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domingo, 27 de setembro de 2015

NASA vai finalmente esclarecer se há mais um planeta no nosso sistema solar



Depois de passar por Plutão, a New Horizons vai ao "cinturão de Kuiper", oportunidade para esclarecer o que é aquilo a que os cientistas chamam de "planeta X".

A NASA pretende colocar a New Horizons numa zona descrita como "2014 MU69", ou KBO ("Kuiper Belt Object"), a 740.000 milhões de quilómetros, nos confins do Sistema Solar.

O KBO está a 160.000 quilómetros de Plutão e a New Horizons deverá lá chegar em 2019 - se não houve problemas com o combustível, por exemplo.

Sabe-se tão pouco desta zona que vários cientistas têm descrito o KBO como "planeta X", o que permite pensar que a New Horizons poderá trazer informação sobre um novo planeta no nosso Sistema Solar.

Atmosfera das estrelas permite prever a composição de exoplanetas rochosos

exoplaneta

Os  investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) mostram, em dois artigos publicados recentemente, que a abundância relativa de alguns elementos pesados na estrela, como Magnésio (Mg), Silício (Si) e Ferro (Fe), influencia de forma crucial a composição dos exoplanetas rochosos.

Em vários artigos publicados anteriormente, sugere-se que a abundância relativa de Fe, Mg e Si medida no Sol é semelhante à presente na Terra, Vénus, Marte e ainda de alguns meteoritos. Assim, no Sistema Solar, a abundância relativa desses elementos na Fotosfera do Sol pode ser usada para inferir a composição e estrutura dos planetas rochosos.

A equipa do IA usou espectros de alta resolução, obtidos usando diferentes telescópios, para determinar os parâmetros estelares e as abundâncias de vários elementos, em 3 estrelas onde se conhecem exoplanetas rochosos – CoRoT-7, Kepler-10, e Kepler-93.

Os resultados mostraram que, nos exoplanetas analisados e nas suas estrelas-mãe, encontramos o mesmo tipo de relação que foi medida para as composições químicas dos astros do Sistema Solar.

Para Nuno Cardoso Santos (IA e Universidade do Porto): “Os resultados mostram que uma análise detalhada à composição químicas das estrelas com planetas é importante, não só para determinar a arquitetura do sistema planetário, mas também para inferir a estrutura interna, composição e até potencial de habitabilidade de planetas individuais”.

O resultado estabelece que a abundância relativa Mg/Si pode desempenhar um papel importante na estrutura e composição interna de exoplanetas do tipo terrestre. Esta fração é por isso a chave para medir características de exoplanetas, como a massa ou o raio.

Como estes elementos são formados no interior de estrelas massivas ou em explosões de supernovas, Vardan Adibekyan (IA e Universidade do Porto) comenta que: “A sua abundância relativa dependente de quando e onde se formaram na nossa galáxia.”

Acrescenta ainda: “É interessante que a maior parte das estrelas com planetas de pequena massa que observámos têm uma abundância relativa Mg/Si maior que a observada na fotosfera do Sol.

Mais interessante é este rácio aumentar com o tempo, o que nos leva a concluir que as estrelas-mãe de planetas antigos teriam uma composição diferente da do Sol, e que essas diferenças se devem refletir na composição e estrutura dos seus planetas rochosos.

A equipa produziu ainda mais um artigo, que já foi submetido para publicação na revista Origins of Life and Evolution of Biospheres, sobre a habitabilidade dos exoplanetas. Este artigo resultou das discussões entre investigadores de diferentes áreas, durante a conferência Habitability in the Universe: From the Early Earth to Exoplanets, organizada no Porto pelo IA, em maio deste ano.

Adibekyan comenta acerca deste trabalho: “O Universo está cheio de surpresas, e certamente que não há falta de questões interessantes. Mas eu acho que os exoplanetologistas se estão a aproximar cada vez mais da resposta a algumas das questões mais antigas e pertinentes da humanidade: Estamos sós no Universo, e qual é o nosso lugar nele?”

Estes estudos terão um impacto significativo na análise dos exoplanetas que serão descobertos por futuras missões especiais, em especial aquelas em que o IA é um dos parceiros, como a CHEOPS e a PLATO-2.0 (ESA).

Foto : Luas de Saturno







Nesta fantástica foto de Saturno é possível ver duas de suas luas. Foto da Nasa, feita pela sonda espacial Cassini 

Foto: Superfície de Titã


A ESA divulgou imagens inéditas de um longo e sinuoso rio na superfície da lua de Saturno, Titã. Provavelmente, o rio flui com etano ou metano, e pode ser um pouco viscoso como o petróleo. Agora, o artista Ron Miller criou estas deslumbrante concepções artísticas do rio a partir da superfície de Titã.

Foto : Prêmio Nobel de Física



A 1ª Conferência de Solvay, em 1911, da qual participaram 9 laureados com o Nobel de Física. 

Sentados, da esquerda para a direita: Walther Nernst, Marcel Brillouin, Ernest Solvay, Nobel prize medal.svg Hendrik Lorentz (presidente da conferência), Emil Warburg, Nobel prize medal.svg Jean Baptiste Perrin, Nobel prize medal.svg Wilhelm Wien, Nobel prize medal.svg Nobel prize medal.svg Marie Curie e Henri Poincaré. De pé, da esquerda para a direita: Robert Goldschmidt, Nobel prize medal.svg Max Planck, Heinrich Rubens, Arnold Sommerfeld, Frederick Lindemann, Maurice de Broglie, Martin Knudsen, Friedrich Hasenöhrl, Georges Hostelet, Edouard Herzen, James Hopwood Jeans, Nobel prize medal.svg Ernest Rutherford, Nobel prize medal.svg Heike Kamerlingh Onnes, Nobel prize medal.svg Albert Einstein e Paul Langevin.

Foto: Tempestades em Vênus




Esta imagem mostra dois enormes tornados no Planeta Vênus.
As tempestades de ácido sulfúrico do Planeta, podem chegar aos 200 km/h.

Por que a Lua não orbita o Sol?





Por que a Lua não orbita o Sol?


O satélite da Terra, a Lua, é um corpo pequeno que segue um caminho orbital regular em torno da esfera do planeta. Ela tem um lado constantemente voltado para a Terra, porque sua rotação sincroniza-se com o ciclo da rotação da Terra. A Lua orbita nosso planeta uma vez a cada 28 dias e tem algum efeito sobre as marés e protuberância equatorial. No entanto, ela não orbitar o Sol, mesmo com o aumento da massa dele. Diversos fatores determinam por que a Lua fica em órbita ao redor da Terra e não do Sol.

Calendário Cósmico




O Calendário Cósmico é um método para visualizar o tempo de vida do universo, comparando tudo que existe a um calendário anual, ou seja, o Big Bang ocorreu no primeiro de janeiro cósmico, exatamente à meia noite e o tempo presente é a meias noite de 31 de Dezembro.

Neste calendário, o sistema solar não é exibido até 09 de setembro, a vida na Terra vem a 30 desse mês, os dinossauros apareceram pela primeira vez em 25 de dezembro e as primeiras primatas em 30.

Os mais primitivos Homo sapiens não chegaram até dez minutos antes da meias noite do último dia do ano, e toda a história humana ocupa apenas os últimos 21 segundos. Nesta escala do tempo, a meia idade humana são 0,15 segundos. Permite ter uma noção relativa de diversos fenômenos nos 13,8 bilhões de anos desde o Big Bang.

O calendário cósmico tem como objetivo de abreviar ou resumir metaforicamente em um ano toda a historia do universo,desde o inicio do Big Bang aos dias atuais

Essa escala foi popularizada por Carl Sagan em seu livro Os Dragões do Éden e na série de televisão Cosmos, que ele apresentava.

Foto: NGC 7129




NGC 7129 é uma nebulosa de reflexão situada a cerca de três mil e trezentos anos-luz da Terra na constelação de Cefeu.

Foto : NGC 2440




NGC 2440 é uma nebulosa planetária na direção da constelação de Puppis.

Nebulosa Mão de Deus



A PSR B1509-58 foi apelidada de nebulosa Mão de Deus. Ela tem 150 anos-luz de comprimento e pelo menos 1700 anos de idade.

A imagem feita pelo observatório de raios-x Chandra ganhou a tonalidade azul por causa de um pulsar, uma estrela que gira rapidamente no espaço.

O roubo do meteorito Angra



Em junho de 1997, a astrônoma Maria Elizabeth Zucolotto (do Museu Nacional do Rio de Janeiro), impediu que os norte-americanos Ronald Edward Farrell e Frederick Marselli deixassem o país levando na bagagem o METEORITO ANGRA (foto), que eles tinham acabado de furtar do Museu Nacional (RJ). 

Ronald Farrell e Frederick Marselli já estavam no aeroporto, prontos para embarcar para os Estados Unidos.
O meteorito Angra possui uma massa de 66 gramas e está avaliado em US$ 700,000.00.

Curiosidade: O Sol retorna ao mesmo ponto nos céus a cada dia?



Uma excelente resposta visual a essa questão é o registo fotográfico de um analema, ou seja, a criação de uma imagem composta de uma sequência de exposições do Sol, todas tomadas a partir do mesmo ponto, no mesmo horário a cada dia ao longo de um ano.

Curiosidade : Os números realmente existem?


Uma questão simples para você pensar um pouco: números existem? Sério, eles existem mesmo?


Como explica Mark Jago, da Universidade de Nottingham, neste vídeo do canal Numberphile, é muito difícil descobrir o que números são, na verdade, já que eles não são coisas físicas, tangíveis.

Jago levanta algumas teorias que são usadas para explicar esta questão. A primeira – o platonismo – diz que números existem, mas não como coisas físicas. “Você pode pensar neles como entidades fictícias, como Sherlock Holmes, ou míticas, como Pégaso. Elas existem, nas nossas imaginações, nas nossas mentes.”

No entanto, essa teoria tem problemas. Sherlock Holmes foi inventado, e não parece que alguém, um belo dia de manhã, sentou diante de sua máquina de escrever e inventou o número sete, por exemplo. “O número sete sempre foi o número sete. Pelo menos é o que eu acho. Sempre existiu a expressão ‘sete coisas’.”

Outro jeito de pensar é encarar os números como símbolos que criamos – trata-se do intuicionismo. “A matemática não é sobre números, fórmulas, axiomas, equações. Números são apenas símbolos que criamos para elas.” No entanto, ela esbarra no mesmo problema: havia um tempo em que não existiam seres humanos para criar estes símbolos.

Mais uma forma de se pensar é que, se essas coisas poderiam existir, elas existem – é o formalismo. Sim, é meio maluco, mas é mais ou menos o que você faz quando define um conjunto de elementos. “Como você pode apenas definir alguma coisa e ela existir? Esta teoria tem uma resposta: você não está fazendo a coisa existir. O que a definição faz é dizer ‘é possível que esta coisa exista, logo ela existe.'”

Confuso? Sim, é bastante confuso. E fica um pouco mais: muitas destas questões e respostas surgiram durante o começo do século XX, quando diversas áreas da matemática começaram a esbarrar em resultados esquisitos e contraditórios dados por suas teorias.

Foi quando surgiu o teorema da incompletude de Gödel, que diz que é impossível encontrar um conjunto completo e consistente de teoremas para toda a matemática.
Olhando tudo isso, dá até para dizer que aquelas multiplicações de matrizes que eu fazia no colégio eram fáceis.

Se no espaço não existe oxigênio como o Sol queima?




O Sol não queima, ele faz fusão nuclear, transformando 4 átomos de hidrogênio em um de hélio, e o resto se transforma em energia e vai em forma de fótons para os planetas.

E a superfície do sol não é de fogo, lembre disso, é de plasma.

Plutão e sua “pele de cobra”



A NASA tem nos enchido de belas imagens de Plutão tiradas, em alta resolução, pela sonda New Horizons. Através dessas imagens, conseguimos analisar os seus detalhes topográficos e de composição, sem falar nas suas cores estonteantes. As novas imagens do planeta liberadas pela NASA mostram cada vez mais esses detalhes, deixando os amantes da astronomia sem fôlego

A imagem abaixo mostra uma paisagem de Plutão cheia de ondulações e cristas lineares. “É uma paisagem única e desconcertante que se estende por centenas de milhas” diz William McKinnon, do Tratamento Geológico e Geofísico de Imagens da New Horizons (GGI, em inglês).

Eros



O Eros é o segundo maior asteroide com órbita próxima à Terra. Em 31 de janeiro de 2012, ele se aproximou do planeta como não ocorria há 37 anos, a uma distância de 26,7 milhões de quilômetros. Isso só se repetirá em 2056. O asteroide viaja pelas constelações de Leão, Sextante e Hidra.

O asteroide que tem 34 km foi descoberto em 13 de agosto de 1898, pelo astrônomo Carl Gustav Witt, de Berlim, e Auguste Charlois, de Nice. O Eros é do tipo S, composto por silicatos de magnésio e ferro.

E = mc²




Segundo a equação E = mc², de Einstein, com velocidades cada vez maiores – quase a velocidade da luz – nos aceleradores, a massa é, em sua maior parte, convertida em energia. Os físicos constataram que essas partículas velocíssimas são fascinantes. 

O elétron emerge inalterado do acelerador. Ele é parte de uma família de força-partícula – os léptons. Verificou-se que o próton e o nêutron são compostos de partículas ainda menores, chamadas de quarks.

Há diversos tipos, e cada um deles vem com uma carga. Combinados em grupos de três, constituem um nêutron ou um próton.

Eclipse Lunar



Eclipse lunar é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua é ocultada totalmente ou parcialmente pela sombra da Terra, em geral, sendo visível a olho nu.

Isto ocorre sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois corpos. 

É como se fosse um eclipse solar porém a Terra encobre a lua nesse caso.

Pilares de Luz




Os Pilares de luz são um fenômeno óptico formados pela reflexão da luz do sol ou da lua por cristais de gelo que estão presentes na atmosfera terrestre.

Colisão entre Galáxias



O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, flagrou a colisão entre duas nebulosas. Esses aglomerados estelares estão a 170 mil anos-luz da Terra na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã que orbita em torno da Via Láctea.

Cassini encontra oceano global na lua Encélado de Saturno

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Um oceano global, está localizado abaixo da crosta congelada da lua geologicamente ativa de Saturno, Encélado, de acordo com uma nova pesquisa realizada usando dados da missão Cassini da NASA. Os pesquisadores descobriram que a magnitude da leve variação que a lua tem ao orbitar Saturno, só pode ser causada, se a concha externa de gelo não for congelada no seu interior, significando que um oceano global precisa estar presente. A descoberta mostra que o fino spray de vapor d´água, partículas congeladas e moléculas orgânicas simples que a sonda Cassini tem observado, são provenientes de fraturas localizadas perto do polo sul da lua, e que estão sendo alimentados por esse vasto reservatório de água líquida. A pesquisa está apresentada num artigo publicado online essa semana na revista Icarus.

Análises prévias dos dados da Cassini sugeriam a presença de um corpo de água em forma de lente, ou um mar, abaixo do polo sul da lua. Contudo, os dados de gravidade coletados durante as passagens próximas da sonda, sobre a região polar sul suporta a possibilidade de que esse mar possa ser global. Os novos resultados, derivados do uso de linhas de evidências diferentes com base nas imagens da Cassini, confirmam que esse é o caso. Esse foi um problema que necessitou anos de observações, e cálculos, envolvendo uma grande coleção de disciplinas, mas nós estamos confiantes que finalmente chegamos a um resultado”, disse Peter Thomas, um membro da equipe de imageamento da Cassini, na Universidade de Cornell em Ithaca, Nova York, e principal autor do artigo.

Os cientistas da Cassini analisaram mais de sete anos de imagens de Encélado feitas pela sonda, que está orbitando o sistema de Saturno desde meados de 2004. Eles mapearam cuidadosamente as posições das fraturas em Encélado, a maior parte crateras, em centenas de imagens, para poder medir as mudanças na rotação da lua com uma precisão extrema. Como resultado, eles descobriram que Encélado tem uma pequena, porém mensurável variação à medida que orbita Saturno. Pelo fato da lua não ser perfeitamente esférica, e pelo fato dela caminhar levemente mais rápida e mais devagar durante diferentes posições da sua órbita ao redor de Saturno, o gigantesco planeta sutilmente, chacoalha Encélado, à medida que ela o orbita.

A equipe carregou suas medidas de variação da órbita, chamada de libração, em diferentes modelos para como Encélado pode ser arranjado por dentro, incluindo um modelo em que a lua fosse totalmente congelada até o seu núcleo. “Se a superfície e o núcleo fossem rigidamente conectados, o núcleo forneceria tanto peso morto que a variação seria bem menor do que a observada”, disse Matthew Tiscareno, um cientistas participante do projeto Cassini no instituto SETI, em Mountain View, na Califórnia e coautor do artigo. “Isso prova que deve existir uma camada global de líquido separando a superfície do núcleo”, disse ele.

Os mecanismos que podem ter evitado que o oceano de Encélado congelasse, permanece um mistério. Thomas e seus colegas sugerem algumas ideias para futuros estudos que podem ajudar a resolver essa questão, incluindo a surpreendente possibilidade de que forças de marés, devido à gravidade de Saturno, poderiam gerar muito mais calor no interior de Encélado do que se pensava anteriormente. Esse é um grande passo além do que nós entendemos sobre essa lua, e isso demonstra o tipo de descobertas profundas que nós podemos fazer com missões de longo prazo em outros planetas”, disse a coautora Carolyn Porco, líder da equipe de imageamento da Cassini no Space Science institute, o SSI, em Boulder, no Colorado, e professora visitante na Universidade da Califórnia em Berkeley.

O desenrolar da história de Encélado tem sido um dos grandes triunfos da missão de longo prazo da Cassini em Saturno. Os cientistas primeiro detectaram sinais de plumas congeladas na lua em 2005, e seguiram daí com uma série de descobertas sobre o material que era expelido das fraturas aquecidas perto do polo sul. Eles anunciaram fortes evidências para um oceano regional em 2014, e mais recentemente em 2015, eles compartilharam os resultados que sugerem atividades hidrotermais ocorrendo no assoalho oceânico.

A Cassini está programada para fazer um sobrevoo próximo de Encélado em 28 de Outubro de 2015, no mergulho mais profundo que a sonda fará pelas plumas ativas de material congelado. A sonda passará a cerca de 49 km acima da superfície da Lua. A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo da NASA, da ESA, e da Agência Espacial Italiana. O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, gerencia a missão para o Science Mission Directorate da agência em Washington. O JPL, é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. As operações de imageamento da Cassini ficam baseadas no Space Science Institute.

Discos de poeira de anãs vermelhas próximas poderia revelar segredos planetários

Artist’s depiction of a dusty ‘circumstellar’ disc orbiting a young red dwarf star. Illustration credit: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (SSC).


Concepção artistica de um disco empoeirado 'circumstellar' em órbita de uma jovem estrela anã vermelha. Crédito da ilustração: NASA / JPL-Caltech / T. Pyle (SSC).

Uma descoberta acidental de uma coleção de jovens estrelas do tipo anãs vermelhas perto do nosso Sistema Solar, poderiam nos dar uma rara ideia da formação planetária em câmera lenta. Os astrônomos da The Australian National University a ANU e a University of New South Wales, a UNSW, em Canberra, descobriram grandes discos de poeira ao redor de duas estrelas, mostrando sinais de planetas em processo de formação. Nós achamos que a Terra e todos os planetas se formaram de discos como esses, assim é fascinante ver um potencial novo sistema solar se formando”, disse o principal pesquisador Dr. Simon Murphy, da ANU Research School of Astronomy and Astrophysics.

“Contudo, outras estrelas dessa idade normalmente não têm mais discos. Os discos das anãs vermelhas parecem viver mais do que os de estrelas mais quentes como o Sol. Nós não entendemos por que”, disse o Dr. Murphy. A descoberta de objetos como esses dois desafiam as teorias atuais sobre a formação de planetas, disse o coautor, Professor Warrick Lawson da UNSW Canberra. “Isso sugere que o processo de formação planetária pode durar muito mais do que se pensava anteriormente”, disse ele.
Artist’s conception of an exoplanet orbiting a cool red dwarf star like TWA 35/36 in the study. Illustration credit: David A. Aguilar (CfA/Harvard-Smithsonian).


Artist’s conception of an exoplanet orbiting a cool red dwarf star like TWA 35/36 in the study. Illustration credit: David A. Aguilar (CfA/Harvard-Smithsonian).

Concepção artística de um exoplaneta orbitando uma estrela anã vermelha legal como TWA 35/36 no estudo. Crédito da ilustração: David A. Aguilar (CfA / Harvard-Smithsonian).

As anãs vermelhas podem também abrigar planetas que já se formaram de discos empoeirados, adicionou o Dr. Murphy. “Eu acho que muitos telescópios poderão ser voltados para essas estrelas nos próximos anos para procurar por planetas”, disse ele. O fato dessas anãs vermelhas terem discos ao seu redor foi um brilho incomum no espectro infravermelho das estrelas. Embora os discos não tenham sido observados diretamente, o Dr. Murphy disse que essas anãs vermelhas próximas oferecem uma boa chance de se dar uma rara e direta espiada de um disco, ou mesmo de um planeta, empregando telescópios especializados. “Pelo fato dessas estrelas serem mais apagadas que outras estrelas e assim, não brilharem muito, as anãs vermelhas jovens são locais ideais para se registrar diretamente planetas recém-formados”, disse ele.

The location of one of the red dwarfs, called 2M1239-5702, is near Gacrux — a red giant star at the top of the Southern Cross. Image credit: Akira Fujii..

A localização de uma das anãs vermelhas, chamado 2M1239-5702, está perto Gacrux - uma estrela gigante vermelha no topo do Cruzeiro do Sul. Crédito da imagem: Akira Fujii.

O Professor Lawson disse que a habilidade de se detectar estrelas apagadas tem melhorado muito nas décadas recentes, revelando uma grande riqueza de informações. “A menos de 20 anos atrás, a noção de que partes mais próximas da galáxia pudessem ser pontuadas com estrelas jovens era algo completamente novo”, disse ele. “A maior parte desses objetos localizam-se no céu do hemisfério sul e assim, são acessados de maneira mais confortável por telescópios operados nesse hemisfério como os da ANU e na Austrália”, adicionou o Professor Lawson.

Dois buracos negros se entrelaçam em um tango gravitacional na concepção deste artística.Crédito da imagem: NASA. Devem existir menos buracos negros supermassivos binários nos núcleos das galáxias do que se pensava anteriormente, disse uma equipe de cientistas da Universidade de Brandeis em Waltaham, Massachussets, e do Instituto de Pesquisa Raman em Bangalore, na Índia. A maior parte das galáxias massivas no universo devem abrigar no mínimo um buraco negro supermassivo em seus núcleos. Quando duas galáxias colidem, seus buracos negros se juntam, formando uma dança colossal que resulta numa combinação de par. Esse processo é a mais intensa fonte de ondas gravitacionais no universo, que ainda precisam ser diretamente detectadas. As ondas gravitacionais representam a próxima fronteira da astrofísica, e sua detecção levará a novas ideias sobre o universo. É importante se ter a maior quantidade de informação possível sobre as fontes dessas ondas”, disse o Dr. David Roberts, um membro da equipe da Universidade de Brandeis. O Dr. Roberts e os coautores estudaram uma amostra de galáxias chamadas de Rádio Galáxias em Forma de X, cuja estrutura peculiar indica a possibilidade que a emissão de jatos de rádio formados por partículas super-rápidas ejetadas pelo disco de material ao redor dos buracos negros centrais dessas galáxias esteja mudando de direção. A mudança foi causada por uma fusão anterior com outra galáxia, fazendo com que o eixo de rotação do buraco negro e o eixo de seu jato mudassem de direção. Trabalhando com uma lista de 100 objetos, eles coletaram dados de arquivos obtidos pelo Rádio Telescópio Karl G. Jansky Very Large Array, o VLA para fazer imagens detalhadas de 52 deles. Suas análises das novas imagens os levaram a concluir que somente 11 são genuínos candidatos para galáxias que se fundiram, fazendo com que seus jatos de rádio mudassem de direção. A mudança dos jatos em outras galáxias pode ser causada por outras fontes. Extrapolando esse resultado, os astrônomos estimaram que menos de 1.3% das galáxias com emissões extensas de ondas de rádio, experimentaram fusões. Essa taxa é cerca de 5 vezes menor do que se pensava anteriormente. “Isso diminuiria significantemente o nível de ondas gravitacionais de comprimentos de onda muito longos vindo das Rádio Galáxias em Forma de X, se comparado com as estimativas anteriores”, disse o Dr. Roberts. “Será muito importante relacionar as ondas gravitacionais com os objetos que nós observamos através da radiação eletromagnética, como as ondas de rádio, com o objetivo de avançar o nosso entendimento da física fundamental”.

Two black holes are entwined in a gravitational tango in this artist’s conception. Image credit: NASA.


Dois buracos negros se entrelaçam em um tango gravitacional na concepção deste artística.Crédito da imagem: NASA.


Devem existir menos buracos negros supermassivos binários nos núcleos das galáxias do que se pensava anteriormente, disse uma equipe de cientistas da Universidade de Brandeis em Waltaham, Massachussets, e do Instituto de Pesquisa Raman em Bangalore, na Índia. A maior parte das galáxias massivas no universo devem abrigar no mínimo um buraco negro supermassivo em seus núcleos. Quando duas galáxias colidem, seus buracos negros se juntam, formando uma dança colossal que resulta numa combinação de par. Esse processo é a mais intensa fonte de ondas gravitacionais no universo, que ainda precisam ser diretamente detectadas. As ondas gravitacionais representam a próxima fronteira da astrofísica, e sua detecção levará a novas ideias sobre o universo.

 É importante se ter a maior quantidade de informação possível sobre as fontes dessas ondas”, disse o Dr. David Roberts, um membro da equipe da Universidade de Brandeis. O Dr. Roberts e os coautores estudaram uma amostra de galáxias chamadas de Rádio Galáxias em Forma de X, cuja estrutura peculiar indica a possibilidade que a emissão de jatos de rádio formados por partículas super-rápidas ejetadas pelo disco de material ao redor dos buracos negros centrais dessas galáxias esteja mudando de direção. A mudança foi causada por uma fusão anterior com outra galáxia, fazendo com que o eixo de rotação do buraco negro e o eixo de seu jato mudassem de direção.

Trabalhando com uma lista de 100 objetos, eles coletaram dados de arquivos obtidos pelo Rádio Telescópio Karl G. Jansky Very Large Array, o VLA para fazer imagens detalhadas de 52 deles. Suas análises das novas imagens os levaram a concluir que somente 11 são genuínos candidatos para galáxias que se fundiram, fazendo com que seus jatos de rádio mudassem de direção. A mudança dos jatos em outras galáxias pode ser causada por outras fontes. Extrapolando esse resultado, os astrônomos estimaram que menos de 1.3% das galáxias com emissões extensas de ondas de rádio, experimentaram fusões. Essa taxa é cerca de 5 vezes menor do que se pensava anteriormente.

“Isso diminuiria significantemente o nível de ondas gravitacionais de comprimentos de onda muito longos vindo das Rádio Galáxias em Forma de X, se comparado com as estimativas anteriores”, disse o Dr. Roberts. “Será muito importante relacionar as ondas gravitacionais com os objetos que nós observamos através da radiação eletromagnética, como as ondas de rádio, com o objetivo de avançar o nosso entendimento da física fundamental”.

As estranhas estrelas rombudas e seus discos que brilham

As estranhas estrelas rombudas e seus discos que brilham

Modelo da estrela Be Achernar, ilustrando duas das peculiaridades dessa classe de estrelas: a xpansão do equador estelar e o direcionamento do fluxo luminoso para os polos. [Imagem: Daniel Moser Faes]

ESTRELAS BE

Astrônomos brasileiros e canadenses estão começando a lançar algumas luzes sobre um dos tipos mais estranhos de estrela que se conhece. As estrelas do tipo Be são objetos tão estranhos que mesmo astrofísicos não envolvidos diretamente em seu estudo se surpreendem com a sua descrição. É que esse tipo de astro possui ao redor um disco de plasma - átomos, íons positivos e elétrons - que, embora não seja o material capaz de dar origem a planetas, pode ser descrito pelos mesmos princípios físicos que regem os discos protoplanetários, como aquele que deu origem ao nosso Sistema Solar. "Como essas estrelas giram muito rapidamente, o material da superfície do equador estelar fica fracamente ligado à estrela, em termos gravitacionais, e acaba sendo ejetado. Esse material aglomera-se no plano equatorial, formando o disco que estudamos em colaboração com os colegas canadenses", explica o astrônomo Alex Cavaliéri Carciofi, da USP.

ESTRELAS OBLATAS

Apesar de estranhas, as estrelas Be não são raras. São até muitos comuns em nossa galáxia, sendo conhecidas várias delas bem próximas do Sistema Solar, a distâncias da ordem de 100 anos-luz. Segundo Alex, elas são muito grandes, com massas equivalentes a 15 ou 20 vezes a massa do Sol, giram muito rapidamente, o que as faz perder a forma esférica, tornando-se rombudas - o termo técnico é "oblata. "Sua forma fica tão achatada que a distância do equador estelar ao centro da estrela pode superar em 50% a distância de cada um dos polos estelares ao centro", descreveu o pesquisador.

O que a equipe fez foi desenvolver um modelo mais preciso das estrelas Be do que o modelo originalmente proposto por astrônomos japoneses há quase 25 anos. Segundo Alex, os resultados foram empolgantes. Partindo do modelo original, foi desenvolvido um novo modelo, bem mais sofisticado, batizado de "modelo de disco de decréscimo viscoso". "Quanto mais avançamos na comparação das observações com esse modelo, mais ele se mostrou consistente para explicar a estruturação dos discos," disse o pesquisador.

DISCOS ILUMINADOS

Estrelas massivas como as Be geralmente evoluem para eventos catastróficos, explodindo como supernovas, ejetando formidável quantidade de matéria para o espaço exterior, e colapsando finalmente como buracos negros. Mas, bem antes desse final espetacular, elas formam seus discos de plasma, que podem se estender a distâncias comparáveis à da órbita da Terra ou até mesmo à da órbita de Marte. Sendo formados de material ejetado pelas estrelas, os discos são compostos pelos mesmos elementos que as constituem: basicamente hidrogênio e hélio, com quantidades bem menores de carbono, nitrogênio, oxigênio e ferro.

Devido à irradiação das estrelas Be, os discos alcançam temperaturas muito elevadas, de 10 mil a 20 mil graus, e também passam a emitir luz. "Suas densidades são altas comparativamente aos parâmetros astrofísicos. No entanto, são mais baixas do que o mais extremo vácuo que pode ser produzido em laboratório na Terra. Isso porque a nossa atmosfera é ultradensa em termos astronômicos. Como seria de esperar, a densidade dos discos decai expressivamente, da região contígua à estrela à borda exterior", concluiu Alex.

domingo, 20 de setembro de 2015

Quem nunca quis ser um astrônomo ?




A astronomia amadora, apesar de carregar o termo amador, muitas vezes associado a algo feito com desleixo ou improvisado, e algumas pessoas fora do nosso meio associam esse adjetivo com brincadeira e passatempo. Não deixa de ser um passatempo e uma brincadeira, mas que para uma boa parcela dos amantes do universo, essa brincadeira levada a sério resulta em fazer ciência.

Quando discutimos esse limite entre hobby e paixão pelo universo podemos verificar que em alguns nichos da astronomia, a contribuição dos chamados amadores é fundamental e respondem até, em alguns deles, pela grande maioria das descobertas e dados colhidos para estudos científicos, como é o caso de caçadores e descobridores de cometas e asteroides, observação de estrelas variáveis, registros atmosféricos de planetas do sistema solar, observação de eclipses solares e lunares, ocultação de estrelas por asteroides ocultações de planetas e estrelas pela Lua, trânsito de planetas (Vênus e Mercúrio) pelo disco solar, observação de manchas solares e até mesmo a descoberta de exoplanetas.

Astrônomos amadores, na grande maioria das vezes, bancam do próprio bolso seus equipamentos e materiais de pesquisa, assim como boa parte de seu conhecimento sobre o assunto necessita ser adquirido de forma autodidata, e também contamos com a experiência empírica de muitas noites em claro passando frio, sono e solidão. E esse aprendizado custa. Enquanto uma parcela da astronomia amadora gosta de atuar só, no fundo de seus quintais, observatórios privados ou áreas emprestadas para poder montar seus equipamentos, outra parcela se organiza em grupos e clubes de astronomia, dividindo equipamentos, conhecimento, tempo e estudos.

Inclusive se olharmos para o cenário da astronomia amadora brasileira e usarmos um intervalo desde o começo dos anos 2000 até hoje, podemos dizer com propriedade que evoluímos muito no acesso a informação, equipamentos e interação entre a comunidade da astronomia em todo o país. Atribuímos a esse desenvolvimento, a facilidade (Ainda que com caríssimos impostos e pouquíssimo incentivo público) na importação de equipamentos, a facilitação do acesso à internet que permitiu a facilitação do contato entre amadores de regiões distantes e facilitou muito o acesso a informações que antes demoravam a chegar, e quando chegavam eram restritas ou resumidas, aos amantes do cosmos.

Quem viveu a astronomia amadora no século passado, mesmo que nas últimas décadas (No meu caso vivenciei a última com interesse ao assunto), vai se lembrar que para se ter um telescópio no Brasil, ou se pagava uma pequena fortuna em algo limitado que vinha de fora, ou se construía no fundo do quintal seus espelhos e o colocava em tubo de PVC empoleirado em uma montagem dobsoniana, não tínhamos todas as opções, mesmo que ainda sobrecarregadas de tributos, que temos hoje. Astrofotografias eram feitas com filmes, e só se via o resultado de uma captura quando se revelava as fotos, isso se o estúdio não resolvesse cortar e jogar foras tais negativos com a justificativa que tinham queimado. Informações sobre eclipses, passagens de cometas, asteroides, chuvas de meteoros, e acontecimentos especiais, só eram possíveis para a grande maioria dos reles mortais quando saía na TV, ou publicado em revistas mensais como a Superinteressante (Em seus bons tempos). Se comunicar com amigos que tinham a astronomia como assunto comum, se morassem longe, só por cartas enviadas pelo Correio, e que muitas vezes demoravam semanas, ou até meses para chegar.

Por outro lado, a internet também trouxe lendas urbanas, notícias falsas e teorias malucas que dão calafrios em gente séria. E muitas delas se perpetuam, mesmo com todos os desmentidos e após furarem por anos seguidos. Quem não se lembra do Marte gigante que vem dar um oi pra Lua em agosto, os fins do mundo que já presenciamos várias vezes, seja por cometas, por calendários com produção descontinuada, asteroides, luas avermelhadas de vergonha por terem sido colocadas nessas lendas, e por aí vai?

Mas praticar astronomia amadora, antes de qualquer coisa, é uma forma de praticar valores. Olhar para o céu estrelado é uma forma de apreciar aquilo que somos, buscar respostas de onde viemos e para onde vamos, entender onde estamos e o que somos e tentar compreender o universo do qual somos um ínfimo pedacinho.

Quando começamos a entender que eu, você, meu cachorro, sua tartaruga, os extremistas que explodem coisas e pessoas, a água do Rio Amazonas, as árvores da sua rua, as paredes de sua casa, as luas de Marte, as manchas de Júpiter, os anéis de Saturno, a cauda do cometa Halley, as estrelas que vemos e tudo aquilo que já conhecemos no universo são feitos por átomos oriundos das estrelas, inclusive nós, nos damos conta que praticar astronomia é uma forma eficaz de conhecer a si próprio e a tudo que nos rodeia, além de ser uma imensa lição de humildade.

Toda vez que você levanta a cabeça de olha para o céu durante a noite para observá-lo, estará sendo protagonista em uma viagem ao passado, observando fantasmas de mundos que já existiram (Muitos nem existem mais), de onde aquele registro em forma de luz saiu a muito tempo. A cada segundo em que observamos o universo por nossos olhos, estamos vivenciando um momento único, que jamais foi visto, e que nunca mais será visto.

Toda vez que olhar para céu, sempre será diferente da vez anterior, mesmo que constelações pareçam iguais, nebulosas componham a mesma astrofotografia e o brilho da estrelas pareça igual, aquela luz que chega aos seus olhos equivalem a um momento diferente do objeto de onde ela saiu. Imagine a luz que parte de uma estrela rodeada de exoplanetas, situada a milhares de anos-luz do nosso planeta, sabendo sua velocidade nessa viajem, já pararam para pensar (que mesmo que em se tratando de astronomia, um único dia seja muito pouco tempo), quando olharmos para o céu no primeiro dia e recebermos essa luz em nossos, estaremos recebendo fótons que saíram dessa estrela quando ela e seus planetas passavam por um determinado momento de suas histórias, com condições específicas para cada planeta, e que ao olhar para essa mesma estrela na noite seguinte, estará recebendo fótons de um outro momento, onde tais condições podem ter sofrido uma alteração considerável desde a sua observação na noite anterior. Assustador? Eu chamaria de magnífico. Somos parte do universo vivendo uma simbiose com o Cosmos, e praticar astronomia é uma forma de contato que nos faz entender essa relação.

E praticar astronomia não é só observando o céu todas as noites com seu telescópio ou binóculo, quem tiver interesse em ser um astrônomo amador pode ser importante sem ter um equipamento, aliás, não enxergo uma escala de importância, pois desde o famoso caçador de cometas, até o iniciante que convida um vizinho para dar uma olhada nas crateras da Lua, estão sendo importantes, estão contribuindo para algo.

A astronomia amadora quando feita por amor, não busca fama, status ou lucro. Ela é uma ferramenta que proporciona conhecimento, faz amizades, transmite valores e proporciona a aproximação de pessoas com a ciência. Em tempos de redes sociais e fácil aproximação virtual entre pessoas, vemos as vezes alguns oportunistas usando o fascínio que a população tem pela astronomia afim de garimpar “likes”, mas o resultado desse trabalho quase sempre são notícias sensacionalistas e com conteúdo embolado, e não podemos generalizar, pois temos também em redes sociais, gente muito competente, que ensina e transmite conhecimento de uma forma acessível.

Já fora do mundo virtual, o trabalho dos amantes da astronomia proporciona acesso ao astros, para gente que jamais imaginou ter a oportunidade de colocar o olho em uma ocular e observar as crateras de Lua, ou os anéis de Saturno. Aliás, não existe pagamento melhor para um astrônomo amador, do que a emoção de uma criança ao observar um astro pela primeira vez, ou as lágrimas de um idoso que agradece por ter tido em uma observação pública, a chance de ver os anéis de Saturno, que acreditava ele, iria morrer sem ter uma oportunidade.

Quem está começando a se aventurar na prática astronômica, jamais deve se sentir acanhado ou inferior, pois todos aqueles hoje se destacam na astronomia amadora, já foram aprendizes e iniciantes. Aquele caçador de cometas famoso por ter seu nome naquele cometa tão esperado, provavelmente já teve dúvidas parecidas com a que você tem hoje, assim como o grande astrofotógrafo que hoje tem um equipamento de milhares de reais, e faz fotos fantásticas, não começou com esse equipamento e com toda certeza já borrou muitas imagens, aquele astrônomo amador bom de papo que junta uma rodinha de pessoas em torno dele, ou que frequenta palcos para dar palestra, já sentiu frio na barriga ao falar em público, e já ficou sem respostas para muita coisa.  A única coisa que separa o iniciante do experiente é a prática, o conhecimento e a experiência adquirida com o tempo, e que você, caso persista, estude e pratique, conseguirá alcançar.

Afinal, como parte do universo, você é parte da astronomia. E aproveite para olhar e apreciar o céu, é gratuito, único e importante.

O uso de gás em lâmpadas



Lâmpadas de filamento de tungstênio queimam rapidamente se o bulbo de vidro é quebrado (quando ligadas). Isso ocorre pela rápida reação com o oxigênio do ar. 

O uso de gás inerte (argônio, nitrogênio,...) dentro do bulbo serve para evitar a rápida oxidação do tungstênio. Além de minimizar a lenta vaporização do metal tungstênio em caso de uma lâmpada feita com vácuo no bulbo.

Foto: Lua Dafne





Nessa imagem da sonda Cassini, podemos ver a lua Dafne de Saturno, causando ondulações nos anéis, devido a sua gravidade.

A Nebulosa Colar



A nebulosa Colar é um anel brilhante, que mede 19 trilhões de quilômetros de largura. 

Ela tem diversos “pontos” formados por aglomerados densos de gás. Quando a estrela morreu e formou a nebulosa há cerca de 10 mil anos, o processo “engoliu” sua estrela companheira. 

A pequena continuou a orbitar dentro da órbita da grande, o que aumentou a rotação de todo o conjunto.

Foto : TK7



O 2010 TK7 foi o primeiro asteroide encontrado pela Nasa orbitando o Sol na mesma rota em que a Terra. Isso significa que seu caminho se cruza com o do nosso planeta em alguns pontos.

Com 300 metros de diâmetro, sua trajetória é bem definida e, pelo menos nos próximos 100 anos, não deve chegar a menos de 24 milhões de km daqui.

Esse tipo de asteroide é chamado de Trojan. Isso significa que ele compartilha a trajetória de um planeta em alguns pontos.

Foto :



A Nebulosa do Pelicano localizada a aproximadamente 2.000 anos-luz de distância da Terra. 

Ar Rarefeito




Se você já escalou uma montanha ou visitou um país que fica acima do nível do mar, talvez saiba que é mais difícil respirar porque o ar fica mais rarefeito.

Mas a que altura seria preciso ir até não ser mais possível respirar? 


Ibn Mu’adh, no século XI, encontrou uma maneira inteligente de descobrir. Ele raciocinou que o crepúsculo, ou seja, quando o Sol se põe, mais ainda há luz no céu, acontece porque os raios derradeiros do Sol estão sendo refletidos pelo vapor d’água no alto da atmosfera.

Observando a velocidade que o Sol desaparecia no céu ao anoitecer, calculou que o Sol no crepúsculo estava dezenove graus abaixo do horizonte.

A partir daí, calculou que a altura da atmosfera era de 84 quilômetros – não muito distante da altura de cem quilômetros que hoje se acredita ser correta. Simples, porém muito impressionante.

Cinturão de asteroides



Um cinturão de asteroides é como se fosse uma estrada elíptica formada por bilhões de asteroides em volta de um corpo celeste com densidade suficiente para segurá-los nessa órbita.

Os asteroides são corpos celestes rochosos e metálicos que orbitam o sol e podem ser encontrados em várias regiões do sistema solar, mas a maioria se encontra entre a órbita de Marte e de Júpiter na região conhecida como Cinturão de Asteroides

O cinturão de asteroides se formou, provavelmente da colisão de diversos corpos maiores que, ao colidir, se partiram em diversos pedaços menores ainda na época de formação do sistema solar e continuam colidindo entre si enquanto permanecem no cinturão. Ou ainda, segundo uma outra teoria, teriam se originado do material que sobrou da formação dos outros planetas.

Alguns asteroides podem escapar do cinturão quando atraídos pela gravidade de algum planeta, ou mesmo pela gravidade do sol, se sua órbita sofrer algum tipo de perturbação. Neste caso, ele pode chegar a colidir com este planeta, ou com o sol, ou então ficar em órbita deste, como um satélite.

Esta é a origem, por exemplo, de algumas luas que orbitam Júpiter visto que ele está mais perto do cinturão de asteroides e tem uma força gravitacional muito grande.

Salto da estratosfera




O austríaco Felix Baumgartner saltou em outubro de 2012 da estratosfera, a mais de 39 mil metros de altura, em direção a Terra. Com isso, ele se tornou dono de três recordes mundiais.

Segundo cálculos, Baumgartner é o primeiro homem a superar a velocidade do som sem ajuda mecânica. O atleta conseguiu obter a façanha nos 40 primeiros segundo de queda livre, quando atingiu 1.173 km/h.

Em condições normais, a velocidade do som é de 1.234 km/h na atmosfera terrestre, enquanto na estratosfera ela chega a 1.110 km/h. Isso acontece por causa da menor resistência do ar, segundo a missão que coordenou o salto.

Foto : As Três Marias





As Três Marias é um asterismo de três estrelas que formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador. Outro nome popular para este grupo é Três Reis

Dica de games e softwares sobre o espaço pra vocês




Stellarium - é um planetário de código aberto para o seu computador. Ele mostra um céu realista igual ao que se vê a olho nu, com binóculos ou telescópio.

NASA's Eyes - é um software de simulação de computador criado pela Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, para apresentar vistas simuladas realistas de naves espaciais, planetas e outros recursos dentro do nosso sistema solar.

Universe Sandbox - é um simulador de gravidade interativo. Usando o Universe Sandbox pode-se ver os efeitos da gravidade sobre os objetos do universo e executar simulações do nosso sistema solar, várias galáxias ou outras simulações, ao mesmo tempo que interage-se e matém o controle sobre a gravidade, tempo e outros objetos no universo (luas, planetas, asteróides, cometas, buraco negros, etc).

SpaceEngine - é um programa de astronomia livre 3D, é um jogo desenvolvido pelo astrônomo russo e programador Vladimir Romanyuk. Usando catálogos astronômicos reais e geração processual, ele cria um planetário tridimensional representando o universo inteiro. Os usuários podem viajar através do espaço em qualquer direção ou velocidade, e para a frente ou para trás no tempo.

Estrelas de Nêutrons




Estrelas de Nêutrons são corpos celestes super massivos, que surgem após uma estrela com uma massa oito vezes maior que a do Sol entra em colapso (Supernova). 

As estrelas de nêutrons possuem um campo gravitacional muito forte, e seu núcleo é formado basicamente de nêutrons e um pequeno número de prótons.

Duplo Trânsito




Uma composição de imagens do astrofotógrafo Hartwig Luethen mostra a Estação Espacial Internacional (ISS – International Space Station) em duplo trânsito diante do Sol em 22 de agosto de 2015.

As fotografias foram obtidas em Schmalenbeck, Alemanha, onde ISS cruzou o disco solar em menos de um segundo e os trânsitos aqui capturados estão espaçados por 90 minutos, o que corresponde ao período orbital da Estação Espacial Internacional.
O perfil da ISS é claramente maior durante a primeira passagem, vista acima nessa imagem.

Na mesma imagem, abaixo do centro, é possível ver um grupo de manchas solares explosivas a uma confortável distância de 150 milhões de quilômetros, sendo que a câmera de Hartwig Luethen e a estação orbital estavam distantes cerca de 656 quilômetros no primeiro trânsito (parte de cima) e 915 quilômetros na segunda passagem, a mais ao centro.

NGC 2403




A imagem mostra a galáxia NGC 2403 com seus belos e espalhados braços espirais, localizada a cerca de 8 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Camelopardalis (A Girafa). 

Na imagem podemos ver as estrelas jovens e quentes da galáxias, mostradas em azul. Nos braços espirais também é possível observar as regiões de formação de estrelas, identificadas pelo brilho avermelhado. 

Os braços espirais da galáxia resultam de um padrão ondulado sobrepondo-se sobre o disco de estrelas, gás e poeira que formam o disco da galáxia. Depois de libertar-se de uma região de formação de estrelas, novas estrelas se misturam com as estrelas mais velhas no disco galáctico.

Velocidade da Terra



Essa é a velocidade do movimento de rotação da Terra (próprio eixo) no equador.

O movimento acontece no sentido oeste-leste. A medida que se desloca para os polos tal velocidade vai diminuindo.

Esse resultado (1.666)é obtido através da divisão do perímetro da Terra (aproximadamente 40.000 quilômetros) pelo tempo gasto nesse processo (cerca de 24 horas). Portanto: 40.000 / 24 = 1.666.

Apesar de estarmos girando a essa incrível velocidade, nós não conseguimos perceber esse movimento, pois acostumamos com ele.

Vídeo mostra a escala do nosso Sistema Solar no deserto

Vídeo mostra a escala do nosso Sistema Solar no deserto


Quando pesquisamos sobre ilustrações do nosso sistema sistema solar na internet, encontramos imagens compiladas sem escala. Agora, você imagina a real distância entre os corpos celestes do nosso sistema solar respeitando a sua real escala? É exatamente este propósito que o incrível vídeo que será apresentado mais abaixo tem a intenção, fazendo você refletir sobre a distância entre os planetas.

As imagens que encontramos do nosso Sistema Solar, muitas vezes retratam os planetas muito próximos uns dos outros, ou com comparações discrepantes à realidade. No vídeo, feito por Alex Gorosh e Wylie Overstreet, eles explicam que o uso de representações dos planetas acima de um nível microscópico exige que seu modelo seja um pouco quanto grande, como mostra o vídeo (não vamos estragar a surpresa).

“Para se criar um modelo de escala com a Terra, nós precisaríamos de um espaço com aproximadamente 11 quilômetros para se conseguir recriar as distâncias, explica Overstreet no vídeo. Você pode ver o vídeo e refletir com o player abaixo:



Então, para fazer a escala em tamanho preciso, a equipe se aventurou no deserto de Black Rock, localizado em Nevada. Eles marcaram as órbitas dos oito grandes planetas ao redor do Sol, e em seguida, criara um timelapse de tempo através de luzes colocadas em bolinhas de gude a fim de recriar suas órbitas.

O resultado nos mostra uma ideia fantástica é uma do que o Sistema Solar parece à verdadeiro escala. E destaca o quanto existe de espaço vazio entre os planetas, e quão pequeno nosso planeta realmente está no grande esquema das coisas, se tratando dos demais planetas, sistema solar e posição no Universo.

Nebulosa Aranha Vermelha



Em novembro de 2012, a Nasa divulgou uma imagem da NGC 6537, apelidada de nebulosa da Aranha Vermelha. 

Ela fica a 4.000 anos-luz da Terra. A imagem mostra a estrutura complexa que uma estrela normal pode ganhar quando ejeta a sua camada externa de gás e se torna uma anã branca.

Astrônomos descobrem enxame galáctico com "CORAÇÃO PALPITANTE"






Esta imagem, usando dados do Spitzer e do Hubble, mostram o enxame galáctico SpARCS1049.  Crédito: NASA/STScI/ESA/JPL-Caltech/McGill

Uma equipe internacional de astrónomos descobriu um enxame gigantesco de galáxias com um núcleo repleto de estrelas novas - uma descoberta incrivelmente rara. A descoberta, realizada com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, é a primeira a mostrar que as galáxias gigantes no centro de enxames colossais podem crescer significativamente ao alimentarem-se de gás "roubado" de outras galáxias. Os enxames galácticos são vastas famílias de galáxias ligadas pela gravidade. A nossa Galáxia, a Via Láctea, reside dentro de um pequeno grupo de galáxias conhecido como Grupo Local, ele próprio membro do massivo superenxame Laniakea.

As galáxias nos centros dos enxames são geralmente constituídas por fósseis estelares - estrelas velhas, vermelhas ou mortas. No entanto, os astrónomos descobriram agora uma galáxia gigante no centro de um enxame chamado SpARCS1049+56 que parece contrariar a tendência, ao invés formando estrelas novas a um ritmo incrível. Achamos que esta galáxia gigante no centro deste enxame está fabricando furiosamente estrelas novas depois da fusão com uma galáxia menor," explicou Tracy Webb da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, autora principal de um novo artigo aceite para publicação na revista The Astrophysical Journal.

A galáxia foi inicialmente descoberta com o Telescópio Espacial Spitzer da NASA e o Telescópio do Canadá-França-Hawaii, localizado em Mauna Kea, Hawaii, e confirmada usando o Observatório W. M. Keck, também em Mauna Kea. Observações posteriores, usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, permitiram com que os astrónomos explorassem a atividade da galáxia. O enxame SpARCS1049+56 está tão longe que a sua luz demora 9,8 mil milhões de anos a chegar à Terra. Abriga pelo menos 27 galáxias e tem uma massa total equivalente a 400 biliões de sóis. É um enxame verdadeiramente único num aspeto - o seu coração vibrante de estrelas novas. A galáxia mais brilhante do enxame é a mesma que está a fabricar estrelas novas - a um ritmo de 800 estrelas por ano. A Via Láctea, no máximo, forma duas estrelas por ano!



Esta imagem, usando dados do Spitzer e do Hubble, mostra a região central do enxame galáctico SpARCS1049. A galáxia mais brtilhante do enxame, no centro, está atualmente a sofrer uma fusão molhada que produz quantidades enormes de estrelas novas. É também visível a cauda de maré - indicativa da fusão.  Crédito: NASA/STScI/ESA/JPL-Caltech/McGill

"Os dados do Spitzer mostram uma enorme quantidade de formação estelar no coração deste enxame," algo raramente visto e certamente inédito num enxame tão distante," comenta o coautor Adam Muzzin da Universidade de Cambridge, Reino Unido. O Spitzer capta radiação infravermelha, por isso pode detetar o brilho quente de regiões escondidas e poeirentas de formação estelar. Os estudos de seguimento com o Hubble, no visível, ajudaram a identificar a causa da formação de novas estrelas. Parece que uma galáxia mais pequena fundiu-se recentemente com o monstro no centro do aglomerado, emprestando o seu gás e desencadeando um episódio furioso de nascimento estelar.

"Apoiámo-nos nas nossas outras observações e usámos o Hubble para explorar a galáxia em profundidade - e não ficámos desapontados," comenta Muzzin. "O Hubble descobriu uma fusão desenfreada no centro deste enxame. Nós detetámos características parecidas com 'contas num colar'. As "contas num colar" (heic1414) são sinais indicativos de algo conhecido como uma fusão molhada. As fusões molhadas ocorrem quando galáxias ricas em gás colidem - este gás é convertido rapidamente em estrelas novas. A nova descoberta é um dos primeiros casos conhecidos de uma fusão molhada no núcleo de um enxame galáctico.

O Hubble já tinha anteriormente observado outro enxame galáctico próximo contendo uma fusão molhada, mas não formava estrelas a este ritmo tão frenético. Outros enxames de galáxias crescem em massa através de fusões secas (fusões que envolvem duas galáxias pobres em gás - as duas misturam as suas estrelas, em vez de provocar o nascimento de estrelas novas), ou graças ao desvio de gás para os seus centros. Por exemplo, o mega enxame galáctico conhecido como o Enxame da Fénix cresce em tamanho absorvendo o gás que flui para o seu centro.

Os astrónomos agora têm como objetivo explorar quão comum é este tipo de mecanismo nos enxames galácticos. Será que existem outros "comedores sujos" semelhantes a SpARCS1049+56, que também devoram galáxias ricas em gás? SpARCS1049+56 pode ser um "outlier" - ou pode representar um tempo no Universo jovem em que a alimentação desenfreada era a norma.