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quarta-feira, 20 de abril de 2016

5 estrelas estranhas encontradas em nossa galáxia

A Via Láctea é o lar de cerca de 200 bilhões de estrelas. Como em uma grande cidade, apesar da maioria das pessoas parecer normal, você inevitavelmente vai encontrar alguns esquisitos no meio de toda a gente. Nossa galáxia não é exceção.
Escondendo-se em nosso céu estão algumas das mais excêntricas estrelas conhecias. Elas se destacam desafiando nossas expectativas e até mesmo o nosso senso comum, forçando os astrônomos a repensar os limites do que é fisicamente possível e suas suposições fundamentais sobre o universo.



Estrelas cobertas com nuvens de metal

Estas estrelas exóticas são um tipo de anã branca – pequenos remanescentes superdensos de estrelas como o nosso sol. Por “superdenso”, queremos dizer que uma colher de chá desse material pesaria cerca de 15 toneladas.

Agora imagine o mesmo objeto assustadoramente denso coberto de nuvens metálicas. É importante notar que o termo “nuvens” pode ser um pouco enganador. Nuvens sobre uma anã branca não se assemelham às nuvens na Terra. Aqui, elas se formam como vapor de água e tem uma aparência fofa e branca. Já as nuvens nestas estrelas são geralmente compostas de chumbo e zircônio, com outros tipos de metais em concentrações menores, com uma espessura de 100 km e pesando até 100 bilhões de toneladas métricas.
Os astrônomos pensam que tais nuvens podem cobrir toda (ou quase toda) a superfície de uma estrela. Ninguém sabe ao certo como se parecem de perto, mas a sua existência por si só é inegavelmente surpreendente.
Encontramos as estrelas mais velhas conhecidas do universo:


Estrela com formato oval



Vega é a 5º estrela mais brilhante no céu noturno. De perto, no entanto, não se parece em nada com uma estrela típica. Ela gira tão rápido – mais de 965.606 quilômetros por hora – que incha em um formato oblato, como uma espécie de ovo azul gordinho.
Os cientistas estimam que Vega gira em cerca de 90% da sua velocidade máxima possível de rotação. Se ficasse 10% mais rápida, isso prejudicaria sua gravidade e a destruiria.
Além de ter forma de ovo, Vega não brilha uniformemente como o nosso sol. Em vez disso, seu equador brilha menos do que seus polos, o que gera uma faixa escurecida em sua superfície. Os cientistas pensam que a faixa é um resultado de variações de temperatura causadas pela velocidade de rotação insana de Vega. Como o equador é mais frio, brilha menos e tem uma cor mais escura.
Estrela super-rápida que quase foi expelida da galáxia atrapalha busca por estrelas antigas.


Duas estrelas se tocando



Sistemas estelares binários são comuns em nossa galáxia. Na verdade, os cientistas estimam que 85% das estrelas na Via Láctea estão em sistemas multiestelares. Mas duas estrelas de fato se tocando? Por mais impossível que pareça, MY Camelopardalis faz exatamente isso. Estas duas estrelas azuis quentes estão literalmente se esfregando uma contra a outra, à medida que orbitam em torno de um ponto comum.
Os astrônomos acreditam o MY Camelopardalis está prestes a se fundir em uma única estrela supermassiva. Quando a junção acontecer, o resultado pode ser uma espetacular explosão de energia. Ou pode simplesmente criar uma estrela maior que vai se queimar rapidamente. Ninguém pode dizer definitivamente.



Estrela com braços espirais

Braços espirais são normalmente associados com galáxias, mas a estrela SAO 206462 é incomum no fato de que tem seu próprio conjunto de braços espirais – cada um abrangendo 22 bilhões de quilômetros de diâmetro. Por mais estranho que possa parecer, os astrônomos postulam que estamos olhando para um disco protoplanetário, onde novos planetas estão se formando.
A existência do próprio disco não é incomum – na verdade, discos protoplanetários são frequentemente vistos em torno de estrelas jovens em nossa galáxia. Mas a sua forma é única.

No caso de SAO 206462, os cientistas acreditam que cada braço espiral contém um novo planeta. A descoberta dos braços foi sem precedentes e totalmente inesperada, o que demonstra que novidades científicas podem ocultar-se mesmo em áreas de pesquisa já amplamente estudadas.



A estrela dentro de outra estrela

HV 2112 é uma besta cósmica, uma estrela gigante com uma estrela de nêutrons enterrada em seu núcleo. Os cientistas pensam que ela era originalmente um sistema estelar binário, consistindo em uma gigante vermelha e uma estrela de nêutrons, até a última ser engolida pela sua companheira maior.
O resultado final deste canibalismo cósmico é um Objeto de Thorne-Żytkow, uma monstruosidade tão bizarra que literalmente redefiniu nossas noções do que pode constituir uma estrela.

HV2112 é uma combinação de duas peças: uma estrela de nêutrons dentro de uma gigante vermelha. Estas duas coisas já são extremas, independentemente uma da outra. Lembra que uma colher de chá de material de anã branca pesa mais de 15 toneladas? Bem, uma colher de chá de estrela de nêutrons pode pesar até 4 bilhões de toneladas. Enquanto isso, a gigante vermelha pode ter um diâmetro de centenas de milhões de quilômetros. Combinar estas duas estrelas cria algo diferente de qualquer coisa previamente conhecida para a ciência.

Mas HV2112 não é apenas exclusiva por ser um híbrido de duas estrelas monstras. Também se comporta de forma diferente de uma estrela convencional. A sua composição exótica faz com que fabrique elementos de uma maneira diferente, criando concentrações mais elevadas de elementos pesados específicos. Isto tem o potencial de mudar a nossa compreensão de como os elementos pesados podem ser produzidos na natureza – até a descoberta de HV 2112, os cientistas acreditavam que elementos pesados eram provavelmente criados exclusivamente nos núcleos de estrelas tradicionais supermassivas e em supernovas antigas. Ao existir, HV 2112 forçou a ciência a repensar algumas de suas premissas mais fundamentais sobre o universo.

Buracos negros supermassivos não se formam a partir de buracos negros estelares




Buracos negros supermassivos intrigam os cientistas há décadas. Contendo muito mais que um bilhão de vezes a massa do nosso sol, não sabemos direito como eles se formam.
Buracos negros supermassivos não são ativados por colisões entre galáxias
Agora, uma nova pesquisa de colaboração internacional – envolvendo a Universidade de Kentucky (EUA), Universidade do Texas em Austin (EUA), Universidade de Colorado em Boulder (EUA) e Universidade de Osaka (Japão) – pode nos ajudar a desvendar esse mistério.

Como surgiram os primeiros buracos negros supermassivos

Os pesquisadores fizeram simulações onde buracos negros supermassivos são semeados por nuvens de gás caindo em poços de matéria escura – a matéria invisível que os astrônomos ainda não conseguiram detectar, mas que acreditam que compõe a maior parte da massa do universo.

Eles descobriram que, enquanto a maioria das partículas nas simulações não cresceram muito, a nuvem central cresceu rapidamente para mais de dois milhões de vezes a massa do nosso sol em apenas dois milhões de anos, o que demonstra um caminho viável para um buraco negro supermassivo.

Pesquisadores observam buracos negros supermassivos prestes a se fundir
“Claro que apontar para um caminho viável ainda não significa que percorreu todo o caminho e formou um objeto tão bizarro”, disse o astrofísico Isaac Shlosman, um dos autores do estudo, ao portal Science Daily.

Ou seja, essa é uma boa hipótese para explicar como tais monstros galácticos surgiram, mas ainda precisamos entender melhor esse processo.
Buracos negros normais x supermassivos

Anteriormente, os cientistas assumiam que os buracos negros supermassivos eram simplesmente buracos negros “normais”, estelares, que cresceram ao longo do tempo.
Porém, quasares recém-descobertos – objetos brilhantes e distantes que contêm buracos negros supermassivos – tornaram essa hipótese menos provável. Alguns desses quasares já existiam 700 milhões de anos após o Big Bang. Seria muito difícil crescer buracos negros supermassivos a partir de buracos negros de tamanho estelar em tão pouco tempo depois do Big Bang.

Buracos negros supermassivos mais próximos da Terra são descobertos
Um argumento adicional contra a ideia de que buracos negros supermassivos foram semeados pelo colapso de algumas das primeiras estrelas é que estudos mostram que essas primeiras estrelas eram de tamanho normal e formaram buracos negros normais.
“Buracos negros normais e buracos negros supermassivos são completamente diferentes animais”, explica Shlosman.

Os pesquisadores esperam que suas simulações sejam validadas quando o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, for lançado, o que deve acontecer em 2018. Ele está programado para observar fontes distantes onde o colapso de gás está acontecendo.

O fantástico mundo dividido entre oceano de lava e noite eterna




Em sua busca por exoplanetas, os cientistas têm descoberto um mundo mais estranho e surreal do que o outro, com características que vão além das partes mais excêntricas da nossa imaginação. Agora, um novo estudo publicado na revista Nature descreveu um dos exoplanetas mais notáveis ​​já vistos: uma super-Terra de duas caras, no qual um lado se esconde em uma noite perpétua, enquanto a outra é bombardeada por sua poderosa estrela, deixando-a constantemente em estado de fusão.

O planeta bizarro que não deveria existir

O “55 Cancri e”, um mundo 41 anos-luz de distância da nossa Terra, foi descoberto em 2004. Foi notável por ser a primeira super-Terra – um planeta com uma massa superior a de nosso próprio mundo, mas não alcançando a de Netuno – que orbitava em torno de uma estrela de sequência principal. Há um debate em curso sobre a composição do planeta, em que alguns propuseram ser principalmente feito de carbono em forma de diamante.

55 Cancri e está tão perto de sua estrela-mãe que uma órbita inteira leva apenas 18 horas, o que significa que ele tem 487 anos para cada ano terrestre. Os pesquisadores pensam que a superfície deste planeta poderia, portanto, ser incrivelmente quente, cerca de 2.000° C. Além disso, um estudo anterior revelou que a sua atmosfera é rica em uma forma altamente tóxica de cianeto. Combinando isso com o calor, dá para imaginar que este planeta seria um lugar bastante desagradável para viver.
Duas caras

Este novo estudo, liderado pelo astrofísico Brice-Olivier Demory, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, acrescenta mais um capítulo fascinante para este conto celestial. Usando dados do telescópio espacial Spitzer da NASA, que pode detectar emissões de infravermelho, sua equipe produziu um mapa térmico do planeta distante, o primeiro de seu tipo para uma super-Terra, e revelou que ele é um mundo dividido em duas metades.

Os planetas mais malucos do Universo

Devido à influência gravitacional de sua estrela, apenas um hemisfério fica de frente para ela em todos os momentos – muito parecido com o fato de que nós só vemos um lado da nossa própria lua da Terra. Seu mapeamento térmico mostrou que o lado diurno seria um dia de verão terrível de 2.500° C , o que significa que esta parte do planeta seria totalmente fundida; notavelmente, o lado na escuridão constante teria uma temperatura de “apenas” 1.100° C.

Fonte interna de calor

Este lado “frio”, coberto de paisagens de lava solidificada, provavelmente mantém a aparência de uma atmosfera, enquanto que do lado do oceano de magma provavelmente teria muito pouco, se houver alguma. Curiosamente, o planeta é ainda mais quente do que deveria ser: o mapeamento mostra que a irradiação estelar que ele está recebendo não é suficiente para fazer com que seja tão quente quanto realmente é. Isto significa que há uma fonte desconhecida de calor vindo de dentro do planeta, e os pesquisadores atualmente não têm nenhuma ideia sobre o que isso poderia ser.
“Nós ainda não sabemos exatamente do que este planeta é feito – ainda é um enigma”, confessa Demory. “Estes resultados são como a adição de mais um tijolo na parede, mas a natureza exata deste planeta ainda não é totalmente compreendida”.
9 incríveis exoplanetas descobertos pelo telescópio espacial Kepler
De qualquer maneira, este mundo bizarro não é o primeiro de seu tipo – CoRoT-7b, a 480 anos-luz de distância da Terra, é um outro mundo de magma com duas caras bloqueado pela sua estrela. Alguns pensam que este planeta fantasma é o núcleo rochoso de um gigante de gás cuja atmosfera foi destruída pela sua estrela hospedeira. Não está claro se este é o caso do 55 Cancri e, mas uma coisa é certa – ambos os mundos são infernos vulcânicos nas profundezas do espaço.

Planeta que tem três sóis é descoberto




Recentemente, uma equipe de cientistas trabalhando no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics anunciou a descoberta de um sistema triplo, com um planeta em uma órbita estável.
A descoberta foi publicada no The Astronomical Journal.

Resolvido o mistério da falta de água na atmosfera de exoplanetas
Planetas orbitando sistemas triplos são raros – com este sistema recém-descoberto, são quatro conhecidos. Só que este tem uma característica que o torna mais interessante que os outros: é o mais próximo de nós, estando a apenas 680 anos-luz de distânci. Também, a estrela principal é mais brilhante que as outras estrelas, tornando mais fácil estudá-la.
O nome do planeta é KELT-4Ab. A estrela gigante é KELT-A, e ela serve de sol para o planeta. As outras duas estrelas do sistema, KELT-B e KELT-C, estão bem mais distantes e orbitam uma a outra em um período de aproximadamente 30 anos. O par demora cerca de quatro mil anos para orbitar a estrela principal.

Estrela pulsante dá luz a exoplaneta

Um morador de KELT-4Ab, um planeta tão grande quanto nosso Júpiter, veria um sol quatro vezes maior do que o nosso, e duas outras estrelas mais fracas, não mais brilhantes do que a nossa lua.
Este sistema oferece uma oportunidade única para os cientistas que estão tentando entender como um gigante gasoso consegue orbitar uma estrela tão de perto. Neste caso, pode ser que tenha alguma coisa a ver com o sistema binário próximo

Nebulosa Véu




A espetacular nebulosa Véu costumava ser uma estrela gigante que explodui a cerca de 6 mil anos. Este monstro se expande a 110 anos-luz

Crédito NASA/ESA/Hubble Heritage Team

Projeto Starshot: Stephen Hawking e um bilionário russo querem construir uma nave interestelar



No ano passado, a busca por inteligência extraterrestre recebeu um grande impulso quando o bilionário russo Yuri Milner anunciou uma aplicação de US$ 100 milhões para varrer os céus em busca de sinais de rádio e luz emitidos por extraterrestres. Não contente em simplesmente esperar sentado até os ETs resolverem entrar em contato conosco, Milner agora pretende investir na construção de naves espaciais interestelares. Sim, é isso mesmo.

Em um comunicado conjunto no One World Observatory, em Nova York, nesta terça-feira, dia 12, Milner e Stephen Hawking apresentaram o projeto Breakthrough Starshot, um programa de pesquisa e engenharia que busca lançar as bases para uma eventual viagem interestelar. A primeira etapa do programa envolve a construção de “nanocrafts” movidas a luz que podem viajar a velocidades relativistas – até 20% da velocidade da luz. Em tais velocidades, a sonda robótica iria passar por Plutão em três dias e atingir o sistema solar vizinho mais próximo, Alpha Centauri, pouco mais de 20 anos após o lançamento.
Como poderemos financiar os custos incomensuráveis das viagens interestelares
“Pela primeira vez na história da humanidade podemos fazer mais do que apenas olhar para as estrelas”, disse Milner. “Nós podemos realmente alcançá-las”.
“Hoje, nós nos comprometemos com este próximo grande salto para o cosmos”, declarou Hawking durante a coletiva de imprensa de lançamento do projeto, transmitida online ao vivo para o mundo todo. “Porque somos humanos e nossa natureza é voar”.
Mini nave

A tecnologia por trás da proposta ambiciosa do bilionário – das quais protótipos foram revelados ontem – inclui um “Starchip”, um wafer (uma fina fatia de material semicondutor na qual microcircuitos são construídos) minúsculo e levíssimo, carregando câmeras, propulsores de fótons, fornecedores de energia, equipamentos de comunicação e navegação. Impulsionando esse laboratório de ciência em miniatura existe uma “Lightsail”, uma vela de navegação com escala em metros com apenas algumas centenas de átomos de espessura e pesando duas gramas. A vela de luz será lançada para longe da Terra por uma matriz de lasers agrupados por fases, que Milner prevê que terá a potência combinada de mais de 100 gigawatts, semelhante à potência necessária para levar ônibus espaciais para fora da Terra.

Hawking: as ondas gravitacionais podem revolucionar a astronomia

Ao direcionar muita energia para um objeto pesando apenas alguns gramas, podemos teoricamente acelerar este objeto até 160.000.000 quilômetros por hora – mil vezes mais rápido do que a nave espacial mais rápida que existe hoje. A ideia é lançar uma pequena frota de naves em direção a Alpha Centauri, o que nos permite realizar muitos, muitos voos como o da New Horizon no nosso vizinho mais próximo potencialmente habitável.
Sonho bilionário

Se tudo isso soa como a fantasia insana ambiciosa de um bilionário com um ego muito grande, é porque é. Mas, de acordo com Milner, a façanha também é factível com tecnologia que não está muito distante. Ele acredita que nossa primeira NanoCraft possa ser desenvolvida dentro de uma geração.

“O conceito do Breakthrough é baseado na tecnologia já disponível ou que possa estar disponível no futuro próximo”, afirmou Milner. “Mas, como com qualquer grande feito, existem grandes obstáculos a serem resolvidos”.

Na verdade, os obstáculos vão desde como criar a matriz de laser capaz de acelerar uma pequena carga útil fora da Terra até a forma de transmitir dados de volta para nós em distâncias interestelares. Conquistas como estas seriam enormes, repercutindo ao longo de muitos campos da ciência e tecnologia. É por isso que Milner e sua tripulação de pretensos viajantes espaciais estão solicitando contribuições da comunidade científica internacional e do público em geral. Segundo o russo, o projeto Breakthrough Starshot será baseado inteiramente no trabalho de domínio público.
interestelar

“É um projeto ambicioso, mas não vemos nenhum empecilho ou impedimento com base em princípios fundamentais”, afirmou Avi Loeb, presidente do Centro Harvard de Astrofísica e copatrocinador do Starshot Breakthrough, na coletiva de imprensa.

Mistério no cosmos: buracos negros em uma região estão alinhados e ninguém sabe por quê




Uma imagem de rádio do espaço profundo mostrou uma coisa espantosa: vários jatos relativísticos de buracos negros supermassivos orientados na mesma direção. A imagem foi feita por pesquisadores da Universidade da Cidade do Cabo e Universidade do Cabo Ocidental, na África do Sul.
O curioso da imagem, além dos jatos em rádio, é que eles apontam na mesma direção. A causa deste fenômeno estranho é, provavelmente, uma flutuação de massa no universo primordial. A imagem só se tornou possível por causa de um levantamento de ondas de rádio feito pelo Giant Metrewave Radio Telescope, GMRT, ou Rádio Telescópio Metrewave Gigante, por um período de 3 anos.


Buraco negro monstruoso acorda após 26 anos
Os jatos são produzidos pelos buracos negros supermassivos no centro de galáxias, e a única possibilidade para estarem alinhados é todos estarem girando na mesma direção. A descoberta, com o título “Alignments of Radio Galaxies in Deep Radio Imaging of ELAIS N1”,  foi publicada no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Tem uma cópia no arXiv.

“Como estes buracos negros não têm contato, ou qualquer forma de trocar informação ou influenciar uns aos outros nas distâncias imensas entre eles, este alinhamento de rotação deve ter ocorrido durante a formação das galáxias, no universo primordial”, aponta o professor Andrew Russ Taylor, principal autor do estudo.

Físicos criam o “buraco negro da urina”
A implicação mais notável é que havia uma rotação coerente na estrutura daquele volume de espaço, que foi formado a partir das flutuações de massa primordiais, que semearam a criação das estruturas de grande escala do universo.
Esta foi uma descoberta casual. Os cientistas não estavam procurando por isto, mas examinando as fontes de rádio mais fracas do universo, usando os melhores telescópios disponíveis.

Como “ver” um buraco negro com um simples telescópio amador
A presença destes alinhamentos e de certas orientações preferenciais pode trazer uma luz para a orientação e evolução das galáxias, em relação a estruturas de grande escala, e os movimentos nas flutuações da matéria primordial, que deram origem à estrutura do universo.

Mas como este alinhamento veio a existir? Há várias opções, como campos magnéticos cósmicos, campos associados a partículas exóticas (áxions), cordas cósmicas e outras.
Buraco negro emite um feixe de partículas três vezes maior do que a Via Láctea
Por enquanto, a resposta para este bizarro fenômeno vai ter que esperar o desenvolvimento de novas tecnologias para examinar os objetos em mais detalhe. Parte desta tecnologia já está sendo planejada – o rádio telescópio sul-africano MeerKAT e o Square Kilometre Array (SKA), as mais poderosas ferramentas já projetadas.
Uma distribuição da rotação em grande escala não havia sido prevista pela teoria, e um fenômeno desconhecido como este é um desafio que as teorias sobre a origem do universo precisam explicar, além de uma oportunidade para descobrir mais sobre como o funciona o cosmos.

Buraco negro no centro da Via Láctea vomita a maior parte do que devora
“Estamos começando a entender como as estruturas em grande escala do universo surgiram, começando do Big Bang e crescendo como um resultado das perturbações no universo primordial, até o que temos hoje”, conta o professor Taylor, “e isto nos ajuda a explorar como o universo do amanhã se parecerá”

Universo está expandindo mais rápido que as leis da física previram




Trabalhando com um método novo para medir a expansão do universo, que usa lâmpadas padrão em vez do mapa da radiação cósmica de fundo, físicos trabalhando nos Estados Unidos encontraram um valor 8% maior do que o previsto pelas leis da física atuais.
Este resultado, se confirmado por trabalhos independentes, pode forçar uma revisão na compreensão de como a matéria escura e a energia escura têm influenciado a evolução do universo nos últimos 13,8 bilhões de anos, e alguma coisa no modelo padrão de partículas provavelmente vai ter que mudar.

As 5 melhores explicações para a misteriosa matéria escura
“Acho que há algo no modelo cosmológico padrão que não entendemos”, afirmou o pesquisador Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins, um dos codescobridores da energia escura em 1998. Desde a descoberta da energia escura, a evolução do universo tem sido explicada em termos da competição entre o efeito de expansão desta energia, que compõe 68% do universo, e o efeito contrário da matéria escura, que compõe 27% do universo, com a matéria normal respondendo por meros 5% do universo.
Este cabo-de-guerra cósmico foi descoberto com a ajuda das medidas da radiação que foi deixada pelo Big Bang, que agora pode ser observada como a radiação cósmica de fundo de microondas, ou CMB na sigla em inglês. Pelas observações, a aceleração causada pela energia escura teria ficado constante desde o Big Bang.

A matéria escura não é tão escura assim
Esta hipótese tem sido apoiada pelas análises mais completas já feitas do CMB, executadas recentemente pelo Observatório Planck, da ESA. As observações do Planck também têm sido usadas para estimar a taxa de expansão em qualquer ponto da história do universo.

Só que, por anos, as predições discordaram das medições diretas da expansão cósmica atual, também conhecida como constante Hubble. Esta discordância tem sido ignorada, pelo motivo simples que as margens de erro na medição da constante Hubble eram grandes o suficiente para permitir isso.

Nova teoria pode revolucionar a cosmologia e explicar a energia escura
Só que depois que Riess e seus colegas começaram a usar um novo método para medir a expansão do universo, usando o brilho de “lâmpadas padrão” como as cefeidas e certas supernovas, a discrepância apareceu novamente, na forma de uma expansão 8% mais rápida que o previsto pelas medidas do Planck.

Lâmpadas padrão são fontes de luz que têm uma luminosidade conhecida. É como medir a luz de uma lâmpada de 20W a uma certa distância, e comparar com o brilho de uma lâmpada igual a um metro. A partir da diferença de brilho, dá para calcular a distância entre as duas lâmpadas. Geralmente são usadas estrelas cefeidas e supernovas do tipo Ia.
Escudo de matéria escura pode proteger galáxia-anã de colisão com a Via Láctea
A equipe de Riess analisou 18 destas lâmpadas padrão a partir de dados obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble para então chegar ao valor de uma velocidade de expansão diferente, 8% maior a partir do que se obtém ao analisar os dados da radiação cósmica de fundo obtidos pelo Observatório Planck.

Matéria escura: detectados os melhores sinais já registrados
Se estas novas medições são precisas, e nossos mapas do CMB também são precisos, então algo fundamental na nossa compreensão do universo está errado. Pode ser que a matéria escura tenha algum efeito desconhecido sobre a expansão, ou talvez a energia escura tenha ficado mais forte com o passar do tempo. Ou talvez a maneira que medimos a expansão não é muito precisa – “lâmpadas padrão” podem não ser tão padrão assim, como parecem indicar alguns estudos.
O trabalho poi postado no site gratuito de pré-impressão arXiv, e está esperando a revisão por pares.

As luas passadas e presentes de Saturno

Descobertos em 1610 por Galileu Galilei, os anéis de Saturno guardam seus mistérios até hoje. Não há consenso se eles se formaram junto com o planeta, ou se são o que sobrou de uma lua que se aproximou demais dele e foi destruída.
Atualmente, os anéis são “pastoreados” pela gravidade das mais de 60 luas que orbitam Saturno. Dentre elas, duas das mais fascinantes estão nesta foto, Titã e Encélado.



Titã tem 5150 km de diâmetro, sendo 10 vezes maior que Encélado, com 505 km. Na foto, aparece como um disco por causa que a luz do sol está sendo refratada pela densa atmosfera da lua.

Em algum ponto de Titã estão os restos da sonda Huygens, que caiu de paraquedas e fez as primeiras fotos da superfície cheia de montanhas de gelo do satélite.
Titã: misteriosa “ilha mágica” apareceu na a maior lua de Saturno
Encélado não é menos interessante, com um núcleo cheio de água que flui constantemente pelas rachaduras de sua superfície. Até gêiseres já foram vistos.
A imagem que ilustra este artigo foi feita em 10 de junho de 2006, pela câmera de luz vermelha da Cassini, a 3,9 milhões de km de Encélado e 5,3 milhões de km de Titã. Cassini já está no fim de sua vida útil.


Foto : A maior galáxia já encontrada.



IC 1101 é um galáxia elíptica supergigante. Ela é classificada como uma galáxia cD. Está a 1 bilhão de anos-luz de distância, na constelação de Serpens. Esta galáxia tem um diâmetro de aproximadamente 6 milhões de anos-luz, e é atualmente (desde 2011) a maior galáxia conhecida em termos de largura. Acredita-se que contenha até 100 trilhões de estrelas, em comparação com nossa galáxia estimada em 200 bilhões de estrelas, ou a Andrômeda estimada em 400 bilhões. Se estivesse no lugar da nossa galáxia, engoliria a Grande Nuvem de Magalhães, a Pequena Nuvem de Magalhães, a Galáxia de Andrômeda e a Galáxia do Triângulo.


O planeta gigante que escapou do nosso sistema solar



Um ou até mesmo dois planetas gigantes podem ter habitado nosso sistema solar em suas origens, na companhia de Júpiter, Saturno, Netuno e Urano.
Modelos de computador que mostram como nosso sistema solar se formou sugerem que os planetas, presos uns aos outros gravitacionalmente no espaço, só estabeleceram suas órbitas atuais ao longo de bilhões de anos.

Durante mais de 6 mil simulações da fase de dispersão planetária, o cientista planetário David Nesvorny descobriu que um sistema solar que começasse com quatro planetas gigantes, como se acredita atualmente (Júpiter, Saturno, Netuno e Urano) só teria uma chance de 2,5% de ter uma órbita como a que vemos hoje.

Entretanto, um modelo que indica que nosso sistema solar começou com cinco gigantes é cerca de 10 vezes mais propenso a ser correto. O planeta que foi expulso do sistema solar teria massa parecida com Urano e Netuno. Ele teria sido possivelmente um “gigante de gelo” rico em matéria gelada.

O modelo de computador permitiu que Nesvorny criasse um vídeo que mostra o planeta extra do nosso sistema solar em sua formação.
Pesquisadores acreditam que quando o sistema solar tinha cerca de 600 milhões de anos, ele passou por um grande período de instabilidade que dispersou desde os planetas gigantes até os menores. Encontros gravitacionais com Júpiter teriam expulsado o misterioso planeta gigante que existiu por aqui aproximadamente quatro bilhões de anos atrás.

Um grande número de mundos flutuando livremente tem sido descoberto recentemente no espaço interestelar. Com isso, é possível considerar que a ejeção de planetas de sistemas solares sejam comuns.

Sonda espacial descobre matéria de fora do sistema solar




Desde 2004, a sonda Cassini tem orbitado Saturno e estudado o planeta gigante, seus anéis e suas luas. Uma das coisas que ela tem feito é coletar milhões de grãos de poeira com gelo, com o instrumento de análise de poeira cósmica.
A maioria destes grãos se originou dos jatos que estão em ação ainda hoje na lua Encélado. Mas dentre estes, existem uns poucos, meros 36 grãos, que se destacam dos outros.

Pela análise dos cientistas, estes ciscos de matéria têm sua origem no espaço interestelar, o espaço imenso, escuro e frio que há entre as estrelas.
Não que a descoberta tenha sido inesperada – nos anos 1990, a missão conjunta da NASA/ESA Ulysses fez a primeira observação deste material, mais tarde confirmado pela sonda Galileu.

A origem destes grãos foi determinada como sendo uma nuvem interestelar local, uma bolha de gás e poeira praticamente vazia que está sendo atravessada pelo nosso sistema solar.
Mas como os cientistas determinam que aqueles grãos são de origem interestelar? Pela direção que vem e pela velocidade de mais de 72.000 km/h, suficiente para escapar da gravidade do sol e dos planetas do sistema solar.

A Cassini não ficou apenas na direção e velocidade das partículas: ela também fez a análise da composição química da poeira.
Surpreendentemente, os grãos têm composição bastante similar, com elementos que normalmente formam as rochas, como magnésio, silício, ferro e cálcio, em proporções na média cósmica. Elementos mais reativos, como enxofre e carbono, tinham uma proporção menor do que a abundância cósmica média.

A composição homogênea foi uma surpresa para os cientistas, que esperavam algo mais diverso, o que pode indicar que estes grãos foram uniformizados por algum processo repetitivo que está acontecendo no meio interestelar.

Os pesquisadores já têm até um palpite para este processo: a poeira formada em regiões de formação estelar poderia ser destruída e recondensada múltiplas vezes, conforme ondas de choque de estrelas moribundas cruzam o meio interestelar.
“A longa duração da missão Cassini permitiu que a usássemos como um observatório de micrometeoritos, providenciando acesso privilegiado à contribuição da poeira exterior ao sistema solar que não poeria ser obtida de outra forma”, observa Nicolas Altobelli, cientista do projeto Cassini e autor principal do estudo, publicado no periódico Science. 

Andrômeda Vs. Via-Láctea




O telescópio espacial Hubble captou imagens raras de duas galáxias que parecem estar colidindo. Mas não se preocupe com o possível estrago da batida: na realidade essa é uma ilusão de óptica, pois as galáxias estão separadas por dezenas de milhões de anos-luz – o que representa cerca de dez vezes a distância entre a Via Láctea e a sua vizinha, a galáxia de Andrômena.
A proximidade aparente das duas galáxias, nomeadas NGC 3314, é apenas um truque de perspectiva, quando as galáxias são vistas da Terra. Como os cientistas sabem disso? As duas galáxias estão relativamente intactas –o que não aconteceria em caso de colisão –, e uma se move independentemente da outra. A partir desse alinhamento podemos ter uma visão singular das espirais da galáxia mais próxima, a NGC 3314A.


Foto : Nosso Pôr-do Sol ?



Esse seria nosso pôr-do-sol caso o Arcturus fosse nossa estrela. Ela é 25x maior que o sol e levaria 52 para desaparecer no horizonte.

Foto :Nebulosa do Anel

Essa é a belíssima Nebulosa do Anel, localizada há 2300 anos-luz da Terra.

NGC 5866



NGC 5866 ou Galáxia do Fuso (e possivelmente Messier 102) é uma galáxia lenticular localizada a cerca de quarenta milhões de anos-luz de distância na direção da constelação do Dragão.

Messier 102 tem sido considerado um objeto perdido por muito tempo e frequentemente tem sido tomado como uma duplicação de Messier 101 no catálogo de objetos do céu profundo do astrônomo francês Charles Messier. Por outro lado, evidências históricas dão conta que M102 poderia ser a galáxia NGC 5866.

Por cima da cúpula da Residência



A Via Láctea arqueia por cima da cúpula iluminada do hotel dos astrônomos — La Residência — a qual foi especialmente concebida para não produzir nenhuma poluição luminosa que possa interferir com a operação dos telescópios. Outros esplendores do céu austral incluem as Nuvens de Magalhães, que se veem claramente por cima da cúpula da Residência.

Aglomerado da Fornalha




Esta nova imagem, obtida pelo Telescópio de Rastreio do VLT (VST) instalado no Observatório do Paranal do ESO no Chile, mostra a concentração de galáxias conhecida por Aglomerado da Fornalha, que se situa na constelação da Fornalha no hemisfério sul. 

O aglomerado comporta uma quantidade de galáxias de todas as formas e tamanhos, algumas das quais escondem alguns segredos.



Cerro Paranal



À medida que o nascer do Sol no Cerro Paranal, no Chile, enche o céu de magníficos tons laranja, o leve sorriso do crescente da Lua e o brilhante planeta Vênus fazem uma pose para as câmeras. Graças a um fenômeno chamado Luz Cinérea, podemos ver todo o disco da Lua brilhando na Luz refletida pela Terra.

Por baixo da Via Láctea



No coração do deserto chileno, os astrônomos que estão hospedados na Residência do ESO, o hotel do Observatório VLT, desfrutam de uma paisagem noturna como poucas na Terra.

Desenhada pelos arquitetos alemães Auer+Weber+Assoziierte, a Residência proporciona um oásis ao pessoal que trabalha no Observatório do Paranal do ESO. O deserto do Atacama é um dos lugares mais inóspitos do planeta. Condições extremas de secura, radiação ultravioleta solar intensa e altitude elevada fazem parte da vida normal do dia a dia. No entanto, ao cair da noite, a Residência proporciona algumas das melhores condições de observação do mundo.

Tudo calmo na creche estelar?





A região escura que serpenteia por esta imagem de um campo de estrelas na constelação de Ofiúco não é exatamente o que parece.

Embora pareça não existir estrelas neste local, o fato é que elas estão escondidas por trás desta densa nuvem de poeira que bloqueia a luz. Esta nuvem escura em particular chama-se LDN 1768.

Apesar da sua aparência simples, as nebulosas escuras como LDN 1768 são de grande interesse para os astrônomos, já que é nestes lugares que as estrelas se formam.

No interior destas enormes maternidades estelares encontram-se protoestrelas — estrelas na fase mais jovem das suas vidas, ainda formando-se a partir do gás e da poeira da nuvem.

MACS J0717



Este é o aglomerado de galáxias Frontier Campos MACS J0717, um dos mais complexos e distorcidos aglomerados de galáxias conhecidos, é o local de uma colisão entre quatro clusters. 

Ele está localizado a cerca de 5,4 bilhões de anos luz de distância da Terra.

Abell 1689




Abell 1689 é um aglomerado de galáxias localizado a 2,2 bilhões de anos-luz, na constelação de Virgem.

É um dos maiores aglomerados conhecidos.

NGC 2787




NGC 2787 é uma galáxia lenticular barrada localizada a cerca de vinte e quatro milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Ursa Maior. Possui aproximadamente quatro mil e quinhentos anos-luz de diâmetro.

Uma galáxia lenticular é um tipo de galáxia que é um intermediário entre uma galáxia elíptica e uma galáxia espiral na sequência do esquema de classificação Hubble.

ISS - Estação Espacial Internacional


A Estação Espacial Internacional, ISS, é a mais moderna instalação feita pelo homem no espaço. É um laboratório espacial ultramoderno que começou a ser construído em 1998 e ficou pronto somente em 8 de junho de 2011.

Sua órbita é baixa, cerca de 350km, e é possível avistá-la da Terra a olho nu. A estação viaja a uma velocidade de 27.700 km/h e completa, em média, 16 órbitas por dia.

A ISS representa a presença humana no espaço e agrega diversos programas espaciais das principais agências do mundo. Seu principal objetivo é criar um ambiente para produzir experimentos que possam ser úteis para a evolução humana. As principais áreas de pesquisa são: biologia, física e astronomia.

sábado, 16 de abril de 2016

Distante pulsar perturbado pela presença de asteroides na sua órbita!




Uma equipe de astrônomos descobriu evidências de que o pulsar PSR J0738-4042 poderá estar a sofrer múltiplas perturbações provocadas pela destruição de asteróides na sua magnetosfera. “Uma destas rochas parece ter uma massa de cerca de mil milhões de toneladas”, afirmou Ryan Shannon, astrônomo da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) e membro da equipa responsável por este trabalho.

PSR J0738-4042 encontra-se a cerca de 37 mil anos-luz de distância da Terra, na direcção da constelação Puppis. Com apenas algumas dezenas de quilómetros de diâmetro, este pequeno objecto ultra-denso é uma estrela de neutrões que gira periodicamente sobre o seu eixo, emitindo um feixe de ondas de rádio na direcção da Terra a cada 0,375 segundos.
O ambiente em redor destas estrelas é particularmente inóspito. Sendo objetos altamente magnetizados em rápida rotação, os pulsares produzem intensa radiação e emitem poderosos ventos de partículas ao longo das linhas dos campos magnéticos por si gerados. “Se for possível formar aqui um grande objecto rochoso, então os planetas poderão formar-se em redor de qualquer estrela”, disse Shannon.

Entre 1988 e 2012, os astrônomos detectaram múltiplas alterações na estrutura dos pulsos emitidos por PSR J0738-4042. A estes fenômenos juntaram-se, em Setembro de 2005, uma mudança abrupta no período de rotação do pulsar, acompanhada pelo aparecimento de uma emissão de rádio destacada do restante pulso periódico.
Em 2008, Shannon e o seu colega James Cordes demonstraram como um asteroide numa órbita decadente poderia perturbar não só o período de rotação de um pulsar, como também a forma do pulso de rádio detectado na Terra. “É exactamente isso que observamos neste caso”, afirmou Shannon. “Pensamos que o feixe de rádio do pulsar varre o asteroide, vaporizando-o. No entanto, as partículas vaporizadas encontram-se electricamente carregadas, pelo que alteram ligeiramente o processo responsável pela criação do feixe do pulsar.”

É possível que estes asteroides tenham sido formados a partir de material expelido pela supernova que criou o pulsar. Em 2006, uma equipa de astrônomos descobriu um disco de detritos em redor de J0146+61, um pulsar situado a cerca de 13 mil anos-luz de distância, na direcção da constelação de Cassiopeia. “Este tipo de discos de poeira poderiam providenciar as sementes para a formação de grandes asteroides”, disse Paul Brook, doutorando da Universidade de Oxford e primeiro autor deste trabalho.

Será que no futuro teremos elevadores espaciais ?



Há projetos para que, em um futuro distante, um elevador viaje por um cabo que ligará a Terra ao espaço sideral, carregando cargas e pessoas. Ele poderá diminuir em mais de 90% o custo do transporte até o espaço, que hoje é feito por ônibus espaciais. Essa ideia ganhou força na década de 1990, com a descoberta dos nanotubos de carbono, um material que pode ser usado para construir o cabo - que precisa ter, no mínimo, 35 mil quilômetros para se manter esticado. Hoje, muitos cientistas acreditam nesse projeto, e a Nasa tem até um concurso que dá prêmios a equipes que apresentem novas tecnologias para o elevador. Apesar de estar previsto para o ano de 2031, alguns problemas, como construir um cabo tão longo ou a forma de alimentar um laser tão potente, devem ser resolvidos. O custo do projeto deve ultrapassar 35 bilhões de reais!

Base marítima
O "primeiro andar" do elevador estará ligado a uma base móvel no meio do oceano. Essa estrutura flutuante ficará no mar para poder ser manobrada, alterando a posição do cabo e impedindo que ele entre em colisão com satélites, meteoros e lixo espacial. Ela também precisa estar próximo à linha do Equador, para que o cabo fique o mais reto possível

Cabo frio
O cabo deverá ter o formato de fita - plano nos dois lados e arredondado nas bordas -, para que o elevador deslize por ele. A estrutura será feita de nanotubos de carbono, cem vezes mais fortes que o aço e muito leves. O comprimento ainda está indefinido, mas ele precisará ultrapassar a órbita geoestacionária (a 35 mil km de altitude) para ficar estável

Rodando, rodando
Estendido de forma perpendicular ao eixo de rotação da Terra, o cabo do elevador permaneceria esticado porque seu centro de massa estaria em órbita geoestacionária e acompanharia a rotação do planeta. Dessa forma, os dois pontos em que o cabo está preso viajariam sempre sincronizados, e o cabo nunca se romperia

Rastro cósmico
A estrutura será alimentada por um laser de 2,4 MW (suficiente para abastecer quinze casas por uma hora) disparado da base terrestre enquanto o elevador sobe. A luz do laser é captada por transformadores que geram energia elétrica. Quanto mais o elevador avança, menos energia gasta, já que a resistência do ar e a força da gravidade diminuem

Para o alto e avante
Ainda não existe um design para o elevador, mas o modelo mais cotado tem dois captadores de luz do laser e dois içadores nas pontas (para movimentar o elevador e esticar o cabo). No meio, vai uma estrutura que poderia ser tanto uma câmara pressurizada para levar peças e pessoas como um lugar onde as cargas seriam acopladas

Encomenda estelar
O elevador poderá transportar satélites, foguetes e partes de estações espaciais. Para chegar à orbita terrestre baixa, a uma velocidade de 190 km/h, o elevador levaria duas horas. Mas, para ir à orbita geoestacionária, seriam oito dias de viagem. Lá em cima, a carga se separaria do elevador utilizando jatos propulsores ou um sistema de arremesso.

Vigilantes do peso
Para ficar estável, o cabo precisa de um contrapeso na extremidade superior. Veja as sugestões dos cientistas:
• Estender o cabo em milhares de quilômetros além da órbita geoestacionária
• Interceptar um asteroide em órbita, capturá-lo e amarrá-lo na ponta do cabo
• Construir uma estação espacial, criando um destino fácil para o transporte de pessoas

Lentes gravitacionais



Sabemos que o campo gravitacional de um corpo atrai outros corpos materiais. Isso é conhecidos há muito tempo e foi formalizado com as leis da gravitação clássica, de Newton. Um campo gravitacional suficientemente intenso também é capaz de desviar a trajetória da luz. A explicação mais adequada para este fenômeno vem da Teoria da Relatividade Geral: a gravidade muda a geometria do espaço (do espaço-tempo, na verdade) localmente. Ou seja, onde há um campo gravitacional forte, o espaço se curva e a luz segue então uma trajetória igualmente curva no espaço em torno de um objeto massivo.

A figura ao lado mostra dois feixes de luz saindo de uma mesma fonte (uma estrela ou galáxia) e sofrendo um desvio ao passar por um campo gravitacional (centro da figura), chegando portanto, através de caminhos distintos, à Terra. Vista no céu, esta situação seria como a parte à direita da figura abaixo, onde veríamos imagens repetidas de uma mesma fonte astronômica (em amarelo), sendo que o objeto que causou os desvios nas trajetórias da luz é visto entre as duas imagens, em azul. A parte da esquerda da figura mostra a situação física real, na ausência deste efeito gravitacional, a que chamamos de lente gravitacional. Este termo é próprio, pois o campo gravitacional do objeto situado no caminho entre a fonte e a Terra funciona como uma lente.

Lentes gravitacionais são de fato observadas. Este efeito foi observado pela primeira vez em 1919, durante um eclipse total do Sol. Astrônomos constataram um desvio na posição das estrelas no céu situadas próximas ao Sol. A amplitude deste desvio foi compatível com a previsão da Teoria da Relatividade para o caso do campo gravitacional solar. Este foi um dos primeiros testes bem sucedidos da Relatividade.

Modernamente, os efeitos de lente gravitacional são observados na luz de estrelas da Galáxia (ou de galáxias próximas à nossa), fenômeno que chamamos de microlentes gravitacionais, bem como em imagens de galáxias distante, em geral além de aglomerados de galáxias .

Diferenças e semelhanças entre o Sextante e o Quadrante Mural!!!



O sextante pode ser considerado um sucessor do astrolábio. Consta de um setor circular de 60°, graduado em seu bordo, e com uma régua linear pivoteante em torno de um eixo passante pelo vértice central do setor circular. Direcionava-se a régua em direção ao astro e fazia-se a leitura da graduação do setor, obtendo-se a altura ou a distância zenital do astro.

Inicialmente construído para observações em terra firme, foi, mais tarde, readaptado para ser usado em navios. A partir de um sistema de espelhos podia-se observar, ao mesmo tempo, o horizonte e o astro, permitindo, então, a determinação da altura do astro. Com importantes melhorias, o sextante é usado ainda hoje na navegação, complementando outros sistemas mais modernos de navegação.

Entretanto, o quadrante mural não é nada mais que um sextante com um setor circular de 90° em vez dos 60° do sextante. Por outro lado, o quadrante mural foi concebido para ser fixo num local. Numa parede, geralmente vertical, desenhava-se um setor circular de 90°. Observava-se, desde a borda do setor circular, o passar do astro por um orifício numa parede perpendicular à primeira. Com a régua pivoteante lia-se a altura do astro. Como eram instrumentos fixos, puderam ter suas dimensões bastante ampliadas, tornando-se um dos instrumentos mais precisos da astronomia antiga.

Fonte: USP 

Vênus em 1974





Essa bela imagem detalhada do planeta Vênus foi obtida pela missão Mariner 10 da NASA, no dia 5 de Fevereiro de 1974.

Utilizando um filtro ultravioleta no sistema de imageamento, a foto teve suas cores realçadas para fazer com que a atmosfera "nublada" de Vênus fosse vista como um ser humano a veria.

Lançada em 3 de Novembro de 1973 no topo de um foguete Atlas-Centaur, a sonda Mariner 10 sobrevoou Vênus em 1974.

Fonte: NASA

O Retrato Mais Completo do Sistema Solar




O retrato mais completo do sistema solar ainda é jovem contada pelo cinturão de asteróides que fica entre Marte e Júpiter. A história das colisões ocorreram cerca de 4 bilhões de anos atrás , publicado na revista Nature , é a chave para estudar o processo de formação de outros sistemas solares e foi reconstruída com a contribuição de planetologist italiana Francesca De Meo , que trabalha nos Estados Unidos no Centro Smithsonian de Astrofísica .

À luz da pesquisa realizada até agora e analisados pelo pesquisador , a reconstrução indica que os asteróides no cinturão principal são mais diversificadas em termos de tamanho e composição do que até então se imaginava. Isto implica que tem havido uma forte mistura desses itens ocorreu devido a processos " dramáticos " . Entre eles, a migração de suas posições originais dos grandes planetas como Júpiter. Este fenômeno teve uma carambola em asteróides , que foram jogados nos planetas interiores. Esses processos também transportaram muitos dos asteróides em suas posições atuais no cinturão principal.

De Meo eo outro autor da pesquisa , Benoit Carry de Paris Observatory, apontam que ainda há muito trabalho a ser feito neste campo. Objetos como asteróides são os blocos de construção a partir do qual se formaram os planetas , e explorar o seu interior e sua história térmica, por exemplo, pode fornecer pistas importantes sobre as condições não estavam durante a formação dos planetas .

O objetivo final dos estudos sobre asteróides é compreender a relação que existe entre esses objetos ea presença de alguns elementos sobre a Terra, como por exemplo água, fundamental para a vida. '' A caçada em curso de planetas semelhantes à Terra - os autores escrevem - tem como corolário a caça em outros sistemas planetários em áreas como possíveis assinaturas de nosso cinturão de asteróides, para avaliar se este é único no sistema solar ou outro comum sistemas ''.

Fonte : Astronomicando Boletim do Observatório Astronomico Monoceros