Cientistas do Observatório de Apache Point, Estados Unidos, elaboraram um mapa tridimensional que fornece mais detalhes sobre energia escura, um dos maiores mistérios da ciência. Denominado “The Extended Baryon Oscillation Spectroscopic Survey” (eBOSS), o trabalho foi desenvolvido através de dados do telescópio Sloan Digital Sky Survey e revela a história e taxa de expansão do universo, desde quando ele tinha menos de três bilhões de anos.
Os resultados mostram que 69% de sua energia são do tipo escura, enquanto o fenômeno indica a constante cosmológica, proposta por Einstein — resultado da forma mais simples de energia do espaço vazio —, que estaria alinhada ao processo acelerado de crescimento do cosmos.
O trabalho também se concentra na observação de mais de dois milhões de galáxias e quasares, ao longo de duas décadas, em uma gama de distâncias inexploradas por outros modelos. Nesse sentido, afirma que atualmente a única maneira de sentir a presença da energia escura é através de observações do universo por telescópios.
Distribuição de galáxias e quasares desde o início do universo e sua relação com energia escura
Outro ponto destacado é quanto à geometria do espaço, o qual apresenta uma forma plana, ao contrário de recentes estudos baseados em radiação cósmica que sugeriam o formato curvo de sua geometria — e consistente com a teoria mais relevante sobre o Big Bang.
Por meio do estudo, é possível medir diferentes distâncias no espaço e descobrir a rapidez da expansão do universo nos últimos 11 bilhões de anos. Vale informar que a teoria para análise deste caso se pauta na ideia de que as galáxias mais distantes são mais jovens, pois a emissão de sua luz levou milhões ou até bilhões de anos para chegar aos aparelhos.
Os pesquisadores também destacam a importância de uma nova geração de telescópios para explorar, em alta resolução, o mesmo período de tempo em muitas outras galáxias.
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