Pop up my Cbox

sábado, 26 de novembro de 2016

Planeta do tipo Superterra é encontrado perto do Sistema Solar



Um planeta tipo “Superterra”, chamado GJ 536 b, cuja massa é de cerca de 5,4 vezes a massa da Terra, foi encontrado em órbita em torno de uma estrela muito brilhante próxima de nós. A descoberta foi feita pelo estudante de doutorado Alejandro Suárez Mascareño, do Instituto de Astrofísica de Canárias (IAC) e da Universidade de La Laguna (ULL), na Espanha, e por seus orientadores de tese, Rafael Rebolo e Jonay Isaí González Hernández. O estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics, e pesquisadores de vários países estão envolvidos. O exoplaneta, que orbita a estrela GJ 536, não está dentro da zona habitável do astro, mas seu curto período orbital de 8,7 dias e a luminosidade de sua estrela, uma anã vermelha que é bastante fria e perto de nosso sol, fez dele um candidato atraente para a pesquisa de sua composição atmosférica. Durante esta pesquisa, observou-se um ciclo de atividade magnética similar ao do sol, mas com um período mais curto, de três anos.

Possibilidades para o futuro

“Até agora, o único planeta que encontramos é o GJ 536 b, mas continuamos monitorando a estrela para ver se podemos encontrar outros companheiros”, diz Alejandro Suárez Mascareño, autor principal do artigo. “Normalmente, os planetas rochosos são encontrados em grupos”, explica ele, “especialmente em torno de estrelas deste tipo, e temos a certeza de que podemos encontrar outros planetas de baixa massa em órbitas mais distantes da estrela, com períodos de 100 dias até alguns anos.

Estamos preparando um programa de monitoramento para o trânsito deste novo exoplaneta, para determinar seu raio e densidade média”, completa Suárez.  Este exoplaneta rochoso está orbitando uma estrela muito menor e mais fria do que o sol”, diz Jonay Isaí González. “Mas é suficientemente próximo e brilhante, também observável nos hemisférios norte e sul, o que é muito interessante para os espectrógrafos futuros de alta estabilidade e, em particular, para a possível detecção de outro planeta rochoso na zona de habitabilidade da estrela”, aponta.

“Para detectar o planeta”, diz Rafael Rebolo, “tivemos de medir a velocidade da estrela com uma precisão da ordem de um metro por segundo. Com a construção do novo instrumento ESPRESSO, co-dirigido pelo IAC, iremos melhorar essa precisão por um fator de 10, e seremos capazes de estender nossa busca por planetas com condições muito semelhantes à Terra, em torno desta e de muitas outras estrelas próximas”, prevê.

Cometa C/2012 S1


Este lindo registro deste cometa, conhecido como C/2012 S1, foi feito no dia 8 de novembro de 2013 pela Centro de Voos Espaciais Marshall, que fica na cidade Hunstville, estado do Alabama. 

O cometa passa por uma distância de mais de um milhão de quilômetros da Terra. 

É um cometa gigante formado por gelo - só o tamanho da cauda é 20 vezes maior do que o tamanho da Lua.


Asteroide Chariklo



Observações obtidas em diversos locais da América do Sul, incluindo o Observatório de La Silla do ESO, levaram à descoberta surpreendente de que o asteroide distante Chariklo se encontra rodeado por dois anéis densos e estreitos. 

Este é o menor objeto já descoberto que apresenta anéis e apenas o quinto corpo no Sistema Solar - depois dos planetas gigantes Júpiter, Saturno, Urano e Netuno - que apresenta esta caraterística. Pensa-se que podem ser o resultado de uma colisão que criou um disco de detritos.

Esta concepção artística mostra qual a aparência que os anéis poderão ter, quando observados a partir da superfície de Chariklo.

Vídeo : Por que Plutão não é mais planeta?


Acompanhemos esse vídeo para entendermos melhor.


A Terra vista do Espaço






No dia 14 de fevereiro de 1990, tendo completado sua missão primordial, foi enviado um comando a Voyager 1 para se virar e tirar fotografias dos planetas que havia visitado. 

A NASA havia feito uma compilação de cerca de 60 imagens criando neste evento único um mosaico do Sistema Solar. 

Uma das imagens que retornou da Voyager era a da Terra, a 6,4 bilhões de quilômetros de distância, mostrando-a como um "pálido ponto azul" na granulada imagem.

Foto : A Via Láctea sob o Chile



A Via Láctea corta o Céu no deserto Atacama,Chile, e perto do Horizonte as galáxias Pequena e Grande Nuvem de Magalhães

Sharpless 155



Sharpless 155, a Nebulosa da Caverna, a 2400 anos-luz de distância em Cepheus. Um desafio para os astrofotógrafos. 

Quem disse que pôr do sol é um privilégio apenas da Terra?





Este lindo registro foi feito pelo Rover Curiosity. Esta foto se tornou um dos grandes ícones de exploração de Marte e do espaço da NASA. 

Além de belíssima, a imagem foi de grande ajuda para os cientistas, pois ajudou a estimar a altura da poeira existente no planeta.


Viking 1



A Viking 1 foi a primeira nave espacial do Programa Viking, e a primeira a tocar o solo de Marte, na data de 20 de julho de 1976. 

Esta nave também detém o recorde de mandar a primeira imagem do planeta vermelho alguns minutos após sua aterrizagem. 

A Viking 1 permaneceu no planeta durante seis anos, com uma exploração bem-sucedida, captando imagens em alta resolução para que os cientistas pudessem estudar a atmosfera do planeta.

Foto : Para refletirmos

Somos tão pequenos distante da imensidão do Universo...

A Teoria do Buraco da Minhoca




A teoria do Buraco da minhoca foi desenvolvida pelos físicos Albert Einstein e Nathan Rosen, que acreditavam na possibilidade de ser possível realizar viagens no tempo por meio de buracos que atuariam como portais que permitiriam o transito entre o futuro e passado, ou ligar duas regiões distantes do espaço.

Foto : Telescópios Auxiliares no Paranal




Os Telescópios Auxiliares no Paranal são menores que seus companheiros, os Telescópios Principais.

Mas o que falta em tamanho é compensado pelo engenhoso sistema de interferometria.

Crédito da imagem: J. Milli / ESO Astronomy


Galáxia Seyfert II




A bela galáxia espiral do tipo Seyfert II, M106, localizada na constelação de Canes Venatici a 25 milhões de anos-luz de distância. Caracterizada por seus braços anômalos.

A missão Apollo 12



A missão Apollo 12 terminou seu décimo dia caindo suavemente no Oceano Pacífico, depois de 344h36m25s apenas 62s mais longa do que a missão originalmente planejada.

Cômico: Criador da Nutella vira nome de asteroide




O criador da Nutella, o italiano Michele Ferrero, que morreu em fevereiro do ano passado, virou nome de asteroide. 

Em uma cerimônia na sede da Fundação Ferrero, situada em Alba, no norte da Itália, o Observatório de São Petersburgo entregou à viúva Maria Franca Fissolo o certificado que batiza o corpo celeste 8454 de "Micheleferrero".

Descoberto em 1981 por um astrônomo belga, o asteroide tem forma elíptica, diâmetro de 12 km e fica entre os planetas Marte e Júpiter. A ideia de nomeá-lo em homenagem ao criador da pasta de avelã mais famosa do mundo partiu do astrônomo Mario Di Martino e do jornalista Piero Bianucci, ambos italianos. 

Ferrero, que fundou um império que também inclui os chocolates Kinder e Ferrero Rocher e as balinhas Tic Tac, morreu em fevereiro de 2015, quando tinha 89 anos. Na época, ele era a pessoa mais rica da Itália, posto herdado por Maria Franca. 

A homenagem acontece no mesmo ano em que a Ferrero completa sete décadas de existência.

Fonte: Corriere dela sera

Hercules A



A cerca de 2 bilhões de anos-luz de distância, a galáxia elíptica amarelada (Hercules A) é aproximadamente 1000 vezes mais maciça que a Via Láctea e abriga um buraco negro central de 2,5 bilhões de massas solares que é 1000 vezes mais maciço que o buraco negro na Via Láctea.

Vídeo : Afinal .. o que é ano-luz ?


Acompanhemos esse vídeo para entender melhor 


Nebulosa da Bolha


NGC7635 Nebulosa da Bolha é uma região de emissão HII na constelação Cassiopeia, localizada a 11000 anos-luz de distância

Foto : Via Láctea





Na imagem vemos a Via Láctea se ponto no Oeste, formando um belo reflexo no lago à frente.

Essa imagem foi feita pelo astrofotógrafo brasileiro Carlos Fairbairn. 

A foto foi captada durante o 9° Encontro Brasileiro de Astrofotografia, que acontece anualmente na região Centro-Oeste do Brasil.

Ônibus Espacial Endeavour



O Ônibus Espacial Endeavour quando foi transportado para o California Science Center teve que passar no meio da cidade de Los Angeles, o que gerou imagens incríveis como essa: Um ônibus Espacial no meio das casas de uma cidade.

Foto : Very Large Telescope




Uma imagem cristalina da plataforma do Very Large Telescope, no Paranal. 

Crédito da imagem: ESO Astronomy / Miguel Claro Astrophotography

Foto : O ciclo de matéria no Universo



Lindo não ?


M27 Nebulosa Planetária do Haltere



M27 Nebulosa Planetária do Haltere
Na constelação Vulpecula(Raposa) localizada a cerca de 1360 anos-luz, ela representa a fase final da vida de uma estrela tipo Sol

IRAS 01173+1405




O objeto IRAS 01173+1405 é um par de galáxias em colisão, localizado a cerca de 400 milhões de anos-luz de distância na constelação de Peixes

Uma estrela bem redonda




A estrela Kepler 11145123 é o objeto natural mais redondo jamais medido no Universo. As oscilações estelares demonstram uma diferença entre o raio do equador e o raio dos polos de apenas 3 km. Esta estrela é significativamente mais redonda do que o Sol. Crédito: Mark A. Garlick

As estrelas não são esferas perfeitas. Enquanto giram, tornam-se mais achatadas devido à força centrífuga. Uma equipa de investigadores liderada por Laurent Gizon do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar e da Universidade de Gotinga conseguiu agora medir, com uma precisão sem precedentes, o achatamento de uma estrela em lenta rotação. Os cientistas determinaram o achatamento estelar usando asterossismologia - o estudo das oscilações das estrelas.

A técnica foi aplicada a uma estrela a 5000 anos-luz da Terra e revelou que a diferença entre o raio equatorial e o raio polar é de apenas 3 km - um número astronomicamente pequeno quando comparado com o raio médio da estrela de 1,5 milhões de quilómetros; o que significa que a esfera gasosa é incrivelmente redonda. Todas as estrelas giram e são, portanto, achatadas pela força centrífuga. Quando mais rápida a rotação, mais achatada a estrela se torna.

O nosso Sol gira com um período de 27 dias e tem um raio, no equador, 10 km maior do que o raio nos polos; para a Terra, essa diferença é de 21 km. Gizon e colegas selecionaram uma estrela com rotação lenta chamada Kepler 11145123. Esta estrela quente e luminosa tem mais do dobro do tamanho do Sol e gira três vezes mais lentamente do que o Sol. Gizon e colegas selecionaram esta estrela para o seu estudo porque suporta oscilações puramente sinusoidais. As expansões e contrações periódicas da estrela podem ser detetadas nas flutuações do brilho da estrela.

A missão Kepler da NASA observou as oscilações da estrela, continuamente, durante mais de quatro anos. Os diferentes modos de oscilação são sensíveis a diferentes latitudes estelares. Para o seu estudo, os autores compararam as frequências dos modos de oscilação que são mais sensíveis às regiões de baixa latitude e as frequências dos modos mais sensíveis a latitudes mais altas. Esta comparação mostra que a diferença de raio entre o equador e os polos é de apenas 3 km, com uma precisão de 1 km.

 "Isto torna Kepler 11145123 o objeto natural mais redondo jamais medido, ainda mais redondo do que o Sol," explica Gizon. Surpreendentemente, a estrela é ainda menos achatada do que a sua rotação indica. Os autores propõem que a presença de um campo magnético a baixas latitudes poderá fazer a estrela parecer mais esférica para as oscilações estelares. Tal como a heliosismologia pode ser usada para estudar o campo magnético do Sol, a asterossismologia pode ser usada para estudar o magnetismo em estrelas distantes.

Os campos magnéticos estelares, especialmente os campos magnéticos fracos, são notoriamente difíceis de observar diretamente em estrelas distantes.  Kepler 11145123 não é a única estrela com oscilações adequadas e medições precisas de brilho. "Pretendemos aplicar este método a outras estrelas observadas pelo Kepler e com as futuras missões espaciais TESS e PLATO. Será particularmente interessante ver como uma rotação mais rápida e um campo magnético mais forte podem mudar a forma de uma estrela," acrescenta Gizon.  Um importante campo teórico da astrofísica acaba de se tornar observacional."

A nova Sagittarius 2016 é fotografada sobre a Tailândia


A  nova em Sagittarius é brilhante o bastante para ser vista por binóculos. Detectada no mês de Outubro de 2016, a explosão estelar se aproximou do limite da visibilidade a olho nu na última semana. Uma nova clássica, resulta da explosão termonuclear na superfície de uma estrela do tipo anã branca, uma estrela densa que tem o tamanho da Terra, mas a massa do Sol. Na imagem acima, a nova foi registrada na última semana acima do antigo Wat Mahathat, em Sukhothai, na Tailândia. Para ver a Nova Sagittarius 2016, olhe para o céu logo depois do pôr-do-Sol e localize a constelação de Sagittarius, fácil de ser localizado, pois tem um asterismo famoso na forma de bule. Também visível perto da nova está o planeta Vênus. Não demore muito para tentar ver essa estrela, pois, as novas, costumam se apagar e sair do limite da visibilidade, de forma relativamente rápida.

Missão de desvio de asteroides envolverá cinco naves




Além da nave-mãe e do módulo de pouso, a missão contará com uma sonda de impacto e dois nanossatélites, que tentarão filmar tudo de perto.[Imagem: ESA - ScienceOffice]

Cinco naves contra dois asteroides
A ESA (Agência Espacial Europeia) anunciou estar entrando na etapa final de avaliação da sua Missão Impacto a um Asteroide, ou AIM (Asteroid Impact Mission).  A missão AIM voará junto com a missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide), da NASA. O alvo de ambas é o sistema duplo Dídimo, um binário, com dois asteroides girando um em torno do outro - o asteroide primário tem cerca de 800 metros de diâmetro, enquanto o satélite tem cerca de 150 metros. Enquanto a DART atinge o menor dos dois asteroides, a sonda AIM será responsável por coletar todos os dados técnicos necessários para validar os modelos de um impacto para desviar um asteroide de sua rota.

Além disso, dois nanossatélites (cubesats) serão enviados para observações complementares e mais arriscadas, bem mais próximas do asteroide, e um módulo de pouso, a microssonda Mascot-2, descerá na pequena lua Dídimo para examinar a sua estrutura interior. Não há muito tempo disponível para a preparação da missão porque os asteroides continuam vindo em direção à Terra, para uma passagem sem risco de choque em 2022. Só na Europa, mais de 40 empresas de 15 países estão envolvidas na fabricação dos diversos sistemas da missão. Nos EUA, a construção do módulo de impacto está sendo coordenado pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.

Pouso e observação
Para observar os asteroides, a missão usará a mesma câmera que a sonda Dawn, da NASA, está usando para observar o planeta anão Ceres. Mas o sistema está sendo testado com os dados da sonda Rosetta, que orbitou um cometa durante mais de um ano.  Não há dois asteroides exatamente iguais, e na verdade os asteroides Dídimos estão realmente muito distantes para que os astrônomos saibam suas características superficiais precisas. Mas essas imagens da Rosetta oferecem um análogo útil para testar a precisão de navegação que precisaremos para manobrar rumo ao nosso alvo, a 'lua Dídimo', e, finalmente, liberar a Mascot-2 na sua superfície, com alguns centímetros por segundo de precisão," explicou Michael Kueppers, chefe do projeto AIM. A ESA também está trabalhando com as empresas que apresentaram os melhores projetos de nanossatélites para voar a bordo da AIM.

Filmar o impacto
Uma missão multiveículos - nave-mãe, sonda de pouso, sonda de impacto e nanossatélites - no espaço profundo é algo pioneiro na exploração espacial. A AIM também demonstrará uma tecnologia inovadora que permitirá que a sonda navegue autonomamente em torno do asteroide, como uma nave espacial autodirigida, sem necessidade de receber comandos da Terra. O objetivo é que esse conceito de autonavegação possa ser aplicado em futuras naves espaciais destinadas a explorar corpos celestes mais distantes da Terra.

Hubble observa a galáxia anã Irregular NGC 4789A


Essa imagem do Hubble mostra a NGC 4789A, uma galáxia anã irregular, localizado na constelação da Coma Berenices. Ela certamente faz jus ao nome da constelação onde se localiza, as estrelas que abrigam essa galáxia estão espalhadas pelo céu numa aparente desordem e irregularidade, dando para a NGC 4789A uma aparência muito mais sútil é abstrata do que as galáxias espirais e elípticas. Essas estrelas parecem ter sido jogadas de forma aleatória no céu, mas por incrível que possa parecer todas estão unidas pela gravidade. As cores nessa imagem foram exageradas de propósito para enfatizar a mistura de estrelas azuis e vermelhas. As estrelas azuis são brilhantes, quentes e massivas que se formaram relativamente recentemente, enquanto que as estrelas vermelhas são muito mais velhas. A presença de ambas as estrelas nos diz que o processo de formação de estrelas nessa galáxia aconteceu durante o tempo. Localizado a 14 milhões de anos-luz de distância da Terra, a NGC 4789A é considerada uma galáxia relativamente próxima, permitindo que se possa ver estrelas individuais dentro de seus limites. Essa imagem também revela numerosas outras galáxias muito mais distantes, que aparecem como formas difusas na imagem.

No coração da Eta Carinae




A nuvem de gás e poeira em torno da estrela (à esq.) e detalhe da Eta Carinae: colisão de ventos estelares a 10 milhões de km/h

Com o emprego de técnicas de interferometria na faixa do infravermelho que geram uma nitidez 50 mil vezes maior do que a do olho humano, uma equipe de astrofísicos, coordenada por Gerd Weigelt do Instituto Max Planck de Radioastronomia de Bonn, observou detalhes inéditos da Eta Carinae, sistema composto por duas estrelas de alta massa (Astronomy & Astrophysics, 19 de outubro). Os pesquisadores obtiveram imagens do ponto em que os ventos das estrelas (átomos de sua superfície empurrados pela luz) colidem e calcularam a velocidade em que ocorre o choque, de cerca de 10 milhões de quilômetros por hora. A estrela principal e maior, a Eta Carinae A, tem aproximadamente 100 massas solares e é 5 milhões de vezes mais luminosa do que o Sol.

A secundária, a Eta Carinae B, é dois terços menor e 10 vezes menos brilhante do que a irmã maior. “As atuais observações permitiram mapear a zona de colisão de ventos e demonstram que entendemos os parâmetros básicos do sistema binário”, comenta Augusto Damineli, astrofísico da Universidade de São Paulo (USP), um dos três brasileiros que participaram do trabalho. A Eta Carinae se encontra envolta por uma densa nuvem de gás e poeira, no formato de dois lóbulos, denominada Homúnculo. Essa particularidade dificulta ainda mais a sua observação. As novas imagens do sistema foram obtidas pelo interferômetro do telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Fonte: Pesquisa Fapesp

Um ciclo de vida estelar



Uma pequena nuvem de gás e poeira contém uma "estrela bebé" e está a ser formada a cerca de 20.000 anos-luz da Terra. Crédito: raios-X - NASA/CXC/SAO/M. McCollough et al.; rádio: ASIAA/SAO/SMA

Um momento do ciclo de vida estelar foi capturado numa nova imagem do Observatório de raios-X Chandra da NASA e do SMA (Smithsonian’s Submillimeter Array). Uma nuvem que está a dar à luz estrelas foi observada a refletir raios-X de Cygnus X-3, uma fonte de raios-X produzida por um sistema onde uma estrela massiva está lentamente a ser comida ou pelo seu buraco negro companheiro ou por uma estrela de neutrões. Esta descoberta fornece uma nova maneira de estudar como as estrelas se formam. Em 2003, astrónomos usaram a visão de raios-X e de alta resolução do Chandra para encontrar uma misteriosa fonte de emissão de raios-X localizada muito perto de Cygnus X-3. A separação dessas duas fontes no céu é equivalente ao diâmetro de uma moeda de dois cêntimos a mais de 250 metros de distância.

Em 2013, astrónomos anunciaram que a nova fonte era uma nuvem de gás e poeira. Em termos astronómicos, esta nuvem é bastante pequena - mede cerca de 0,7 anos-luz em diâmetro. Os astrónomos perceberam que esta nuvem está a agir como um espelho, refletindo alguns dos raios-X gerados por Cygnus X-3 em direção à Terra. Nós apelidámos o objeto de 'Pequeno Amigo' porque é uma fonte ténue de raios-X ao lado de uma fonte muito brilhante que mostrava variações similares em raios-X," comenta Michael McCollough do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica em Cambridge, no estado norte-americano do Massachusetts, que liderou o estudo mais recente deste sistema.

As observações do Chandra relatadas em 2013 sugeriam que o "Pequeno Amigo" tinha uma massa entre duas e 24 vezes a do Sol. Isto sugeria que a nuvem era um "glóbulo de Bok", uma pequena nuvem densa onde as estrelas podem nascer. No entanto, eram necessárias mais evidências. Para determinar a natureza do "Pequeno Amigo", os astrónomos usaram o SMA, uma série de oito antenas rádio situadas no topo do Mauna Kea, no Hawaii. O SMA encontrou moléculas de monóxido de carbono, uma pista importante de que o "Pequeno Amigo" era realmente um glóbulo de Bok. Além disso, os dados do SMA revelam a presença de um jato ou fluxo saindo do "Pequeno Amigo", sinal de que uma estrela começou a formar-se lá dentro.



Cygnus X-3 é um binário de raios-X onde uma fonte compacta está a puxar material de uma companheira estelar massiva. O Chandra conseguiu observar uma nuvem de gás e poeira que está separada por uma distância muito pequena de Cygnus X-3. Esta nuvem de gás, chamada "Pequeno Amigo", é um glóbulo de Bok, o primeiro já detetado em raios-X e o mais distante já descoberto. Os astrónomos detetaram jatos produzidos pelo "Pequeno Amigo", o que indica que existe uma estrela em formação no seu interior. Crédito: raios-X - NASA/CXC/SAO/M. McCollough et al.; rádio: ASIAA/SAO/SMA

"Normalmente, os astrónomos estudam os glóbulos de Bok observando a luz visível que bloqueiam ou a emissão rádio que produzem," afirma a coautora Lia Corrales do Instituto de Tecnologia do Massachusetts em Cambridge. "Com o 'Pequeno Amigo', podemos examinar este casulo interestelar numa nova maneira usando raios-X - a primeira vez que somos capazes de fazer isto com um glóbulo de Bok. A uma distância estimada de quase 20.000 anos-luz da Terra, o "Pequeno Amigo" é também o mais distante glóbulo de Bok já visto. As propriedades de Cygnus X-3 e a sua proximidade com o "Pequeno Amigo" também nos dão a oportunidade de fazer uma medição muito precisa da distância - algo que é muitas vezes difícil em astronomia. Desde o início da década de 1970 que os astrónomos observam uma variação regular de 4,8 horas nos raios-X de Cygnus X-3. O "Pequeno Amigo", agindo como um espelho de raios-X, mostra a mesma variação, mas ligeiramente atrasada porque o percurso que os raios-X refletidos tomam é mais longo do que a linha reta entre Cygnus X-3 e a Terra.

Ao medir o atraso na variação periódica entre Cygnus X-3 e o "Pequeno Amigo", os astrónomos foram capazes de calcular que a distância entre a Terra e Cygnus X-3 é de aproximadamente 24.000 anos-luz. Dado que Cygnus X-3 contém uma estrela massiva, de curta duração, os cientistas pensam que deverá ter tido origem numa região da Galáxia onde as estrelas ainda são suscetíveis de se formar. Estas regiões são encontradas apenas nos braços espirais da Via Láctea. No entanto, a fonte Cygnus X-3 está localizada fora de qualquer um dos braços espirais da Via Láctea.

"De certa forma, é uma surpresa termos encontrado Cygnus X-3 onde está," afirma o coautor Michael Dunham do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica e da Universidade Estatal de Nova Iorque em Fedonia. "Nós percebemos que algo invulgar precisava de acontecer durante os seus primeiros anos para a enviar neste 'passeio selvagem'.

Os investigadores sugerem que a explosão de supernova que formou ou o buraco negro ou a estrela de neutrões em Cygnus X-3 "chutou" o sistema binário para longe do seu lugar onde nasceu. Assumindo que Cygnus X-3 e o "Pequeno Amigo" formaram-se perto um do outro, estimam que Cygnus X-3 deve ter sido lançado a velocidades entre 640.000 e 3,2 milhões de quilómetros por hora. O artigo que descreve estes resultados foi publicado recentemente numa edição da revista The Astrophysical Journal Letters e está disponível online.

sábado, 19 de novembro de 2016

7 formas da Terra ser destruída e que você não sabe

Basta apenas uma erupção solar acima da média e nosso pequeno planeta vira poeira espacial. Ele é bem mais frágil do que parece. Veja outras formas como ele pode ser facilmente destruído.

7-formas-como-a-Terra-pode-ser-destruida-e-voce-nao-sabia-6

Embora isso soe um tanto enigmático, o fato é que o nosso belo planeta não é infalível e pode ser destruído em questão de momentos, se apenas um único e poderoso evento astronômico acontecer. Pode ser hoje, amanhã ou daqui a um bilhão de anos, ninguém sabe, e é por isso que os cientistas vivem investigando  todas as variações do cosmos que podem nos pode ajudar a prevenir o desastre. Vejamos sete maneiras em que a Terra pode destruir e você não sabe.

7-formas-como-a-Terra-pode-ser-destruida-e-voce-nao-sabia-1
1. Sol: Nosso melhor amigo e nosso pior inimigo.

Não é falso, o sol é nosso grande amigo, pois sem ele a vida na Terra não teria sequer surgido. Mas também pode ser um inimigo, já que precisa só de uma erupção solar intensa o suficiente para destruir a camada de ozônio. Apenas este evento, não só para destruir a vida tal como a conhecemos, mas todos os fenômenos terrestres.

2. Supernovas.


Uma supernova é uma estrela que está morrendo e sua explosão pode afetar outros mundos. Não há muitas supernovas nas proximidades, mas recentemente foi detectado uma gigante vermelha a 600 anos luz luz que ao explodir poderia destruir a camada de ozônio e transformar o planeta em um pedaço de rocha radioativa no futuro.

3. Quando o sol morrer.



É um fato: quando o Sol morrer, o planeta será destruído. As águas dos oceanos vão ferver, matando toda a vida. A radiação vai expandir e cenário terrestre vai mudar radicalmente. Felizmente, isso vai acontecer em bilhões de anos. A humanidade, de então, (se existir alguma), já deverá ter encontrado outros mundos para preservar a raça humana.

4. O fatal impacto de um asteroide.



Definitivamente, o impacto de um asteroide contra a Terra pode ser fatal. No melhor dos casos, um pequeno pode causar tsunamis e outros eventos geológicos que danificariam radicalmente a vida humana; um médio geraria um inverno nuclear e uma grande transformaria a crosta magma.

5. Colisão com Andrômeda. 


Uma colisão entre galáxias é um poderoso evento astronômico de fortes conotações para ambas as estruturas. Entre uns 3 a 5 bilhões de anos, a Via Láctea e Andrômeda devem colidir. De um lado, produzirá a colisão de dois buracos negros supermassivos; por outro uma relativa paz coroada com um espetáculo de luzes. Tudo depende de onde vai cair a Terra para saber se deve ser destruída ou continuar a sua existência.

6. Extraterrestres invasores.


Uma invasão alienígena poderia ser fatal para a Terra de maneiras que não podemos sequer imaginar. A partir da posição consciente de seres inteligentes para subjugar as áreas descobertas, à possibilidade de que tragam com eles sementes altamente tóxicas para a vida no planeta.

7. Buracos negros.

7-formas-como-a-Terra-pode-ser-destruida-e-voce-nao-sabia-7
Já bastava saber que os buracos negros supermassivos são estruturas que atraem qualquer coisa que se aproxima deles para considera-los maliciosos. Mas além disso, eles também estão se movendo em alta velocidade e podem se aproximar de nossa galáxia, engolindo tudo em seu caminho, como o Sistema Solar, por exemplo.

Sem querer assustá-lo, estas são algumas das formas mais prováveis de que a Terra poderia ser destruída. Eles são simplesmente eventos do universo que os cientistas contemplam ao pensar em todos os cenários possíveis para a Terra no futuro. Esperemos que não aconteçam ou que os humanos possam superá-los da mesma forma que se adaptaram em cada fase difícil da evolução natural.

Um "FUNIL" em Marte poderá ser um lugar para procurar vida



Esquerda: gráfico da profundidade da depressão Hellas e um mapa topográfico da mesma. Direita: gráfico da profundidade da depressão Galaxias Fossae e um mapa topográfico da mesma. Crédito: Joseph Levy/NASA

De acordo com um estudo liderado por cientistas da Universidade do Texas, em Austin, uma depressão de forma estranha, em Marte, poderá ser um novo local para procurar sinais de vida. A depressão foi provavelmente formada por um vulcão por baixo de um glaciar e poderá ter sido um ambiente quente e rico em produtos químicos, bem adequado para a vida microbiana. Os resultados foram publicados este mês na revista Icarus. "Nós fomos atraídos para este local porque parecia que podia hospedar alguns dos principais ingredientes para habitabilidade - água, calor e nutrientes," comenta o autor principal Joseph Levy, investigador associado do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas.

A depressão encontra-se dentro de uma cratera empoleirada na orla da bacia Hellas em Marte e cercada por antigos depósitos glaciais. Chamou a atenção de Levy em 2009, quando notou características tipo-fissuras em imagens de depressões captadas pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) semelhantes a caldeiras de gelo na Terra, formações encontradas na Islândia e na Gronelândia produzidas por vulcões em erupção sob uma camada de gelo. Outra depressão na região Galaxias Fossae de Marte tem uma aparência idêntica.


Depressão localizada dentro de uma cratera na orla da bacia Hellas de Marte. Uma nova pesquisa sugere que a depressão foi formada por atividade vulcânica por baixo de uma camada de gelo - um ambiente que poderia ser hospitaleiro à vida microbiana. Crédito: Joseph Levy/NASA

"Estas formações chamaram a nossa atenção porque são estranhas. São fraturadas concentricamente, de modo que se parecem com um alvo. Isso pode ser um padrão muito diagnóstico que vemos em materiais da Terra," afirma Levy, que era investigador pós-doutoral da Universidade Estatal de Portland quando viu pela primeira vez fotografias das depressões. Mas só este ano é que ele e a sua equipa de investigação foram capazes de analisar mais profundamente as depressões usando imagens estereoscópicas para investigar se foram feitas por atividade vulcânica que derreteu a superfície de gelo ou pelo impacto de um asteroide.

Timothy Goudge, colaborador do estudo, colega de pós-doutoramento no instituto, usou pares de imagens de alta resolução para criar modelos de elevação digital das depressões que permitiram uma análise aprofundada da sua forma e estrutura em 3-D. Cientistas da Universidade de Brown e de Mount Holyoke também participaram no estudo.  A grande contribuição do estudo foi o facto de termos sido capazes de medir não apenas a sua forma e aparência, mas também quanto material foi perdido para formar as depressões. Essa visão tridimensional permite-nos testar esta ideia de vulcanismo ou impacto," salienta Levy. A análise revelou que ambas as depressões partilham uma invulgar forma de funil, com um perímetro amplo que gradualmente se estreita com a profundidade.

"Ficámos surpreendidos e isso levou à reflexão se significava um aquecimento concentrado no centro que removeu gelo e permitiu o derramamento de material dos lados. Ou, caso fosse uma cratera de impacto, se começou com uma cratera muito mais pequena no passado e, através da sublimação do gelo, cresceu até ao tamanho aparente da cratera," observa Levy.


Uma depressão na região Galaxias Fossae de Marte, vista a partir de várias perspetivas. Uma nova pesquisa sugere que a depressão foi formada pelo impacto de um asteroide. Crédito: Joseph Levy/NASA

Depois de testarem cenários para a formação das duas depressões, os investigadores descobriram que provavelmente formaram-se de maneiras diferentes. Os detritos espalhados em redor da depressão de Galaxias Fossae sugere que foi o resultado de um impacto - mas a conhecida história vulcânica da região ainda não descarta origens vulcânicas, realça Levy. Em contraste, a depressão Hellas tem muitos sinais de origens vulcânicas. Não tem os detritos circundantes de um impacto e tem um padrão de fraturas associado com a remoção concentrada de gelo por fusão ou sublimação.

A interação de lava e gelo para formar uma depressão seria um achado excitante, diz Levy, porque criaria um ambiente com água líquida e nutrientes químicos, ingredientes necessários para a vida na Terra. Ele acrescenta que a depressão Hellas e, em menor escala, a depressão Galaxias Fossae, devem ser mantidas em mente quando se procurar habitats em Marte.

Gro Pedersen, vulcanólogo da Universidade da Islândia, que não esteve envolvido com o estudo, concorda que as depressões são locais promissores para investigações futuras.
"Estas características realmente assemelham-se com caldeiras de gelo cá na Terra e, somente dessa perspetiva, devem ser de grande interesse," comenta Pedersen. "Tanto porque a sua existência pode fornecer informações sobre as propriedades do material subterrâneo - a potencial existência de gelo - como devido ao potencial para revelar interações gelo-vulcão."

Fonte: Astronomia Online

As maiores explosões do Universo



"Breve, num sistema planetário perto de você" poderia ser um slogan para as supernovas. São eventos tão cataclísmicos que mesmo de longe podem fazer grande estrago na Terra. E tem uma doidinha para explodir bem na nossa cara


Grandes estrelas têm um destino final explosivo. Quando o combustível que as alimenta se esgota e elas finalmente partem desta para uma melhor, fazem isso em grande estilo: explodindo em forma de supernova, um dos eventos mais energéticos do Universo. Esses episódios são tão poderosos que acabam ofuscando, mesmo que por um breve período, o brilho de toda a galáxia. A partir daí, já dá para imaginar o estrago provocado naquilo que dá o azar de ficar em seu caminho. Se uma coisa dessas pipocasse bem nas imediações da Terra, a violência da explosão seria capaz de destruir não só o planeta, mas provavelmente todo o Sistema Solar.

 Para a alegria dos terráqueos, não há registro de astros capazes de tamanha devastação aqui, nessas redondezas. Mas isso não quer dizer que a vida na Terra esteja imune às supernovas. Junto com a explosão, vem também uma enxurrada de raios gama, um tipo de radiação muito energética que pode ser fatal. Nesse quesito, nossa galáxia tem pelo menos um candidato a ir para os ares em breve: a estrela dupla Eta Carinae, um sistema grandalhão com mais de 150 vezes a massa do Sol. Distante 7.500 anos-luz (algo em torno de 71 quatrilhões de quilômetros), Eta Carinae não fica exatamente logo ali. Mas, segundo mostram algumas simulações feitas por cientistas ligados à Nasa, isso pode não ser longe o bastante.

Por suas características, espera-se que Eta Carinae exploda como hipernova, uma espécie de supernova turbinada que irá emitir 100 vezes mais energia do que uma supernova comum. Quando isso acontecer, o brilho será tão intenso que, durante alguns dias, não haverá noite no Brasil e em todo o Hemisfério Sul. Mais preocupante do que a claridade às 3 da manhã, porém, é a intensa radiação gama que será expelida.

“Qualquer planeta que estiver no caminho [direto dos raios gama] terá sua atmosfera ionizada. Isso eliminaria, por exemplo, a camada de ozônio que protege a vida na Terra da radiação ultravioleta”, explica Augusto Damineli, astrofísico do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP) e grande especialista em Eta Carinae.  Além de provocar queimaduras na pele, os raios UV oriundos do Sol são particularmente nocivos ao DNA. A exposição prolongada pode causar mutações que seriam fatais aos seres vivos.

Como se não bastasse, a radiação também contribui para a formação de óxido nítrico, gás que consegue refletir boa parte da luz do Sol antes que ela chegue ao solo. Ou seja: o planeta mergulharia num grande resfriamento global. A boa notícia é que esse arroto fatal de radiação ainda pode demorar muito. Dizer que uma estrela está para explodir, em termos astronômicos, significa que isso ainda pode levar bons 30 mil anos. Sem falar que a Terra tem grande chance de sair ilesa. Mas, como a Via Láctea tem 200 bilhões de estrelas, é possível que algum outro astro com potencial explosivo tenha passado desapercebido pelos cientistas.

AMEAÇA INTERESTELAR – A Terra está protegida?
Não há dúvida de que, mesmo à distância de 7. 500 anos-luz (cada ano-luz tem cerca de 9,5 trilhões de quilômetros, a distância que a luz viaja em um ano), a explosão da hipergigante binária Eta Carinae pode estragar as coisas para a vida na Terra. Para que isso aconteça, contudo, a rajada de raios gama disparada no momento do colapso precisa sair exatamente na nossa direção. “Felizmente, o eixo de rotação de Eta Carinae, por onde ela dispararia seu tiro de raios gama, está a 45 graus de nossa direção. A menos que esse eixo mude de direção, não é disso que nós vamos morrer”, tranquiliza Augusto Damineli, astrônomo da USP. Apesar do bom prognóstico, o astrofísico ressalta que uma mudança repentina provocada pela interação da estrela maior com a estrela menor do sistema ainda pode acontecer. “Quanto mais tempo demorar a explosão final, mais incerta é a direção do feixe letal de raios gama”, diz ele.
Fonte: Super interessante

Quanto tempo resta para o fim do universo?


Existem diversos estudos com diferentes interpretações sobre o fim do universo, ou a sua destruição, com previsão para 2,8 mil milhões de anos, o chamado "Big Rip". Mas segundo uma nova teoria, liderada por Diego Sáez-Gómez da Universidade de Lisboa e publicada no New Scientist, o universo poderá mesmo nunca acabar.

Compreender a longevidade de vida do universo parece um pouco descabido e até pouco improvável de prever, mas existem estudos que tentam mesmo calcular quanto tempo lhe resta. Segundo a teoria do "Big Rip", é sugerido que em certo ponto da expansão, o universo irá crescer tanto, que todas as distâncias se tornarão infinitas, e com ele toda a matéria se irá desintegrar, acabando com a vida.

Através da observação da Supernova, sabe-se que realmente o universo continua a expandir-se, a uma velocidade cada vez mais elevada. No entanto, invés do cenário da "Big Rip" pode dar-se o chamado "Heat Death", ou seja, o universo irá expandir-se de tal maneira – com possibilidade de até ao infinito – que novas estrelas e corpos celestes se poderão formar.  

Ainda assim, prevêem-se outros eventos mais “próximos”, como o fim do Sol em cinco mil milhões de anos, ou a fusão da Via Láctea com a Andrómeda, em menos de quatro mil milhões de anos. Sobre o futuro do planeta, existem preocupações mais "imediatas", como as mudanças climatéricas ou eventuais colisões de asteroides.
Fonte: http://querosaber.com.pt

Estranho objeto "rebelde" na órbita de Netuno confunde cientistas




Um estranho objeto de aproximadamente 200 quilômetros de diâmetro e com comportamento incomum foi descoberto orbitando ao redor de Netuno.
O satélite, de procedência misteriosa, foi identificado no mês de agosto e batizado de Niku, que significa “rebelde” em chinês, por causa de seu comportamento fora do padrão, que está confundindo os pesquisadores. 

A característica anômala de Niku que mais chamou a atenção dos astrônomos foi sua movimentação ao redor de Netuno de forma ascendente, a 110 graus em relação ao plano do Sistema Solar. Além disso, e diferentemente da maioria dos corpos celestes que fazem parte da galáxia, Niku oscila para trás em torno do Sol. 

Embora não haja consenso científico a respeito disso, alguns especialistas afirmam que esse objeto, além de outros de características similares detectados ao seu redor, podem ter se separado do resto do Sistema por causa da atração gravitacional do suposto “Planeta Nove”, um astro que existe hipoteticamente. O Planeta Nove ou "X" seria dez vezes maior que a Terra e estaria localizado nas fronteiras finais do nosso Sistema Solar. 

Outra hipótese sobre a origem de Niku é a “maré galáctica”, que, de acordo com Mateo Payne, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, em Cambridge, nos EUA, poderia produzir forças sobre o Sistema Solar capazes de lançar cometas em direção ao seu interior. Os astrônomos estão tentando detectar mais objetos espaciais com comportamentos orbitais semelhantes, para poder compreender melhor o fenômeno.
Fonte: HISTORY

O Campo de Galáxias na Constelação de Andrômeda



A imagem mostra um campo de visão com 1 grau de extensão na direção da constelação de Andrômeda, e a quantidade de galáxias que se pode ver nessa pequena porção do céu, realmente impressiona. 

Na parte superior direita da imagem está uma grande galáxia espiral conhecida como NGC 891, ela tem 100 mil anos-luz de diâmetro, e do nosso ponto de vista ela aparece quase que exatamente de lado. Localizada a cerca de 30 milhões de anos-luz de distância da Terra, a NGC 891 se parece muito com a Via Láctea, com um disco galáctico fino e achatado. Seu disco e o seu bojo central são atravessados por nuvens de poeira escuras. 

Na parte inferior esquerda da imagem estão os membros do aglomerado de galáxias Abell 347. Localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância da Terra, o Abell 347 mostra suas grandes galáxias nessa bela imagem nítida feita por um telescópio.


"Window in The Skies"




Vista privilegiada da Via Láctea através do telhado da área de camping do abrigo Rebouças, no Parque Nacional do Itatiaia.

Créditos da imagem: Ricardo Takamura Photography