Os astrônomos se perguntam há anos qual o motivo de a lua Titã, o maior dos 61 satélites naturais de Saturno, ter uma órbita irregular em torno do planeta dos aneis. Uma das teorias vem ganhando força entre os cientistas: a de que existe um vasto oceano de água em estado líquido sob a superfície de Titã.
O satélite tem algumas características curiosas já comprovadas, tais como um vulcão de gelo e lagos de metano. Estes lagos, aparentes na superfície, eram tidos até há pouco tempo como matéria predominante na formação de Titã. Mas a missão não-tripulada Cassini (um projeto de parceria entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia), que está na órbita de Saturno desde 2004, constatou que a superfície de Titã é mais densa que o seu próprio núcleo. Como isso seria possível?
É aí que entra a nova teoria: Titã não seria um planeta sólido. A conformação do satélite, grosso modo, seria o seguinte: na superfície, uma camada de gelo, um núcleo gasoso, e entre eles, supõe-se, um gigantesco oceano de água em estado líquido. Tal oceano, se realmente existir, é um ambiente propício ao desenvolvimento de microorganismos. Poderia, portanto, haver vida na maior lua de Saturno. Mas esta ideia ainda está no campo teórico.
O próximo desafio da Sonda Cassini é confirmar ou refutar essa teoria. Para isso, os cientistas esforçam-se para tentar mensurar qual a profundidade da camada superficial de Titã. Uma teoria alternativa para explicar a órbita incomum de Titã seria a passagem de um asteroide próximo ao satélite
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