Criar? Não. Mas podes construir um átomo.
As pessoas têm que ter atenção às palavras que usam. E dizer "criar" implica obter algo do nada.
Um átomo ou é composto por protões e eletrões, mas também pode ser composto por protões, neutrões e eletrões. E como tal é possível construir um átomo.
Até te posso explicar como é feito:
- Formação do núcleo atómico
O núcleo de um átomo é composto por protões (com carga positiva) e neutrões (sem carga). Para formar o núcleo, é necessário vencer a repulsão electrostática entre os protões, o que exige forças extremamente intensas, como as que ocorrem em reacções de fusão nuclear (por exemplo, no interior das estrelas ou em aceleradores de partículas).
A força nuclear forte, que actua a curtas distâncias, é responsável por manter o núcleo coeso.
- Adição dos electrões
Depois de formar o núcleo, seria preciso capturar eletrões e "colocá-los" nas orbitais eletrônicas em redor do núcleo.
Este processo ocorre naturalmente quando um núcleo carregado positivamente atrai eléctrones do meio envolvente, formando um átomo neutro.
- Condições necessárias
Temperaturas altíssimas (milhões de graus Celsius) para fornecer energia suficiente para a fusão de partículas subatómicas; pressões extremas para forçar a aproximação dos protões, como acontece no coração das estrelas; e equipamentos como aceleradores de partículas e reatores de fusão são usados em laboratório para criar núcleos atómicos pesados ou elementos sintéticos.
- Estabilidade
Nem todos os núcleos formados são estáveis. Átomos muito pesados ou com proporções incorretas de protões e neutrões podem sofrer decaimento radioativo.
Resumindo: Construir um átomo exige condições extremas e tecnologia de ponta, e o processo imita o que acontece naturalmente nas estrelas ou em eventos cósmicos de alta energia.
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