Pelo que se sabe, o Universo é infinito e sempre o foi, desde o surgimento. Então, mesmo se expandindo, continua sendo infinito. O que expande, de fato, não é o tamanho do Universo, e sim a separação entre seus lugares. Na expansão cósmica, o espaço incha, sem que nada saia do lugar. Mas, com isso, tudo fica mais afastado entre si.
Claro que, superposto a isso, existe, também, o movimento próprio das coisas, isto é, saindo do lugar. Quando se diz que, no Big Bang, o Universo era menor do que um átomo, isso se refere, não ao Universo inteiro, mas ao "Universo Observável", que é a região que se pode observar aqui da Terra, uma vez que, além dele, ainda não houve tempo da luz chegar aqui, desde seu surgimento, há 13,8 bilhões de anos. Há tantos Universos Observáveis quanto lugares do Universo dos quais ele possa ser observado, isto é, infinitas possibilidades.
Atualmente, o raio do Universo Observável é de 46 bilhões de anos luz. Não é 13,8 bilhões de anos-luz porque, nesses 13,8 bilhões da anos, o Universo se expandiu e os lugares dos quais a luz foi emitida, e levou 13,8 bilhões de anos para chegar aqui, não estão mais onde estavam naquele momento.
O Universo Observável está sempre crescendo. Todavia, enquanto isso, o espaço está se expandindo também e a taxa de expansão pode exceder a velocidade da luz, pois não se trata do movimento de nada que possua massa ou energia e sim de um inchamento do próprio espaço. Então, apesar do aumento do tamanho, o conteúdo do Universo Observável vai diminuindo, porque parte do que estava dentro dele passou para fora, pela expansão.
Se o Universo fosse finito (e isso é uma possibilidade, pois a margem de erro da comparação entre a expansão cósmica e a densidade de massa/energia que frearia a expansão coloca os valores extremos, cada um, numa possibilidade (infinito ou finito)), mesmo assim, ele não se expandiria para um espaço vazio fora dele.