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terça-feira, 13 de abril de 2021

2001 - Uma Odisseia no Espaço (1968)

 


“A emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta em instante fugaz de silencio anterior à palavra que vai ficar na memória como o resto de um sonho que o tempo não apagará por completo” -José Saramago.


No mundo contemporâneo, é deparado em certa vez por mensagens que outrora nossos antepassados diziam, sendo elas de acordo com seu estereótipo da época, sejam elas uma criação de um mundo imaginário relacionado ao que tem atualmente em seus meio, carros um dia poderiam voar, uma maquina do tempo poderia existir, poderíamos um dia colonizar outros planetas, nossas vestes um dia seriam totalmente radicalizada expondo cada vez mais o corpo humano ou talvez cobrisse ela por completo, o conhecimento seria introduzido para a mente humana de modo que ela quase que instantaneamente aprenda o contexto, semelhante a filmes conhecidos como Lucy (2014) em que a protagonista não possui de fato o conhecimento e sim a capacidade de decorar o que já foi aprendido e registrado pela sociedade sendo de modo empírico ou de outros métodos que levam a um consenso mais favorável ao aceitável. Uma Odisseia no Espaço torna um exemplo ampliado para uma nova perspectiva, “Do que um macaco vê em meio ao que o homem sabe?” para o aristotelismo, há uma metafísica em que, em seu meio tem um fundamento para a realidade, tal como ela busca relação ao que é o natural de um ser primacial, um modo sistemático a se dizer, uma vez que a doutrina busca o padrão do básico, logo, a raiz do que outrora foi, assim sendo um comparativo, para Nietzsche, quando um indivíduo contemporâneo imagina tal caso e situação em que se encontra atualmente, o mesmo pode comparar o mundo antigo com o novo, ao mesmo tempo podendo ficar pacata com o que se tem na atualidade, o mesmo ocorre com Schopenhauer quando menciona um mundo denominado “perfeito exagerado” não haveria ao certo o que temer além de temer o desconhecido, assim sendo, em um mundo perfeito ainda há de temer a morte o que como consequência torna o ser humano a querer buscar o sentido e a falha da morte, no filme essa mesma situação ocorre através de uma perspectiva, envolvendo assim o que o homem descobriu logo deixando de ser algo relevante para ele, o que para o homem moderno um pedaço de ferro é algo comum em seu meio coexistente para um primata é algo peculiar, anormal, fora dos padrões da vida e da natureza. Outrora, uma vez que o antigo é posto para a atualidade, o homem moderno caba vendo aquilo apenas como um resquício, algo que é visto como apenas uma prova de suas origens, porém de modo oposto de um primata, pois não há nada de peculiar em algo que já foi descoberto, muito menos há algo de interessante quando se vê algo que já existe na sociedade, porém, quando introduz o que já existe de modo que faça com que um ser moderno se surpreenda por algo simplório como os primatas faziam quando olhavam para um objeto de formato retangular, assim o mesmo acaba em uma reação primitiva, sendo assim essa mesma estrutura fornece para o homem moderno a mesma reação de um primata, logo, pois esse objeto é capaz de conectar o passado e futuro no mesmo contexto da mente humana.

Uma Odisseia no Espaço entrega uma premissa peculiar de um filme de ficção, tal como todo filme, ele possui um argente (protagonista) que seguirá ao curso do enredo, David Bowman é um astronauta, tendo uma personalidade pacata e fria, em poucos momentos demonstrando remorso, tendo de certa forma uma exatidão, enquanto um causador (um problema que mudará o contexto da jornada) logo é uma máquina criada para servir de apoio para os astronautas, auxiliando em seu dia-dia e costumes, mesmo uma máquina é um ser com certa racionalidade, buscando estudar de modo antropológico cada indivíduo presente na espaçonave, durante a misteriosa missão da tripulação, essa mesma nave pouco a pouco começa a demonstrar anormalidade o que por consequência, originando em um clímax na nave que outrora acarretará em uma luta entre o homem e a máquina, mas tarde ocorrendo certo presságio em que o indivíduo se mantém preso naquela estranha máquina, o mesmo se depara com certa dominância em seu livre arbítrio, dominando seu passado, presente e futuro, uma vez sendo essa a proposta da estranha máquina, conectar o desconhecido prendendo ele em seu próprio tempo.

Para os amantes da Astronomia, Uma Odisseia no Espaço é um ótimo filme de ficção, entrega o que sua premissa promete, sendo uma lentidão de modo que demonstre uma imersão assim demonstrando o tempo que leva da chegada do homem até o seu destino quando tratamos da vastidão do Universo e até mesmo do Sistema Solar, mostrando também um vago clímax donde busca um momento certo para preencher o público que interage com a narrativa ou até mesmo no ambiente que ali se situa, possui personagens complexos de se compreender, porém não impossíveis de destacá-los, o filme em si busca evoluir vagamente, logo, pois o mesmo busca uma coerência com o ambiente que ele se encontra, não espere uma ação dinâmica ou perto disso de filmes como Perdido em Marte, Gravidade, Interestelar ou outros filmes de ficção, logo também é isso que faz com que o filme seja único e inovador para a época. Novamente, é um ótimo filme para quem curte astronomia ou filmes de ficção.

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