Você já ouviu falar de tubos de lava na Lua? Se a resposta for "não", talvez seja melhor ir se adaptando ao termo. Segundo uma nova publicação na revista Earth-Science Reviews, nosso satélite natural tem algumas dessas gigantes cavernas rochosas que podem servir como residências humanas no futuro.
O documento aponta que tanto a Lua quanto Marte têm várias tubulações vulcânicas que podem atingir o mesmo comprimento do Empire State Building, nos Estados Unidos, e ter aberturas do tamanho de um campo de futebol.
Afinal, como os tubos de lava podem ajudar na sobrevivência da vida humana no Espaço?
Entendendo a formação dos tubos de lava
Um tubo de lava é um túnel formado no interior de um planeta ou astro derivado de um antigo fluxo intenso durante uma explosão vulcânica. Na maioria das vezes, só notamos um desses canais na Terra quando ocorre um colapso parcial ou integral da sua estrutura, e uma queda parcial pode formar uma espécie de "claraboia" que fornece um acesso à superfície.
Segundo pesquisadores, tubos de lava são detectados na Lua e em Marte desde a década de 1960, mas se tornaram mais evidentes conforme um maior número de imagens por satélite passou a chegar em nosso planeta. Enquanto um túnel desse tipo na Terra mede cerca de 40 metros de largura e comprimento, as versões lunares e marcianas são extremamente maiores. De acordo com Riccardo Pozzobon, coautor do estudo, as estruturas lunares chegam a medir entre 300 e 700 vezes mais do que as encontradas aqui, algo perto de 500 metros a 900 metros de diâmetro.
Implantando uma cidade no Espaço
Um tubo com proporções tão grandes seria capaz de comportar uma cidade inteira dentro de suas estruturas. Além disso, os cientistas creem que essa pode ser uma boa saída para instaurar um modelo de vida fora da Terra.
A forte camada de pedras dos tubos de lava ofereceria proteção contra a queda de meteoros, que não queimam tão rapidamente na fina atmosfera lunar. Além disso, é possível que esses ambientes contenham uma camada de água congelada e uma variação de químicos voláteis que serviriam como combustível.
Os cientistas fizeram questão de ressaltar que muitos estudos ainda precisariam ser feitos antes de o plano ser concretizado. Mas não custa sonhar, não é?
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