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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

M1



O M1 é o primeiro objeto do catalago Messier, o M1 é um remanescente de supernova, sendo restos da explosão de uma morte de uma estrela maciça, algo que foi testemunhado por astrônomos chineses no ano de 1054. 

Esse remanescente está se expandindo, e nesta linda imagem, podemos ver os átomos de oxigênio ionizado em azul e podemos ver átomos de hidrogênio em vermelho.

Nebulosa M1-67

Bela Imagem da Nebulosa M1-67 Feita Pelo Telescópio Espacial Hubble.

Concorrência Espacial



Depois do projeto dos EUA do Ônibus Espacial, a então URSS também apresentou sua versão para se equiparar ao concorrente. 

Foi proposto então o Buran, que fez o primeiro voo só no final dos anos 80, mas depois, com o fim da URSS, o projeto terminou mais ou menos assim:

Nebulosa Olho de Gato



A imagem mostra uma nebulosa planetária. Ela é conhecida como Nebulosa Olho de Gato, por conta da sua aparência. 

Ela está há 3.000 anos-luz da Terra. 

Uma nebulosa planetária se forma quando uma estrela semelhante ao sol passa a ejetar seus gases. A foto foi capturada em 2004.

M45




Bela imagem do aglomerado estelar M45, as Plêiades. Com as estrelas envoltas pela nebulosidade.

Mapa de Plutão




A NASA criou esse mapa de Plutão com as fotos tiradas pela New Horizons, as partes em preto são partes do planeta anão que a sonda não conseguiu tirar fotos, quem sabe futuramente a NASA não mande uma missão pra estudar Plutão e seu sistema de luas, como a missão Cassini que estuda Saturno.

Nebulosa do Coração



A Nebulosa do Coração, IC 1805 , Sh2-190 ,
fica a cerca de 7500 anos-luz de distância da
Terra e está localizada no Braço de Perseus na
constelação de Cassiopeia. É uma nebulosa de
emissão mostrando gás brilhante e faixas
escuras de poeira. A nebulosa é formada por
plasma de hidrogênio ionizado e elétrons livres.

A parte mais brilhante da nebulosa é classificada
separadamente como NGC 896 , pois foi a
primeira parte da nebulosa a ser descoberta.

Nebulosa Coroa Austral




A Nebulosa Coroa Austral é uma nebulosa de
reflexão localizada na constelação de corona
australis.


Hubble



A imagem da direita foi a primeira foto capturada pelo telescópio Hubble. Na esquerda está a mesma imagem feita de um telescópio no Chile. 

Com ela é possível ver a importância do Hubble. A atmosfera terrestre distorce a luz -- e consequentemente a imagem. A foto do Hubble é muito mais nítida do que a feita da Terra.

Essa primeira imagem serviu para que fosse possível realizar os últimos ajustes de foco do telescópio.

Nosso Céu e Alpha Centauri



Uma leve montagem de como seria
nosso céu, mudando nossa estrela, o
Sol, pelo sistema Alpha Centauri.

Composta de duas estrelas, a estrela
Alpha 'A' ligeiramente mais massiva
e luminosa que o Sol, está localizada
a 4.47 anos-luz de distância daqui
da Terra. A terceira estrela (o ponto
de luz à esquerda) é Proxima
Centauri, uma anã vermelha e
terceiro membro do sistema. (Estrela
mais próxima da terra, depois do
Sol)

Galáxia do Sombreiro



A galáxia do Sombreiro (Messier 104, NGC 4594), é uma galáxia espiral com núcleo brilhante rodeado por um disco achatado de material escuro, que fica a 28 milhões de anos-luz de distância.

Essa brilhante galáxia é conhecida como sombrero devido a sua aparência característica que se assemelha a um chapéu, foi descoberta em 1912, por Vesto Slipher no observatório Lowell.

A galáxia NGC 4594 possui uma magnitude aparente de +8,3, uma declinação de -11º 37' 23" e uma ascensão reta de 12 horas, 39 minutos e 59,4 segundos.


Será possível então algo escapar ou ser emitido de um buraco negro?





Buracos negros se formam quando estrelas maciças consomem todo o seu combustível o que faz seu tamanho diminuir, tornando-se uma fração do tamanho original.

De acordo com a Relatividade Geral, nada, nem mesmo a luz pode escapar da imensa atração gravitacional gerada por este objeto.
Será possível então algo escapar ou ser emitido de um buraco negro?

A teoria quântica nos apresenta um cenário plausível para isto: pares de partículas virtuais são criadas fora do horizonte de eventos. Um membro do par sendo uma partícula e a outra uma antipartícula.

Então, se há um buraco negro nas proximidades é possível que a partícula virtual de energia negativa cai nele. Com energia positiva, sua companheira poderá escapar das proximidades do buraco negro.

Assim, para um observador distante, parecerá que ela foi emitida do buraco negro.

Está foto de 1999 mostra a lua Io e sua sombra refletida sobre a superfície de Júpiter.




O planeta tem 67 luas confirmadas. A Io é uma das quatro maiores, conhecidas como luas galileanas, pois foram descobertas por Galileu Galilei. 

A sombra da Io anda sobre a superfície de Júpiter a uma velocidade de 17 km por segundo.

Dois mundos e um único Sol



Quão diferente é o pôr-do-Sol na
Terra e em Marte?

Em comparação, foram registradas
duas imagens da nossa estrela ao se
pôr em Marte e na Terra.

Estas imagens foram escaladas para
ocupar a mesma largura angular,
sendo apresentadas neste quadro
lado a lado.

Uma breve analise demostra que o
Sol aparenta ser levemente menor
em Marte do que na Terra, já que
Marte é cerca de 50% mais distante
do Sol.

O mais impressionante, talvez, é que
o pôr-do-Sol marciano tem tons
notavelmente mais azulados do que
os tons alaranjados que observamos
na Terra.

A razão para as tonalidades azuis
em Marte não é totalmente
compreendida ainda, mas suspeita-
se que esteja relacionado às
propriedades de dispersão da luz
encontradas na poeira marciana.

A imagem do pôr-do-Sol terrestre foi
registrada em março de 2012, em
Marselha, França, enquanto o pôr-
do-Sol marciano foi registrado no
mês passado pelo rover Curiosity, na
Cratera Gale em Marte.

Albireo, na constelação de Cisne.




Estima-se que a maior parte das estrelas da Via Láctea seja membro de sistemas binários. Estrelas deste tipo mantém órbita uma em torno da outra, mantendo uma grande distância mútua. Mesmo em maioria, apenas alguns sistemas binários simples podem manter certos tipos de órbitas estáveis. Em cada órbita dessas, provavelmente haveria um período durante o qual o planeta seria quente ou frio demais para sustentar algum tipo de vida.


Alnitak, Alnilam e Mintaka: o cinturão de Órion sob a lente de Martin Mutti



Alnitak , Alnilam , e Mintaka, são as três brilhantes estrelas
azuis da esquerda para a direita (este para oeste) ao longo
da diagonal nesta aguçada visão cósmica. Conhecidas
também como o Cinturão de Órion, essas três estrelas
supergigantes azuis são muito mais quentes e massivas
que o Sol .

Estas estrelas poderosas residem a cerca de 1.500 anos-
luz da Terra. Alnitak , Alnilam, e Mintaka nasceram no
bastante conhecido e estudado berçário estelar de Órion. A
propósito, as nuvens de gás e poeira interestelar nesta
região nos mostram alguns formatos intrigantes e
surpreendentes tais como a nebulosa negra da Cabeça de
Cavalo e a NGC 2024 – Nebulosa da Flama ao lado de
Alnitak , à esquerda.

A fabulosa nebulosa de Órion fica abaixo deste campo
estelar que cobre uma área com cerca de 4,5º x 3,5º do
céu

Galáxia M83



Imagem mostra detalhe dos braços empoeirados da galáxia M83.Atenção para os bolsões de formação de novas estrelas

As geladas asas azuis da Hen 2-437




Nesse instantâneo cósmico, as espetaculares asas simétricas da Hen 2-437 se apresentam nesta matriz com um magnífico azul gelado.

Hen 2-437 é uma nebulosa planetária, um dos aproximadamente 3 mil objetos conhecidos que residem na região interna da Via Láctea.

Situada na constelação do hemisfério norte da Raposa, Hen 2-437 foi identificada pela primeira vez em 1946 por Rudolf Minkowski, que mais tarde também descobriu a famosa e igualmente bela M2-9 (também conhecida como a Nebulosa dos Jatos Duplos).

Hen 2-437 foi adicionada a um catálogo de nebulosas planetárias mais de duas décadas depois pelo astrônomo e astronauta Karl Henize.

Nebulosas planetárias como a Hen 2-437 se formam quando um envelhecimento de uma estrela de baixa massa — tal como o nosso Sol — atinge os estágios finais de sua vida.

A estrela se infra e se torna uma gigante vermelha, antes de lançar suas exteriores camadas gasosas para o espaço.

A estrela então encolhe lentamente para se tornar uma anã branca, enquanto o gás que foi expelido é lentamente comprimido e empurrado para o exterior pelos ventos estelares.

Como mostrado pela sua aparência extraordinariamente bela, Hen 2-437 é uma nebulosa bipolar — o material ejetado pela estrela moribunda tem transmitido ao espaço criando estes dois lóbulos gelados azuis, retratados nesta imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble.

O sistema estelar mais próximo de nós




No céu que cobre o Observatório de La Silla do ESO, o Cruzeiro do Sul é claramente visível junto ao lado direito da cúpula do telescópio dinamarquês de 1,5 metros e, na parte de baixo da imagem à direita, duas estrelas brilham intensamente no céu escuro.

Trata-se de Alfa e Beta Centauri, respectivamente, da direita para a esquerda.

A Alfa Centauri é uma estrela múltipla, o sistema estelar mais próximo da Terra.

Um pouco mais próximo da Terra do que as componentes brilhantes da Alfa Centauri, e invisível a olho nu, encontra-se a Proxima Centauri, a terceira estrela que pertence a este sistema estelar múltiplo.

É a nossa vizinha mais próxima, situando-se a uma distância de apenas 4,2 anos-luz.

Observações anteriores apresentam evidências interessantes, embora sutis, de uma pequena companheira em órbita desta estrela anã vermelha.

Uma campanha de observação que se iniciou em janeiro deste ano irá realizar buscas mais detalhadas dos desvios do movimento orbital da estrela anã, a procura da presença de um planeta do tipo terrestre em sua órbita: a campanha de divulgação Pálido Ponto Vermelho.

O instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher), que está montado no telescópio de 3,6 metros do ESO em La Silla, será utilizado para procurar o potencial novo planeta.

Medições obtidas com o HARPS complementarão observações obtidas no Las Cumbres Observatory Global Telescope Network e no Burst Optical Observer and Transient Exploring System.

A campanha também permitirá ao público acompanhar as observações científicas à medida que serão realizadas, revelando também o lado muitas vezes desconhecido da busca de planetas através de artigos de apoio e nas redes sociais.

Um conteúdo explicativo foi planejado sobre vários assuntos para a campanha — incluindo as técnicas de procura de exoplanetas — que serão escritos por astrônomos, cientistas e engenheiros dos observatórios envolvidos na campanha, como também por escritores de ciência, observadores e outros peritos na matéria.

A Nebulosa da Lagoa em hidrogênio, enxofre e oxigênio



A majestosa Nebulosa da Lagoa é preenchida por gás aquecido e reside em sua região diversas estrelas jovens.

Estendendo-se por 100 anos-luz, a Nebulosa da Lagoa se situa a 5 mil anos-luz de distância da Terra, sendo tão grande e brilhante ela pode ser observada no céu mesmo sem auxílio de um telescópio na direção da Constelação do Sagitário.

Muitas estrelas brilhantes são visíveis no aglomerado estelar NGC 6530, um aglomerado aberto que se formou no interior da nebulosa há apenas alguns milhões de anos.

A nebulosa maior, denominada como Messier 8 (M8) ou NGC 6523, recebe o apelido de “Lagoa” devido a faixa de poeira observada à direita do centro do aglomerado estelar NGC 6530.

Esta bela composição foi registrada pelo astrofotógrafo John Nemcik, utilizando filtros que selecionam a radiação emanada pelo hidrogênio (em tons amarronzados), enxofre (tons avermelhados) e oxigênio (tons azulados) apresentados em cores enriquecidas.

Trata-se de um panorama recentemente processado da M8, capturando uma área no céu equivalente a duas vezes o diâmetro da Lua Cheia.

Os astrônomos julgam que a formação estelar continua a se desenvolver na Nebulosa da Lagoa, devido a observação da presença de vários glóbulos de formação que residem em sua região.

NGC 3125




Descoberto pelo astrônomo John Herschel em 1835, NGC 3125 é um grande exemplo de uma galáxia starburst - uma galáxia na qual um número elevado de estrelas está se formando.

A bolha azul de Carina




No centro desta bela imagem registrada pelo Telescópio Espacial Hubble está uma estrela do tipo Wolf-Rayet, conhecida como WR 31a, localizada a cerca de 30 mil anos-luz de distância na Constelação da Carina.

A característica “bolha azul” cercando a estrela WR 31a e sua companheira estelar não catalogado, é uma nebulosa de Wolf-Rayet — uma nuvem interestelar de poeira, hidrogênio, hélio e outros gases.

Geradas quando rápidos ventos estelares interagem com as camadas externas de hidrogênio ejetada por estrelas de Wolf-Rayet, estas nebulosas são frequentemente esféricas ou em formato de anel.

Estima-se que a ‘bolha’ tenha se formado em torno de 20 mil anos atrás e está se expandindo a uma taxa cerca de 220 mil quilômetros por hora!

Infelizmente, o ciclo de vida de uma estrela Wolf-Rayet é de somente algumas centenas de milhares de anos — um piscar de olhos em termos cósmicos.

Classificação de Galáxias - Espirais




As galáxias espirais, quando vistas de frente, apresentam uma clara estrutura espiral. Andrômeda (M31) e a nossa própria Galáxia são espirais típicas. Elas possuem um núcleo, um disco, um halo, e braços espirais.

As galáxias espirais apresentam diferenças entre si principalmente quanto ao tamanho do núcleo e ao grau de desenvolvimento dos braços espirais.


Classificação de Galáxias - Elípticas




As galáxias elípticas apresentam forma esférica ou elipsoidal, e não têm estrutura espiral. Têm pouco gás, pouca poeira e poucas estrelas jovens. Elas se parecem ao núcleo e halo das galáxias espirais.

As galáxias elípticas variam muito de tamanho, desde super-gigantes até anãs. As maiores elípticas têm diâmetros de milhões de anos-luz, ao passo que as menores têm somente poucos milhares de anos-luz em diâmetro. As elípticas gigantes, que têm massas de até 10 trilhões de massas solares, são raras, mas as elípticas anãs são o tipo mais comum de galáxias.

Classificação de Galáxias - Irregulares




As galáxias irregulares são aquelas que eram privadas de qualquer simetria circular ou rotacional, apresentando uma estrutura caótica ou irregular. Muitas irregulares parecem estar sofrendo atividade de formação estelar relativamente intensa, sua aparência sendo dominada por estrelas jovens brilhantes e nuvens de gás ionizado distribuídas irregularmente. 

Em contraste, observações na linha de 21 cm, que revela a distribuição do gás hidrogênio, mostra a existência de um disco de gás similar ao das galáxias espirais. As galáxias irregulares também lembram as espirais no seu conteúdo estelar, que inclui estrelas de população I e II (jovens e velhas).

Os dois exemplos mais conhecidos de galáxias irregulares são a Grande e a Pequena Nuvens de Magalhães, as galáxias vizinhas mais próximas da Via Láctea, visíveis a olho nu no Hemisfério Sul

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Como se formaram os anéis de Saturno?


Há alguns milhões de anos atrás, ocorreu uma fase muito violenta de choques frequentes de objetos que acabaram se desintegrando e formando, na região central de Saturno (como se fosse na linha do Equador da Terra), um depósito de "sujeira". "É uma camada de grãos envolvida por gelo que, quando reflete a luz do Sol, forma esse anel (o único que conseguimos ver)", explica.

Os anéis de Saturno só têm mais material do que os outros e, por isso, são visíveis. "É provável que algumas centenas de milhões de anos para frente, Saturno não tenha mais anéis e esses materiais tenham se aglutinado e formado um satélite", diz Délcio Basso, da PUCRS.

Como é a rotação de Urano?



Pense numa esfera correndo em uma superfície lisa. O eixo de sua rotação fica a 90° do plano. É mais ou menos assim que se dá a rotação de Urano. Não se sabe exatamente o motivo pelo qual esse planeta tem essa característica, mas se tem uma ideia.

Délcio Basso explica o que aconteceria se, por exemplo, a Terra tivesse esse mesmo ângulo de inclinação: "Algo que dá estabilidade ao nosso eixo aqui é a Lua. Ela está se afastando a 4 cm por ano. Se não tivesse Lua, a vida aqui seria inviável. O eixo mudaria completamente em questão de meses, haveria muita ventania, o gelo derreteria e os desertos congelariam", diz Basso, que explica também que essa inclinação de Urano é mantida graças à ajuda de seus satélites.

Por que Marte muda de cor?




Ao ser observado, Marte pode apresentar diferentes cores, entre aspecto avermelhado e esverdeado. Essas mudanças, que antigamente se atribuíam à possibilidade de existir vida no planeta, se devem ao regime de ventos, explica Sandra dos Anjos.

"São provocadas por ventos que mudam de direção numa escala de tempo muito curta, mudando todas as características da superfície", diz a pesquisadora. Délcio Basso complementa: "outro motivo são os polos em função do inverno e do verão. O eixo de Marte também está um pouco inclinado, as calotas derretem e congelam. É gelo também de CO2, chamado de gelo seco."

Por que Mercúrio tem tantas e tão grandes crateras?




As crateras gigantes de Mercúrio têm origem exterior, segundo o responsável pelo Laboratório de Astronomia da PUCRS, Délcio Basso. Como Mercúrio não tem atmosfera, sofre os impactos diretos das colisões com asteroides, o que causa buracos enormes.

"Aqui, não percebemos boa parte do que vem de fora, porque esse material é incinerado na atmosfera, são as estrelas cadentes", explica. Outro motivo é a gravidade elevada do planeta, conta Sandra dos Anjos. O professor Délcio explica que as montanhas da Lua são formadas da mesma maneira. O corpo exterior bate na superfície lunar e faz um buraco. Esse buraco é preenchido por parte do material que está no interior da Lua e se solidifica, restando grandes montanhas circulares.




Como é formada a superfície de Plutão?



A superfície de Plutão é totalmente congelada. Lembre que o Sol, visto do planeta anão, está tão longe que, segundo descreve Délcio Basso, seria mais ou menos do tamanho da estrela Dalva vista da Terra. Plutão, por não ter as mesmas características dos planetas externos - ou gasosos -, foi "rebaixado".

"Plutão tem uma superfície com regiões muito escuras e muito claras. Devido ao fato de estar muito longe, a superfície deve preservar as condições do início de Formação do Sistema Solar. As regiões claras estão refletindo um tipo de gelo e as escuras, silicatos e rochas", conta Sandra dos Anjos.

O Sistema Kepler-444

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Os astrônomos descobriram um sistema solar antigo, formado pela estrela Kepler-444 e por 5 exoplanetas pequenos. O nome do sistema solar é Kepler-444, foi formado há 11,2 bilhões de anos, sendo o mais antigo sistema solar de exoplanetas de tamanho terrestre já descoberto, com exoplanetas com cerca de 2,5 vezes mais velhos que o planeta Terra. Os cientistas observaram as ondas de pressão da estrela Kepler-444, com isso, descobriram sua idade. Todos os 5 exoplanetas completam suas órbitas em torno da estrela Kepler-444 em menos de 10 dias.

No sistema Kepler-444, temos um exoplaneta conhecido como Kepler-444b, um dos 5 exoplanetas, que orbita sua estrela, Kepler-444, esse exoplaneta é menor que a Terra, orbitando sua estrela, que é menor que o nosso sol. O Kepler usou a técnica de observar a estrela por um tempo para encontrar o exoplaneta quando ele transitar a estrela, e quando o Kepler-444b transitou a estrela, teve uma queda de brilho de ~0.00266% na estrela Kepler-444, isso aconteceu quando o Kepler-444b estava a ~0.0392 UA de distância da estrela Kepler-444 (Segundo o modelo).

No sistema Kepler-444 também existem outros 4 exoplanetas, como o Kepler-444c, que é menor que a Terra e fez o brilho da estrela cair ~0.00431%, em uma distância de ~0.0438 UA de distância da estrela Kepler-444. Já o Kepler-444d, fez o brilho da estrela cair em ~0.00484%, em uma distância de ~0.0562 UA de sua estrela mãe, diferente do Kepler-444e, que fez o brilho da estrela cair em ~0.00521% em uma distância de 0.0653 UA da estrela Kepler-444. No sistema Kepler-444, também existe o exoplaneta Kepler-444f, que está a ~0.0761 UA da estrela Kepler-444, e fez o brilho da estrela Kepler-444 cair em ~0.00738%.

Kepler observa dançarinas estelares no exame das Plêiades

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Tal como bailarinas cósmicas, as estrelas do enxame das Plêiades giram. Mas estas dançarinas celestes giram a velocidades diferentes. Os astrónomos há muito que querem saber o que determina as rotações destas estrelas.

Esta imagem mostra o enxame estelar das Plêiades através dos olhos do WISE da NASA. Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA

Ao observar estas dançarinas estelares, o Telescópio Espacial Kepler da NASA, durante a sua missão K2, ajudou a recolher o mais completo catálogo de períodos de rotação de estrelas num enxame. Esta informação pode ajudar os astrónomos a ter uma visão sobre onde e como os planetas se formam em torno destas estrelas e como essas estrelas evoluem. Esperamos que, ao compararmos os nossos resultados com os de outros enxames, possamos aprender mais sobre a relação entre a massa de uma estrela, a sua idade e até mesmo sobre a história do seu sistema solar," afirma Luisa Rebull, investigadora no IPAC (Infrared Processing and Analysis Center) do Caltech em Pasadena, no estado americano da Califórnia. Ela é a autora principal de dois novos artigos e coautora de um terceiro sobre estes resultados, todos publicados pela revista Astronomical Journal.

O enxame aberto das Plêiades (M45) é um dos mais próximos e mais facilmente observáveis, situado, em média, a apenas 445 anos-luz da Terra. Com mais ou menos 125 milhões de anos, estas estrelas já podem ser consideradas jovens adultas. Nesta fase das suas vidas, as estrelas provavelmente giram mais rápido que nunca. À medida que uma típica estrela atravessa a idade adulta, perde alguma rotação devido à emissão abundante de partículas carregadas conhecida como vento estelar (no nosso Sistema Solar, chamamos a este fenómeno vento solar). As partículas carregadas são transportadas ao longo dos campos magnéticos da estrela que, no geral, exerce um efeito de travagem sobre a velocidade rotação da estrela.

Rebull e colegas procuraram aprofundar estas dinâmicas da rotação estelar com o Kepler. Tendo em conta o seu campo de visão no céu, o Kepler observou aproximadamente 1000 membros estelares das Plêiades ao longo de 72 dias. O telescópio mediu as velocidades de rotação de mais de 750 estrelas nas Plêiades, incluindo cerca de 500 das mais leves, pequenas e ténues do enxame, cujas rotações não podiam ser detetadas anteriormente com instrumentos terrestres. As medições da luz estelar pelo Kepler inferem a velocidade de rotação de uma estrela captando pequenas mudanças na sua luminosidade. Estas alterações resultam de "manchas estelares" que, tal como as mais conhecidas manchas solares do nosso Sol, formam-se quando as concentrações do campo magnético impedem a libertação normal de energia à superfície de uma estrela.

As regiões afetadas tornam-se mais frias do que os arredores e, por isso, aparecem escuras em comparação. À medida que as estrelas giram, as suas manchas estelares entram e saem do ponto de vista do Kepler, fornecendo uma maneira de determinar a velocidade de rotação. Ao contrário das minúsculas manchas que o nosso Sol, de meia-idade, por vezes apresenta, as manchas estelares podem ser gigantescas em estrelas jovens como as das Plêiades porque a juventude estelar está associada a uma maior turbulência e atividade magnética. Estas manchas estelares desencadeiam maiores quedas no brilho e tornam mais fáceis de obter as necessárias medições da rotação.

Durante as suas observações das Plêiades, emergiu um padrão claro nos dados: as estrelas mais massivas tendem a girar mais lentamente, enquanto as estrelas menos massivas tendem a girar mais rapidamente. Os períodos de rotação das estrelas grandes e lentas variam entre 1 e 11 dias terrestres. Muitas estrelas de pequena massa, no entanto, levam menos de um dia a completar uma pirueta (em comparação, o nosso calmo Sol completa uma rotação a cada 26 dias). A população de estrelas em rotação lenta varia de estrelas um pouco maiores, mais quentes e massivas que o Sol, até outras estrelas mais pequenas, frias e leves. No outro extremo, as estrelas velozes e de menor massa possuem, no mínimo, um-décimo da massa do Sol.

"No 'ballet' das Plêiades, vemos que as estrelas cuja rotação é lenta tendem a ser mais massivas, enquanto as mais rápidas tendem a ser muito leves," realça Rebull. Rebull e colegas sugerem que a principal fonte destas diferentes rotações é a estrutura interna das estrelas. As estrelas maiores têm um enorme núcleo envolto numa camada fina de material estelar que atravessa um processo chamado convecção, parecido com o movimento circular da água a ferver. As estrelas pequenas, por outro lado, consistem quase no seu todo de regiões convectivas. À medida que as estrelas envelhecem, o mecanismo de travagem dos campos magnéticos diminui mais facilmente a rotação da camada fina e mais externa das grandes estrelas do que a camada comparativamente espessa e turbulenta das estrelas pequenas.

Graças à proximidade das Plêiades, os investigadores pensam que deverá ser possível desembaraçar as complexas relações entre as velocidades de rotação e outras propriedades estelares. Essas propriedades estelares, por sua vez, podem influenciar os climas e a habitabilidade de exoplanetas aí presentes. Por exemplo, à medida que a rotação diminui, o mesmo acontece com a produção das manchas estelares e suas tempestades associadas. Uma menor quantidade de tempestades estelares significa uma menos intensa e prejudicial radiação libertada para o espaço, irradiando planetas próximos e suas biosferas potencialmente emergentes.

"O enxame das Plêiades fornece uma âncora para os modelos teóricos da rotação estelar em ambas as direções, jovens e velhas," afirma Rebull. "Ainda temos muito que aprender no que toca ao como, quando e porquê de as estrelas diminuírem os seus períodos de rotação. Rebull e colegas estão agora a analisar dados da missão K2 pertencentes a outro enxame estelar mais velho, o Presépio (M44), a fim de explorar este fenómeno da estrutura e evolução estelar.

"Estamos muito contentes com a missão K2 no que toca aos dados de enxames estelares, como as Plêiades, pois forneceu aos astrónomos novas informações e ajudou a aumentar o nosso conhecimento de como as estrelas giram ao longo das suas vidas," comenta Steve Howell, cientista da missão K2 no Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, Califórnia, EUA. A missão K2, em termos de estudos estelares, usa a capacidade do Kepler em observar com precisão as mudanças minúsculas na luz emitida. A missão principal do Kepler terminou em 2013, mas no ano seguinte começou a missão K2, que continua a fazer observações exoplanetárias e astrofísicas

Missão do FERMI expande a procura por matéria escura



Topo: os raios-gama (linhas magenta) oriundos de uma fonte brilhante como NGC 1275 no Enxame Galáctico de Perseu deverão formar um tipo particular de espectro (direita). Em baixo: os raios-gama convertidos em hipóteticas partículas tipo-axião (pontos verdes) e vice-versa quando encontram campos magnéticos (curvas cinzentas). O resultante espectro de raios-gama (curva à direita) deveria mostrar falhas e "escadas" não vistas nos dados do Fermi, o que significa que uma gama destas partículas não poderá constituir parte da matéria escura. Crédito: Laboratório do Acelerador Nacional SLAC/Chris Smith

A matéria escura, a misteriosa substância que constitui a maior parte do material do Universo, permanece tão evasiva como sempre. Embora experiências terrestres e espaciais tenham ainda de encontrar traços da matéria escura, os resultados estão a ajudar os cientistas a descartar algumas das muitas possibilidades teóricas. Três estudos publicados no início deste ano, usando seis ou mais anos de dados do Telescópio Espacial de Raios-gama Fermi da NASA, ampliaram a missão de caçar matéria escura usando algumas abordagens novas. Nós olhámos para os suspeitos do costume, nos locais habituais, e não encontrámos sinais sólidos, de modo que começámos a procurar algumas novas maneiras criativas," afirma Julie McEnery, cientista do projeto Fermi no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano do Arizona.

"Com estes resultados, o Fermi excluiu mais candidatos, mostrou que a matéria escura pode contribuir para apenas uma pequena parte do fundo de raios-gama para lá da nossa Galáxia, a Via Láctea, e produziu limites fortes para as partículas de matéria escura na segunda maior galáxia que a orbita. A matéria escura não emite nem absorve luz, interage principalmente com o resto do Universo através da gravidade e, ainda assim, corresponde a cerca de 80% da matéria no Universo. Os astrónomos vêm os seus efeitos em todo o cosmos - e na rotação das galáxias, na distorção da luz que passa através de enxames galácticos e em simulações do Universo jovem, que até exige a presença da matéria escura para a formação de galáxias.

Os principais candidatos para a matéria escura são classes diferentes de partículas hipotéticas. Os cientistas pensam que os raios-gama, a forma mais energética de luz, pode ajudar a revelar a presença de alguns tipos de partículas propostas da matéria escura. Anteriormente, o Fermi procurou sinais de raios-gama associados com a matéria escura no centro da nossa Galáxia e em pequenas galáxias anãs que a orbitam. Embora sem a descoberta de sinais convincentes, estes resultados eliminaram candidatos dentro de uma gama de massas e taxas de interação, limitando ainda mais as possíveis características das partículas de matéria escura.




A Pequena Nuvem de Magalhães, no centro, é a segunda maior galáxia satélite da Via Láctea. Esta imagem sobrepõe uma fotografia da galáxia com uma metade de um modelo da sua matéria escura (direita do centro). As cores mais claras indicam uma maior densidade e mostra uma forte concentração no centro da galáxia. 95% da matéria escura está contida dentro de um círculo que traça o limite exterior do modelo aqui visto. Em seis anos de dados, o Fermi não descobriu nenhuma indicação de raios-gama oriundos da matéria escura da Pequena Nuvem de Magalhães. Crédito: matéria escura - R. Caputo et al., 2016; fundo - Axel Mellinger, Universidade do Michigan Central

Entre os novos estudos, o cenário mais exótico investigado foi a possibilidade de a matéria escura consistir de partículas hipotéticas chamadas axiões ou outras partículas com propriedades semelhantes. Um aspeto interessante das partículas tipo-axião é a capacidade de conversão em raios-gama e vice-versa quando interagem com campos magnéticos fortes. Estas conversões deixariam para trás traços característicos, como falhas e "escadas" no espetro de uma fonte de raios-gama brilhante. Manuel Meyer da Universidade de Estocolmo liderou um estudo para procurar estes efeitos nos raios-gama de NGC 1275, a galáxia central do Enxame Galáctico de Perseu, localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância. Pensa-se que as emissões altamente energéticas de NGC 1275 estejam associadas com um buraco negro supermassivo no seu centro. Tal como em todos os aglomerados de galáxias, o Enxame de Perseu tem gás quente envolvido com campos magnéticos, que permitem a transição entre raios-gama e partículas tipo-axião. Isto significa que alguns dos raios-gama provenientes de NGC 1275 podem converter-se em axiões - e potencialmente de volta - enquanto viajam até nós.

A equipa de Meyer recolheu observações com o instrumento LAT (Large Area Telescope) do Fermi e procurou distorções previstas no sinal de raios-gama. Os achados, publicados no dia 20 de abril na revista Physical Review Letters, exclui uma pequena gama de partículas tipo-axião que poderiam ter constituído cerca de 4% da matéria escura. Apesar de não sabermos ainda o que é a matéria escura, os nossos resultados mostram que podemos examinar modelos tipo-axião e fornecer as restrições mais fortes, até à data, para certas massas," comenta Meyer. "Notavelmente, atingimos uma sensibilidade que pensávamos só ser possível numa experiência laboratorial dedicada, o que é uma prova da incrível capacidade do Fermi.

Outra classe ampla de candidatos da matéria escura são os chamados WIMPs (Weakly Interacting Massive Particles). Em algumas versões, os WIMPs que colidem ou se aniquilam mutuamente ou produzem uma partícula intermédia e de rápida decomposição. Ambos os cenários resultam em raios-gama que podem ser detetados pelo LAT. Regina Caputo da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, procurou estes sinais na Pequena Nuvem de Magalhães, localizada a cerca de 200.000 anos-luz de distância, a segunda maior galáxia que orbita a Via Láctea. Parte do encanto da Pequena Nuvem de Magalhães no que toca a uma investigação de matéria escura é que está relativamente perto de nós e a sua emissão de raios-gama, que vem de fontes convencionais como formação estelar e pulsares, é bem compreendida.




Esta animação alterna entre duas imagens do céu em raios-gama, visto pelo instrumento LAT (Large Area Telescope) do Fermi, uma usando os primeiros três meses de dados do LAT, a outra que mostra uma exposição acumulada de sete anos. A cor azul, que representa a menor quantidade de raios-gama, inclui o Fundo Extragaláctico de Raios-gama (FER). Os blazares constituem a maior parte das fontes brilhantes aqui vistas (de vermelho a branco). Com uma exposição maior, o Fermi revela mais. Um novo estudo mostra que os blazares são praticamente os únicos responsáveis pelo brilho de fundo. Crédito: NASA/DOE/Colaboração LAT do Fermi

Mais importante ainda, os astrónomos têm medições de alta precisão da curva de rotação da Pequena Nuvem de Magalhães, que mostra como a sua velocidade de rotação muda com a distância ao centro e indica a quantidade de matéria escura presente. Num artigo publicado no dia 22 de março na revista Physical Review D, Caputo e colegas modelaram o teor de matéria escura da Pequena Nuvem de Magalhães, mostrando que possuía o suficiente para produzir sinais detetáveis de dois tipos de WIMPs. "O LAT definitivamente vê raios-gama da Pequena Nuvem de Magalhães, mas podemos explicá-los todos através de fontes convencionais," realça Caputo. "Nenhum sinal da aniquilação de matéria escura foi considerado estatisticamente significativo."

No terceiro estudo, investigadores liderados por Marco Ajello da Universidade de Clemson na Carolina do Sul, EUA, e por Mattia Di Mauro do Laboratório do Acelerador Nacional do SLAC na Califórnia, levaram a investigação numa direção diferente. Em vez de olhar para alvos astronómicos específicos, a equipa usou mais de 6,5 anos de dados do LAT para analisar o fundo de raios-gama visto em todo o céu. A natureza desta radiação, chamada Fundo Extragaláctico de Raios-gama (FER), tem sido debatida desde que foi medida pela primeira vez pelo SAS-2 (Small Astronomy Satellite 2) da NASA na década de 1970. O Fermi mostrou que grande parte desta radiação tem origem em fontes não resolvidas de raios-gama, particularmente galáxias chamadas blazares, galáxias alimentadas por material que cai em direção a buracos negros gigantescos.

Os blazares constituem mais de metade do total das fontes de raios-gama observadas pelo Fermi e compõem uma percentagem ainda maior num novo catálogo LAT dos raios-gama mais energéticos. Alguns modelos preveem que os raios-gama do FER possam surgir de distantes interações com partículas de matéria escura, como a aniquilação ou decaimento dos WIMPs. Numa análise detalhada dos raios-gama altamente energéticos do FER, publicada no dia 14 de abril na revista Physical Review Letters, Ajello e sua equipa mostram que os blazares e outras fontes discretas podem ser responsáveis pela quase totalidade desta emissão.

"Há muito pouco espaço para sinais de fontes exóticas no Fundo Extragaláctico de Raios-gama, o que por sua vez significa que qualquer contribuição destas fontes deverá ser também muito pequena," comenta Ajello. "Esta informação pode ajudar a colocar limites na frequência da colisão ou decaimento das partículas WIMPs. Apesar destes estudos mais recentes terem ficado de mãos vazias, a busca para encontrar matéria escura continua tanto no espaço como em experiências terrestres. Ao Fermi junta-se o instrumento AMS da NASA, um detetor de partículas a bordo da Estação Espacial Internacional.
Fonte: NASA

Fronteira turbulenta

Fronteira turbulenta


Estas imagens mostram o limite da vasta nuvem molecular que se situa por trás da Nebulosa de Orion, a 1400 anos-luz de distância da Terra. A imagem da esquerda mostra uma vista de grande angular da região, obtida pelo instrumento HAWK-I, instalado no Very Large Telescope do ESO. Nesta imagem encontra-se destacada com um rectângulo branco uma pequena região, região esta que mostramos precisamente na imagem da direita com grande detalhe e que observada pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Além de nos fornecerem imagens bonitas, as nuvens moleculares são de grande interesse para os astrônomos. Tratam-se de maternidades estelares e nas suas periferias os átomos reagem e formam moléculas por processos astroquímicos fundamentais.

Com as observações do ALMA, os astrônomos conseguiram resolver a transição de gás atômico a gás molecular nas fronteiras da nuvem molecular de Orion. Esta é a região de formação estelar massiva mais próxima da Terra, o que a torna no alvo ideal para melhor compreendermos estes processos astroquímicos, oferecendo também a possibilidade de estudar em detalhe as interações de estrelas recém formadas com o meio que as envolve. Ambas as observações mostram que esta transição astroquímica de gás atómico a molecular ocorre num meio altamente dinâmico. A imagem ALMA da nebulosa faz lembrar as nuvens escuras de uma tempestade a formar-se na atmosfera terrestre.

Nebulosa M1-67 feita pelo Telescópio Espacial Hubble





Essa dramática explosão de cores, mostra um objeto cósmico com uma história igualmente dramática. Envelopada dentro de nuvens de gás e poeira que formam uma nebulosa conhecida como M1-67, está a brilhante estrela denominada de Hen 2-247, outrora conhecida como WR 124. Essa estrela é tão intensa como a cena ao seu redor. Ela é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, um tipo raro de estrela conhecida por ter uma alta temperatura na superfície, cerca de 25000 graus Celsius (só por comparação a temperatura na superfície do Sol é de 5500 graus Celsius), e uma enorme massa que varia de 5 a 20 vezes a massa do Sol. Essas estrelas estão constantemente perdendo grande quantidade de massa através de ventos que continuamente sopram de sua superfície para o espaço. A Hen 2-247 é responsável por criar toda a cena mostrada aqui e que foi registrada pelo Telescópio Espacial Hubble.

 A estrela, acredita-se ser uma estrela massiva nos últimos estágios de sua evolução, e que expeliu o material que forma a M1-67 a cerca de 10 milhões de anos atrás, talvez através de múltiplas ejeções para formar o anel de expansão. Desde então, a estrela tem continuamente inundado a nebulosa com massivas concentrações de gás e com uma intensa radiação ionizante, através de violentos ventos estelares, dando forma e esculpindo a sua evolução. A M1-67, tem a forma aproximada de um anel, mas perde uma estrutura clara, ela é essencialmente uma coleção de grandes e massivos nós de gás super aquecidos aglomerados ao redor de uma estrela central. A Hen 2-247 e a M1-67, localizam-se a cerca de 15000 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Sagitta. Essa imagem foi adquirida com a Wide Field Camera 2 do Hubble, usando dados da luz visível, e foi lançada originalmente no ano de 2015.

As estrelas mais velhas do universo encontradas no centro da Via Láctea

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As estrelas mais velhas conhecidas, datam de antes da formação da Via Láctea, quando o universo tinha somente 300 milhões de anos de vida. As estrelas, encontradas perto do centro da Via Láctea, são surpreendentemente puras mas contém material de uma estrela ainda mais antiga, estrela essa que morreu através de uma enorme explosão chamada de hipernova. A descoberta e a análise de nove estrelas puras desafiam as teorias atuais sobre o ambiente do universo primordial onde essas estrelas se formaram. Essas estrelas primordiais estão entre as estrelas mais antigas do universo, e certamente são as estrelas mais velhas que nós já observamos”, disse Louise Howes do The Australian National University (ANU), parte da equipe que fez a descoberta. “Essas estrelas se formaram antes da Via Láctea, e a galáxia então se formou ao redor delas”.


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“As estrelas possuem um nível extremamente baixo de carbono, ferro e outros elementos pesados, o que sugere que as primeiras estrelas não explodiram como supernovas normais”, disse Howes. “Talvez elas terminaram suas vidas como hipernovas, explosões ainda pouco entendidas de estrelas com rotação muito rápida produzindo 10 vezes mais energia do que as supernovas normais. O professor Martin Asplund também do ANU e líder do grupo de pesquisa disse que essas raras estrelas entre as bilhões de estrelas no centro da Via Láctea, foi o mesmo que encontrar uma agulha num palheiro.



Físicos confirmam descoberta de possível 5ª força da natureza





Galáxias como esta espiral, conhecida como NGC 6814, são mantidas juntas por uma misteriosa matéria escura

Existem quatro forças fundamentais da natureza: gravidade, eletromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Agora, descobertas recentes feitas por físicos teóricos da Universidade da Califórnia, em Irvine, nos EUA, indicam a possível descoberta de uma partícula subatômica previamente desconhecida, que pode ser a evidência de uma quinta força da natureza. Seu estudo foi publicado em um artigo da revista Physical Review Letters.  Se for verdade, é revolucionário”, disse Jonathan Feng, professor de física e astronomia, ao portal Phys.org. “A descoberta de uma possível quinta força iria mudar completamente a nossa compreensão do universo, com consequências para a unificação das forças e matéria escura”.

Anomalia
Os pesquisadores tiraram suas conclusões a partir de um estudo feito por físicos nucleares experimentais da Academia de Ciências da Hungria, em 2015, que originalmente estavam à procura de “fótons escuros”, partículas que significariam a matéria escura invisível que provavelmente compõe cerca de 85% da massa do universo. O trabalho dos húngaros descobriu uma anomalia, um decaimento radioativo, que apontava para a existência de uma partícula de luz 30 vezes mais pesada do que um elétron. No entanto, eles não foram capazes de afirmar que essa era uma nova força. Não estava claro se a anomalia era uma partícula de matéria ou uma partícula que transmite força. Recentemente, o grupo da Universidade da Califórnia estudou os dados dos pesquisadores húngaros, bem como todas as outras experiências anteriores nesta área, e mostrou que a evidência desfavorece fortemente a ideia de que seja uma partícula de matéria ou fótons escuros. Assim, eles propuseram uma nova teoria que sintetiza todos os dados existentes e determina que a anomalia pode indicar uma quinta força fundamental.

Bóson protofóbico x
O novo estudo demonstra que, em vez de ser um fóton escuro, a partícula pode ser um “bóson protofóbico x. Enquanto a força elétrica normal age sobre elétrons e prótons, esse bóson interage apenas com elétrons e nêutrons, e em uma gama extremamente limitada. Existe a possibilidade dessa potencial quinta força ser ligada às forças eletromagnética e nuclear forte e fraca, como “manifestações de uma força maior e mais fundamental”, de acordo com Feng. No entanto, ele observa que novas experiências são cruciais para confirmar os resultados. “A partícula não é muito pesada, e os laboratórios têm as energias necessárias para produzi-la desde os anos 50 e 60. A razão pela qual tem sido difícil de encontrá-la é que suas interações são muito débeis. Dito isto, porque a nova partícula é tão leve, existem muitos grupos experimentais que trabalham em pequenos laboratórios ao redor do mundo que podem seguir as indicações, agora que sabem onde procurar”.

Matéria e força escuras
Como muitos avanços científicos, este abre inteiramente novos campos de investigação para os físicos. Citando o modelo padrão de partículas, Feng especula que pode haver um setor escuro separado, com sua própria matéria e forças.  É possível que estes dois setores conversem um com o outro e interajam um com o outro. Este setor escuro pode se manifestar como esta força protofóbica que estamos vendo como resultado da experiência húngara. Num sentido mais amplo, se encaixa com a nossa pesquisa original para compreender a natureza da matéria escura”, sugere Feng.

Foto : Meteoro de Perseídeas



Meteoro associado à Chuva anual Perseídeas passa próximo ao Aglomerado estelar M45 Pleiades na constelação Taurus

Quinteto de Stephan



Quinteto de Stephan, Grupo compacto de Galáxias na constelação Pegasus

Nebulosa do Buraco da Fechadura



A escura e empoeirada Nebulosa do Buraco da Fechadura, tem esse nome devido à sua forma pouco comum. O looping do Buraco da Fechadura mostrado nessa imagem clássica feita pelo Telescópio Espacial Hubble, é uma região menor dentro da grande Nebulosa Carina.

Nós escuros de poeira e complexas feições são esculpidas pelos ventos e pela radiação das muitas estrelas massivas e energéticas presentes nointerior da Nebulosa Carina.

A região localiza-se a cerca de 7500 anos-luz de distância da Terra.

A Nebulosa do Buraco da Fechadura foi criada pela estrela moribunda Eta Carina, que não está no frame e que tem produzido violentas explosões durante os últimos séculos.

Fonte: NASA

O Futuro do Sol




Em processo de morte, o Sol ficará como uma gigante vermelha e expandirá até a órbita de Marte. 

O Planeta Terra virará apenas um local com inúmeras tempestades de areia e ar seco.

NGC 1300



Esta emblemática imagem, da galáxia em espiral NGC 1300, está repleta de detalhes – estrelas jovens de brilho azulado, fluxos de poeira espiralando em torno do núcleo e deixando transparecer reluzentes galáxias mais distantes. “Dá para a gente se perder aí”, comenta Levay. E foi o que muitos fizeram.

A SpaceX Repete o Feito: Primeiro Estágio de Foguete Retorna do Espaço



Foguete Falcon 9, da companhia dos Estados Unidos SpaceX, foi lançado neste domingo, dia 14 de agosto, e colocou um satélite de comunicação japonês em órbita. 

O primeiro estágio do foguete foi colocado com sucesso sobre plataforma marinha. O foguete foi lançado na noite do domingo ao espaço partindo de Cabo Canaveral, Flórida, sudeste dos Estados Unidos, à 01h26 local (02h26 em Brasília).

O pouso do foguete sobre uma plataforma marinha batizada de "Of Course I Still Love You" ("É claro que ainda te amo") era especialmente desafiador, já que o satélite JCSAT-16 precisava ser levado a uma órbita geoestacionária de transferência, que é altamente elíptica. O foguete esteve submetido ao calor extremo na reentrada na atmosfera terrestre, devido a altitude e velocidade maiores para colocar o satélite em órbita. Essas condições fizeram do pouso sobre a plataforma sere bastante desafiador.

Contudo, pouso do primeiro estágio foi um sucesso, o que fez a equipe do centro de controle da missão aplaudir com muito entusiasmo ao ver o pouso em vídeo. A estratégia de fazer o primeiro estágio pousar numa plataforma ao invés de simplesmente deixá-lo cair no mar, como era feito antes, faz o custo de lançamento ser menor, já que a parte recuperada será reaproveitada.

O satélite japonês JCSAT-16 proverá dados mais estáveis na distribuição de sinal na Ásia, Rússia, Oceania, Oriente Médio e América do Norte.

Erupção Solar



Os primeiros momentos de uma Erupção Solar, capturado em diferentes comprimentos de onda.

O Universo está em Nós




Os elementos da tabela periódica, que formam o nosso planeta e nossos corpos, foram fabricados a partir do hidrogênio, no interior de estrelas, durante bilhões de anos sob imensa pressão e temperatura. Ao explodirem estas estrelas espalharam seu conteúdo pela galáxia.

Estes detritos enriqueceram outras nuvens de gases que formariam uma nova geração de estrelas orbitadas por planetas e, possivelmente, vida.

Nós mesmos, assim como a tabela periódica, somos formados dos ingredientes mais comuns que encontramos espalhados por todo universo, forjado no interior das colossais estrelas primordiais.

“Não só estamos no Universo, mas o Universo está em nós”