O ESO (Observatório Europeu do Sul), principal organização
intergovernamental em astronomia da Europa e observatório astronômico mais
produtivo do mundo, anunciou recentemente a construção do “Telescópio
Extremamente Grande Europeu”, o maior telescópio do mundo.
O ESO opera em três locais no Chile — La
Silla, Paranal e Chajnantor — apesar de ser “europeu”. Uso o termo entre aspas,
porque o projeto conta com quinze países membros, sendo um deles oBrasil, primeiro e único
membro não europeu.
O ano de 2012 marca o 50º aniversário da
fundação do ESO, apoiado por Áustria, Bélgica, Brasil, República Checa,
Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Países Baixos (Holanda),
Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
O maior telescópio atualmente, o Telescópio
Muito Grande (Very Large Telescope, VLT), o mais avançado observatório de
luz visível e maior conjunto de telescópios ópticos do mundo em uma única
localização, também é do ESO, operado em Paranal.
O novo telescópio terá um espelho de 39
metros, quatro vezes maior que o do VLT. Na impressão feita por um artista
gráfico abaixo, dá para ter uma noção do seu tamanho, comparando-o com os
carros a sua volta.
Sua localização no deserto do Chile serve
para evitar a poluição. Também, o Telescópio Extremamente Grande (Extremely
Large Telescope, ELT) ficará no alto de uma montanha de 3.060 metros, numa
posição altamente privilegiada.
Com esse novo telescópio poderoso, os
astrônomos poderão observar planetas rochosos escuros muito além do nosso
sistema solar. Ele também pode ajudar a desvendar mistérios como a natureza dos
buracos negros, a formação de “matéria escura“,
que não pode ser observada diretamente, apesar de hipóteses sugerirem que ela
cobre a maior parte do universo, e a “energia escura“,
que parece conduzir a expansão do universo a ritmo acelerado.
O projeto, de custo de 872 milhões de
libras esterlinas (2,83 bilhões de reais), já foi pré-aprovado e deverá ficar
pronto até 202
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