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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Novo planeta encontrado orbitando estrela vizinha. Devemos visitá-lo?




Alfa Centauri é o sistema estelar mais próximo ao nosso. É um sistema triplo, com as estrelas Alfa Centauri A e Alfa Centauri B girando em torno de um centro comum em um sistema estelar binário.
Essas duas estrelas brilhantes, uma bem parecida com o nosso sol, compartilham uma órbita binária relativamente próxima, e estão no nosso “quintal cósmico”, a cerca de 4,3 anos-luz de distância de nós.
Essa proximidade e possível semelhança conosco tornou o sistema bastante interessante aos cientistas, que queriam explorar sua capacidade de habitar planetas.
Depois de anos de pesquisa, os astrônomos finalmente avistaram um planeta com a mesma massa da Terra em Alfa Centauri. Embora o planeta orbite muito perto de sua estrela-mãe para hospedar vida, sua descoberta abre a possibilidade de o sistema hospedar mais mundos, talvez mais hospitaleiros.

A busca

Segundo Xavier Dumusque, do Observatório de Genebra, na Suíça, encontrar tais mundos será um desafio, no entanto.
Até agora, os “caçadores de planetas” descartaram a presença de gigantes gasosos semelhantes a Júpiter em Alfa Centauri.
Enquanto isso, encontrar planetas menores com os métodos disponíveis exigiu paciência. Usando o Observatório La Silla, no
Chile, Dumusque e colegas passaram quatro anos tentando detectar o planeta em torno de Alfa Centauri B, a menor das duas estrelas. O meticuloso processo incluiu cerca de 450 observações da pequena oscilação gravitacional que o planeta induz em Alfa Centauri B conforme a orbita.
A equipe calcula que o novo planeta tem cerca de 1,13 vezes a massa da Terra, o que significa que é provável que tenha uma composição rochosa, como a nossa. No entanto, um “ano” no planeta equivale a pouco mais de três dias da Terra – ou seja, ele não deve ser tão parecido conosco assim.
“A temperatura da superfície deve ser de centenas – milhares – de graus. Há talvez lava flutuando no planeta”, especulou Dumusque.
Ainda assim, planetas tendem a não ser solitários, de modo que o sistema deve ter outros mundos, provavelmente rochosos também. Há uma chance de algum ser detectado na zona habitável, a região em torno da estrela mais propensa a abrigar a vida como a conhecemos (nesse caso, um pouco mais longe de Alfa Centauri B).

Visitando Alfa Centauri

Essa é uma boa notícia, certo? É só mandarmos uma missão para o sistema estelar mais próximo ao nosso, e ver se tem vida lá, não é mesmo?
Não. Para visitar nossos vizinhos, precisaríamos levar algumas bibliotecas para viagem. Mesmo com a nave espacial mais rápida do mundo atualmente, a sonda Helios-2, o trajeto a Alfa Centauri levaria 19.000 anos, assumindo que viajássemos em alta velocidade o tempo todo, o que é improvável.
Por enquanto, nada indica que teremos tecnologia suficiente para chegar lá mais rápido muito cedo. A mídia tem desafiado o empresário espacial Elon Musk, fundador da SpaceX, a se envolver em um projeto rumo a Alfa Centauri, mas, a não ser que ele ou outros milionários resolvam investir em novas ideias para criar uma nave mais rápida, isso não deve acontecer em breve.
Se alguém aceitar o desafio, poderia recorrer a projetos como o do físico Freeman Dyson, que em 1968 sugeriu que alguém enviasse sua espaçonave idealizada Orion para o sistema de estrelas Alfa Centauri. Ele a imaginou sendo alimentada por ondas de choque de uma série de explosões nucleares. Viajando em pouco mais de 3% da velocidade da luz, ela chegaria no sistema em apenas 133 anos, por um custo igual a apenas 10% do PIB dos EUA.
Mesmo que pudéssemos chegar até, digamos, o novo planeta descoberto em Alfa Centauri B, seria muito difícil que sobrevivêssemos, afinal, ele é quente demais para nós (sem contar a provável lava flutuante).
Supondo que até lá já tenhamos um traje especial contra tamanho calor e já tivéssemos superado qualquer outra dificuldade, quando colocássemos nossos pés no planeta e olhássemos para cima, o céu noturno não seria muito diferente do da Terra, já que ele está tão próximo de nós (veríamos a mesma parte do universo que vemos daqui).
A maior diferença estaria na constelação de Cassiopéia. Quando vista da Terra, ela parece cinco estrelas em forma de W, mas de Alfa Centauri adquiriria uma sexta estrela – o nosso próprio sol.
E se os astronautas, enquanto observassem nosso sol como uma estrela no céu de Alfa Centauri sentissem saudades de casa e tivessem uma antena extremamente sensível, poderiam sintonizar nossa TV – mas só conseguiriam assistir repetecos.
Isso porque as transmissões de rádio e TV viajam a partir da Terra à velocidade da luz. Agora, Alfa Centauri está pegando nossas transmissões de cerca de quatro anos e quatro meses atrás.
Isso significa que qualquer habitante daquele sistema estelar está agora acompanhando o final da quarta temporada de Lost e, em poucos meses, verão Barack Obama ser eleito presidente dos EUA – pela primeira vez, é claro.

Planeta “?”

Qual é o nome do novo planeta? Tradicionalmente, exoplanetas herdam o nome de sua estrela-mãe, e o primeiro planeta descoberto do sistema é denominado “b”, o próximo “c” e assim por diante.
O sistema Alfa Centauri é binário. O novo planeta orbita Alfa Centauri B. Seu nome oficial, portanto, é Alfa Centauri B b.
Chato, não? Não podemos pensar em um nome melhor?
Bem da verdade, ao longo dos anos, já pensamos em vários nomes para os “ficcionais” planetas de Alfa Centauri.
O sistema é famoso e bastante popular em filmes e tramas sci-fi. Embora os planetas “de mentirinha” de Alfa Centauri orbitem mais frequentemente a estrela maior do par, nunca foram nomeados simplesmente por uma letra do alfabeto ocidental.
Em sua série Foundation, Isaac Asimov concedeu o nome “Alfa” para um mundo orbitando Alfa Centauri A. Arthur C. Clarke apelidou seu mundo de “Pasadena” no livro The Songs of Distant Earth (As Canções da Terra Distante). O filme Avatar se passa em Pandora, uma lua que orbita o gigante de gás Polifemo (nome tirado de um ciclope da mitologia grega) em torno de
Alfa Centauri A, enquanto os jogadores do game Sid Meier’s Alpha Centauri são desafiados a colonizar um planeta fictício chamado Chiron.
Com 19.000 anos para chegar lá, tenho certeza que teremos tempo de inventar nomes ainda melhores

Astrônomos amadores descobrem planeta com quatro sóis




Dois astrônomos voluntários confirmaram a existência de um planeta semelhante a Netuno em um sistema planetário que tem quatro sóis, o primeiro sistema quádruplo com planetas já descoberto.
O planeta, que está a 5.000 anos-luz da Terra, orbita um par de estrelas, e o conjunto por sua vez orbita um outro par de estrelas que está a 1.000 UA de distância (UA significa Unidades Astronômicas. 1.000 UA são cerca de 149,5 bilhões de quilômetros).
Os astrônomos amadores Kian Jek, de San Francisco, e Robert Gagliano, de Cottonwood, Arizona (ambos dos EUA), fizeram a descoberta usando os imagens do Telescópio Espacial Kepler, da Nasa, liberadas no programa de ciência cidadã Planet Hunters.
O Planet Hunters usa o reconhecimento de padrões dos seres humanos para identificar trânsitos planetários, que são as passagens dos planetas na frente das estrelas, fazendo com que elas “pisquem”. Foi o que os dois astrônomos fizeram para identificar o sistema: examinaram fotos e perceberam uma piscada nas estrelas, quando o planeta passava na frente delas.
Assim que a descoberta foi anunciada, astrônomos profissionais usaram os telescópios de Mauna Kea, no Havaí, e confirmaram a presença do sistema quádruplo. O trabalho publicado tem os dois astrônomos amadores como coautores.

Descoberta extremamente rara

Sistemas binários são comuns, mas sistemas binários com planetas são extremamente raros: só conhecemos seis deles. O fato de ser um sistema quádruplo foi uma surpresa completa, já que a probabilidade de um planeta fazer parte de um sistema deste tipo é muito baixa.
O novo planeta foi chamado de PH1 (de Planet Hunters 1) e é o primeiro planeta confirmado a orbitar um sistema binário em um sistema estelar quádruplo hierárquico. A órbita de PH1 em torno das estrelas centrais é menor que a órbita da Terra em torno do sol, e, apesar da enorme gravidade das estrelas centrais, aparentemente é uma órbita estável.
Além disso, ele tem cerca de seis vezes o raio da Terra, ou cerca de metade do diâmetro de Júpiter, e sua massa ainda não foi descoberta, mas provavelmente está entre 20 e 50 vezes a massa da Terra.
PH1 é muito quente, com temperatura de mais de 400 °C no topo das nuvens. Mesmo que tenha luas, elas devem ser tão quentes quanto o planeta; ou seja, o sistema todo é inóspito para a vida humana.
O sistema binário central tem uma estrela azul muito mais quente e mais brilhante que o sol, e outra mais fraca e vermelha. O outro par de estrelas tem uma estrela parecida com o sol, e outra fraca e vermelha.
As estrelas do par mais distante devem brilhar no céu noturno de PH1 com um pouco mais de força que a lua cheia na Terra, fazendo com que o céu noturno seja um espetáculo incrível. 

Estrutura incomum é encontrada ao redor de estrela




Pesquisadores do telescópio ALMA, do Observatório Europeu do Sul (ESO), encontraram essa estrutura de gás peculiar totalmente inesperada em volta da estrela gigante vermelha R Sculptoris. Essa é a primeira vez em que astrônomos encontraram uma estrela envolta por uma estrutura como essa.
Os astrônomos ainda não sabem o que é a estranha espiral em torno do astro, mas acreditam que ela está lá por causa da existência de uma segunda estrela, ainda não detectada, orbitando a gigante vermelha.
Estrelas gigantes vermelhas são muito antigas e responsáveis pela formação de novas estrelas. Essas estrelas perdem uma grande quantidade de massa no fim da vida pelo vento estelar denso.
Confira abaixo o vídeo com imagens feitas pelo Observatório Europeu do Sul. 


Conheça a intrigante nebulosa quadrada




O que faz com que uma nebulosa seja quadrada? Nenhum cientista está certo, mas é assim que esse sistema estelar conhecido como MWC 922 parece.
A foto acima combina imagens em infravermelho obtidas pelo telescópio Hale, que fica na Califórnia, e pelo telescópio Keck-2, do Havaí.
A hipótese mais aceita é que, antes de explodir, a estrela que originou essa nebulosa expeliu cones de gás de forma simétrica. Cientistas especulam que, se vista de outro ângulo, a nebulosa poderia ter uma forma bem diferente.

“Arco-íris” é encontrado em nebulosa de Órion



Apesar de estar a cerca de 1.500 anos-luz da Terra, a Nebulosa de Órion já foi descoberta há mais de 400 anos e muito já se estudou e observou sobre seu aspecto. Mesmo assim, telescópios da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ainda revelam imagens fascinantes: a disposição de estrelas ainda em seu estágio de formação, no meio da nebulosa, dá origem a um luminoso “arco-íris”.
Você pode baixar a imagem em alta resolução. A foto resultante, no entanto, é produto de dois equipamentos: o Telescópio Spitzer, da NASA, e o Telescópio Herschel, da ESA. Ambos foram equipados com lentes sensíveis a raios infravermelhos, o que permitiu capturar as cores em comprimentos de onda que uma câmera normal não consegue identificar.
Dessa forma, os tons de azul que aparecem na foto foram registrados pelo Telescópio Spitzer, que captou comprimentos de onda entre 8 e 24 micra (o plural da unidade mícron), enquanto os tons de verde e vermelho são produto das lentes do Telescópio Herschel, programadas para filtrar comprimentos de onda um pouco maiores, entre 70 e 160 micra.
As diferenças nas observações de cada telescópio não foram apenas devidas aos raios luminosos: o objetivo era monitorar toda a matéria proveniente de uma Nebulosa, que nada mais é do que um conjunto de plasma, hidrogênio e poeira cósmica. Enquanto o Telescópio Herschel observou as emissões de poeira cósmica fria, uma vez por semana durante um mês e meio, o Spitzer fez o mesmo com a poeira quente.
Ao longo deste curto tempo de observação (seis semanas), o brilho das estrelas observadas variou em mais de 20%. Isso surpreendeu os cientistas, que esperavam tal variação em um período de anos. Ou seja, o brilho das estrelas oscilou muito rapidamente na Nebulosa.
De acordo com os cientistas, há duas hipóteses para essa variação tão acelerada: ou os filamentos de gás circulam pela superfície da estrela em ritmo intenso, ou esta matéria se movimenta de forma a criar “sombras” na estrela, que ocultam seu brilho em alguns momentos.
Em ambos os casos, contudo, a conclusão é a mesma: trata-se de uma intensa atividade que caracteriza estrelas jovens, recém nascidas, nas quais as nuvens de gás, poeira e outras substâncias ainda estão se adaptando e rearranjando. Tal atividade acaba originando movimentos constantes.

Clima mais quente pode estar ligado a problemas cardíacos



Um novo estudo apontou que a elevação das temperaturas e o aumento dos níveis de poluição podem agir em conjunto para piorar a saúde cardíaca dos seres humanos.
Os resultados mostram que as altas temperaturas nos meses de verão em uma cidade dos Estados Unidos estão associadas à diminuição da variabilidade da frequência cardíaca – ou seja, quão regular é o tempo entre os batimentos cardíacos. Essa taxa é uma amostra de quão bem o coração está trabalhando. Estudos prévios têm vinculado a baixa variabilidade da frequência cardíaca a um maior risco de morte após um ataque cardíaco.
A temperatura tem mais chance de afetar a função cardiovascular quando os níveis de ozônio estão elevados, dizem os pesquisadores.
As conclusões são especialmente preocupantes pois se trata de um novo problema que o aquecimento global pode trazer à população.
Apesar de o ozônio na alta atmosfera proteger a Terra da radiação solar ultravioleta, na baixa atmosfera é um dos principais componentes do ”smog”, nuvem de poluição característica das grandes cidades, e age como um irritante pulmonar.
“Tendo em vista que o aquecimento global tende a aumentar tanto as ondas de calor quanto a formação de ozônio, tal interação pode ser importante para a saúde pública”, afirma Cizao Ren, cientista da Escola de Saúde Pública de Harvard.
O estudo envolveu 694 homens idosos (com idade média de 73 anos) que viviam em Boston. Os participantes tiveram sua variabilidade da frequência cardíaca medida pelo menos uma vez entre novembro de 2000 e dezembro de 2008. Os investigadores também analisaram dados de temperatura e poluição do ar das áreas vizinhas até 20 dias antes do exame dos participantes.
Os investigadores encontraram uma associação entre a temperatura e a variabilidade da frequência cardíaca na estação quente, mas não nos meses mais frios. Uma razão para isso pode ser que as pessoas tendem a ficar em casa nos meses de inverno, onde a temperatura é controlada frequentemente com aquecimento.
Estudos anteriores descobriram que as temperaturas mais elevadas podem aumentar o risco de morte por doença cardiovascular, e esse efeito é agravado pela poluição do ar. O novo estudo sugere, porém, que o problema pode estar acontecendo em um nível biológico.
A temperatura do ar e a quantidade de ozônio pode influenciar a maneira como o sistema nervoso automático (ou “autônomo”) funciona. Esse sistema é uma parte do sistema nervoso central, que ajuda o corpo a se adaptar ao seu ambiente, de acordo com a Associação Americana do Coração. O sistema regula as funções corporais, incluindo a atividade eléctrica do coração e o fluxo de ar para os pulmões. “A variabilidade da frequência cardíaca é um indicador da função do sistema nervoso autônomo”, explica Ren.
A poluição atmosférica pode causar problemas com reflexos nas vias aéreas para os pulmões. Além disso, as temperaturas mais elevadas podem tornar o corpo mais sensível a toxinas, como o ozônio.
Os pesquisadores, no entanto, ressaltam que o estudo envolveu homens idosos em apenas uma parte dos Estados Unidos. Os resultados obtidos podem não ser representativos para a população como um todo

Turismo espacial pode afetar o clima na Terra



Segundo os cientistas, pode haver um rápido crescimento do mercado de turismo espacial na próxima década. O problema é que isso pode ter consequências ruins na Terra: a fuligem emitida pelos foguetes de turismo espacial pode contribuir significativamente para a mudança climática global nas próximas décadas.
Os pesquisadores examinaram o impacto das emissões de dióxido de carbono e de fuligem dos mil vôos suborbitais de foguetes por ano no clima terrestre.
Eles afirmam que os foguetes são a única fonte direta de compostos humanos produzidos acima de 22,5 quilômetros, e por isso é importante entender como a sua exaustão afeta a atmosfera.
Segundo o estudo, as partículas de fuligem emitidas pela frota proposta de foguetes de turismo espacial se acumulam a cerca de 40 km de altitude, três vezes mais do que a altitude do tráfego aéreo.
Ao contrário da fuligem de jatos ou centrais a carvão, que são injetados mais baixo na atmosfera e caem sobre a terra dentro de algumas semanas, as partículas criadas por foguetes permanecem na atmosfera por anos, absorvendo eficientemente a luz solar que poderia atingir a superfície da Terra.
Os pesquisadores fizeram algumas previsões climáticas baseadas nos planos de negócios para viagens espaciais suborbitais em 2020.
A resposta do sistema climático a um volume mesmo relativamente pequeno de carbono negro é surpreendente. Usando um modelo de computador da atmosfera da Terra, os pesquisadores descobriram que, sob a camada de fuligem prevista, a superfície da Terra esfriaria cerca de 0,7 graus Celsius. A Antártida aqueceria cerca de 0,8 graus Celsius.
Também as regiões equatoriais poderiam perder cerca de 1% de seu ozônio, enquanto os pólos poderiam ganhar 10%. As emissões de foguetes são particularmente prejudiciais ao ozônio porque são injetadas diretamente na estratosfera, onde reside a camada de ozônio.
O efeito global seria um aumento na quantidade de energia solar absorvida pela atmosfera da Terra. Isso significa que a fuligem dos foguetes contribui para o aquecimento da atmosfera a uma taxa maior do que o dióxido de carbono dos mesmos foguetes.
A atual frota mundial de foguetes orbitais emite cerca de um décimo da fuligem assumida no estudo

Não suporta chuva, ou não aguenta o calor? Como o clima pode afetar nosso humor



 O senso comum nos diz que humor tem tudo a ver com clima. As taxas de suicídio são maiores em lugares frios. As pessoas são mais alegres em lugares quentes. Tem gente que não suporta chuva, e outros que não são felizes a menos que possam sentir o brilho do sol sobre os ombros.
Mas, do ponto de vista científico, será que a chuva realmente deixa as pessoas para baixo? E o sol levanta o humor? Um novo estudo explorou esta crença popular através de pesquisas com cerca de 500 adolescentes e suas mães. O resultado: o tempo de fato tem um efeito direto sobre o nosso humor.
“Identificamos um grupo de ‘Amantes do Verão’, que eram mais felizes, menos medrosos e menos bravos em dias com mais sol e temperaturas mais elevadas, e menos felizes, mais ansiosos e irritados em dias com mais horas de precipitação”, disse o psicólogo Tom Frijns, coautor do estudo.
Os pesquisadores também identificaram um grupo chamado “Odiosos ao Verão”, em que ocorria o processo contrário dos “Amantes do Verão”. Um terceiro grupo, “Odiosos a Chuva”, também foi identificado. Como sugere o nome, este grupo se sente mais irritado e menos feliz em dias com mais chuva.
“Amantes de Verão” contavam com 17% do grupo de adolescentes, enquanto “Odiosos ao Verão” pesavam 27%. “Odiosos a Chuva” eram 9% do grupo, com o resto dos participantes caindo em um grupo rotulado como “Não Afetados”, ou seja, nem chuva, nem neve, nem gelo, nem o sol parecia afetar o humor desse grupo.
Curiosamente, o estudo também encontrou evidências de que o humor ligado ao clima corre na família. “Mães ‘Amantes do Verão’ tinham filhos também ‘Amantes do Verão’ com mais frequência do que seria esperado por acaso”, afirma Frijns. “Da mesma forma, a frequência observada nas mães e filhos ‘Odiosos a Chuva’ foi duas vezes maior do que a esperada em função do acaso”.
E você? Acha que o clima afeta seu humor? De que maneira

Florestas tropicais retêm 20% da chuva que cai sobre elas




Segundo um novo estudo, que pode melhorar a nossa compreensão dos impactos das mudanças climáticas, existem “guarda-chuvas arbóreos” que interceptam quase dois trilhões de litros de chuva por ano – cerca de 20% da chuva que cai sobre as florestas do mundo.
Com bilhões de folhas sobrepostas, que se estendem às vezes centenas de metros acima do solo, as árvores das florestas tropicais do mundo agem como guarda-chuvas gigantes: elas capturam a chuva antes que ela tenha uma chance de chegar ao chão da floresta. Essa grande quantidade de chuva “empoça” em cima das folhas antes de evaporar para a atmosfera.
A equipe de estudo utilizou dados de satélite da Nasa para quantidade de chuvas, intensidade (volume de chuva por hora, por exemplo) e cobertura vegetal. A intensidade da chuva foi calculada usando dados de relâmpagos de certos tipos de nuvens, em particular as nuvens cumulonimbus, que despejam grandes quantidades de chuva em um curto período de tempo.
Os pesquisadores também usaram um modelo conhecido como modelo de Gash, que tem sido aplicado com sucesso em diferentes florestas ao redor do mundo desde o início dos anos 80. A singularidade desse estudo é que eles também fizeram observações por satélite da precipitação e da cobertura da floresta, e adaptaram este modelo para criar resultados globais, pela primeira vez.
Até agora, a equipe fez mapas mensais do volume e da percentagem de precipitação interceptada por blocos de vegetação coberta, cada um com uma área de 400 quilômetros quadrados. Florestas compostas de árvores com folhas finas capturaram 22% da precipitação, enquanto as florestas de folhas largas caducas interceptaram 19%, e florestas verdes 13%.
Embora as florestas de folhas finas tenham capturado a maior parte da água, os pesquisadores disseram que não é por causa de sua estrutura foliar. Segundo eles, não há uma clara relação entre a quantidade de água que uma árvore pode segurar e seu tipo de folhas. O que eles supõem é que o principal fator determinante do quanto a árvore pode prender a chuva é a área total projetada da copa.
Segundo os pesquisadores, essas estimativas podem ser usadas para melhorar as previsões do clima global. Embora dois dos três parâmetros do modelo de ciclo da água usado (parte dos modelos de clima global) sejam bem conhecidos, a peça de evaporação foi o “elo fraco”. Mais estudos devem ser realizados para estimar a quantidade de água recolhida pela copa das árvores, o que poderia ajudar predizer o impacto do desmatamento sobre as mudanças climáticas.
Agora, a equipe está trabalhando em mapas de 30 anos na esperança de identificar tendências na coleta de precipitação e evaporação. Segundo os pesquisadores, se a Terra está aquecendo, essa coleta de chuva deve mostrar sinais de aceleração ao longo das últimas décadas. 

O melhor momento para assistir a chuva de meteoros do cometa Halley



Para quem gosta de fazer pedidos para estrelas cadentes, aqui vai uma dica quente: na madrugada de domingo, vai dar para fazer uns 60 pedidos por hora, uma média de um por minuto.
Estamos em plena época da chuvas de meteorosconhecida como orionídas, por que seu radiante está na direção aproximada da constelação de Órion. As chuvas de meteoros orionídas são criadas pelos detritos do cometa Halley, e acontecem na metade do mês de outubro.
Desde o ano 2006, a chuva de meteoros orionídas tem proporcionado belos espetáculos, com 60 ou mais meteoros por hora. Nada menos é esperado para este ano.
Para quem quiser assistir o espetáculo, é preciso procurar um lugar longe da poluição luminosa das cidades (poluição luminosa é como os astrônomos chamam o excesso de luz das cidades, que ao iluminar a poeira suspensa na atmosfera, cria um halo luminoso que dificulta a observação das estrelas mais fracas).
Como equipamento adicional, eu acrescentaria uma cadeira confortável, um chimarrão (ou uma térmica de café) e um cobertor por causa do frio da madrugada. Cuidado para não ficar muito confortável e acabar dormindo…
Como o radiante está próximo da constelação de Órion, o melhor é olhar naquela direção, a partir da uma hora da madrugada. Se você não sabe qual é a constelação de Órion, procure pelas “Três Marias”, que devem se elevar a leste, perto da meia-noite.
O espetáculo vai até o céu clarear.

Chuvas de meteoros, ou, enquanto o cometa não vem…

Os cometas são descritos apropriadamente como bolas de gelo sujo. Quando esta bola de gelo se aproxima do sol, começa a criar jatos de vapor.
Estes jatos de vapor arrastam consigo partículas do cometa que, apesar de se afastarem do mesmo, continuam essencialmente a fazer uma órbita em torno do sol, bastante parecida com a do cometa de onde saíram.
Estas partículas sólidas são geralmente menores que um grão de areia, e queimam ao entrar em alta velocidade na nossa atmosfera, desaparecendo antes de tocar o chão.
Outra forma pela qual são produzidas as chuvas de meteoros parece estar associada à destruição ou ruptura do cometa. Como estas partículas seguem a mesma órbita do cometa original, a chuva de meteoros acontece sempre que a Terra atravessa a sua órbita original.
Outra consequência de terem a mesma órbita do cometa do qual saíram é que todos os meteoros parecem vir do mesmo ponto do céu, chamado de “radiante”. Esta é a maneira de diferenciar um meteoro que pertencente a uma chuva de meteoros de um meteoro comum

X1, o exoesqueleto robótico da NASA que vai ajudar astronautas e paraplégicos




Uma nova roupa de “super-herói” está sendo fabricada pela Nasa: o exoesqueleto X1, que será útil tanto no espaço quanto em terra.
Resultado direto das tecnologias desenvolvidas pelo projeto Robonaut, também da Nasa, esse “traje” tem correias e tiras que são presas aos ombros e pernas do usuário, com “placas” separadas.
10 juntas conectam as placas. Quatro delas são motorizadas, para a cintura e joelhos, e seis são juntas não motorizadas que permitem ao usuário dar passos para o lado, virar-se e flexionar os pés.
No espaço, o X1 será configurado como uma espécie de opositor ao movimento, o que vai ajudar os astronautas a manter os músculos e o esqueleto saudáveis em viagens longas, como uma viagem a Marte e outros planetas.
Na superfície de planetas alienígenas, o X1 vai proporcionar superforça aos astronautas, permitindo que estes carreguem cargas maiores, além de ajudar os astronautas a se movimentarem melhor em ambientes de baixa gravidade.
Em terra, o exoesqueleto será utilizado em uma configuração diferente, de auxiliar do movimento: ele vai permitir que paraplégicos e pessoas com limitação dos movimentos consigam caminhar. Por enquanto, o X1 ainda não é muito útil neste aspecto, pois ainda necessita do uso de muletas. Os fabricantes esperam aperfeiçoar os movimentos e o controle do X1, de forma a liberar as mãos dos usuários.
Vai ser a coisa mais parecida com a armadura de Tony Stark, o homem de ferro, já feita. Mas vai ser melhor, porque vai ser real.

Mistério sobre desaceleração de sonda espacial é possivelmente solucionado



Duas sondas espaciais norte-americanas lançadas em 1972 e 1973, respectivamente a Pioneer 10 e aPionner 11 da Nasa, têm intrigado cientistas por décadas. As Pioneers começaram uma estranha desaceleração de cerca de 0,9 nanômetros por segundo quadrado, voltando novamente em direção ao sol.
Mas o que estaria causando essa aceleração negativa? Tantas ideias já foram estudadas que pesquisadores levantaram até mesmo a hipótese de estarmos perante uma nova força da natureza que contradiria a Teoria da Relatividade Geral de Einstein.
Em julho deste ano, a solução para o mistério parecia finalmente ter aparecido. Pesquisadores da Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa tinham afirmado que aAnomalia Pioneer (como é conhecido o fenômeno), estava sendo ocasionada pelo calor emanado da corrente elétrica que flui através dos instrumentos e do fornecimento de energia termoelétrica das sondas. Embora o calor seja sutil, pesquisadores acreditavam que ele seria capaz de empurrar a nave espacial ligeiramente para trás.

Nova explicação

O pesquisador Sergei Kopeikin, da Universidade de Missouri (EUA) não acredita que a hipótese do calor esteja correta. De acordo com o astrônomo, essa teoria só é capaz de explicar de 15 a 20% do fenômeno. Para ele, o motivo que ocasiona a Anomalia Pioneer tem relação com a expansão do universo.
Kopeikin desenvolveu um novo conjunto de cálculos para explicar o fenômeno, considerando a expansão do universo e a forma que isso afeta o movimento de fótons que formam a luz e ondas de rádio – pois é a partir disso que é possível medir grandes distâncias no universo.
Para medir a velocidade das sondas, os cientistas da Nasa que levantaram a hipótese do calor como o motivo da desaceleração transmitiram feixes de ondas de rádio para a nave, e esperaram seu retorno à Terra (efeito chamado de Doppler-tracking). A velocidade das sondas pode assim ser determinada através da medição do tempo que os fótons demoram para voltar para o nosso planeta.
Mas Kopeikin percebeu que os fótons estavam se movendo a uma velocidade diferente do que é previsto pela teoria de Newton – o que deu a impressão de desaceleração. Em outras palavras, as sondas Pioneer não estão desacelerando, como acreditamos por décadas. Mas como o universo está se expandindo e as naves estão muito longe, temos a falsa sensação da diminuição de velocidade.
Se Kopeikin estiver certo, sua descoberta e cálculos irão mudar a maneira como os astrônomos medem a velocidade de objetos a distâncias extremas.

Entenda a história das Pioneers

As sondas espaciais Pioneer 10 e 11 estão entre as primeiras sondas enviadas pelo programa de exploração espacial da Nasa. Elas tinham, como objetivo primário, explorar o meio interplanetário para além da órbita de Marte, investigar o cinturão de asteroides, explorar Júpiter e mapear Saturno e Júpiter.
No início dos anos 80, observou-se uma desaceleração nas naves espaciais, em direção ao sol. Esse fato foi inicialmente desprezado, pois cientistas acreditavam que o efeito era devido a algum fluxo de propulsão do combustível deixado nas linhas depois dos controladores terem desligado o propulsor.
Só em 1998, quando um grupo de cientistas descobriu o que parecia uma desaceleração real que contradizia a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, é que a Anomalia Pioneer começou a gerar polêmica e ser estudada mais a fundo

Conheça Polaris, o jipe-robô que vai encontrar água na lua




Algum dia procuremos água no polo norte da lua. E provavelmente faremos isso com o jipe robótico Polaris, que está sendo construído para prospectar e eventualmente extrair minérios da lua, asteroides, ou mesmo outros planetas.
Polaris é o robô desenvolvido pela Astrorobotics Technology, uma das equipes que está competindo pelos US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) doGoogle Lunar X Prize, que vai premiar o primeiro explorador robótico a pousar na lua.
Com uma perfuradora de 1,2 metros, ele pode se deslocar na lua a uma velocidade de 0,3 m/s, ou 1,08 km/h e pesa 150 kg, podendo carregar mais 70 kg de equipamentos e instrumentos científicos sobre suas rodas de 60 cm de largura.
Os painéis solares do Polaris, que alimentam seus motores e dispositivos elétricos, são capazes de gerar 250 W. O excesso de calor é eliminado por dois outros painéis. Ele também está preparado para suportar as noites frias da lua, com a temperatura caindo a -173 °C.
Câmeras estéreo e laser serão usados pelo robô para gerar modelos e vídeos 3D, que serão comparados com as imagens do Lunar Reconnaissance Orbiter (principalmente para checar localização, já que ainda não tem GPS na lua). Além disso, o robô tem uma antena S-band apontada o tempo todo para a Terra, que serve para receber comandos e transmitir dados e imagens.
O primeiro protótipo do Polaris ainda não está terminado, mas a NASA já está se movimentando para colocar seus próprios instrumentos de prospecção de água no robô. A agência espacial americana já assinou nove contratos em um total de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 4,2) com a Astrobotic, incluindo o contrato de uso do Polaris.


A aurora boreal e a bola de fogo no céu da Noruega [fotografia]





A aurora boreal já é um fenômeno fascinante por si só. Nessa linda imagem, o evento ainda é acompanhado por um meteoro brilhante que coincidentemente desapareceu atrás da montanha na hora da foto, e se refletiu no Rio Signalelva.
Essa fotografia foi capturada em meados de setembro, próximo a Tromsø, na Noruega. Uma alta aurora vermelha pode ser vista brilhando através de uma aurora verde mais baixa, criando um belo e incomum brilho violeta.
Ver uma aurora boreal e um meteoro juntos é um fenômeno fantástico, mas não muito raro. No belíssimo vídeo abaixo, você pode conferir mais auroras cortadas por bolas de fogo nos céus


Curiosity descobre um fragmento brilhante nas areias de Marte




No dia 8 de outubro, o robô Curiosity fez a sua primeira análise da areia marciana. Usando sua pá em um local chamado Rocknest, ele coletou uma boa amostra que será utilizada para testar o equipamento de análise do robô.
Só que enquanto a análise da areia estava sendo feita, uma coisa chamou a atenção dos operadores: um objeto pequeno brilhava no meio da areia, bem perto de onde a amostra fora coletada.
Assim que o objeto foi avistado, a areia deixou de ser interessante, e todas as atenções se voltaram para a estranha amostra de… tecnologia alienígena!
Depois de algumas análises, os engenheiros da NASA determinaram o planeta de onde partira o pedaço de plástico encontrado: da Terra. Aparentemente, ele se soltou da proteção do robô Curiosity, ou de seu equipamento de descida, quando a nave fez seu pouso radical.
O robô tem funcionado sem problemas durante um mês, então é improvável que seja alguma coisa mais séria.
De qualquer forma, no dia 9 de outubro, a análise da amostra foi retomada. Os planos do robô são de fazer a análise de duas amostras de areia, e entre uma análise e outra, o material plástico será analisado novamente.
Aproveitando o acontecimento inesperado, o “Rover Sarcástico” (SarcasticRover) fez alguns comentários sobre o assunto no twitter:
08/10/2012 – É isto o que acontece quando você corta o orçamento da NASA! Provavelmente eu fui montado por prisioneiros sob trabalhos forçados ou então por estudantes de graduação da CalTech.
- Está tudo bem. Eu não sei o que é isto, mas eu tenho um Valium e um drinque de “dinamite pangaláctica“, então eu estou de boa.
- Nestas horas eu queria ter uma mãe… aí talvez tivesse um doador de órgãos para qualquer parte que tenha quebrado de mim.
09/10/2012 – Eu estou segurando esta estúpida pazinha de sujeira por DOIS DIAS! Será que a gente já pode largar isto e pegar outra? Sério

Nasa que usar micróbios para criar uma base em Marte



Os primeiros habitantes de mundos distantes vão precisar de combustível, alimento e abrigo para sobreviver, mas o envio de material da Terra ficaria muito caro. Cada grama de material a mais em uma nave espacial representa um consumo adicional de combustível, o que encarece a missão.
A opção lógica seria conseguir todo o material que precisa a partir de recursos locais. Mas em um planeta como Marte não há alimentos nem combustível, e para conseguir algum material de construção seria difícil; lá só tem areia.
Entram em cena os micróbios geneticamente modificados – bactérias e algas que são alterados geneticamente para produzir alguma substância que nos interessa, ou degradar alguma que não nos interessa, geralmente.
Podemos, por exemplo, utilizar bactérias para produzir açúcar. Embora o ambiente de Marte, rico em dióxido de carbono e nitrogênio, seja fatal para a grande maioria dos micróbios, uma antiga cianobactéria chamada Anabaena consegue sobreviver nestes ambientes, produzindo açúcares a partir desses gases. Só que ela produz pouco açúcar: basicamente “para consumo próprio”.
Mas, com um pouquinho de engenharia genética, ela poderia produzir mais do que vai consumir, e esse excesso poderia alimentar uma colônia de outras bactérias. Esta outra colônia poderia produzir qualquer coisa a partir do açúcar, como óleo, plástico ou combustível para os astronautas.
Essa ideia já é interessante por si só, mas tem mais: cientistas também descobriram que tijolo e cimento podem ser obtidos a partir da urina dos astronautas, novamente com uma ajudinha das bactérias. A Sporosarcina pasteurii é uma bactéria que degrada a ureia, principal componente da urina, e excreta amônia. O excesso de amônia torna o ambiente alcalino o suficiente para se formar cimento a partir de carbonato de cálcio, que pode ser usado para criar tijolos e argamassa.

Biologia sintética

A biologia sintética, que é um cruzamento de engenharia com biologia, está acumulando uma “caixa de ferramentas biológica”: trechos de genes, os “biobricks” (“biotijolos”) com funções específicas. Colocando um biobrick em uma bactéria ou alga, acrescenta-se a ela uma nova função ou capacidade, ou então altera-se o funcionamento de alguma função que ela já exerce.
Por exemplo, isolando o código genético da S. pasteurii responsável pela degradação da ureia, os cientistas conseguiram um “biobrick” que, ao ser inserido no genoma da E. coli, dá àquela bactéria a mesma capacidade de degradar ureia. De forma semelhante, para fazer com que a Anabaena produza mais açúcar do que consome, foi usado um trecho de DNA da E. coli, um “biobrick” que já faz parte da caixa de ferramentas biológica.
Ou seja, provavelmente, os primeiros colonos de Marte levarão na sua bagagem uma caixa de ferramentas biológicas.

Calendário das origens da vida é atrasado



asteroide
Pesquisadores fizeram uma descoberta que faz retornar o relógio da vida a 500 milhões de anos. Através disso, descobriram que um bombardeio de asteróides do tamanho da Irlanda não foi o suficiente para eliminar a vida da Terra 3.9 bilhões de anos atrás, contrariando muitos cientistas.
Isso foi conseguido através de novos modelos computacionais em três dimensões desenvolvidos (simulações) na Universidade do Colorado em Boulder. Os cenários mostram como a crosta da Terra e os micróbios vivendo nela podem ter sobrevivido e prosperarado. Oleg Abramov, um pesquisador na universidade, diz que isso abre possibilidades de que a vida no planeta começou há 4,4 bilhões de anos atrás, junto com a formação dos primeiros oceanos.
Para estudar esse período, Abramov e seu colega Stephen Mojzsis usaram dados de pedras lunares, amostras de meteoritos e superfícies de planetas vizinhos para desenvolver o modelo tridimensional. Desta forma, recriaram a era no computador. Depois de terem o modelo pronto, atingiram a terra com asteróides gigantes. Então, analisaram o impacto na temperatura da Terra na zona geofísica habitável, que representa os primeiros 4 km da crosta do planeta.
A conclusão que Abramov chegou foi de que os impactos teriam eliminado toda a vida na crosta da Terra, mas não do planeta no total. O que os pesquisadores afirmam é que é impossível eliminar toda a vida da zona habitável do planeta com este tipo de bombardeamento. Ele não elimina a possibilidade de que a vida na terra já tenha sido exterminada alguma vez, mas as fontes hidrotermais na superfície da Terra podem ter oferecido santuário para outros micróbio e podem, inclusive, ter sido como uma incubadora de vida.

6 Truques para encontrar vida alienígena


1. POLUIÇÃO LUMINOSA
terra de noite
As cidades terrestres brilham no globo. Cidades populosas alienígenas poderiam fazer a mesma coisa. Tudo que os astrônomos precisavam fazer é observar planetas em potencial. Mas isso pode ser mais difícil do que parece. Mesmo com aparelhos poderosos, o brilho da Terra não é transmitido à distância.
2. POLUENTES QUÍMICOS
terra de noite
Nós poderíamos procurar evidências de poluentes químicos na atmosfera de outros planetas. Componentes artificiais como o CFC (que destrói nossa camada de ozônio) poderiam ajudar a identificar vida inteligente alienígena. No entanto um telescópio mais sensível do que os que temos hoje seria necessário.
3. LIXO NUCLEAR
terra de noite
Os gases produzidos pela fissão nuclear raramente são encontrados no universo de forma natural. Mas criar uma quantidade de gás que possa ser reconhecida da terra precisaria de uma explosão colossal, que arrasaria qualquer sinal de vida em um planeta próximo.
4. ESFERAS DYSON
terra de noite
Uma civilização extraterrestre também poderia ser notada se fizesse uso de Esferas de Dyson. As esferas Dyson são estruturas hipotéticas construídas ao redor de uma estrela (englobando planetas também), para coletar energia das mesmas. No entanto, o mais próximo de esferas Dyson que os cientistas conseguiram encontrar até hoje foram nuvens de hidrogênio.
5. ESTRELAS MODIFICADAS
terra de noite
Uma civilização avançada poderia modificar seu “sol” para manter seu planeta habitável. O sol pode acabar esfriando com a idade, então uma civilização com tecnologia suficiente poderia estender a vida de sua estrela–mãe.
6. BOLHA FERMI
terra de noite
Tão difícil de ser notada quanto as esferas Dyson, uma bolha Fermi é um conjunto de esferas Dyson, que englobam várias estrelas. Isso criaria uma mancha negra na galáxia que denunciaria a existência de uma civilização inteligente. Porém as estrelas seriam identificadas através do infravermelho, pois elas permanecem emitindo calor.