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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Foto do Hubble mostra nebulosa planetária ao redor de estrela anã branca

 


 A nebulosa planetária NGC 6891 (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, A. Hajian (University of Waterloo), H. Bond (Pennsylvania State University), B. Balick (University of Washington); Processamento: Gladys Kober (NASA/Catholic University of America)

O telescópio espacial Hubble observou a nebulosa planetária NGC 6891 durante um estudo recente. A imagem resultante das observações, voltadas para estabelecer a distância até o objeto, mostra detalhadamente alguns dos componentes da estrutura da NGC 6891 — incluindo seu halo externo e camadas em forma elíptica, que a envolvem em diferentes orientações. 

Localizada na constelação de Delphinus, o Golfinho, a NGC 6891 é uma nebulosa planetária brilhante e assimétrica. Ela foi escolhida para o estudo porque pode ajudar os astrônomos a estabelecer medidas mais precisas da distância até outros objetos do tipo, contribuindo também para o entendimento de como esses objetos se formam e evoluem. 

O registro traz alguns detalhes interessantes sobre a nebulosa. Um deles é o halo esférico externo dela, que parece se expandir mais rapidamente que a nebulosa interna, enquanto duas camadas elípticas aparecem em diferentes orientações. Existem, ainda, nós e filamentos no interior da nebulosa, que cercam a estrela anã branca ali. Os movimentos deles indicam que uma das camadas parece ter 4.800 anos, enquanto o halo chega a 28.000. 

Essas diferenças podem ter sido causadas por várias explosões vindas da estrela no centro da nebulosa, que está "morrendo". A NGC 6891 é formada por gás ionizado pela anã branca em seu centro, que removeu os elétrons dos átomos de hidrogênio. Como resultado, os elétrons energizados vão para um estado menos energético, e durante essa mudança, emitem energia na forma de luz. Na prática, isso faz com que o gás da nebulosa brilhe. 

O que é uma nebulosa planetária?

Apesar de o nome parecer indicar alguma relação com planetas, as nebulosas planetárias são, na verdade, uma etapa da evolução estelar. Quando estrelas como o Sol consomem todo o hidrogênio em seu núcleo, elas se expandem em gigantes vermelhas; nesta etapa, a estrela perde a maior parte de suas camadas, deixando para trás um núcleo quente que, depois, se tornará uma estrela anã branca.

Depois, um vento quente vindo do núcleo segue em direção às camadas expelidas e as empurra para fora, criando formas graciosas e filamentos como aqueles que você viu na imagem. A “confusão” com o nome se deve mais a uma classificação histórica incorreta: quando astrônomos observaram as primeiras nebulosas planetárias com telescópios menos potentes que aqueles disponíveis hoje, pensaram que estavam vendo planetas gasosos — daí o nome que as relaciona a planetas.

Fonte: canaltech.com.br

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