Vai ficando cada vez mais difícil acreditar que somos assim tão especiais. Isso por que o maior descobridor de exoplanetas da atualidade, o telescópio espacial Kepler, não para de apresentar novas 'Terras' em potencial. Segundo anúncio da Nasa, dessa vez foram observados oito novos planetas, todos eles possivelmente nas zonas habitáveis de suas estrelas. Dois deles, Kepler-438b e Kepler-442b, parecem ser mais interessantes: são provavelmente rochosos como o nosso mundinho e possuem um tamanho bastante similar ao nosso (o primeiro tem um diâmetro 12% maior que a Terra, enquanto o outro é cerca de um terço maior que a Terra). Ambos orbitam estrelas anãs vermelhas, menores e mais frias do que o nosso Sol, e estão, respectivamente, a cerca de 470 e 1.100 anos-luz da Terra - muito, muito longe para uma análise mais detalhada, ao menos por enquanto.
Os dois planetas são similares ao Kepler-186, descoberto no ano passado e que ficou famoso por ser o primeiro registro feito pelo telescópio espacial de um planeta semelhante à Terra dentro da zona habitável de sua estrela. Leia mais sobre essa descoberta e sobre a história da busca por exoplanetas:http://bit.ly/1xEg4tk
No total, agora são 28 os planetas classificados como exoplanetas em zonas potencialmente habitáveis. Espera-se que, nos próximos anos, seja possível estudar a 'assinatura de luz' da atmosfera desses planetas extrassolares, ao menos dos mais próximos, o que pode nos dar informações mais detalhadas de sua real capacidade de abrigarem, ou não, vida. Com os oito novos exoplanetas descobertos, o Kepler atingiu a marca de mil astros encontrados e verificados, mas ainda existem cerca de quatro mil outros achados de potenciais planetas feitos pelo telescópio que ainda não foram confirmados por uma análise mais cuidadosa - vale destacar que a equipe do Kepler também acaba de acrescentar nessa lista mais 554 registros para estudo futuro, sendo dois deles de possíveis 'gêmeos' da Terra, planetas de tamanho muito similar ao do nosso mundo que podem orbitam estrelas bem semelhantes ao nosso Sol.
Será que um dia chegaremos a algum deles? E será que, de lá, alguém nos observa nesse mesmo momento, perguntando se seria possível existir vida naquele pálido pontinho azul do cosmos?
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