Nesta semana, uma rajada de partículas emitidas pelo sol causou interferência em transmissões de rádio por toda a Europa.
Rajadas como essa, chamadas de “ejeções de massa coronal” (EMCs), são resultado de fortes distorções no campo magnético do sol. Além de conter bilhões de toneladas de gases, raios-X e radiação ultravioleta, elas chegam à absurda temperatura de 100 milhões de graus Celsius. A ejeção que causou interferência na Europa sequer estava vindo direto para a Terra, o que nos dá uma ideia do poder desse fenômeno.
Vez ou outra, nosso planeta (ou, melhor, seu campo magnético) é atingido por EMCs menores, e o resultado são intensos flashes de luz. Às vezes, contudo, uma EMC pode causar tempestades magnéticas, interferindo em satélites e redes de energia. Em 1989, seis milhões de moradores do Quebec (Canadá) ficaram sem eletricidade por causa de uma ejeção.
Sabe-se que as atividades solares ocorrem em ciclos de 11 anos – e o pico do ciclo atual está previsto para 2013. Em outras palavras, mais fenômenos violentos estão a caminho.
Além das EMCs, fortes alterações no campo magnético do sol também causam as chamadas “manchas solares”. “Nos próximos dois anos, estamos esperando que o número de manchas solares visíveis chegue ao máximo”, relata o pesquisador Matthew Penn, do Observatório Solar Nacional dos Estados Unidos. “Elas são capazes de causar as maiores e mais danosas tempestades espaciais”, completa.
Parece que o campo magnético da Terra vai ter bastante trabalho para nos proteger ano que vem
Nenhum comentário:
Postar um comentário