não apenas dos planetas individualmente.
Os investigadores dizem que os estudos dos movimentos planetários no novo sistema revelam complexas interações gravitacionais entre os planetas e ajudam a entender a evolução do sistema a longo prazo.
Alguns dos planetas têm massas semelhantes à de Netuno, entre 13 e 25 vezes a massa da Terra. Ainda que estes planetas sejam relativamente grandes, estão localizados muito perto de sua estrela-mãe, e giram ao seu redor em intervalos que variam de apenas seis dias para 600 dias.
O planeta mais próximo está a 9 milhões de quilômetros de HD 10180, em comparação com 150 milhões de quilômetros que separa a Terra do Sol.
Quando comparado ao nosso sistema solar, todos estes planetas caberiam dentro da órbita de Marte e parecem ter órbitas quase circulares.
O método de balanço para a detecção desses planetas alienígenas também sugeriu que mais dois planetas estão orbitando em volta de HD 10180, um deles de perto e outro distante. Um desses planetas extras, se confirmado, seria muito parecido com Saturno, com pelo menos 65 vezes a massa da Terra e um ano que dura 2.200 dias da Terra.
O outro planeta tem uma massa parecida com a da Terra. Este planeta será provavelmente um pequeno mundo rochoso. Suas temperaturas diurnas podem chegar a 2.200 graus Celsius, e as noturnas a menos 210 graus Celsius.
O sistema recém-descoberto pode definir o recorde de planetas extra-solares conhecidos no mesmo sistema. Atualmente, ele divide o recorde com o sistema em torno da estrela 55 Cancri, que tem cinco planetas, dois deles gigantes de gás

Surge a dúvida sobre a existência de planeta extra-solar habitável



Recentemente, astrônomos anunciaram a descoberta de um planeta extra-solar potencialmente habitável. Porém, esta semana dúvidas foram levantadas sobre a existência deste planeta.
Para encontrar o planeta, cientistas analisaram 122 medições de velocidade radial a partir de um telescópio e 119 medições a partir de outro telescópio. As medidas foram tomadas durante um período de onze e quatro anos, respectivamente.
O planeta potencialmente habitável orbitaria a estrela Gliese 581, por isso foi chamado de Gliese 581g ou planeta ‘g’. Ele deve ter cerca de três vezes a massa da Terra, o que significa que é um planeta rochoso, não um gigante de gás como Júpiter.
Ele deve ter um período orbital de apenas 37 dias. Apesar de uma órbita muito próxima aos padrões do nosso sistema solar, a Gliese 581 não é tão luminosa quanto o nosso sol, por isso sua zona habitável deve ser muito menor.
Como o planeta orbita muito perto de sua estrela, ele deve estar “preso”, ou seja, sempre o mesmo lado do planeta fica voltado para a estrela. Isto significa que a região do planeta voltada à estrela seria muito mais quente do que o lado perpetuamente escuro. Porém, uma região mais temperada pode existir na zona de fronteira entre as partes claras e escuras.
Os cientistas já tinham conhecimento de planetas ‘b’, ‘c’, e ‘d’ no sistema solar de Gliese 581. Em 2009, uma equipe anunciou a existência de um quarto planeta ‘e’ no sistema, com cerca de 1,9 vezes a massa terrestre e com um período orbital de 3,15 dias em torno da estrela. A existência de todos esses planetas foi provada.
Agora, a pesquisa mais recente afirma que, além do ‘g’, há também um planeta ‘f’, com massa 7 vezes maior que a Terra, e uma órbita de 433 dias ao redor de Gliese 581. Porém, outros astrônomos já argumentaram que não se pode provar a existência dos planetas ‘f’ e ‘g’. Não há nenhuma evidência para o planeta ‘g’ porque, apesar da extrema precisão do instrumento usado na medição e dos dados abundantes, a amplitude do sinal deste possível planeta é muito baixa, e causa bastante incerteza quanto aos ruídos emitidos, que podem ser “por acaso”, e não vindos de um planeta.
A estrela Gliese 581 fica aproximadamente a 20 anos-luz de distância da Terra, localizada na constelação de Libra. Para alguns cientistas, o fato de que foi detectado um planeta tão rapidamente e tão perto da Terra sugere que planetas como este devem ser comuns.
Anteriormente, já foram encontrados planetas rochosos extra-solares. O diferencial deste planeta é que ele orbita dentro da zona habitável das estrelas anãs vermelhas, que é a região do espaço onde as temperaturas são o suficiente para manter água em estado líquido sobre uma superfície planetária, condição considerada necessária para a origem e evolução da vida.
A NASA anunciou que vai procurar água no planeta na busca por vida em outros lugares da galáxia. O Gliese 581 já é um dos mais intrigantes sistemas solares conhecidos, com quatro planetas confirmados. A adição de ‘g’, potencialmente habitável, tornaria o sistema o local número um de expedições, em busca de vida extraterrestre

Existe vida fora do nosso universo?



Muitas pesquisas tentam responder à questão se existe vida fora do nosso planeta. Entretanto, cientistas mais ousados encontraram uma pergunta ainda mais fascinante: será que existe vida fora do nosso universo? A teoria da inflação cósmica foi criada na década de 80 para responder a algumas questões em aberto sobre a estrutura do nosso universo, e teoriza que o nosso é apenas um de inúmeros universos que surgiram a partir do mesmo vácuo primordial.
Embora a teoria do multiverso tenha sido criada há quase 30 anos, ela volta a ser debatida agora que os pesquisadores Alejandro Jenkins e Gilad Perez escreveram um artigo polêmico que discute a hipótese sobre a vida em outros universos. De acordo com os autores, a existência de vida inteligente está diretamente ligada a restrições físicas. “Nossas vidas na Terra e tudo que vemos e conhecemos sobre o universo dependem de um grupo de condições que fazem com que sejamos possíveis”, explica Jenkins, físico da Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Unidos.
“Se as forças fundamentais que modelam a matéria do nosso universo se alterassem, mesmo que só um pouco, é concebível acreditar que os átomos nunca teriam se formado, ou que o carbono, que forma grande parte da vida que conhecemos, não existiria”, diz o pesquisador. “Então como este equilíbrio tão grande existe? Algumas pessoas atribuem isso a Deus, mas isso está fora da alçada da física”, brinca.
De acordo com algumas descobertas recentes sobre a física de alta energia, é plausível que outros universos existam e tenham interações físicas diferentes. Por este motivo, não é surpreendente que justamente o nosso tenha as condições que permitem a vida como a conhecemos, assim como a Terra tem as condições exatas para o desenvolvimento da evolução orgânica. Segundo Jenkins, seu trabalho é analisar os cálculos das forças fundamentais para prever seus efeitos sobre universos alternativos possíveis.
“Se não houvesse força eletromagnética, não haveria átomos e ligações químicas, e sem a gravidade, a matéria não se tornaria planetas, estrelas e galáxias”, afirma o físico. De acordo com Jenkins, o surpreendente sobre a sua pesquisa é que ele e seu parceiro encontraram condições que, embora muito diferentes das do nosso universo, parecem poder permitir a existência de vida – porém, os pesquisadores não sabem afirmar que tipo de vida.

O começo do universo foi extremamente caótico



Vocês devem conhecer o que os cientistas chamam de “efeito borboleta”, que significa que, se uma borboleta bater suas asas aqui, no Brasil, isso pode causar um tornado no Texas, Estados Unidos.
Recentemente, cientistas afirmaram que depois do Big Bang, a explosão que mais tarde criou o nosso mundo, o universo estava em caos. E, por caos, eles não querem dizer “bagunça” mas sim que pequenas mudanças podiam causar efeitos em larga escala – o efeito borboleta, por exemplo, seria um sistema caótico.
Segundo esse novo estudo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o caos em nosso universo teria começado cerca de 0,0000000000000000000000000000000000000000001 segundos após o Big Bang. E teria durado um tempo ainda mais curto.
Durante este tempo, o universo se expandiu. E essa expansão, como o próprio universo, foi provavelmente caótica.
Esse período de início do universo não é bem compreendido. Algumas teorias propõem que esta fase inicial caótica foi seguida por um período de rápida expansão, quando o universo dobrou de tamanho mais de 100 vezes dentro de uma fração de segundo.
A ideia do caos é para ser realmente assustadora. Estudos anteriores já haviam sugerido que o caos reinou no universo durante seus primeiros momentos, mas essa nova pesquisa ofereceu o que os cientistas chamam de “argumento férreo” para o caso.
Os estudos anteriores tiveram resultados muito variados, e alguns cientistas sugerem que isso aconteceu por causa do fato de que diferentes observadores tendem a perceber o tempo de forma diferente. Isso significa que diversos cientistas, quando estudam o mesmo problema, podem concluir coisas diferentes.
Porém, os novos cálculos dos pesquisadores brasileiros provam que essa propriedade do universo é absoluta, independentemente da relativa coordenada do observador. Eles se basearam na aplicação de cálculos para os últimos modelos cosmológicos do universo. Se estes modelos se provarem imprecisos, então o universo pode não ter nascido no caos.
Ou seja, segundo os pesquisadores, a principal colaboração da pesquisa é a possibilidade de uma definição universal do caos, ou seja, uma definição que não depende do observador, o que era um problema antigo.
Outra descoberta da pesquisa é que, embora o nosso universo não seja mais caótico, ele pode retornar a esse estado se experimentar um hipotético “Big Crunch”, um Big Bang inverso.
Alguns modelos cosmológicos prevêem que o universo vai continuar se expandindo para sempre, ou irá diminuir gradualmente. Mas também é possível que se expanda, e então reverta o processo e inicie a contração, que seria o “Big Crunch”. Se isso acontecer, o fim do universo, assim como o seu início, não será nada tranquilo. Segundo os pesquisadores, provavelmente também será caótico

Nosso universo pode não ser o primeiro – nem o último



A atual teoria amplamente aceita do começo vida e do universo diz que tudo que existe agora nasceu de um “pacote pequeno e apertado” a partir do qual houve a explosão conhecida como Big Bang, cerca de 13,7 bilhões de anos atrás. Essa explosão arremessou violentamente tudo à existência.
Mas 13,7 bilhões anos para chegar onde estamos não é suficiente para alguns especialistas. O físico Roger Penrose tem uma teoria diferente: ele acredita poder provar que as coisas não são ou não foram tão simples assim.
Com base em uma evidência encontrada na radiação cósmica de fundo, o físico afirma que o Big Bang não foi o começo do universo, mas um em uma série de Big Bangs cíclicos, sendo que cada um desses Big Bangs gerou o seu próprio universo.
Apesar de haver teorias meio malucas, a ideia do físico parece ser relativamente possível. Ele afirma ter encontrado as provas de que precisava para sustentar sua hipótese do universo cíclico na radiação cósmica. A radiação cósmica de fundo deve ter começado a existir quando o universo tinha apenas 300 mil anos de idade, e por isso é tratada como uma espécie de registro do estado do universo naquele momento.
Pela estimativa do cientista, o nosso universo não é o primeiro, e mais importante, nem será a último. Na verdade, é esse alto grau de ordem aparentemente presente desde o nascimento do universo que levou o físico a essa linha de pensamento.
O atual modelo do Big Bang não fornece um motivo para que um estado altamente ordenado e uma baixa entropia existissem no momento do nascimento do nosso universo, a menos que as coisas fossem colocadas em ordem antes de ocorrer o Big Bang.
De acordo com Penrose, cada universo retorna a um estado de baixa entropia à medida que se aproxima do dia final da sua expansão ao nada. Os buracos negros, devido ao fato de que sugam tudo o que encontram, passam suas vidas trabalhando para “limpar” a entropia do universo. E, conforme o universo se aproxima do seu fim, os buracos negros se evaporam, colocando as coisas de volta em um estado de ordem. Incapaz de se expandir mais, o universo “se colapsa” e volta a ser um sistema altamente organizado, pronto para disparar o próximo Big Bang.
O modelo atual do universo diz que qualquer variação de temperatura na radiação cósmica de fundo deve ser aleatória, mas o físico afirma ter encontrado círculos concêntricos muito claros dentro dessa radiação, sugerindo regiões onde a radiação tem faixas de temperatura muito menores. Essas seriam as evidências esféricas dos efeitos gravitacionais das colisões de buracos negros durante o universo anterior. Os círculos se encaixam bem em sua teoria, mas não são tão coerentes na teoria padrão do Big Bang.
Ainda assim, não é possível afirmar que a nova teoria seja mais verdadeira. O físico ainda tem que “ligar” algumas pontas soltas de seu trabalho, e provar alguns pressupostos. Seus estudos vão ser examinados cuidadosamente, e quem sabe um dia sua teoria pode vir a revolucionar os fundamentos da física moderna

O cosmo possui uma história anterior ao Big Bang



Segundo cientistas, o Universo apresenta “ecos” de eventos que aconteceram antes do Big Bang. Essas marcas podem ser vistas nas microondas de radiação que preenchem o Universo.
O cosmologista Roger Penrose afirma que os eventos parecem como “anéis” ao redor de aglomerados de galáxias. Ele criou o termo “aeon” para se referir a uma era do universo, como diferentes eras da história. Segundo Penrose, houve aeons antes do nosso, que culminaram no evento Big Bang e que deram início ao nosso aeon.
Para chegar a essa conclusão, Penrose e Vahe Gurzadyan (cientista da Universidade Yerevan, da Armênia) analisaram as temperaturas praticamente uniformes que preenchem os espaços vazios do Universo. Eles pesquisaram quase 11 mil lugares, especialmente galáxias que se fundiram e criaram buracos negros enormes.
Quando esses buracos negros são criados, há uma enorme liberação de energia. Se os mesmos eventos se repetem em diferentes aeons, ou seja, as mesmas coisas acontecem em diferentes períodos da história do universo, se repetindo infinitamente, essas energias de aeons passados poderiam ser encontradas.
A pesquisa mostrou 12 eventos em que há “anéis” de energia ao redor de estruturas espaciais, alguns com até cinco anéis de energia, mostrando que eventos massivos poderiam sair desses objetos mais de uma vez na história.
A descoberta é fascinante porque pode mostrar que tudo no universo é cíclico, incluindo a vida na Terra e nossa própria existência.

Cientistas descobrem aglomerado de galáxias gigante que possui 800 trilhões de sóis



Astrônomos descobriram o maior aglomerado de galáxias já visto até hoje, a uma distância de 7 bilhões de anos-luz da Terra. Esse aglomerado, chamado de SPT-CL J0546-5345, suportaria cerca de 800 trilhões de sóis e centenas de galáxias.
Segundo os cientistas, aglomerados de galáxias como este podem ser usados para estudar como a matéria escura e a energia escura influenciaram o crescimento das estruturas cósmicas. Há muito tempo atrás, o universo era menor e mais compacto e a gravidade tinha maior influência.
Assim, era mais fácil para os aglomerados de galáxias crescerem, sobretudo em áreas em que eram mais densos do que os seus arredores. Conforme o universo se expandiu a um ritmo acelerado, devido à energia escura, cresceu mais difuso. A energia escura agora domina a força da gravidade e impede a formação de novos aglomerados de galáxias.
O aglomerado descoberto está entre os aglomerados mais maciços encontrados a esta distância. Localizado no sul da constelação de Pictor (O pintor), a distância de cerca de 7 bilhões de anos-luz significa que os seres humanos podem ver o aglomerado da forma como ele se parecia 7 bilhões de anos atrás, quando o universo tinha metade da idade que tem agora, e o nosso sistema solar ainda não existia.
Mesmo nessa idade, esse aglomerado era tão grande quanto o aglomerado de Coma, nas proximidades. Desde então, ele deve ter crescido cerca de quatro vezes. Se pudéssemos vê-lo como ele se apresenta hoje, seria um dos aglomerados mais massivos do universo.
Segundo os cientistas, esse aglomerado está cheio de galáxias “velhas”, o que significa que nasceu cedo na história do universo, nos primeiros dois bilhões de anos.
O objetivo principal da pesquisa é encontrar uma grande amostra de aglomerados de galáxias maciças a fim de medir a equação de estado da energia escura, o que caracteriza a inflação cósmica e a expansão acelerada do universo.
Outros objetivos incluem compreender a evolução do gás quente dentro dos aglomerados de galáxias, estudar a evolução das galáxias massivas nos aglomerados, e identificar galáxias distantes formadoras de estrelas.
A equipe do estudo espera encontrar muitos outros aglomerados de galáxias gigantes distantes da Terra, assim que a varredura por telescópio for concluída

Cientistas descobrem a origem de explosões cósmicas



Remanescente de supernova: O que sobra após a explosão
de uma estrela são nuvens de gases superaquecidos

Os astrônomos finalmente parecem ter descoberto por que as supernovas existem. A maioria dos cientistas acredita que uma supernova do tipo 1 é formada quando uma estrela-branca anã (o resto que sobrou de uma velha estrela) fica instável por exceder o limite de sua massa.
A instabilidade pode acontecer pelo choque de duas estrelas-anãs ou por acreção – um processo astronômico no qual a estrela anã traz, com seu campo de gravidade, material de outras estrelas que se depositam nela.
Usando um telescópio da NASA chamado Chandra, uma equipe de cientistas descobriu que a maior parte das supernovas em nossa galáxia é gerada pelo choque de duas estrelas anãs – se elas se formassem por acreção, as galáxias em geral seriam 50 vezes mais brilhantes do que são atualmente.
Pares de estrelas-anãs são dificilmente encontrados e quando eles se chocam a explosão dura apenas alguns décimos de segundo – por isso supernovas são raras.
Agora os cientistas querem descobrir se o choque de duas estrelas anãs é a causa de galáxias em formato espiralado. Saber de que forma as supernovas são criadas pode ajudar os astrônomos a medir distâncias no espaço e a encontrar matéria escura.

Buracos negros são devoradores compulsivos?



Quando a matéria que o buraco negro está engolindo vai caindo, ela aquece à medida que aproxima-se do buraco negro e, eventualmente, sua temperatura fica tão alta, que ela brilha. Se há muita matéria sendo devorada, dizemos que o buraco negro é bastante ativo. Os buracos negros mais ativos geram núcleos galácticos extremamente ativos, conhecidos como quasares, que costumam apresentar um brilho equivalente ao de um trilhão de sóis, mais brilhante até do que uma galáxia.
Sempre se acreditou que a maioria dos quasares resultava de eventos extremos, como colisões de galáxias, que alimentavam o buraco negro com uma quantidade enorme de matéria em um único evento. Mas também se sabia que existiam os quasares mais tranquilos, que devoravam sua matéria lentamente, “em pequenos lanches”, por assim dizer.
O professor Kevin Schawinski, um astrônomo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, resolveu testar esta crença sobre os buracos negros dos quasares, e num estudo examinou 30 quasares da coleção de imagens do telescópio Hubble e do telescópio Spitzer. Neste estudo, a equipe descobriu que das 30 galáxias examinadas, 26 não apresentavam sinais de colisões de galáxias, e apenas uma delas tinha sinais claros de uma colisão.
Mas mesmo o equipamento do Hubble não é capaz de fazer um zoom nas galáxias observadas, de forma que eles não sabem ainda qual o processo que está alimentando estes quasares. Schawinski acha que é uma combinação de fatores, como movimentos aleatórios de gases, disparos de supernovas, a absorção de pequenos corpos, e correntes de gases e estrelas alimentando o buraco negro central.
Os cientistas estão apostando suas fichas no telescópio espacial James Webb (STJW), a ser lançado em 2018. Ele pode ajudar os cientistas a resolver este enigma, pois vai operar na faixa do infravermelho, e será capaz de examinar em detalhe o que o Hubble e o Spitzer apenas descobriram existi

O estranho (mas necessário) Princípio da Incerteza



“Lisa, aqui nesta casa nós respeitamos as Leis da Termodinâmica!”, exclamou Homer, incomodado porque sua filha havia inventado uma máquina de movimento perpétuo (que “criava” sua própria energia, assim, poderia funcionar indefinidamente).
Com humor inteligente, Os Simpsons estavam se referindo a uma lei física segundo a qual não se pode simplesmente criar energia “do nada”. Até aqui, tudo bem. Quando passamos da física convencional para a quântica, porém, as coisas começam a complicar – e chegam a soar um tanto absurdas.
De acordo com o Princípio da Incerteza de Heisenberg (um dos pilares da física quântica), não é possível saber, com precisão, a velocidade e a posição de uma partícula. Quando você mede uma, a outra muda. É tão exótico que, desde que foi proposto (em 1927), muitos cientistas ainda quebram a cabeça com ele – Einstein, inclusive, ficava “incomodado”.
Para (tentar) facilitar as coisas, as pesquisadoras Stephanie Wehner e Esther Hänggi, da Universidade Nacional de Cingapura, fizeram uma analogia usando linguagem da informação. Elas propõem que, da mesma forma que você não consegue saber a localização e a velocidade de uma partícula, você não é capaz de decodificar ao mesmo tempo duas mensagens em uma mesma linha.
Ao decodificar uma, você dificulta a leitura da outra. Se o Princípio da Incerteza não existisse, você poderia ler ambas simultaneamente. É como gastar determinada quantidade de energia e conseguir o dobro de resultado. Resultado que aparece “do nada” – como na máquina de movimento perpétuo montada por Lisa.
“A Segunda Lei da Termodinâmica é algo que vemos em toda parte e que ninguém questiona”, diz o físico teórico Mario Berta, do Instuto Federal de Tecnologia da Suíça. “Agora sabemos que, sem o Princípio da Incerteza, seríamos capazes de quebrar a Segunda Lei”.
Assim, o Princípio continua estranho mas, se não existisse, as coisas seriam ainda mais estranhas

Mesmo que haja água na superfície da Lua, ela é seca por dentro




Nas últimas décadas, a maioria das sondas espaciais enviadas à Lua está girando em torno dos mesmos problemas, que os astrônomos se cansam de bater: afinal, há água na superfície da Lua? De que forma? Quanto há? Podemos fazer algum uso dela? Pois bem, um novo estudo da Universidade de Albuquerque (Novo México, EUA) afirma o seguinte: independente de quanto há de líquido na superfície, o interior da Lua é seco como a sua boca em manhãs de ressaca.
Análises recentes das rochas lunares estão descobrindo a incidência de água, em forma líquida, ou de gelo, mas os pesquisadores asseguram que isso se limita à superfície. Eles compararam a composição de rochas da Terra, amostras de meteoritos, rochas vulcânicas e rochas lunares. O objeto de comparação era a prevalência dos dois isótopos naturais do Cloro, o de massa 35 e o de massa 37, que são uma medida eficiente do quanto há de hidrogênio na rocha.
Grosso modo, é uma relação inversamente proporcional: quanto mais cloro em estado natural, menos hidrogênio há naquele ambiente, e por conseguinte, menos água. Isso acontece porque o Cloro, em geral, combina-se com o hidrogênio para formar Cloreto de Hidrogênio (HCl). Assim, se sobra Cloro na rocha, é porque não há hidrogênio suficiente para que estes átomos se unam.
Entre as rochas da Terra e os meteoritos, a quantidade de Cloro encontrada foi muito semelhante (variação inferior a 0,1%). Mas nas rochas lunares essa quantidade era 25 vezes maior. Isso leva a crer que a Lua é muito mais seca que a Terra. Pelo visto, a chance de encontrar lençois freáticos e rios caudalosos, quando um dia colonizarmos a Lua, não é lá muito grande

A água de Urano e Netuno brilha e pode ser líquida e sólida ao mesmo tempo



Uma nova descoberta mostra que a água em áreas profundas de Urano e Netuno possui um brilho amarelado e se comporta como um líquido e um sólido ao mesmo tempo. Este material exótico pode ajudar a explicar por que ambos os planetas têm campos magnéticos bizarros.
As condições extremas que existem no fundo de Urano e Netuno podem ser ideais para a formação dessa água “superiônica”. O fenômeno, entretanto, nunca ficou claro porque os pesquisadores não sabiam ao certo quais as pressões e temperaturas necessárias para sua formação.
Estudos entre 1999 e 2005 sugeriram que a água brilhante é formada a temperaturas acima de 2000° C ou menos, e se comportaria dessa maneira a pressões e temperaturas muito elevadas.
Sob tais condições, o oxigênio e os átomos de hidrogênio nas moléculas de água ionizariam; o oxigênio formaria uma estrutura de cristal e os íons de hidrogênio seriam capazes de fluir através dessa grade como um líquido.
Agora, uma pesquisa recente sugere que ambos os planetas possuem uma espessa camada desse material. Os resultados mostram que a água superiônica deve se estender do núcleo rochoso até cerca de metade da superfície de cada planeta.
As simulações assumem as condições mais extremas possíveis dentro de ambos os planetas, com temperaturas atingindo até 6.000° C e pressões de 7.000 mil vezes a pressão atmosférica da Terra.
Essas evidências ajudam a entender os campos magnéticos desses planetas. Enquanto o campo magnético da Terra se assemelha ao de um ímã de barra, as proximidades de Urano e Netuno podem ter campos de polaridade oposta.
Um trabalho de 2006 considerou possível que o interior de ambos os planetas contivesse uma estreita camada de material eletricamente condutor em constante agitação, o que gerava os campos magnéticos. Esta camada condutora seria feita de água iônica, em que as moléculas tivessem se dividido em íons de oxigênio e hidrogênio. Ou seja, as provas da água iônica coincidem com esse comportamento magnético.
Porém, a pesquisa atual acrescenta que essa água também conduz eletricidade através do fluxo dos íons de hidrogênio. Então, alguma coisa deve estar “barrando” a agitação da água superiônica, o que tornaria o campo magnético mais ordenado.
Uma das suposições dos cientistas é que os elétrons da água superiônica podem absorver a radiação infravermelha. As simulações indicam que eles tendem a ficar perto dos átomos de oxigênio, fazendo com que a maioria da água fique transparente ao “calor”. Isso tornaria mais fácil para o calor dos núcleos dos planetas irradiarem através da água superiônica, e não haveria a convecção necessária que deixaria o campo mais ordenado.
Os cientistas consideram os resultados um grande avanço para o entendimento de estruturas planetárias internas

Cientistas usam calor para congelar água



Já pensou em água se transformando em gelo enquanto é aquecida? Os cientistas descobriram que, sim, isso é possível.
Você aprendeu na escola que a água congela na temperatura de zero graus Celsius. Surpreendentemente, foi descoberto que se ela estiver em uma garrafa lisa e sem nenhuma partícula de poeira, ela pode ficar líquida em até 40 graus negativos – os cientistas chamam essa forma de “super-resfriada”.
A explicação para que a água se transforme em cristais de gelo na natureza seria, então, a poeira do ambiente.
Agora a última descoberta dos cientistas é que a água pode se transformam em gelo em altas temperaturas. Usando filmes piroelétricos quase-amorfos, que mudam de carga elétrica com o calor, eles conseguiram congelar água aquecendo-a.
O esquema é simples. Quando esses pequenos filmes estão com carga positiva, a água se torna mais fácil de congelar, e, quando a carga é negativa, o contrário acontece. Então seria possível que a água congelasse enquanto está sendo aquecida, pois o calor modificaria a carga elétrica do filme também.
As descobertas não são só bonitinhas, como truques de mágica. Elas podem auxiliar na crio-preservação de células, na proteção de plantações contra temperaturas muito baixas e no entendimento da formação de nuvens

A Terra vista a partir de outro planeta



O que é o que é: um pontinho branco no meio do céu de Marte? Nós!
Essa é a primeira imagem que temos do nosso planeta “fotografada” da superfície de um outro astro além da Lua. Ela foi tirada pela Mars Exploration Rover Spirit uma hora antes do amanhecer em Marte, no 63 dia do calendário marciano.
A imagem não é apenas uma foto, na verdade, e sim várias fotos tiradas pela sonda e unidas para formar uma visão mais geral do céu marciano. O contraste da imagem também foi aumentado para que a Terra seja mais fácil de ser identificada.

E se a Terra Parasse de Girar ?



Você já se perguntou o que aconteceria se a Terra parasse de girar? Não são apenas os dias e as noites que acabariam. Confira a foto abaixo:
se a terra parasse sem girar o que aconteceria
Essa é uma estimativa do que aconteceria com os nossos oceanos. Os nossos continentes virariam um só! Sem a força centrífuga que atua em nosso planeta por causa de sua rotação, a água se concentraria onde há mais gravidade. Ou seja, ela sairia do equador e ficaria próxima aos pólos do planeta, deixando a parte central do planeta completamente seca.
Lembramos que essa é uma estimativa relativa ao movimento de rotação, que a Terra faz em volta de si mesma, e não o movimento de translação, que ela faz em volta do Sol. O que aconteceria é que ainda teríamos o ano, mas não mais a divisão de dias. Estranho, certo

A força gravitacional da Terra pode ter alterado a superfície da Lua



Segundo um novo estudo, a Terra pode ter alterado a formação da superfície lunar. Os cientistas afirmam que a atração gravitacional do planeta distorceu a forma da Lua.
Isso levou a um “abaulamento” no equador da Lua e pode explicar por que o seu lado escuro (não vísivel) é mais elevado do que o lado visível (o hemisfério voltado à Terra) até hoje.
O lado escuro da Lua permanece um mistério em muitos aspectos. Essa área, com muitas crateras e algumas das planícies vulcânicas que caracterizam o lado visível da Lua com o qual os seres humanos estão familiarizados, é muito mais alta, vários quilômetros maior em alguns pontos.
Agora, os cientistas acreditam que a culpa disso é da Terra. Mais de quatro bilhões de anos atrás, logo após a Lua ter se formado, mas antes dela solidificar sua essência, sua crosta flutuava sobre um mar de magma.
Durante este tempo, a Terra foi capaz de dar um “puxão” nesta crosta flutuante, distorcendo-a, em um processo parecido com os “puxões” que a Lua exerce sobre a Terra hoje, que criam as marés dos oceanos.
Esse movimento levou ao derretimento da crosta da lua e ao afinamento dos pólos onde a tensão foi maior, enquanto a crosta ao redor do equador ficou mais grossa e mais “gorda”.
Os pesquisadores acreditam que esses processos podem explicar entre 25% e 40% da topografia da Lua. Mas, embora a evidência que confirme essas descobertas permanece na superfície elevada do lado escuro, a evidência do lado visível tem sido destruída por atividades vulcânicas.
Os processos que levam a variações na espessura da crosta são chamados de “aquecimento de maré”. A parte da Lua que está apontando para a Terra começará a flexionar e a ser atraída para a Terra, enquanto o lado escuro será atraído para longe, e durante esses processos os pólos serão esticados e aquecidos.
Segundo os pesquisadores, a quantidade de tensão na rocha vai ser maior nos pólos, por isso haverá mais aquecimento e não haverá mais crosta fina nos pólos.
Hoje, o abaulamento ocorre provavelmente através do sistema solar. Os oceanos da Terra alteram a forma da Lua como resultado da força gravitacional da própria Lua.
Não é só a Terra que altera a forma de sua lua. O mesmo processo deve ocorrer na lua Europa, de Júpiter. A Europa é constituída por uma crosta de gelo em um oceano de água, e a força gravitacional maciça de Júpiter deve distorcer a forma da lua de forma muito parecida com o processo descrito neste estudo. Um processo similar também pode estar ocorrendo na lua Titã, a maior de Saturno. 

A superfície da Terra está se deslocando para o Norte



Segundo os cientistas, a superfície da Terra está se deslocando mais do que esperado. Enquanto você lê este texto, o planeta arrasta-se lentamente em direção ao Pólo Norte. Porém, esse deslocamento ao Norte, apesar de maior do que o esperado, só tem alguns efeitos menores sobre satélites, e nenhuma consequência aos seres humanos.
Os cientistas acreditam que a mudança da superfície da Terra é em grande parte devido ao derretimento da camada de gelo que cobria a maior parte do Canadá e uma parte do norte dos Estados Unidos durante a última Era Glacial.
Para calcular o deslocamento, os cientistas combinaram dados de satélites da NASA sobre gravidade, medições de GPS dos movimentos da superfície global e um modelo desenvolvido pela NASA que estima a massa de oceano da Terra a partir de qualquer ponto do fundo do oceano.
Os pesquisadores descobriram que o deslocamento da massa de água em todo o mundo, combinada com a chamada repercussão pós-glacial, está mudando a superfície da Terra em relação ao seu centro de massa em 0,88 milímetros por ano em direção ao Pólo Norte.
A recuperação pós-glacial é a resposta da parte sólida da Terra ao recuo das geleiras e a consequente perda desse peso. Como as geleiras recuaram no final da última Idade do Gelo, a terra que estava sob esse gelo começou a subir, e continua a fazer isso até hoje.
As estimativas anteriores eram de 0,48 milímetros por ano. Segundo os pesquisadores, enquanto esse movimento ascendente do centro da Terra for de menos de um milímetro por ano, isso não terá qualquer impacto sobre a vida no planeta. Mas, se fosse algo parecido com um centímetro, então haveria uma enorme quantidade de mudanças.
No passado, os cientistas criaram modelos que previam que, em relação ao centro de massa da Terra, a crosta sólida na superfície devia estar se movendo para o norte. Atualmente, os dados concretos recolhidos pela pesquisa apóiam a previsão do modelo.
Apesar desse movimento não ter um impacto em nossas vidas, os pesquisadores dizem que poderia afetar o rastreamento de naves espaciais. Além disso, esse deslocamento pode dizer mais sobre como a Terra se deforma sob tensã

Mickey Mouse é encontrado na superfície de Mercúrio



Para os teóricos da conspiração de plantão, eis mais uma prova de que seres extraterrestres estão observando nosso comportamento e cultura, chegando a reproduzir no planeta Mercúrio um personagem fictício tão querido dos humanos: Mickey Mouse. Temos que contra-atacar: acho que a Disney deveria processar os responsáveis por roupo de propriedade intelectual.
A imagem foi tirada pela nave Messenger, da NASA, dia 3 de junho. Ela é a primeira nave a orbitar Mercúrio, a fim de desvendar a história e a evolução do planeta mais interno do sistema solar (ou seja, mais próximo do sol). A missão já adquiriu 88.746 imagens e outros conjuntos extensos de dados, e deve tirar mais 80.000 imagens.
Essa foto em particular mostra três crateras ao sul do planeta, nas suas posições originais, a noroeste da cratera recentemente nomeada Magritte. Tal acumulação de crateras – parte de uma longa história geológica de Mercúrio – resultou numa sombra com semelhança incrível ao personagem Mickey Mouse.
A nave da NASA realiza mapeamentos de alto ângulo de incidência, uma atividade importante para entender a superfície do planeta. Elevados ângulos de incidência, obtidos quando o sol está perto do horizonte, resultam em longas sombras que acentuam a topografia em pequena escala de características geológicas, com uma resolução média de 200 metros por pixel.
Messenger deve ajudar os cientistas a descobrir a resposta para mistérios como a alta densidade de Mercúrio (atrás apenas da Terra); porque ele é o único, além de nós, que tem a proteção de um forte campo magnético; porque, apesar de sua proximidade com o sol, tem áreas congeladas a menos 170 graus Celsius; e o que causa sua órbita excêntrica, tão caótica que gera uma probabilidade (embora pequena) de perturbar outras órbitas ou colidir com outros planetas.

Telescópio Extremamente Grande será construído no Chile

 


O ESO (Observatório Europeu do Sul), principal organização intergovernamental em astronomia da Europa e observatório astronômico mais produtivo do mundo, anunciou recentemente a construção do “Telescópio Extremamente Grande Europeu”, o maior telescópio do mundo.
O ESO opera em três locais no Chile — La Silla, Paranal e Chajnantor — apesar de ser “europeu”. Uso o termo entre aspas, porque o projeto conta com quinze países membros, sendo um deles oBrasil, primeiro e único membro não europeu.
O ano de 2012 marca o 50º aniversário da fundação do ESO, apoiado por Áustria, Bélgica, Brasil, República Checa, Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Países Baixos (Holanda), Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
O maior telescópio atualmente, o Telescópio Muito Grande (Very Large Telescope, VLT), o mais avançado observatório de luz visível e maior conjunto de telescópios ópticos do mundo em uma única localização, também é do ESO, operado em Paranal.
O novo telescópio terá um espelho de 39 metros, quatro vezes maior que o do VLT. Na impressão feita por um artista gráfico abaixo, dá para ter uma noção do seu tamanho, comparando-o com os carros a sua volta.



Sua localização no deserto do Chile serve para evitar a poluição. Também, o Telescópio Extremamente Grande (Extremely Large Telescope, ELT) ficará no alto de uma montanha de 3.060 metros, numa posição altamente privilegiada.
Com esse novo telescópio poderoso, os astrônomos poderão observar planetas rochosos escuros muito além do nosso sistema solar. Ele também pode ajudar a desvendar mistérios como a natureza dos buracos negros, a formação de “matéria escura“, que não pode ser observada diretamente, apesar de hipóteses sugerirem que ela cobre a maior parte do universo, e a “energia escura“, que parece conduzir a expansão do universo a ritmo acelerado.
O projeto, de custo de 872 milhões de libras esterlinas (2,83 bilhões de reais), já foi pré-aprovado e deverá ficar pronto até 202

Cientistas preveem que o tempo irá parar completamente



Cazuza que nos perdoe, mas parece que a ideia de que “o tempo não para” pode estar com os dias contados. Segundo teoria desenvolvida por pesquisadores da Universidade do País Basco e da Universidade de Salamanca (Espanha), o tempo está gradualmente desacelerando e, algum dia, irá simplesmente parar.
Ao observar supernovas distantes (estrelas que “explodiram”), astrônomos perceberam que as partículas que elas emitem parecem se mover mais rápido do que as daquelas que estão mais próximas de nós. Alguns acreditam que esse fenômeno é explicado pela “energia escura” – uma espécie de força gravitacional.
Como alternativa, os pesquisadores Jose Senovilla, Marc Mars e Raul Vera propõem que, na verdade, o tempo está se desacelerando e, por isso, as tais partículas se movem mais rápido. Daqui a alguns bilhões de anos (ufa!), o tempo terá se desacelerado até parar. “Tudo estará congelado, como numa foto, para sempre”, disse o prof. Senovilla.
Alguns leigos dizem que o tempo realmente passa mais devagar: durante o expediente. Mas aí já é outra história