Quer saber de algo que vai fazer você se sentir como um micróbio? Nossa galáxia, a Via Láctea, uma grande coleção de centenas de bilhões de estrelas e planetas, é apenas um pequeno núcleo enterrado profundamente dentro de uma enorme bolha de gás com milhões de graus que está girando a uma velocidade assustadora de 640 mil quilômetros por hora. Os astrônomos sabem há algum tempo que a nossa galáxia está situada dentro de um nimbo feito de um difuso material de formação de estrelas chamado plasma. Mas, até agora, achávamos que este plasma extra-galático era estacionário. Não é bem assim, de acordo com um novo estudo da Universidade de Michigan, nos EUA, que usou dados de arquivo do telescópio XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia, para medir como a luz desta névoa gigante ao redor de nós tem se curvado e distorcido ao longo dos milhões de anos-luz que ela viaja para alcançar nossos olhos.
Ao examinar as mudanças no comprimento de onda dos átomos de oxigênio, os pesquisadores foram capazes de mostrar que a nossa bolha galática não só está girando, como está girando insanamente rápido, e na mesma direção que a Via Láctea. Isso nos dá uma pista importante sobre a forma como a nossa galáxia foi formada. “Isso (a descoberta) nos diz que essa atmosfera quente é a fonte original de uma grande quantidade de matéria. Ao continuar a estudar a grande Bolha-Mãe, os astrônomos esperam aprender mais sobre como a matéria entrou no pequeno embrião cheio de estrelas de uma galáxia que chamamos de lar ao longo do tempo cósmico. Claro, eles eventualmente vão descobrir que a nossa galáxia, com bolha e tudo, é nada mais do que uma bola de gude em um saco gigante de bolas de gude pertencentes a uma espécie de Deus excêntrico, mas vamos deixar eles chegarem lá por conta própria.
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