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sábado, 29 de outubro de 2016

NGC 24




A galáxia NGC 24 fica a cerca de 25 milhões de anos luz da Terra, na direção da constelação do Escultor. Foi descoberta pelo astrônomo William Herschel em 1785.
Esta foto foi tirada usando Advanced Camera / ESA Telescópio Espacial NASA Hubble. Ela mostra NGC 24 em detalhes, destacando as rajadas azuis (jovens estrelas), pistas escuras (poeira cósmica), e bolhas vermelhas (gás de hidrogênio) de material salpicados ao longo braços espirais da galáxia.

Créditos: NASA/ESA

NGC1309



NGC1309 é uma Galáxia Espiral localizada na constelação do (Rio) Eridanus,a 100 milhões de anos-luz de distância

Nebulosa HD 44179



A Nebulosa HD 44179 apresenta uma estrutura impressionante, conhecida como "Retângulo Vermelho". Ela recebeu este apelido por causa de sua cor e forma aparente quando vista da Terra. No entanto, quando vista do espaço, a nebulosa, ao invés de retangular, tem a forma de um X com algumas estruturas mais complexas adicionais feitas de gás brilhante.

Créditos: ESA/Hubble and NASA


Beleza da Via Láctea



A beleza totalmente exposta da Via Láctea. Foto tirada em um dos lugares mais escuros do mundo, Boa Vista, Ilhas Cabo Verde.

Terra sob as Lentes



A Terra como vista pelas lentes da sonda japonesa Kaguya (ou SELENE - Selenological and Engineering Explorer), que orbitou a Lua de setembro de 2007 a junho de 2009.

A imagem faz parte de um conjunto de dados, contendo mais de 450 outras imagens, tornado públicas no dia 11 de outubro, pela agência espacial JAXA.

Para acessar o catálogo completo: https://goo.gl/UK6igW

LHA 120-N4




Região de formação estelar LHA 120-N44 na Grande Nuvem de Magalhães. Na parte central desta região que é muito rica em gás, poeira e estrelas jovens encontra-se o aglomerado estelar NGC 1929. As suas estrelas possuem uma elevada massa e emitem radiação intensa, expelem matéria a altas velocidades sob a forma de ventos estelares e correm ao longo das suas curtas mas brilhantes vidas, explodindo no final como supernovas.

Créditos: Optical: ESO, X-ray: NASA/CXC/U.Mich./S.Oey, IR: NASA/JPL

Foto : A Via Láctea

A Via Láctea corta o Céu no deserto Atacama, Chile,e perto do Horizonte as galáxias Pequena e Grande Nuvem de Magalhães.

NGC 278




Essa imagem, feita com a Wide Field Planetary Camera 2 do Telescópio Espacial Hubble, mostra a galáxia espiral chamada NGC 278. Essa beleza cósmica localiza-se a cerca de 38 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Cassiopeia.

Olhando assim, a galáxia NGC 278, parece tranquila. Porém, a galáxia está passando por uma imensa explosão de formação de estrelas. Essa atividade furiosa pode ser percebida pelos nós de tonalidade azulada, que permeiam os braços espirais da galáxia, cada nó desse marca uma aglomeração de estrelas quentes recém-nascidas.

Contudo, a formação de estrelas na NGC 278 não é comum, ela não se estende para as bordas mais externas da galáxia, só acontecendo dentro de um anel interno de cerca de 6500 anos-luz de diâmetro. Essa dicotomia pode ser vista nessa imagem, enquanto o centro é brilhante, as extremidades são muito mais escuras. Essa estranha configuração acredita-se, tenha sido causada por uma fusão com uma galáxia menor rica em gás, enquanto que o evento turbulento deu ligou o centro da NGC 278, a poeira remanescente da pequena galáxia desapareceu nas regiões mais externas da galáxia.

Fonte: Space Telescope

Meteorito do Bendegó

Meteorito do Bendegó, também conhecido como Pedra do Bendegó (ou Bendengó) é um meteorito encontrado no sertão baiano, sendo o maior siderito já achado em solo brasileiro. 

Desde 1888, ele está em exposição no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.


Interação Cósmica




A imagem acima apresenta a interação entre a poeira interestelar na Via Láctea e a estrutura do campo magnético da nossa galáxia.

Entre 2009 e 2013, a sonda Planck escaneou o céu para detectar a mais antiga luz da história do universo, isto é, a radiação de micro-ondas cósmica de fundo. 

Ela também detectou uma significante emissão em primeiro plano de material difuso na nossa galáxia, que embora seja um ruído para os estudos cosmológicos, ainda é extremamente importante para estudar o nascimento das estrelas e outros fenômenos na Via Láctea.

Entre as fontes de primeiro plano no comprimento de onda pesquisado pela Planck, está a poeira cósmica, uma menor, mas crucial do meio interestelar que permeia a galáxia. Juntamente com o gás, essa é a matéria prima para a formação de novas estrelas.

Pictor A



Pictor A é um objeto impressionante. Esta galáxia, localizada a cerca de 500 milhões de anos-luz da Terra, contém um braço negro supermassivo no seu centro. 
Uma enorme quantidade de energia gravitacional é liberada como material de redemoinhos em direção ao horizonte de eventos. Esta energia produz um enorme feixe, ou jato, partículas viajando quase à velocidade da luz no espaço intergaláctico.

Estrelas Variáveis




Estrelas muito antigas, conhecidas como variáveis RR Lyrae, foram descobertas no centro da Via Láctea pela primeira vez, com a ajuda do VISTA, um telescópio infravermelho do ESO. 

Crédito da imagem: ESO Astronomy /VVV Survey/D. Minniti

Nebulosa de Órion - M42




Nebulosa de Órion - M42 - Celestron C8 - F/10 - 8 x 4 s - Nikon D5300 

Foto por: Ednilson Oliveira

Percepção de Tempo



Já parou para pensar como a nossa percepção de tempo é limitada?

Em 1906 o 14-Bis fez seu primeiro voo. Algumas décadas depois em 1941 aviões foram usados nos primeiros bombardeios aéreos, e em menos de 30 anos depois disso, o homem alcançou a Lua.

Fatos sobre Mercúrio

Mercúrio gira em torno do sol mais rápido do que qualquer outro planeta.

Ele viaja a cerca de 180.000 km/h ao longo da sua órbita elíptica. O planeta aproxima-se até 47 milhões de km do sol, e afasta-se no máximo a 70 milhões de km.

Demora apenas 88 dias terrestres para orbitar completamente o sol.




Vídeo : Nós estamos sozinhos no Universo?





Nebulosa da Ampulheta




A Nebulosa da Ampulheta é uma nebulosa planetária jovem situada na constelação da Mosca a cerca de 8 000 anos-luz da Terra.

Vídeo: Chuva de Meteoros

Estamos próximos da chuva de meteoros das Orionídeas. Você sabe quais as melhores formas de observar uma chuva de meteoros?




Galáxia Anã do Tucano



Ela pode ser famosa por abrigar atrações espetaculares como a Galáxia Anã do Tucano e 47 Tucanae, o segundo aglomerado globular mais brilhante no céu noturno, mas a constelação austral do Tucano (em latim: Tucana) também possui uma variedade de belezas cósmicas desconhecidas.

Uma dessas belezas é NGC 299, um aglomerado aberto de estrelas localizado dentro da Pequena Nuvem de Magalhães, a pouco menos de 200.000 anos-luz de distância. Aglomerados abertos como este são coleções de estrelas fracamente ligadas pelas "amarras" da gravidade, as quais se formaram a partir da mesma nuvem molecular massiva de gás e poeira. Devido a isso, todas as estrelas têm a mesma idade e composição, mas variam em massa porque elas se formaram em locais diferentes dentro da nuvem.

Esta riqueza única não só garante uma vista espetacular quando observada através de um instrumento sofisticado ligado a um telescópio, tal como a Advanced Camera for Surveys do Hubble, mas também dá aos astrônomos um laboratório cósmico no qual podem estudar a formação e a evolução das estrelas – um processo que se pensa que depende fortemente da massa de uma estrela.

Créditos da imagem: ESA/Hubble & NASA.

Grande Nuvem de Magalhães

Hubble vê um turbilhão de gás brilhante e poeira escura dentro de uma das galáxias satélites da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães.

Vídeo : Ano- Luz





Calendário Cósmico


O Calendário Cósmico é um método para visualizar o tempo de vida do universo, comparando tudo que existe a um calendário anual, ou seja, o Big Bang ocorreu no primeiro de janeiro cósmico, exatamente à meia noite e o tempo presente é a meias noite de 31 de Dezembro.

Neste calendário, o sistema solar não é exibido até 09 de setembro, a vida na Terra vem a 30 desse mês, os dinossauros apareceram pela primeira vez em 25 de dezembro e as primeiras primatas em 30.

Os mais primitivos Homo sapiens não chegaram até dez minutos antes da meias noite do último dia do ano, e toda a história humana ocupa apenas os últimos 21 segundos. Nesta escala do tempo, a meia idade humana são 0,15 segundos. Permite ter uma noção relativa de diversos fenômenos nos 13,8 bilhões de anos desde o Big Bang.

O calendário cósmico tem como objetivo de abreviar ou resumir metaforicamente em um ano toda a historia do universo,desde o inicio do Big Bang aos dias atuais

Essa escala foi popularizada por Carl Sagan em seu livro Os Dragões do Éden e na série de televisão Cosmos, que ele apresentava.

2014 UZ224


2014 UZ224 é o novo planeta anão do nosso Sistema Solar anunciado por cientistas de Michigan no dia 11 de outubro. O planeta anão está além da órbita de Plutão, mede cerca de 530 quilômetros de largura e está localizado a 13,7 bilhões de quilômetros do nosso Sol.

Os cientistas apontam que um ano no planeta anão demora cerca de 1100 anos terrestres. O objeto foi confirmado pelo Minor Planet Center e foi descoberto por acaso enquanto os cientistas faziam pesquisas utilizando a Câmera de Energia Escura (Decam). O Decam foi construído para observar galáxias e seus movimentos e, futuramente, ajudar a elucidar a origem da matéria escura e sua disposição pelo Universo.

Messier 94



A bela ilha do universo Messier 94, está localizada a cerca de 15 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação do hemisfério norte dos cães de caça, Canes Venatici. Um popular alvo para os astrônomos em Terra, a galáxia espiral que aparece de frente para nós tem cerca de 30000 anos-luz de diâmetro, com os braços espirais sendo varridos através do seu largo disco. 

Essa bela imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble se espalha por cerca de 7000 anos-luz, ou seja, mostrando somente a região central da M94.

As estrelas massivas no anel são todas provavelmente com menos de 10 milhões de anos de vida, indicando que a galáxia está experimentando uma era bem definida de rápida formação de estrelas. Como resultado, enquanto o pequeno e brilhante núcleo é típico de uma galáxia Seyfert, a M94 também é conhecida como uma galáxia de explosão de formação de estrelas. 

Fonte: NASA

Trânsito de Mercúrio



Em 9 de maio, 2016, Mercúrio passou diretamente entre o Sol e a Terra. Este evento - que acontece cerca de 13 vezes em cada século - é chamado de trânsito.

Evento em 2028



Uma equipe de astrônomos franceses previu um evento muito raro de lente gracitacional que irá ocorrer em 2028. 

Será uma oportunidade única para encontrar um planeta em torno de Alpha Centauri A. 

Crédito: P. Kervella et al. (CNRS / U. de Chile / Observatoire de Paris / LESIA)/ ESO Astronomy

Anéis de Saturno




A Sonda Cassini da NASA olha para os anéis de Saturno acima da parte noturna do planeta. O globo escurecido de Saturno é visto no canto inferior direito, juntamente com a sombra lançada através dos anéis.

A pequena Lua Prometheus - com aproximadamente 86 quilômetros de diâmetro - também é fracamente visível no lado superior esquerdo da imagem.

Crédito da imagem: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute.

NGC 4845




Galáxia espiral NGC 4845, localizada a mais de 65 milhões de anos-luz de distância na constelação de Virgem.

Crédito de imagem: ESA/Hubble & NASA and S. Smartt (Queen's University Belfast)

IC 2944



A imagem da maternidade estelar IC 2944 mostra um grupo de espessas nuvens de poeira, conhecidas como glóbulos de Thackeray, que se podem ver contrastando com o gás da nebulosa, que brilha num tom cor de rosa pálido. 

Estes glóbulos encontram-se sob intenso bombardeio proveniente da radiação ultravioleta emitida por estrelas quentes jovens próximas, sendo consequentemente dilapidados e fragmentados, tal como pedaços de manteiga jogado numa frigideira quente. É muito provável que os Glóbulos de Thackeray sejam destruídos antes de conseguirem colapsar e formar novas estrelas.

O que são essas estruturas escuras que surgem da Nebulosa do Pelicano?




Visível como uma nebulosa em forma de ave na direção da constelação de uma outra ave (o Cisne; em latim: Cygnus), a Nebulosa do Pelicano é um lugar pontilhado com estrelas recém-formadas mas que também contém poeira escura.

Foto : Órion

As belas nebulosas na constelação do grande caçador Órion.

Hubble detecta "BOLAS DE CANHÃO" disparadas por estrelas



Este gráfico com quatro paineis ilustra como o sistema binário V Hydrae lança bolas de plasma para o espaço. O painel 1 mostra as duas estrelas em órbita uma da outra. Uma das estrelas está perto do final da sua vida e inchou em tamanho, tornando-se numa gigante vermelha. No painel 2, a órbita da estrela mais pequena leva-a até à atmosfera estendida da gigante vermelha. À medida que a estrela viaja através da atmosfera, recolhe material da gigante vermelha, material que assenta num disco em seu redor. A acumulação de material atinge um ponto crítico e este é, eventualmente expelido sob a forma de bolhas de plasma quente ao longo do eixo de rotação da estrela, como o painel 3 mostra. Este processo de expulsão é repetido a cada oito anos e meio, o tempo que leva para a estrela mais pequena fazer outra passagem pelo invólucro inchado da gigante vermelha, visto no painel 4. Crédito: NASA, ESA e A. Feild (STScI)

O Telescópio Espacial Hubble da NASA detetou "bolhas" superquentes de gás, cada uma com o dobro da massa do planeta Marte, expelidas perto de uma estrela moribunda. As bolas de plasma estão a viajar tão depressa pelo espaço que levariam apenas 30 minutos para ir da Terra à Lua. Este "fogo de canhão" estelar, estimam os cientistas, ocorre a cada 8,5 anos há pelo menos 400 anos. As bolas de fogo são um enigma para os astrónomos, porque o material ejetado não pode ter sido disparado pela estrela hospedeira, chamada V Hydrae.

A estrela é uma gigante vermelha inchada, localizada a 1200 anos-luz de distância, que provavelmente libertou pelo menos metade da sua massa para o espaço durante o seu leito de morte. As gigantes vermelhas são estrelas moribundas nos estágios finais da vida que estão a esgotar o seu combustível nuclear que as faz brilhar. Cresceram em tamanho e estão despindo as suas camadas exteriores para o espaço. A atual melhor explicação sugere que as bolas de plasma foram lançadas por uma companheira estelar invisível. De acordo com esta teoria, a companheira teria que estar numa órbita elíptica que a leva perto da atmosfera inchada da gigante vermelha a cada 8,5 anos. À medida que a companheira entra na atmosfera exterior da gigante vermelha, engole material.

Este material, em seguida, assenta num disco em redor da companheira e serve como plataforma de lançamento destas bolhas de plasma, que viajam a cerca de 800.000 quilómetros por hora. Os investigadores dizem que este sistema estelar poderá ser o arquétipo que explica uma estonteante variedade de formas brilhantes descobertas pelo Hubble em redor de estrelas moribundas a que chamamos nebulosas planetárias. Uma nebulosa planetária é uma concha de gás brilhante em expansão, expelida por uma estrela no final da sua vida.

"Nós sabíamos, com base em dados anteriores, que este objeto tinha um fluxo de alta velocidade, mas esta é a primeira vez que vemos o processo em ação," afirma Raghvendra Sahai, autor principal do estudo que pertence ao JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. "Nós sugerimos que estas bolhas gasosas produzidas durante esta fase final da vida de uma estrela ajudam a produzir as estruturas que vemos nas nebulosas planetárias."

As observações do Hubble, ao longo das duas últimas décadas, têm revelado uma enorme complexidade e diversidade na estrutura das nebulosas planetárias. A alta-resolução do telescópio capturou nós de material nas nuvens brilhantes de gás que rodeiam estrelas moribundas. Os astrónomos especularam que estes nós são, na realidade, jatos expelidos por discos de material em redor de estrelas companheiras que não eram visíveis nas imagens do Hubble. A maioria das estrelas na nossa Galáxia encontram-se em sistemas binários. Mas os detalhes de como estes jatos foram produzidos permanecia um mistério.

"Nós queremos identificar o processo que produz estas transformações surpreendentes, de uma gigante vermelha inchada para uma bela e brilhante nebulosa planetária," afirma Sahai. "Estas mudanças dramáticas ocorrem ao longo de 200 a 1000 anos, um mero piscar de olhos de tempo cósmico. A equipa de Sahai usou o instrumento STIS (Space Telescope Imaging Spectrograph) do Hubble para realizar observações de V Hydrae e da sua região circundante ao longo de um período de 11 anos, primeiro de 2002 a 2004 e depois de 2011 a 2013. A espectroscopia descodifica a luz de um objeto, revelando informações sobre a sua velocidade, temperatura, localização e movimento.

Os dados mostram uma série de bolhas superquentes e monstruosas, cada com uma temperatura de mais de 9400 graus Celsius - quase duas vezes mais quentes que a superfície do Sol. Os investigadores compilaram um mapa detalhado da localização das bolhas, o que lhes permite traçar os primeiros aglomerados gigantes até 1986. "As observações mostram que as bolhas se movem ao longo do tempo," comenta Sahai. "Os dados do STIS mostram bolhas recém-ejetadas, bolhas que se deslocaram para mais longe e bolhas ainda mais distantes.

" O STIS detetou estas estruturas gigantes tão longe quanto 59,5 mil milhões de quilómetros de V Hydrae, mais de oito vezes a distância entre a Cintura de Kuiper e o nosso Sol. As bolhas expandem-se e arrefecem à medida que se deslocam para mais longe, deixando de ser detetáveis no visível. Mas, dizem os cientistas, observações levadas a cabo em comprimentos de onda submilimétricos mais longos no ano de 2004, pelo SMA (Submillimeter Array) no Hawaii, revelaram estruturas distorcidas que podem ser bolhas lançadas há 400 anos atrás.

Com base nas observações, Sahai e os colegas Mark Morris da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e Samantha Scibelli da Universidade Estatal de Nova Iorque em Stony Brook, desenvolveram um modelo de uma estrela companheira com um disco de acreção para explicar o processo de ejeção. Este modelo fornece a explicação mais plausível porque sabemos que os motores que produzem jatos são discos de acreção," explica Sahai. "As estrelas gigantes não têm discos de acreção, mas muitas têm provavelmente estrelas companheiras que, presumivelmente, têm massas inferiores porque evoluem mais lentamente.

O modelo que propomos pode ajudar a explicar a presença de nebulosas planetárias bipolares, a presença de estruturas com a forma de jatos com nós em muitos destes objetos, e até mesmo as nebulosas planetárias multipolares. Nós pensamos que este modelo tem uma ampla aplicabilidade. Uma surpresa encontrada na observação pelo STIS, foi que o disco não dispara os aglomerados monstruosos exatamente na mesma direção a cada oito anos e meio. A direção move-se ligeiramente de lado a lado e para trás e para a frente devido, possivelmente, a uma oscilação no disco de acreção.

"Esta descoberta foi bastante surpreendente, mas é também muito agradável porque ajuda a explicar algumas coisas misteriosas que tinham sido observadas por outros cientistas," comenta Sahai. Os astrónomos salientam que V Hydrae é obscurecida a cada 17 anos, como se algo bloqueasse a sua luz. Sahai e colegas sugerem que devido à oscilação vai-e-vem da direção do jato, as bolhas alternam entre o passar por trás e o passar em frente de V Hydrae. Quando uma bolha passa em frente de V Hydrae, protege a gigante vermelha da observação dos astrónomos.

"Este motor de disco de acreção é muito estável porque tem sido capaz de lançar estas estruturas durante centenas de anos sem ficar despedaçada," realça Sahai. "Em muitos destes sistemas, a atração gravitacional pode fazer com que a companheira espirale para o núcleo da gigante vermelha. Porém, eventualmente, a órbita da companheira de V Hydrae continuará a decair porque está a perder energia nesta interação de fricção. No entanto, não sabemos o destino final desta companheira."

A equipa espera usar o Hubble para realizar mais observações do sistema V Hydrae, incluindo a mais recente bolha expulsa em 2011. Os astrónomos também planeiam usar o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), no Chile, para estudar bolhas lançadas ao longo das últimas centenas de anos e que são agora demasiado frias para serem detetadas com o Hubble. Os resultados da equipa foram publicados na edição de 20 agosto da revista The Astrophysical Journal.

SOFIA detecta colapsos de nuvens interestelares




Os astrônomos utilizaram o SOFIA para observarem parcelas de 6  nuvens interestelares, cujo caminho é se tornarem estrelas muito maiores que o nosso sol. Quando uma estrela entra em colapso, sua gravidade faz ela se contrair a ponto do atrito gerar calor, desencadeando na fusão de hidrogênio, e depois, uma estrela é formada.  Os astrônomos se animaram com as observações do SOFIA porque elas confirmaram  modelos teóricos de formações de estrelas com o colapso de nuvens interestelares e o ritmo desse colapso. Um problema de estudar esses colapsos é o fato de ser rápido em questões astronômicas, por isso, o “Infall” (nome desse fenômeno) é desafiador, dificultando os estudos.  Utilizando um instrumento do observatório German Receiver for Astronomy at Terahertz Frequencies (GREAT), os cientistas observaram 9 proto-estrelas procurando por esse estágio de desenvolvimento realizando medições, e descobriram que 6 de 9 dessas estrelas foram colapsadas ativamente. O SOFIA é muito importante nas observações relacionadas às formações de estrelas, estudando formações de estrelas com massa elevada no interior da Via Láctea, já que são eventos relativamente rápidos.

Conheça o novo planeta anão do nosso Sistema Solar




2014 UZ224 é o novo planeta anão do nosso Sistema Solar anunciado por cientistas de Michigan ontem (11). O planeta anão está além da órbita de Plutão, mede cerca de 530 quilômetros de largura e está localizado a 13,7 bilhões de quilômetros do nosso Sol. Os cientistas apontam que um dia no planeta anão demora cerca de 1100 anos terrestres. O objeto foi confirmado pelo Minor Planet Center e foi descoberto por acaso enquanto os cientistas faziam pesquisas utilizando a Câmera de Energia Escura (Decam). O Decam foi construído para observar galáxias e seus movimentos e, futuramente, ajudar a elucidar a origem da matéria escura e sua disposição pelo Universo.

O Decam está sendo utilizado no projeto Dark Energy Survey e, durante a sua geração de imagens, descobre alguns objetos ainda não identificados. Pequenas manchas apareciam de forma regular em algumas imagens tiradas ao longo de alguns meses apresentando um comportamento diferente de estrelas e galáxias. David Gerdes, professor de Astronomia da Universidade de Michigan, ficou interessado e tais manchas e pediu para que seus alunos trabalhassem para investigar e descobrir o que seriam. Um software de computador foi desenvolvido para trabalhar em cima das imagens feitas e sinalizar possíveis objetos em movimento.

Em 2014, a existência deste planeta anão foi ponderada e ele foi confirmado dois anos depois. Algumas de suas características como composição e órbita ainda não são muito claras, mas todos os resultados apontam para a confirmação de sua existência. 2014 UZ224 tornou-se o terceiro objeto mais distante do nosso Sistema Solar. Gerdes admite que as características de 2014 UZZ224 não condizem para que ele seja classificado como planeta anão uma vez que ele é até menor do que o menor planeta anão do nosso sistema – Ceres. Quem decidirá será a União Astronômica Internacional (a mesma que, polemicamente, rebaixou Plutão para a classificação de anão). Mesmo assim, este novo corpo celeste já ganhou a definição de planeta anão de forma carinhosa por estudantes e astrônomos. É mais um mundo com novas possibilidades e descobertas

Lendário Hubble




O lendário telescópio espacial Hubble é um dos instrumentos científicos mais fabulosos da humanidade. 

As observações feitas a partir dele ampliaram e muito nosso compreendimento sobre o espaço, catapultando o conhecimento humano muito a frente do que se sabia anteriormente.

O coração antigo da Via Láctea



Com o auxílio do VISTA, o telescópio infravermelho do ESO, descobriram-se pela primeira vez estrelas antigas do tipo RR Lyrae no centro da Via Láctea. As estrelas RR Lyrae encontram-se tipicamente em populações estelares com mais de 10 mil milhões de anos de idade. A sua descoberta sugere que o centro bojudo da Via Láctea provavelmente se formou a partir da fusão de enxames estelares primordiais. Estas estrelas podem mesmo ser os restos do mais massivo e mais antigo enxame estelar que ainda sobrevive na Via Láctea.

Uma equipa liderada por Dante Minniti (Universidad Andres Bello, Santiago, Chile) e Rodrigo Contreras (Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago, Chile) utilizou observações do telescópio infravermelho de rastreio VISTA, obtidas no âmbito do rastreio público Variáveis na Via Láctea (VVV), para fazer uma busca cuidada da região central da Via Láctea. Ao observar no infravermelho, que é menos afectado pela poeira cósmica do que a radiação visível, e explorando as excelentes condições de observação do Observatório do Paranal do ESO, a equipa conseguiu obter a visão mais clara desta região conseguida até à data. Foram encontradas uma dúzia de estrelas RR Lyrae antigas no coração da Via Láctea, as quais se desconheciam anteriormente.

A nossa Galáxia tem um centro densamente populado — uma característica comum a muitas galáxias, mas única no sentido em que nos encontramos suficientemente perto para o podermos estudar em profundidade. A descoberta de estrelas RR Lyrae fornece-nos evidências sólidas que ajudam os astrónomos a decidir entre duas teorias principais que competem para explicar a formação destes bojos. As estrelas RR Lyrae encontram-se tipicamente em enxames globulares densos. Tratam-se de estrelas variáveis, sendo que o brilho de cada estrela RR Lyrae varia de forma regular. Ao observar o tamanho de cada ciclo de aumento e diminuição de brilho numa RR Lyrae, e medindo o brilho da estrela, os astrónomos podem calcular a distância a que a estrela se encontra. 

Infelizmente, estas estrelas excelentes indicadoras de distância encontram-se frequentemente ofuscadas por estrelas jovens muito mais brilhantes e em algumas regiões estão escondidas pela poeira. Por isso, localizar estrelas RR Lyrae mesmo no coração extremamente denso da Via Láctea não tinha sido possível antes da obtenção de dados pelo rastreio público VVV levado a cabo no infravermelho. Ainda assim, a equipa descreveu a tarefa de localizar as estrelas RR Lyrae entre a enorme população de estrelas mais brilhantes situadas no centro da Via Láctea como extremamente difícil.

O seu trabalho árduo foi no entanto recompensado com a identificação de uma dúzia de estrelas RR Lyrae. A sua descoberta indica que restos de enxames globulares antigos se encontram espalhados no centro do bojo da Via Láctea. Rodrigo Contreras explica: “A descoberta de estrelas RR Lyrae no centro da Via Láctea tem implicações importantes na formação de núcleos galácticos. As evidências apoiam o cenário em que o bojo foi originalmente formado pela fusão de alguns enxames globulares.”

A teoria de que os bojos galácticos se formam através da fusão de enxames globulares é contestada pela hipótese concorrente de que estes bojos se formam devido à rápida acreção de gás. A descoberta destas estrelas RR Lyrae — quase sempre encontradas em enxames globulares — é uma forte evidência de que o bojo da Via Láctea se formou de facto através de fusão. Extrapolando, outros bojos galácticos semelhantes podem também ter-se formado do mesmo modo. Estas estrelas, para além de constituírem uma forte evidência para uma importante teoria de evolução galáctica, têm também muito provavelmente mais de 10 mil milhões de anos de idade — as  sobreviventes ténues de, possivelmente, o mais antigo e massivo enxame estelar da Via Láctea.

A bela e Intrigante Galáxia NGC 278



Essa imagem, feita com a Wide Field Planetary Camera 2 do Telescópio Espacial Hubble, mostra a galáxia espiral chamada NGC 278. Essa beleza cósmica localiza-se a cerca de 38 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Cassiopeia. Olhando assim, a galáxia NGC 278, parece tranquila. Porém, a galáxia está passando por uma imensa explosão de formação de estrelas. Essa atividade furiosa pode ser percebida pelos nós de tonalidade azulada, que permeiam os braços espirais da galáxia, cada nó desse marca uma aglomeração de estrelas quentes recém-nascidas.

Contudo, a formação de estrelas na NGC 278 não é comum, ela não se estende para as bordas mais externas da galáxia, só acontecendo dentro de um anel interno de cerca de 6500 anos-luz de diâmetro. Essa dicotomia pode ser vista nessa imagem, enquanto o centro é brilhante, as extremidades são muito mais escuras.

Essa estranha configuração acredita-se, tenha sido causada por uma fusão com uma galáxia menor rica em gás, enquanto que o evento turbulento deu ligou o centro da NGC 278, a poeira remanescente da pequena galáxia desapareceu nas regiões mais externas da galáxia. Qualquer que seja a causa, esse anel de formação de estrela, chamado de anel nuclear, é extremamente incomum em galáxias sem uma barra no seu centro, fazendo da NGC 278 uma galáxia muito intrigante para ser estudada.

O universo contém ao menos DEZ VEZES mais galáxias do que pensávamos




Astrônomos usando dados das agências espaciais americana NASA e europeia ESA realizaram um censo preciso do número de galáxias no universo observável, concluindo surpreendentemente que existem pelo menos dez vezes mais do que pensávamos. Os resultados têm implicações claras para a nossa compreensão da formação de galáxias, e também ajudam a resolver um antigo mistério astronômico: por que o céu é escuro à noite?

Modelo matemático - Imagens do Hubble Deep Field, capturadas pelo telescópio Hubble em meados de 1990, deram a primeira visão sobre quantas galáxias haviam no universo. Estimou-se que o número era de cerca de 100 bilhões. Agora, uma equipe internacional liderada por Christopher Conselice da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, demonstrou que este número pode ser pelo menos dez vezes maior. Conselice e sua equipe chegaram a esta conclusão utilizando imagens do Hubble, dados de trabalhos anteriores dos pesquisadores e outros dados publicados. Eles meticulosamente converteram as imagens em 3D, a fim de fazer medições precisas do número de galáxias em diferentes épocas da história do universo. Além disso, eles usaram novos modelos matemáticos que lhes permitiram inferir a existência de galáxias que a atual geração de telescópios não pode observar. Isto levou à surpreendente conclusão de que cerca de 90% das galáxias no universo observável são realmente muito fracas e estão longe demais para serem vistas.

Galáxias fracas - Ao analisar os dados, a equipe estudou galáxias mais de 13 bilhões de anos no passado. Isto lhes mostrou que elas não são distribuídas uniformemente ao longo da história do universo. Na verdade, parece que houve um fator de mais dez galáxias por unidade de volume quando o universo tinha apenas alguns bilhões de anos em comparação com hoje. A maioria destas galáxias eram relativamente pequenas e fracas, com massas semelhantes às de galáxias satélites em torno da Via Láctea. Estes resultados são uma poderosa evidência de que uma evolução significativa ocorreu ao longo da história do universo, durante a qual as galáxias se fundiram, reduzindo drasticamente o seu número total.

Por que a noite é escura - A diminuição do número de galáxias também contribui para a solução do paradoxo de Olbers, ou paradoxo da noite escura, sobre por que o céu é escuro à noite. A equipe chegou à conclusão de que há tal abundância de galáxias que, em princípio, cada ponto no céu contém parte de uma galáxia. No entanto, a maioria destas galáxias são invisíveis para o olho humano e até para os telescópios modernos, devido a uma combinação de fatores: o desvio para o vermelho de luz, a natureza dinâmica do universo e a absorção de luz pela poeira intergaláctica e gás, que combinam-se para garantir que o céu noturno permaneça predominantemente escuro.

Dia 14 de novembro : Super Lua




Dia 14 de novembro, o fenômeno da super Lua estará em seu maior ápice. Esta será a 6º maior super Lua do nosso século. Para fazer o comparativo, abaixo estão todas as datas de super Luas desde 2008. 

A aproximação maior, ou seja, a maior super Lua do nosso século ocorrerá em 6 de dezembro de 2052, quando a distância entre a Terra e a Lua será de 356.429 km

A distância da Lua Cheia é inferior ou igual a 356.800 km. Logo, temos: 

12/DEZ/2008 - 356.615 km
30/JAN/2010 - 356.607 km
14/NOV/2016 - 356.523 km - 6º SUPER LUA DO SÉCULO 21
02/JAN/2018 - 356.604 km
24/DEZ/2026 - 356.740 km
10/FEV/2028 - 356.720 km
30/MAR/2029 - 356.683 km
25/NOV/2034 - 356.445 km - 2º SUPER LUA DO SÉCULO 21
13/JAN/2036 - 356.531 km - 
02/MAR/2037 - 356.751 km
06/DEZ/2052 - 356.429 km - SUPER LUA DO SÉCULO 21
23/JAN/2054 - 356.512 km - 5º SUPER LUA DO SÉCULO 21
13/MAR/2055 - 356.708 km
26/DEZ/2061 - 356.731 km
17/DEZ/2070 - 356.466 km - 4º SUPER LUA DO SÉCULO 21
04/FEV/2072 - 356.549 km
23/MAR/2073 - 356.722 km
02/OUT/2077 - 356.765 km
19/NOV/2078 - 356.716 km
07/JAN/2080 - 356.570 km
28/DEZ/2088 - 356.557 km
14/FEV/2090 - 365.642 km
04/ABR/2091 - 356.790 km
13/OUT/2095 - 356.687 km
29/NOV/2096 - 356.614 km
17/JAN/2098 - 356.464 km - 3º SUPER LUA DO SÉCULO 21

Proxima Centauri pode ser mais parecida com o Sol do que se pensava




Impressão de artista que mostra o interior de uma estrela de baixa massa. Estas estrelas têm estruturas interiores diferentes do nosso Sol, de modo que não se esperava que tivessem ciclos de atividade magnética. No entanto, os astrónomos descobriram que a estrela vizinha Proxima Centauri desafia essa expetativa e mostra sinais de um ciclo de atividade com a duração de 7 anos. Crédito: NASA/CXC/M. Weiss

Em agosto os astrónomos anunciaram que a estrela vizinha, Proxima Centauri, hospeda um planeta do tamanho da Terra (de nome Proxima b) na sua zona habitável. À primeira vista, Proxima Centauri não se parece nada com o nosso Sol. É uma pequena e fria anã vermelha com apenas um décimo da massa e um milésimo do brilho do Sol. No entanto, uma nova investigação mostra que é parecida com o Sol de uma forma surpreendente: tem um ciclo regular de manchas estelares.

As manchas estelares (como as manchas solares) são zonas escuras à superfície de uma estrela onde a temperatura é um pouco inferior à da área circundante. São alimentadas por campos magnéticos. Uma estrela é constituída por gases ionizados a que chamamos plasma. Os campos magnéticos podem restringir o fluxo de plasma e criar manchas. As alterações ao campo magnético de uma estrela podem afetar o número e a distribuição das manchas estelares.

O nosso Sol tem um ciclo de atividade de 11 anos. Durante o mínimo solar, o Sol não tem quase manchas nenhumas. Durante o máximo solar, normalmente mais de 100 manchas solares cobrem, em média, menos de 1% da superfície do Sol. O novo estudo descobriu que Proxima Centauri é submetida a um ciclo semelhante com a duração de sete anos de pico a pico. No entanto, o seu ciclo é muito mais dramático. Pelo menos um-quinto da superfície da estrela fica coberta por manchas de uma só vez. Além disso, algumas destas manchas são muito maiores em relação ao tamanho da estrela do que as manchas do nosso Sol.

"Se houvesse vida inteligente em Proxima b, teriam uma vista muito dramática," afirma o autor principal Brad Wargelin do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica. Os astrónomos ficaram surpreendidos ao detetar o ciclo de atividade estelar em Proxima Centauri porque o seu interior deverá ser muito diferente do interior do Sol. O terço exterior do Sol sofre um movimento chamado convecção, parecido com a água a ferver numa panela, enquanto o interior do Sol permanece relativamente imóvel. Há uma diferença na velocidade de rotação entre estas duas regiões. Muitos astrónomos acham que esta diferenciação é responsável pela produção do ciclo de atividade magnética do Sol.

Em contraste, o interior de uma pequena anã vermelha como Proxima Centauri deve ser totalmente convectivo até ao núcleo. Como resultado, não deveria ter um ciclo regular de atividade. A existência de um ciclo em Proxima Centauri mostra que nós não entendemos a produção dos campos magnéticos estelares tão bem quanto pensávamos," afirma o coautor Jeremy Drake, do Smithsonian. O estudo não aborda se o ciclo de atividade de Proxima Centauri afetaria a potencial habitabilidade do planeta Proxima b.

A teoria sugere que as proeminências ou o vento estelar, ambos alimentados por campos magnéticos, podem colidir com o planeta e expulsar qualquer atmosfera. Nesse caso, Proxima b seria mais como a Lua da Terra - localizado na zona habitável, mas nada amigável à vida.

"As observações diretas de Proxima b não vão acontecer durante muito tempo. Até lá, a nossa melhor aposta é estudar a estrela e, em seguida, ligar essa informação com as teorias sobre as interações estrela-planeta," afirma o coautor Steve Saar. A equipe detetou o ciclo de atividade usando observações terrestres do ASAS (All Sky Automated Survey), combinadas com medições espaciais obtidas por várias missões, incluindo o Swift, Chandra e XMM-Newton. Os seus resultados foram aceites para publicação na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e estão disponíveis online.
Fonte: Astronomia Online

Vídeo : As nebulosas são coloridas observadas no telescópio?



As nebulosas são coloridas quando observadas em um telescópio?


Asteroides Perigosos



Você sabia que existem atualmente 1737 Asteroides potencialmente Perigosos, conhecidos como PHAs . Eles são rochas com dimensões próximas de 100 metros, são constantemente monitorados por órgão especializados.

Foto : M16



As esculturas cósmicas na Nebulosa da Águia (M16).

O aglomerado globular de estrelas 47 Tuc



O Aglomerado Globular 47 Tucanae é uma joia do céu do sul. Também conhecido como NGC 104, ele se localiza no halo da Via Láctea, juntamente com outros 200 aglomerados globulares de estrelas. Ele é o segundo aglomerado globular mais brilhante (depois de Omega Centauri) e localiza-se a 13000 anos-luz de distância da Terra e pode ser até mesmo visto a olho nu próximo à Pequena nuvem de Magalhães na constelação de Toucan. O denso aglomerado é formado por algumas milhões de estrelas concentradas em um volume de aproximadamente 120 anos-luz. Estrelas gigantes vermelhas na parte mais externa do aglomerado são facilmente identificadas como estrelas amareladas nessa imagem do aglomerado feita por meio de um telescópio. O aglomerado globular 47 Tucanae também é o lar de exóticos sistemas estelares binários que são fontes de raios-X.
Fonte: NASA

Aglomerado estelar NGC 299 na constelação do Tucano


A constelação do Tucano é famosa por abrigar alguns dos objetos mais interessantes de serem observados como a Galáxia Anã Tucana e o aglomerado globular 47 Tucanae, o segundo aglomerado mais brilhante do céu. Mas além disso, essa constelação nos reserva outra belezas cósmicas. Uma dessas é o aglomerado aberto de estrelas NGC 299, localizado dentro da Pequena Nuvem de Magalhães a apenas 200 000 anos-luz de distância da Terra. Aglomerados abertos de estrelas como esse, são coleções de estrelas fracamente agrupadas pela gravidade, todas elas tendo se formado da mesma nuvem molecular massiva de gás e poeira. Por conta disso, todas as estrelas possuem a mesma composição e a mesma idade, mas possuem massa variável pois elas se formarm em diferentes posições dentro da nuvem. Essa única propriedade, não só garante uma espetacular visão quando o objeto é observado através de instrumentos sofisticados acoplados a telescópios como a Advanced Camera for Surveys do Hubble, mas também fornece aos astrônomos um laboratório cósmico onde é possível estudar a formação e a evolução das estrelas, um processo que acredita-se, depende fortemente da massa da estrela.

Imagem de Eta Carinae com maior resolução obtida até à data



O Interferómetro do VLT captura ventos fortes no famoso sistema estelar massivo

Imagem detalhada de Eta Carinae Créditos:
ESO/G. Weigel

Uma equipe internacional de astrónomos utilizou o Interferómetro do Very Large Telescope para obter imagens do sistema estelar de Eta Carinae, as mais detalhadas obtidas até à data. A equipa descobriu estruturas novas e inesperadas no sistema binário, incluindo uma região entre as duas estrelas onde ventos estelares de velocidades extremamente elevadas colidem. Esta nova descoberta sobre o enigmático sistema estelar poderá levar a uma melhor compreensão da evolução de estrelas de elevada massa. Uma equipe de astrónomos, liderada por Gerd Weigelt do Instituto Max Planck de Rádio Asttronomia (MPIfR) em Bona, na Alemanha, utilizou o Interferómetro do Very Large Telescope (VLTI), instalado no Observatório do Paranal do ESO, para obter uma imagem única do sistema estelar Eta Carinae situado na Nebulosa Carina.

Este colossal sistema binário, constituído por duas estrelas massivas que orbitam em torno uma da outra, é muito ativo, dando origem a ventos estelares com velocidades que vão até 10 milhões de km por hora . A região entre as duas estrelas, onde os ventos de ambas colidem, é muito turbulenta, mas até agora não se tinha ainda conseguido estudar. O poder do binário Eta Carinae cria fenómenos dramáticos. Astrónomos dos anos 1830 observaram uma “Grande Erupção” no sistema. Sabemos agora que esta erupção ocorreu quando a maior das estrelas do binário libertou enormes quantidades de gás e poeira num curto período de tempo, o que levou à formação dos lóbulos distintos, conhecidos por Nebulosa Homunculus, que vemos atualmente no sistema.

O efeito combinado dos dois ventos estelares a chocarem um contra o outro a velocidades extremas faz com que as temperaturas na região aumentem para milhões de graus e ocorram intensos “dilúvios” de raios X. A área central onde os ventos colidem é relativamente pequena — mil vezes menor que a Nebulosa Homunculus — razão pela qual os telescópios colocados tanto no espaço como no solo não tinham ainda conseguido obter uma imagem detalhada da região. A equipa utilizou o poder resolvente do instrumento AMBER do VLTI para observar este reino violento pela primeira vez. Uma combinação inteligente — um interferómetro — de três dos quatro Telescópios Auxiliares do VLT fez aumentar em 10 vezes o poder resolvente, relativamente a um único Telescópio Principal do VLT.

Conseguiu-se assim obter a imagem mais nítida de sempre do sistema, o que levou à obtenção de resultados inesperados sobre a sua estrutura interna. A nova imagem VLTI mostra claramente a estrutura que existe entre as duas estrelas Eta Carinae. Foi observada uma inesperada forma em ventoinha na região onde o vento da estrela mais pequena e mais quente colide com o vento mais denso da estrela maior. Os nossos sonhos tornaram-se realidade, porque agora conseguimos obter imagens extremamente nítidas no infravermelho. O VLTI dá-nos a oportunidade única de aumentar o nosso conhecimento sobre Eta Carinae e sobre muitos outros objetos chave”, diz Gerd Weigelt.

Para além das imagens, observações espectroscópicas da zona de colisão permitiram medir as velocidades dos intensos ventos estelares. Com estes valores, foi possível criar modelos de computador mais precisos da estrutura interna deste sistema estelar, o que nos ajudará a compreender como é que estas estrelas de massas extremamente elevadas perdem massa à medida que evoluem. Um dos membros da equipa, Dieter Schertl (MPIfR), olha para o futuro:” Os novos instrumentos GRAVITY e MATISSE do VLTI permitir-nos-ão obter imagens interferométricas com ainda mais precisão e num intervalo de comprimentos de onda ainda maior. É necessário um vasto intervalo de comprimentos de onda para se poder derivar as propriedades físicas de muitos objetos astronómicos.”