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sábado, 29 de agosto de 2015

E=mc² - Explicando a formula



Em física, E=mc² é o conceito de que qualquer massa possui uma energia associada e vice-versa. Na relatividade especial, essa relação é expressa pela fórmula de equivalência massa-energia.

Onde:
E = energia,
m = massa,
c = a velocidade da luz no vácuo.

Então seguindo a ordem, energia é igual a massa vezes a velocidade da luz (no vácuo) ao quadrado. Em termos simples, E (Joules) = M (quilogramas) • 299792458 metros/segundo².

Para que serve?

Bem, basicamente, com essa formula Einstein nos disse que, matéria não passa de energia em repouso...
E=mc² - explica a passagem de matéria para energia e vice versa...

E com isso, podemos entender como as estrelas funcionam, descobrimos uma nova forma de energia, a energia nuclear.

IC 1805



IC 1805, apelidado Nebula do Coração é uma nebulosa de emissão localizado a cerca de 7 500 anos-luz de distância na constelação de Cassiopéia. 

Cobre uma área de cerca de 60 minutos de arco, que é de aproximadamente 200 anos-luz. Nas regiões centrais da nebulosa IC 1805, as nuvens de poeira têm formas fantásticas. As nuvens são realmente esculpidas por ventos estelares e radiação a partir de uma variedade de estrelas quentes e maciças.

Essas estrelas são parte de um aglomerado de estrelas (Melotte 15), recém-criado. Jovens de 1,5 milhões de anos, as estrelas do aglomerado são claramente visíveis nesta imagem muito colorido. As nuvens escuras de poeira são recortadas contra o fundo de gás muito brilhante.

O telescópio Hubble captura uma ilusão de ótica cósmica



Os objetos redondos, brilhantes e amarelos próximo ao centro dessa imagem do Hubble fazem parte de um cluster enorme de galáxias. Se você olhar com calma, vai perceber diversas galáxias azuis que parecem formar um círculo ao redor do cluster, e todas elas são estranhamente parecidas. Isso acontece porque elas são reflexos da mesma galáxia.

A galáxia azul pequena está muito distante do cluster de galáxias brilhante e amarelo, então a luz dela precisa atravessar o cluster para chegar à Terra. A gravidade exerce uma força na luz assim como faz com a matéria.

Quando a luz atravessa o campo gravitacional de algo tão grande, como um cluster de galáxias, ela se curva como se tivesse passado por uma lente de vidro curvo. Físicos chama esse efeito de lente gravitacional.

Então quando a luz da galáxia azul atravessa o cluster amarelo, a luz é dobrada e espalhada em diversas imagens de si mesma. Você pode ver essas imagens em um anel ao redor do cluster de galáxia às 4 horas, 10 horas, 11 horas e 12 horas (pense na imagem como um relógio de ponteiro).

Tem uma outra imagem próxima ao centro do cluster.

Astrônomos dizem que a imagem mostra 11 galáxias diferentes no fundo, mas, graças à lente gravitacional, elas aparecem como 33 imagens.

Você consegue encontrar as que estão duplicadas?

Conheça o depósito de sementes gigante da Noruega, construído para resistir ao "fim do mundo".








As previsões para 2012 não se concretizaram, mas os apocalípticos de carteirinha não dormem em serviço. O Depósito do Apocalipse está sendo construído na Noruega, desde 2008, com financiamento do governo desse país em associação com o Global Diversity Group, entidade composta por diversos países desenvolvidos e diferentes fundações, como a Bill Gates Foundation.

Trata-se de uma verdadeira fortaleza, preparada para resistir à explosões nucleares e a qualquer tipo de desastre natural. Ali estão depositadas 800 mil amostras de 4 mil espécies de sementes. Hermeticamente fechado e sob intensa segurança, a câmara protege as sementes até mesmo contra o passar do tempo, pois suas caixas de alumínio, mantidas a uma temperatura de -18° (dezoito graus abaixo de zero), são capazes de conservar os grãos por vários séculos.

Durante seu sexto aniversário, em fevereiro de 2014, o depósito recebeu outras 20 mil sementes do mundo inteiro, além da contribuição de novos adeptos, dentre eles, o governo japonês.

Nanossatélite Brasileiro Chega à Estação Espacial Internacional



A iniciativa faz parte do projeto Sistema Espacial para Realização de Pesquisas e Experimentos com Nanossatélites (CubSat Serpens), sigla que também remete à constelação da Serpente, da Agência Espacial Brasileira . 

Chegou hoje à Estação Espacial Internacional (EEI) um nanossatélite criado por estudantes de quatro universidade federais brasileiras. O aparelho vai servir para coletar dados principalmente sobre o meio ambiente brasileiro. Com custo de cerca de R$ 800 mil, o equipamento foi patrocinado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e lançado ao espaço na última quarta-feira a bordo de um foguete japonês.

Com a coordenação da professora de sistemas espaciais da Universidade de Brasília (UnB), Dra. Chantal Cappelletti, a criação do equipamento contou ainda com a participação de outras três instituições. As universidades de Minas Gerais (UFMG), do ABC (UFABC) e de Santa Catarina (UFSC) também integraram o projeto e participaram na montagem dos sistemas. A previsão é de que as instituições se revezem na liderança. Pelo cronograma, a UFSC já ficou responsável pela construção do Serpens 2.

O projeto conta ainda com a participação do Instituto Federal Fluminense (IFF), que é responsável pela instalações das estações de recepção solo. Essas estações ficarão nas universidades e serão utilizadas para operar o nanossatélite. Do exterior integram o projeto universidades dos Estados Unidos, da Espanha e da Itália.

"É uma tecnologia de ponta porque até hoje essa tecnologia foi desenvolvida para satélite muito grande e pesado. A ideia de usar satélites pequenos é para poder cortar os custos da missão”, disse Chantal Cappelletti.

No último dia 19, a bordo de uma nave cargueira da Agência Espacial Japonesa (Jaxa), o nanossatélite partiu do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão, em direção à Estação Espacial Internacional. No final de setembro ou início de outubro, sairá do interior da EEI e será posto em órbita em uma altitude em torno de 400 quilômetros.

Fatos sobre Titã




Titã, um satélite de Saturno, é o planeta conhecido mais semelhando a Terra.

Assim, Titã tal como a lua Europa e o planeta Marte, está no topo da lista dos corpos celestes onde se pode encontrar formas de vida primitiva. 

Daqui a 5 bilhões de anos quando o Sol ampliar 50 vezes o seu tamanho, Titã vai receber a mesma quantidade de energia solar que a Terra recebe hoje.

Hipoteticamente e por um curto período de tempo, o satélite poderia tornar-se num mundo oceânico onde a vida prospera.

Nasa Desenvolve Satélites Capazes de Monitorar Furacões com Maior Precisão



O sistema batizado de CYGNSS fará medições de ventos marítimos e será capaz de calcular direção e intensidade de ventos no olho de furações visando antecipar as ocorrências de furacões 

O sistema CYGNSS (Cyclone Global Navigation Satellite System) está atualmente em construção no estado norte-americano do Texas e é composto de um conjunto de oito microssatélites, que serão capazes de melhorar a previsão de furacões, fazendo medições de ventos superficiais do oceano, bem como perto e dentro do olho de ciclones tropicais, tufões e furacões, isso durante todo o ciclo de vida destes devastadores fenômenos.

A interação entre microssatélites do sistema CYGNSS e satélites GPS proporcionará uma nova imagem de velocidades de vento sobre todos os trópicos a cada poucas horas, enquanto hoje único satélite fornece aos meteorologistas uma nova imagem em alguns dias. Assim, a capacidade de monitoramento de mudanças rápidas na intensidade dos furacões, como as observadas com o furacão Katrina, será melhorada consideravelmente, o que é fundamental para meteorologistas e para comunidades costeiras.

O CYGNSS será colocada em órbita baixa, com isso os ele passará sobre a mesma região a cada doze minutos. A missão está programada para lançamento no final de 2016 em um foguete dispensável orbital lançado a partir do Cabo Canaveral, na Flórida, com as operações científicas começando na temporada de furacões no Atlântico de 2017.

Foto : O tamanho aparente do sol visto de diferentes planetas



O tamanho aparente do sol visto de diferentes planetas
Clique sobre a imagem para ampliar. 

Refletindo: Existem mais estrelas no céu do que grãos de areia na terra.



"Se somarmos o número de estrelas na região do chamado Universo observável, uma área com raio de 15 bilhões de anos-luz em que a radiação é captável por nossos telescópios, teremos um total que oscila entre 1 sextilhão e 1 septilhão de estrelas - o número 1 seguido por uma fileira de 21 e de 24 zeros, respectivamente", diz o astrônomo Laerte Sodré Júnior, da Universidade de São Paulo (USP).

No final, essa confusão confirma a célebre frase de Hamlet, personagem criado há quatro séculos pelo dramaturgo inglês William Shakespeare: "Há mais coisas no céu e na terra do que pode sonhar tua filosofia".

Mapa da Lua.





Cientistas da Nasa criaram o primeiro catálogo completo de grandes crateras na Lua, algumas com mais de 20 km de diâmetro.

Mapa mostra a Lua a partir do ponto de vista da parte leste, que é a parte observada da Terra (a parte oriental traseira). 

Em meio a parte mais à esquerda do globo está o Mar da Tranquilidade (azul claro), local da aterrissagem da Apollo 11, e acima desta, uma região oval (Mare Serenitatis; azul escuro), o local de aterrissagem do Apollo 17.

A maioria das áreas em azul escuro são "lunar maria", regiões baixas compostas por fluxos de lava vulcânica que se formaram depois dos mais intensos choques (e, portanto, tem menos crateras)

Há um buraco negro nessa imagem



As partes centrais da nossa galáxia, a Via Láctea, observada no infravermelho pelo Very Large Telescope do European Southern Observatory. Ao seguir os movimentos das estrelas mais centrais ao longo de mais de 16 anos, os astrônomos foram capazes de determinar a massa do buraco negro supermassivo que se esconde lá. 

Realmente estamos sozinhos ?




Olhe bem pra esta imagem, cada uma dessas galáxias tem milhões de estrelas, cada estrela vários planetas. O Universo é tão, mais tão grande que é difícil acreditar que estamos sozinho.

Foto : NGC 346




NGC 346 é um aglomerado aberto com nebulosa, pertencente à Pequena Nuvem de Magalhães.

Foto : Lua parcialmente iluminada



A Estação Espacial Internacional (EEI), no momento preciso, foi fotografada na frente da Lua parcialmente iluminada pelo fotógrafo Dani Caxete. A imagem foi feita de Madrid, Espanha, com um tempo de exposição de apenas 1/1000 de um segundo.

A duração do trânsito da EEI ao longo de toda a Lua foi de cerca de meio segundo. A plataforma espacial em órbita da Terra, brilhante pela luz solar, pode ser vista no lado escuro da linha dia-noite conhecida como “terminator”.

Numerosas crateras circulares são visíveis na Lua distante, bem como o terreno de cor clara relativamente rugoso conhecido como “highlands” e também áreas coloridas relativamente lisas de cor escura conhecidas como “maria”.

Crédito e copyright da imagem: Dani Caxete.

Via: Sociedade Científica

Caótico berço de estrelas




Localizado 1.000 anos-luz da Terra, na constelação de Perseus, uma nebulosa de reflexão chamada NGC 1333 mostra o caos bonito de um grupo denso de estrelas nascendo. 

A maioria da luz visível das estrelas novas nesta região é obscurecida pela nuvem densa, empoeirada em que formou. Com o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, os cientistas podem detectar a luz infravermelha a partir desses objetos.

Isso permite que um olhar através da poeira para obter uma compreensão mais detalhada de como estrelas como o nosso sol começam suas vidas.

Estrelas não têm posição fixa na galáxia

Estrelas migram pela galáxia

Dois pares de estrelas migrantes (marcadas em azul e vermelho) , mostrando como as órbitas das estrelas na Via Láctea parecem se alterar ao longo do tempo. [Imagem: Dana Berry/SkyWorks Digital/SDSS collaboration]


Estrelas migrantes
As galáxias parecem ser mais dinâmicas e mais movimentadas do que se pensava. Há algum tempo vêm sendo identificadas estrelas hipervelozes, estrelas que têm uma velocidade tão elevada que provavelmente escaparão da galáxia. Contudo, apesar de alguns astrônomos defenderem que metade das estrelas pode estar fora das galáxias, esses astros apressados sempre foram vistos como exceções frente à grande maioria dos sistemas estelares, com seus "endereços fixos" dentro das galáxias, como se cada estrela vivesse toda a vida na região da galáxia onde nasceu.

Essa noção agora começa a cair por terra graças ao mapeamento da Via Láctea feito pelo projeto SDSS (Sloan Digital Sky Survey), responsável pela elaboração da maior imagem já feita do Universo, em 3D, e de um mapa da matéria escura. Michael Hayden e seus colegas descobriram que pelo menos 30% das estrelas da Via Láctea são "migrantes" dentro da galáxia, não estando mais hoje onde elas foram formadas. Essa conclusão foi tirada depois de uma análise detalhada da composição química das estrelas e das diversas regiões da galáxia.

Gerações de estrelas
"As estrelas criam elementos mais pesados em seus núcleos e, quando elas morrem, esses elementos mais pesados voltam para o gás a partir da qual a próxima geração de estrelas se formará," explica Hayden. Como resultado desse processo de "enriquecimento químico", cada geração de estrelas tem uma percentagem mais elevada de elementos mais pesados do que a geração anterior. Em algumas regiões da galáxia, a formação de estrelas vem ocorrendo de forma mais vigorosa do que em outras - e, em teoria, regiões de formação estelar mais vigorosa terão dado origem a mais gerações de novos astros. Isto significa que a quantidade média de elementos mais pesados nas estrelas varia entre as diferentes partes da galáxia. Os astrônomos podem, então, determinar em que parte da galáxia uma estrela nasceu traçando a quantidade de elementos pesados naquela estrela, o que é feito analisando o espectro de radiação que ela emite.


Migração estelar
Quando a equipe analisou o padrão de abundância desses elementos, eles constataram que grande parte dos dados recolhidos pelo telescópio do SDSS pode ser explicada por um modelo no qual as estrelas migram radialmente, movendo-se para mais perto ou para mais longe do centro da galáxia com o passar do tempo. Esses movimentos são chamados de "migração estelar", e são provavelmente causados por irregularidades no disco galáctico - eventualmente nos braços espirais da Via Láctea. Indícios de migração estelar já tinham sido observados anteriormente em estrelas nas nossas vizinhanças, mas o novo estudo traz indícios claros de que a migração pode ocorrer em toda a galáxia.
Fonte: Inovação Tecnológica

Metano e água encobrem exoplaneta parecido com Júpiter




Impressão de artista do exoplaneta 51 Eridani b, no infravermelho, que mostra as camadas quentes nas profundezas da atmosfera que brilha através das nuvens. Devido à sua tenra idade, este primo jovem do nosso Júpiter é ainda quente e contém informação acerca da sua formação que ocorreu há 20 milhões de anos. Crédito: Danielle Futselaar & Franck Marchis, Instituto SETI

Indo para além da descoberta e fotografando um jovem Júpiter, astrónomos usando o GPI (Gemini Planet Imager) do Observatório Gemini examinaram um mundo recém-descoberto em detalhes sem precedentes. Descobriram um exoplaneta com cerca de duas vezes a massa de Júpiter, o mais parecido com um planeta do Sistema Solar já observado diretamente em torno de outra estrela. O planeta, conhecido como 51 Eridani b, orbita a sua estrela hospedeira a cerca de 13 vezes a distância Terra-Sol (equivalente a estar entre Saturno e Úrano no nosso Sistema Solar). O sistema está localizado a cerca de 100 anos-luz de distância.

Os dados do Gemini também fornecem aos cientistas a mais forte deteção espectroscópica de metano na atmosfera de um planeta fora do nosso Sistema Solar, acrescentando às suas semelhanças com os planetas gigantes do nosso Sistema Solar. "Muitos dos exoplanetas já observados diretamente têm atmosferas que parecem estrelas muito frias," afirma Bruce Macintosh, da Universidade de Stanford, que liderou a construção do GPI e agora lidera a caça de planetas. "Este parece ser um planeta."

A pesquisa foi publicada na edição de 13 de agosto de 2015 da revista Science. Este excelente resultado é uma demonstração clara das incríveis capacidades espectroscópicas e de imagem do GPI," afirma Chris Davis, da Divisão de Astronomia do NSF (National Science Foundation), que supervisiona o financiamento do Observatório Gemini. "As pesquisas exoplanetárias agora possíveis com o Gemini vão, sem dúvida, levar a uma bastante melhor compreensão do número de gigantes gasosos em órbita de estrelas vizinhas, das características das suas atmosferas e, finalmente, do modo como os planetas gigantes como Júpiter e Saturno são formados."



Imagem da descoberta de 51 Eridani b com o GPI, obtida no infravermelho próximo no dia 18 de dezembro de 2014. A estrela central foi quase totalmente removida por uma máscara de hardware e software a fim de permitir a deteção do exoplaneta, que é um milhão de vezes mais ténue.  Crédito: J. Rameau (UdeM) e C. Marois (NRC Herzberg)

A descoberta faz parte do esforço mais amplo da equipa em encontrar e caracterizar novos planetas chamado GPIES (GPI Exoplanet Survey). O levantamento espera explorar mais de 600 estrelas que podem hospedar sistemas planetários; até agora observaram quase uma centena de estrelas. "Este é exatamente o tipo de sistema que imaginámos descobrir quando projetámos o GPI," afirma James Graham, professor da Universidade de Berkeley e cientista do projeto GPI. O GPI é capaz de dissecar a luz de exoplanetas em detalhes sem precedentes para que possamos agora caracterizar outros mundos como nunca," comenta Christian Marois do NRC (National Research Council) do Canadá. Marois, um dos quase 90 investigadores da equipa, foi pioneiro em muitas das estratégias de observação e técnicas de redução de dados que desempenharam um papel fundamental na deteção e análise do novo planeta. A luz do planeta é muito ténue - um milhão de vezes mais fraca que a luz da estrela - mas o GPI consegue vê-lo claramente.

"O planeta é tão ténue e está localizado tão perto da sua estrela, que é também o primeiro exoplaneta observado diretamente a ser totalmente compatível com os modelos de formação planetária de sistemas parecidos com o Sistema Solar," explica Marois. As observações do Gemini também foram acompanhadas pelo Observatório W. M. Keck em Mauna Kea, Hawaii, a fim de verificar a descoberta. Fredrik Rantakyro, cientista do instrumento GPI, acrescenta: "Desde que era criança, sonhava com planetas em torno de outras estrelas e com as vidas que possivelmente poderiam existir lá. Como astrónomo, é normal trabalhar com telescópios topo de gama mas não é normal o coração bater mais depressa.

É exatamente o que aconteceu com este sonho tornado realidade de descobrir um irmão de Júpiter!  51 Eridani é jovem - tem apenas 20 milhões de anos - e é exatamente isso que tornou possível a deteção do planeta. Quando os planetas coalescem, o material que cai para o planeta liberta energia e aquece-o. Ao longo dos próximos cem milhões de anos irradiam essa energia, principalmente no infravermelho, e arrefecem gradualmente. Além de ser provavelmente o planeta de menor massa já observado diretamente, a sua atmosfera é também muito fria - 430º C. Também possui o mais forte sinal espectroscópico para a presença de metano atmosférico, semelhante ao ambiente de metano pesado que domina as atmosferas dos planetas gigantes do nosso Sistema Solar.

O espectro do planeta também revelou água. O estudo GPIES está atualmente a menos de 20% dos seus 600 alvos previstos para observações durante a campanha de 3 anos. Os alvos foram escolhidos devido à sua juventude e relativa curta distância ao Sistema Solar (até 300 anos-luz). Os resultados deste levantamento serão marcantes, pois estuda um regime de massa e separação exoplanetária nunca antes devidamente investigado. Espera-se que forneça o primeiro censo detalhado e a primeira demografia dos exoplanetas gigantes gasosos, que encontre sistemas multiplanetários e que realize uma caracterização espectral detalhada de muitos novos exoplanetas.

Estrelas irmãs





Esta rica tapeçaria de estrelas coloridas foi capturada pela câmera Wide Field Imager (WFI), montada no telescópio MPG/ESO no Observatório de La Silla do ESO. A imagem mostra o aglomerado estelar aberto IC 4651, um grupo de estrelas que se situa na constelação do Altar.Crédito:ESO

Os aglomerados estelares abertos como o que se vê nesta imagem não são apenas perfeitos para tirar bonitas fotografias. A maioria das estrelas forma-se no seu interior e estes aglomerados podem ser usados pelos astrônomos como laboratórios para estudar como é que as estrelas evoluem e morrem. Esta imagem, que foi obtida pelo instrumento Wide Field Imager (WFI) no Observatório de La Silla, mostra o aglomerado IC 4651 e as estrelas que nasceram no seu interior apresentam atualmente uma grande variedade de características. O salpicado de estrelas que podemos ver nesta nova imagem do ESO é o aglomerado estelar aberto IC 4651, situado na Via Láctea na constelação do Altar, a cerca de 3000 anos-luz de distância.

O aglomerado tem cerca de 1,7 bilhões de anos — o que corresponde à meia-idade em termos de aglomerados. IC 4651 foi descoberto por Solon Bailey, pioneiro no estabelecimento de observatórios em locais altos e secos nos Andes. Este objeto foi catalogado em 1896 pelo astrônomo dinamarquês-irlandês John Louis Emil Dreyer. Conhecem-se na Via Láctea mais de mil destes aglomerados abertos, no entanto pensa-se que existam muitos mais. Muitos destes objetos foram já estudados com grande detalhe. Observações de aglomerados estelares como este fizeram avançar o nosso conhecimento sobre a formação e evolução da Via Láctea e das estrelas individuais no seu interior,  e permitem também aos astrônomos testarem modelos de evolução estelar.

As estrelas de IC 4651 formaram-se todas ao mesmo tempo a partir da mesma nuvem de gás. Estas estrelas irmãs estão ligadas apenas de forma leve pela atração entre si e pelo gás entre elas. À medida que as estrelas do aglomerado interagem com outros aglomerados e com nuvens de gás na galáxia, e à medida que o gás entre as estrelas é utilizado para formar mais estrelas ou é lançado para fora do aglomerado, a estrutura do aglomerado começa a modificar-se. Eventualmente, a massa restante no aglomerado torna-se suficientemente pequena para que as estrelas possam escapar.

Observações recentes de IC 4651 mostraram que o aglomerado contém uma massa de 630 vezes a massa solar e pensa-se que inicialmente teria pelo menos 8300 estrelas, num total de 5300 vezes a massa do Sol.  Como este aglomerado é relativamente velho, uma parte desta massa perdida é devida às estrelas mais massivas do aglomerado já terem atingido o final das suas vidas e terem explodido sob a forma de supernovas. No entanto, a maioria das estrelas que se perderam não morreram, mas apenas se deslocaram. Elas teriam sido arrancadas do aglomerado ao passar por uma nuvem gigante de gás ou após um encontro próximo com um aglomerado vizinho, ou simplesmente afastaram-se.

Uma fração destas estrelas perdidas pode estar ainda gravitacionalmente ligada ao aglomerado,estando à volta dele mas a uma grande distância. As outras estrelas perdidas teriam migrado para longe do aglomerado e juntado-se a outros, ou teriam se instalado em outro local qualquer da Via Láctea. Provavelmente, o Sol já fez parte de um aglomerado como IC 4651 até que, tanto a nossa estrela como as suas irmãs, se separaram e gradualmente se espalharam pela Via Láctea.

Esta imagem foi obtida com o Wide Field Imager. Esta câmera encontra-se montada permanentemente no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla. Este instrumento consiste em vários detectores CCD num total de 67 milhões de pixels e pode observar uma área do céu tão grande como a Lua Cheia. Permite fazer observações desde o visível até ao infravermelho próximo, com mais de 40 filtros disponíveis. Para esta imagem apenas foram utilizados três destes filtros.

Saiba quantos anos você tem e quando seria seu aniversário em outro planeta


Como você sabe, cada dia aqui na Terra têm duração de — aproximadamente — 24 horas, que corresponde ao tempo que ela leva para completar uma rotação sobre o seu próprio eixo. Como você também sabe, os anos terrestres têm duração de cerca de 365 dias, que é o período que o nosso planeta demora para realizar uma órbita completa ao redor do Sol.

Anos extraterrestres
No entanto, esse intervalo não é o mesmo em todos os planetas do Sistema Solar, conforme você pode conferir em várias matérias aqui do Mega Curioso nas quais falamos a respeito de vários dos nossos vizinhos. Assim, nas nossas matérias revelamos, por exemplo, que cada ano em Júpiter equivale a 12 anos terrestres, que em Urano eles correspondem a 84 anos do nosso planeta e que em Netuno, cada ano equivale a 164,8 anos dos nossos. Agora, com todos esses dados em mente, vai dizer que você não ficou imaginando quantos anos teria se, em vez de ser terráqueo, você fosse saturniano, venusiano ou marciano.

Pois, no lugar de descobrir quanto tempo cada planeta demora até completar uma órbita ao redor Sol e, então, calcular qual seria a sua idade (ou quando será o seu próximo aniversário), existe um site que faz todo o trabalho para você — e em português!  As instruções estão no nosso idioma e, para descobrir qual seria a sua idade em outros planetas, basta informar o mês, dia e ano do seu nascimento (nessa ordem) e clicar sobre o botão “Calcular”. Clique aqui e confira. O site foi desenvolvido pelo pessoal da Universidade de Évora, em Portugal, que se inspirou em uma iniciativa do museu Exploratorium de San Francisco, na Califórnia, que mantém uma página semelhante. E aí, o que você achou de descobrir quantos anos teria se você vivesse em outro planeta?
Fonte: Mega Curioso

Um casal cósmico

A cosmic couple



A imagem acima mostra o espetacular par cósmico da estrela Hen 2-247 – normalmente conhecida como WR 124 – e a nebulosa M1-67 que a circunda. Ambos os objetos, capturados aqui pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA são encontrados na constelação de Sagittarius e localizam-se a 15000 anos-luz de distância. A estrela Hen 2-247 brilha intensamente no centro dessa imagem explosiva e ao redor os aglomerados de gás quente são ejetados para o espaço a mais de 150000 quilômetros por hora. A Hen 2-247 é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, denominada em homenagem aos astrônomos Charles Wolf e Georges Rayet. As Wolf-Rayet, são estrelas superquentes caracterizadas por violentas ejeções de massa. A nebulosa M1-67 é estimada como tendo mais de 10000 anos de vida – um bebê em termos astronômicos – mas que gera uma visão magnífica. Uma versão dessa imagem foi lançada em 1998, mas ela foi reprocessada com os últimos algoritmos disponíveis.



A NASA Diz: Não há ameaça de asteroide se chocar com a Terra

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Recentemente, se você acessa qualquer rede social que seja, tem visto uma notícia sendo espalhada de maneira errônea, clamando que a Terra sofrerá um impacto de um asteroide em algum momento entre os dias 15 e 28 de Setembro de 2015, e dizendo que a NASA confirmou que isso irá acontecer. Pois bem, a agência espacial norte-americana, no dia de hoje, 19 de Agosto de 2015, se manifestou e disse (OBVIAMENTE), que NÃO!!! NÃO TEREMOS NENHUM IMPACTO DEVASTADOR DURANTE O MÊS DE SETEMBRO!!! Alguns posts, ainda falam com precisão onde o asteroide cairia, que seria em algum lugar próximo de Porto Rico, causando a destruição total dos EUA, do México e das Américas Central e Sul.

De acordo com a NASA:
“Não existe base científica para esse anúncio – nem mesmo uma evidência – de que um asteroide ou qualquer outro objeto celeste se chocará com a Terra nessas datas”, disse Paul Chodas, gerente do Near-Earth Object da NASA no Laboratório de Propulsão a Jato da agência em Pasadena, na Califórnia. De fato, o Near-Earth Object Observations Program da NASA, disse que não existe nenhum cometa ou asteroide observado que se chocaria com a Terra, em qualquer momento num futuro próximo. Todos os conhecidos Potentially Hazardous Asteroids têm menos de 0.01% de chance de se chocar com a Terra nos próximos 100 anos.

O escritório do Near-Earth Object no JPL é um grupo chave envolvido com a colaboração internacional de astrônomos e cientistas que ficam vigiando o céu com seus telescópios, buscando por asteroides que poderiam se chocar com o nosso planeta e prevendo a trajetória através do espaço desses corpos no futuro. Se existe algo, ou alguma observação mostre algum objeto na nossa direção e em rota de colisão, Chodas e seus colegas saberiam disso com certeza. Se existir algum objeto grande o suficiente para causar esse tipo de destruição em Setembro, nós já teríamos visto algo agora”, disse ele. Outra coisa que Chodas e sua equipe sabem muito bem – essa não é a primeira vez e nem será a última que rumores são espalhados falando que algum objeto se chocará com a Terra.

Isso algumas vezes parece até ser um dos temas favoritos na internet e atualmente nas redes sociais. Em 2011 existiram rumores sobre o chamado cometa Elenin, que nunca ofereceu nenhum perigo de se chocar com a Terra e se partiu em muitos pedaços no espaço. O dia 21 de Dezembro de 2012, quem não lembra, seria o fim do mundo com o impacto de um asteroide gigantesco. E só nesses anos, os asteroides 2004 BL86 e o 2014 YB35 foram tidos como ameaças certas para o nosso planeta, mas suas passagens em Janeiro e Março, respectivamente não causaram nenhum incidente, como a NASA mesmo disse na época.

“Novamente, não existe nenhuma evidência de que um asteroide ou qualquer outro objeto celeste esteja na sua trajetória de impacto com a Terra”, disse Chodas. “De fato, não existe a menor chance de que um desses objetos atinja a Terra no próximo século. A NASA detecta, rastreia e caracteriza os asteroides e cometas que passam a 30 milhões de milhas da Terra, usando tanto telescópios espaciais, como telescópios na nossa superfície. O Near-Earth Object Observations Program, comumente chamado de Spaceguard, descobre esses objetos, caracteriza suas naturezas físicas e prevê suas trajetórias para determinar se alguns deles seriam potencialmente perigosos para o nosso planeta.

Não se tem nenhum impacto ou ameaça até momento, somente a queda de minúsculos meteoroides, asteroides bem pequenos que na sua maioria queimam na atmosfera da Terra. O JPL abriga o escritório do Near-Earth Object para a análise de órbitas para o Near Earth Object Observations Program da NASA do Science Mission Directorate em Washington. O JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

Aglomerado gigante de galáxias, quebra a luz e contorce imagens

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O que são esses estranhos objetos azuis? Muitas das brilhantes imagens azuis são de uma única galáxia de anel incomum que está alinhada atrás de um gigantesco aglomerado de galáxias. Aglomerados de galáxias tipicamente aparecem em amarelo, e junto com a sua matéria escura, agem como uma lente gravitacional. Uma lente gravitacional pode criar algumas imagens das galáxias de fundo, algo análogo ao que acontece, quando observamos muitos pontos de luz, através de um copo de vinho. A forma distinta dessa galáxia de segundo plano, que provavelmente acabou de se formar, tem permitido aos astrônomos deduzirem que ela apresenta imagens separadas nas posições de 4, 10, 11 e 12 horas desde o centro do aglomerado. Uma nebulosidade azulada perto do centro do aglomerado é provavelmente outra imagem da mesma galáxia de segundo plano. Ao todo, uma análise recente postulou que no mínimo 33 imagens de 11 galáxias separadas de segundo plano podem ser discernidas. Essa foto espetacular do aglomerado de galáxias CL0024+1654, foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble em Novembro de 2014.

O coração tumultuoso da nossa galáxia




As regiões centrais da nossa Galáxia, a Via Láctea, observadas pelo observatório de raios-X XMM-Newton da ESA. A imagem combina dados recolhidos a energia entre 0,5 e 2 keV (vermelho), de 2 a 4,5 keV (verde) e 4,5 e 12 keV (azul). Corresponde a cerca de 2,5º no céu, equivalente a mais ou menos mil ano-luz. Crédito: ESA/XMM-Newton/G. Ponti et al. 2015

Esta nova imagem de poderosos remanescentes de estrelas mortas e da sua ação poderosa sobre o gás circundante, obtida pelo observatório de raios-X XMM-Newton da ESA, revela alguns dos processos mais intensos que ocorrem no centro da nossa Galáxia, a via Láctea. As fontes brilhantes e parecidas a pontos que se destacam ao longo da imagem rastreiam sistemas estelares binários em que uma das estrelas chegou ao fim da sua vida, evoluindo para um objeto compacto e denso - uma estrela de neutrões ou um buraco negro. Por causa das suas altas densidades, estes remanescentes compactos devoram massa da sua estrela companheira, aquecendo o material e fazendo-o brilhar em raios-X.

A região central da nossa Galáxia também contém estrelas jovens e enxames estelares, e alguns destes são visíveis como fontes brancas ou vermelhas espalhadas pela imagem, que abrange cerca de mil anos-luz. A maioria da ação ocorre no centro, onde as nuvens difusas de gás estão sendo esculpidas por ventos poderosos aquecidos por estrelas jovens, bem como por supernovas, a morte explosiva de estrelas gigantes. O buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea é também responsável por parte desta ação. Conhecido como Sagitário A*, este buraco negro tem uma massa milhões de vezes superior à do Sol e está localizado dentro da fonte difusa e brilhante para a direita do centro da imagem.

Apesar dos buracos negros não emitirem luz, a sua imensa força gravitacional puxa matéria circundante que, no processo, emite luz em vários comprimentos de onda, mais notavelmente em raios-X. Além disso, dois lóbulos de gás quente prolongam-se para cima e para baixo do buraco negro. Os astrónomos acreditam que estes lóbulos são provocados, ou diretamente pelo buraco negro, que engole parte do material que flui na sua direção mas expele a maioria, ou pelo efeito cumulativo de inúmeros ventos estelares e explosões de supernova que ocorrem neste ambiente denso. Esta imagem, que mostra uma visão sem precedentes do núcleo energético da Via Láctea, foi processada num novo estudo graças à compilação de todas as observações desta região levadas a cabo pelo XMM-Newton, somando cerca de mês e meio de exposição no total.

A grande estrutura elíptica para baixo e para a direita de Sagitário A* é uma super-bolha de gás quente, provavelmente inchado pelos remanescentes de várias supernovas no seu centro. Embora esta estrutura já seja conhecida pelos astrónomos, este estudo confirma pela primeira vez que consiste de uma única bolha gigante, em vez da superposição de vários remanescentes individuais ao longo da nossa linha de visão. Outra grande bolsa de gás quente, designada "Bolha de Arco" devido à sua forma de crescente, pode ser vista perto do centro da imagem, para baixo e para a esquerda do buraco negro supermassivo. A bolsa é inflada pelos ventos fortes de estrelas num enxame próximo, bem como por supernovas; o remanescente de uma dessas explosões, uma candidata a nebulosa de vento de pulsar, foi detetada no núcleo da bolha.

O rico conjunto de dados compilados neste levantamento contém observações que abrangem toda a gama de energias de raios-X cobertas pelo XMM-Newton; estas incluem algumas energias correspondentes à luz emitida por elementos pesados como o silício, enxofre e árgon, luz esta produzida principalmente pelas explosões de supernova. Ao combinar estas informações adicionais presentes nos dados, os astrónomos obtiveram outra visão complementar do Centro Galáctico, que revela bem os lóbulos e as bolhas descritas anteriormente.

Em adição, esta imagem alternativa também exibe a emissão, embora muito fraca, de plasma quente nas secções superior e inferior da imagem. Este plasma quente pode ser o efeito macroscópico coletivo de fluxos gerados pela formação estelar ao longo desta zona central inteira. Outra das possíveis explicações para tal emissão liga-a ao passado turbulento do buraco negro supermassivo, agora não tão ativo. Os astrónomos pensam que, no início da história da nossa Galáxia, Sagitário A* reunia e expelia massa a um ritmo muito mais elevado, tal como os buracos negros encontrados no centro de muitas galáxias, e que estas nuvens difusas de plasma quente poderão ser um legado da sua atividade antiga.
Fonte: Astronomia Online

Estudo afirma que a Terra está cada dia mais leve

Terra mais Leve

Mesmo recebendo cerca de 40 mil toneladas de partículas espaciais todos os anos, o planeta Terra não está ficando mais pesado. Ao contrário, está perdendo massa em um ritmo muito mais acelerado, ficando muito mais leve todos os dias. Diariamente, em média 110 toneladas de materiais vindos do espaço penetram a atmosfera da Terra e se juntam à massa que forma o planeta. São asteroides, cometas, meteoros ou partículas vindas de muito longe, que anualmente somam mais de 40 mil toneladas. Além desses detritos espaciais, a Nasa também estima um incremento de 160 toneladas anualmente devido à elevação da temperatura global.

Isso é explicado pelas leis da termodinâmica, pois se adicionarmos energia a um sistema, sua massa também aumenta. Apesar de serem números bastante expressivos, principalmente se considerarmos os bilhões de anos que isso acontece, nosso planeta não ganha peso. Ao contrário, fica mais leve. De acordo com um estudo feito pelo pesquisador Chris Smith, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, embora entrem cerca de 40 mil toneladas todos os anos, nosso planeta perde 95 mil toneladas, mais que o dobro do que entra.

Perdendo Nada
É importante destacar que embora ocorram retiradas sistemáticas de minérios e petróleo do subsolo, esse material não deixa a Terra, pois de alguma forma é transformado em algo que será usado ou consumido aqui mesmo, gerando resíduos que aqui também permanecerão. Em outras palavras, o Homem não tem papel nessa perda de peso.

Perdendo Pouco
Segundo Smith, parte da perda da massa ocorre no centro da Terra, onde há bilhões de anos o núcleo queima combustível nuclear por decaimento radioativo. Assim, quanto menos energia, menos massa (novamente, a lei da termodinâmica em ação). No entanto essa perda é muito pequena, de aproximadamente 16 toneladas ao ano, praticamente nada perto das 40 mil toneladas que entram.

Perdendo Muito
O grosso da perda de peso da Terra ocorre bem acima das nossas cabeças, lá na alta atmosfera. De acordo com o estudo, anualmente escapam da Terra 95 mil toneladas de hidrogênio e 1600 toneladas de hélio, que por serem muito leves não são retidos pela gravidade e se dissipam no espaço. Resumindo, o resultado é uma perda de massa de cerca de 50 mil toneladas todos os anos, principalmente dos gases.

Consequências
Embora a perda de hidrogênio seja extraordinariamente grande - 95 mil toneladas por ano - a quantidade do gás presente na Terra é tão grande que levaria trilhões de anos para o esgotamento. O Hélio é outra história. Ele representa apenas 0,00052% do volume da nossa atmosfera. É obtido principalmente através de um processo chamado de destilação fracionada e devido à sua utilidade está se tornando cada vez mais escasso em nossa atmosfera. Para Robert Richardson, ligado à Universidade de Cornell e ganhador do Premio Nobel de Física "a situação da reserva de hélio atmosférico é tão preocupante que cada balão de festa preenchido com o gás deveria ser acompanhado de uma etiqueta de 100 dólares".      

Uma tempestade solar grave pode atingir a Terra. O que vai acontecer?

tempestade solar


Quando você pensa em tempestade, tem medo do vento e da chuva? Pois o que você realmente deveria temer é o sol. Se uma tempestade solar grave o suficiente atingir a Terra, nossa tecnologia pode ser exterminada. Seria muito difícil se recuperar de tal catástrofe.

Tempestade solar? Reze para não acontecer
Tempestade solar é um termo genérico usado para descrever um monte de coisas que o sol pode lançar sobre a Terra, incluindo raios-X, partículas carregadas e plasma magnetizado. Uma enorme tempestade solar não atinge nosso planeta desde meados do século 19, mas os cientistas climáticos estão muito preocupados com a possibilidade de outra.  Estamos muito mais dependentes da tecnologia nos dias de hoje”, explica Thomas Berger, diretor do Centro de Previsão de Tempo Espacial na Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA.

Nem todo tipo é um problema
Uma tempestade solar normalmente começa com uma labareda solar – uma gigantesca explosão na superfície do sol que envia energia e partículas para o espaço. Explosões pequenas, de classe C, ocorrem o tempo todo e são fracas demais para afetar a Terra. As médias, de classe M, podem produzir pequenas rupturas de rádio. Já explosões de classe X são as maiores, liberando o equivalente a até um bilhão de bombas de hidrogênio em energia. Estas erupções ocorrem muito raramente, mas quando ocorre.  A pior parte dessa brincadeira é que os cientistas não podem prever quando o sol vai entrar em erupção. Só sabemos que as explosões têm a ver com as perturbações no campo magnético da estrela, que oscila ao longo de um ciclo de cerca de 11 anos.

Tudo bem por enquanto
Explosões médias enviam ondas de radiação de alta energia – raios X e luz ultravioleta – em direção à Terra. Estes tipos de radiação são poderosos o suficiente para rasgar elétrons dos átomos. Isso é exatamente o que começam a fazer quando atingem a parte superior da nossa atmosfera, conhecida como ionosfera. Basicamente, o céu fica eletrocutado com um pulso eletromagnético gigante. Apesar de soar terrível, esses eventos não nos afetam muito. A única exceção é o rádio. Os sinais de rádio entre a Terra e os satélites em órbita podem ser bloqueados se a atmosfera ficar muito carregada. Isso pode cortar, por exemplo, a comunicação de aviões voando sobre os polos. Mas essa é uma dificuldade apenas temporária, com duração de dez minutos a horas, no máximo.

Um tempo depois de uma explosão solar dessas iluminar o céu, uma corrente de partículas carregadas – elétrons e prótons – chegam à Terra. Elas bombardeiam a magnetosfera, a proteção em torno da Terra criada por nosso campo magnético. Ocasionalmente, um grande pulso de partículas carregadas atinge satélites em órbita e danifica seus aparelhos eletrônicos. Radiação de partículas é também um risco para a saúde dos seres humanos no espaço. “Nós temos que nos preocupar com partículas energéticas na Estação Espacial Internacional”, disse Joe Gurman, do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA. Isso só se tornará um verdadeiro grande problema, no entanto, se e quando decidirmos colonizar o espaço.

Ejeções de massa coronal
Até agora, nós, reles mortais não astronautas, estávamos bastante seguros. O pessoal no chão da Terra só precisa se preocupar com uma erupção solar se ela for uma ejeção de massa coronal (EMC). Quando o sol se inflama, às vezes atira uma gigantesca nuvem de plasma magnetizada para o espaço. A EMC é a forma mais lenta e perigosa de tempestade solar, levando a partir de 12 horas a vários dias para chegar à Terra. Assim, meteorologistas às vezes têm tempo de prevê-las. A EMC é liberada praticamente em linha reta a partir do sol, e sempre há uma boa chance de que a Terra não acabe em seu caminho. Se ela vier direto para nós, vai primeiro atingir o satélite ACE (Advanced Composition Explorer) da NASA, localizado cerca de 1,6 milhões de quilômetros na frente da Terra. Se isso acontecer, temos de 30 minutos a uma hora antes de uma nuvem de plasma interagir com a magnetosfera de nosso planeta e provocar uma tempestade geomagnética.

Salve-se quem puder
E é aí que o bicho pega, pois começaremos a ver os efeitos sobre a rede elétrica. Isso gera enormes correntes elétricas na atmosfera superior da Terra”, disse Berger. “Dependendo de quão condutor o solo for, grandes correntes podem alimentar toda uma rede”. E isso é uma má notícia.  A força de uma tempestade geomagnética é medida em “tempo de perturbação” ou Dst, que descreve essencialmente quanto uma EMC sacode o campo magnético da Terra. Tempestades comuns, que causam as luzes do norte (auroras boreais), mas de outra forma não têm impacto em nós, estão na faixa dos Dst de -50 nT (nanotesla).

A pior tempestade geomagnética da era espacial, que atingiu Quebec, no Canadá, em março de 1989, registou uma Dst de -600 nT. E mesmo essa tempestade é insignificante em comparação com o evento Carrington, uma tempestade geomagnética que acertou a Terra 156 anos atrás. Na época, o dano não foi tão ruim, mas hoje poderia significar um desastre.

Tempestade monstro
O evento Carrington de setembro de 1859 foi nomeado em homenagem a Richard Carrington, o astrônomo inglês que viu o sol incendiar-se com seus próprios olhos. Nos dias seguintes a observação de Carrington, uma série de EMCs poderosas chegaram aqui, acendendo as luzes do norte até o sul de Cuba. As correntes eletrificaram linhas telegráficas, chocaram técnicos, incendiaram documentos telegráficos e provocaram interrupções de comunicações generalizadas. Estimativas modernas para a força desta tempestade são de Dst -800 nT a -1.750 nT. A sociedade humana é muito mais dependente de eletricidade hoje do que era 156 anos atrás. Agora temos gasodutos, redes de transmissão de energia elétrica e muito mais produtos tecnológicos. Então, o que aconteceria se um evento do porte de Carrington nos atingisse?

Adeus sociedade
Todo o sistema de distribuição de energia poderia colapsar. Se isso acontecer, poderia levar à falta de energia em massa. Poderíamos dar adeus a coisas como luz elétrica, internet, aquecimento, abastecimento de água de controle eletrônico (como ocorre na maioria das cidades modernas, onde sanitários e sistemas de tratamento de esgoto iriam parar de trabalhar), alimentos perecíveis e medicamentos seriam perdidos, tirar dinheiro seria impossível, a tecnologia GPS seria nocauteada etc. Alguns destes efeitos poderiam durar anos, e serem sentidos a nível global. O custo econômico, por consequência, seria enorme.

Um relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharias e Medicina dos EUA estima que o custo total de um evento Carrington hoje poderia ultrapassar US$ 2 trilhões. É importante ter em mente que não estamos falando uma situação apocalíptica pouco improvável. De fato, em julho de 2012, um enorme EMC atravessou a órbita da Terra e por pouco não nos atingiu. Esse evento, pego pelo satélite STEREO-A da NASA, teria registrado um Dst de -1200 nT, comparável ao evento Carrington.

sábado, 15 de agosto de 2015

10 Enigmas da Ciência



Um livro acaba de ser publicado na Inglaterra listando os 20 desafios mais importantes da ciência moderna, ao menos segundo os autores, Mun Keat Looi, Hayley Birch e Colin Stuart ("Big Questions in Science"). Apesar de toda lista desta natureza ter uma dose de arbitrariedade, eis as primeiras 10 delas, com comentário.

1. Do que é feito o Universo? Conhecemos apenas 5% da composição cósmica. Os átomos dos quais somos feitos são a minoria absoluta -- 95% consiste de "matéria escura" e "energia escura", cuja composição continua um mistério.

2. Como surgiu a vida? A vida surgiu na Terra em torno de 3,5 bilhões de anos atrás. Como que átomos, combinados em moléculas, atingiram um nível de complexidade em que essas moléculas formaram o primeiro sistema "vivo"?

3. Estamos sós no Universo? Hoje, sabemos que a maioria das estrelas têm planetas girando à sua volta. Será que a vida está presente em algum deles? Em muitos? E essa vida, seria inteligente ou simples? Se existe vida inteligente na nossa galáxia, por que ainda não temos confirmação definitiva?

4. O que nos torna humanos? Temos três vezes mais neurônios do que um gorila, mas nossos DNAs são quase iguais. Por outro lado, muitos animais têm linguagem rudimentar, usam ferramentas, reconhecem-se no espelho; seria nossa cultura, nosso polegar, a descoberta do fogo, o que nos tornou humanos?

5. O que é o consciente? Como que o cérebro gera a mente, nossa capacidade de termos autoconsciência, de podermos escrever poesias e sinfonias? E por que o consciente existe, qual a sua função evolutiva?

6. Por que sonhamos? Passamos um terço de nossas vidas dormindo e ainda não entendemos por que sonhamos. Terão alguma função essencial ou são apenas imagens aleatórias de um cérebro em repouso parcial?

7. Por que a matéria existe? De acordo com as leis da física, a matéria não deveria existir sozinha; cada elétron, cada próton, deveria ter seu companheiro de antimatéria, como gêmeos. O problema é que matéria e antimatéria, quando se encontram, desintegram-se em radiação. Se ambos existissem em pé de igualdade, não estaríamos aqui. Ninguém sabe a razão para essa assimetria da natureza.

8. Existem outros universos? Ou o nosso é único? Se existirem outros universos, poderiam ter propriedades diferentes do nosso. Como podemos saber se existem?

9. Onde poremos todo o carbono? Com a industrialização, a quantidade de carbono na atmosfera vem aumentando, causando o efeito estufa. O que faremos para reverter ou desacelerar esse processo?

10. Como conseguir mais energia do Sol? A energia solar, em tese, é a melhor das fontes. Como otimizar sua extração para resolver a questão da energia? Será que a fusão nuclear controlada vai se concretizar 

Foto : Planetas Anões



Plutão não está sozinho, existem outros planetas anões.Há teorias que dizem que Pluto pode ter sido uma lua de Júpiter que se desprendeu do campo magnético. Provavelmente esses outros também sejam

A confusão de estrelas na galáxia NGC 428




Explosões de linhas escuras, rosas e vermelhas, poeira cósmica com manchas, e uma brilhante dispersão de estrelas, essa imagem do Telescópio Espacial Hubble, das agências NASA e ESA mostra parte de uma galáxia espiral barrada, bagunçada, conhecida como NGC 248. Ela localiza-se a aproximadamente 48 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelaçã
o de Cetus (O Monstro Marinho).

Embora uma forma espiral ainda seja visível nessa imagem detalhada, a estrutura espiral geral da NGC 428 parece ser bem distorcida e deformada, algo pensado como sendo resultado de uma colisão entre galáxias. Também parece existir uma substancial quantidade de formação de estrelas ocorrendo dentro da NGC 428 – outro sinal de uma fusão. Quando as galáxias colidem, suas nuvens de gás podem se fundir, criando intensas ondas de choque e bolsões de gás quente e até mesmo disparando novas ondas de formação de estrelas.

A NGC 428 foi descoberta por William Herschel em Dezembro de 1786. Mais recentemente, uma supernova do Tipo Ia designada de SN2013ct foi descoberta dentro da galáxia, por Stuart Park do projeto BOS (Backyard Observatory Supernova Search) na Austrália e na Nova Zelândia, embora infelizmente seja impossível de observá-la nessa imagem.

Essa imagem foi capturada pela Advanced Camera for Surveys (ACS) do Hubble e pela Wide Field and Planetary Camera 2, a WFPC2. Uma versão dessa imagem entrou no concurso de processamento de imagem Hubble´s Hidden Treasures pelo competidor Nick Rose.

Evento: Galáxia de Andrômeda colidindo com a Via Láctea.



Andrômeda e a Via Láctea se aproximam, passam uma pela outra em uma explosão de formação estelar devido ao rompimento das marés (maré galáctica), e, eventualmente, se fundirão em uma Galáxia Elíptica. Consequentemente, o nosso céu noturno será diferente.

Imagem espetacular mostra meteoro explodindo na atmosfera da Terra perto da parte central da Via Láctea.




Na madrugada de 12 para 13 de Agosto de 2015, a Chuva de Meteoros dos Perseidas atinge o seu máximo. Os grãos de rocha congelada riscaram o céu enquanto eles evaporam durante a sua entrada na atmosfera da Terra. Esses grãos foram expelidos pelo Cometa Swift-Tuttle. As Perseidas, ou os Perseidas, nunca sei como chamar, resultam da passagem anual da Terra através da órbita do Cometa Swift-Tuttle, e normalmente é a chuva mais ativa do ano. Embora seja difícil prever o nível de atividade de qualquer chuva de meteoros, numa noite de céu claro e escuro um observador pode ver um meteoro por minuto. A chuva das Perseidas, esse ano acontece um pouco antes da Lua Nova e com um céu relativamente escuro deve fazer com que até mesmo os meteoros mais apagados sejam visíveis. As chuvas de meteoros, em geral, são melhor de serem observadas de uma posição relaxada, usando uma cadeira de praia, longe das luzes das cidades. A imagem acima, e o gif animado abaixo, mostra um meteoro explodindo a duas semanas atrás acima da Áustria, bem perto da faixa central da Via Láctea.

Kepler-453b: Os astrônomos descobrem um novo exoplaneta circumbinário na zona habitável de suas estrelas.




Uma equipe formada por astrônomos de Israel, da Europa, da Coreia e dos EUA, anunciou a descoberta de um exoplaneta gigante gasoso circumbinário, na zona habitável de seu par de estrelas, uma ocorrência surpreendentemente comum para os exoplanetas circumbinários descobertos pela missão Kepler/K2 da NASA.

Lembrando o planeta da ficção, Tatooine, exoplanetas circumbinários orbitam duas estrelas e assim têm dois sóis em seu céu.

O exoplaneta circumbinário, recém-descoberto, denominado de Kepler-453b, leva 240.5 dias para orbitar suas estrelas, enquanto as estrelas orbitam uma com relação a outra a cada 27.3 dias.

A estrela maior, a Kepler-453A, é similar ao nosso Sol, contendo 94% da massa do Sol, enquanto que a estrela menor, a Kepler-453B, tem cerca de 20% da massa e é mais fria e mais apagada.

O sistema binário, localiza-se na constelação de Lyra, e está a aproximadamente 1400 anos-luz de distância da Terra. Estima-se que esse sistema tenha entre 1 e 2 bilhões de anos de vida, sendo bem mais novo que o nosso Sistema Solar.

Também conhecido como KIC 9632895b, o Kepler-453b tem um raio 6.2 vezes maior que o da Terra. Sua massa não foi medida nos dados atuais, mas provavelmente ele deve ter cerca de 16 vezes a massa da Terra.

De acordo com os astrônomos, o Kepler-453b, é o terceiro planeta circumbinário da missão Kepler, descoberto na zona habitável de um par de estrelas.

Devido ao seu tamanho, e a sua natureza gasosa, o planeta pouco provavelmente deve abrigar a vida como nós a conhecemos. Contudo, ele pode, como os gigantes gasosos do Sistema Solar, ter grandes luas, e essas luas poderiam ser habitáveis. Sua órbita se manterá estável por 10 milhões de anos, aumentando a possibilidade da vida se formar nas suas luas.

Com o número de exoplanetas circumbinários conhecidos agora em dez, os cientistas podem começar a comparar diferentes sistemas e procurar uma tendência. Os sistemas tendem a ser bem compactos e podem aparecer num grande número de configurações.

Uma vez pensados como sendo raros e até mesmo impossíveis de existir, essa e outras descobertas do Kepler, confirmam que esses planetas são comuns na nossa Via Láctea.

"A diversidade e complexidade desses sistemas circumbinários é algo maravilhoso. Cada novo planeta circumbinário, é uma joia, revelando algo inesperado e desafiador", disse o Prof. William Welsh da Universidade Estadual de San Diego, e o primeiro autor do artigo que descreve a descoberta, publicado no Astrophysical Journal.

Atmosferas de planetas aliens: a chave elusiva e fugaz para habitabilidade.



"A maneira como estudamos planetas fora do Sistema Solar tem de ser radicalmente diferente, porque não podemos 'ir' a esses planetas com satélites ou sondas," diz Adam Burrows, professor da Universidade de Princeton de astrofísica. "É muito mais uma ciência observacional. Temos de ser detetives. Estamos tentando encontrar pistas e as melhores pistas desde meados do século XIX foram em espectros. É o único meio de entender a atmosfera desses planetas."

Na Imagem: 51 Pegasi b.

Crédito da Imagem: Celestia.

A beleza de Saturno até em infravermelho.



A aparência incomum de Saturno nessa imagem é o resultado do planeta estar sendo observado e imageado através de um filtro infravermelho. Imagens em infravermelho podem ajudar os cientistas a determinarem o local das nuvens na atmosfera do planeta. Nessa imagem, a câmera de grande angular da sonda Cassini, usou um filtro que é especialmente sensível aos comprimentos de onda do infravermelho que são absorvidos pelo metano. O metano não é o maior componente da atmosfera de Saturno, mas uma quantidade suficiente dele está presente para fazer a diferença na quantidade de luz que é refletida pelas diferentes nuvens.

As áreas mais escuras revelam nuvens que estão mais baixas na atmosfera, e assim sendo, possuem mais metano. Áreas brilhantes em Saturno são nuvens de alta altitude. Os cientistas acreditam que essas nuvens de altitudes mais baixas estão em regiões onde o ar é descendente, enquanto que as nuvens de altitudes mais elevadas estão em regiões de ar ascendente. Assim, imagens como essa podem nos ajudar a mapear o movimento vertical de ar em Saturno.

Essa imagem foi feita com a sonda olhando para o lado não iluminado dos anéis, de uma posição de menos de um grau do plano de anéis. A imagem foi feita com a câmera de grande angular da Cassini, no dia 25 de Maio de 2015, usando um filtro espectral que preferencialmente admite comprimentos de onda do infravermelho próximo centrado em 890 nanômetros.

A imagem foi adquirida a uma distância aproximada de 1.5 milhões de quilômetros, e o conjunto, Sol-Saturno-Cassini estava em fase com ângulo de 99 graus. A escala da imagem é de 89 quilômetros por pixel.

A missão Cassini é um projeto cooperativo da NASA, ESA, e da Agência Espacial Italiana. O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnica, em Pasadena, gerencia a missão para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. O módulo orbital Cassini e suas duas câmeras de bordo foram desenhadas, desenvolvidas e montadas no JPL. O centro de operações de imageamento, fica baseado no Space Science Institute em Boulder, no Colorado.

Sonda Rosetta registra ejeção de matéria do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko

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A sonda Rosetta da Agência Espacial Europeia tem testemunhado um grande crescimento na atividade do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, à medida que o cometa se aproxima do seu periélio, ou seja, o ponto na sua órbita, mais próximo do Sol. No dia 29 de Julho de 2015, enquanto a sonda estava a uma distância de 186 km  do cometa, ela observou o mais dramático jato de matéria já expelido pelo cometa até o momento. Resultado científicos coletados durante a ejeção de matéria, vieram de alguns instrumentos localizados na sonda Rosetta, incluindo o Double Focusing Mass Spectrometer (DFMS). O DFMS é parte do instrumento ROSINA da Rosetta, o Rosetta Orbiter Spectrometer for Ion and Neutral Analysis. Quando a ejeção de matéria ocorreu, o espectrômetro registrou mudanças sérias na composição dos gases provenientes do cometa, quando comparada com as medidas feitas dois dias antes.

 Como resultado da ejeção de matéria, a quantidade de dióxido de carbono aumentou de um fator de dois, de quatro para o metano, e de sete para o sulfeto de hidrogênio, enquanto a quantidade de água se manteve constante. A primeira olhada rápida, nas nossas medidas depois da ejeção de matéria é fascinante”, disse Kathrin Altwegg, principal pesquisador para o instrumento ROSINA da Universidade de Bern, na Suíça. “Nós também observamos pistas de material orgânico pesado depois da ejeção de matéria que pode estar relacionado com a poeira ejetada. Mas enquanto estamos pensando que nós estamos detectando material que pode ter sido arrancado da superfície do cometa, é muito cedo também para dizer ao certo se é esse o caso”.

Uma sequência de imagens feita pela câmera OSIRIS da Rosetta mostra o repentino jato emergindo da parte lateral do pescoço do cometa. O jato, o mais brilhante visto até o momento, foi registrado na imagem feita às 10:24 do dia 29 de Julho de 2015, hora de Brasília, mas não em uma imagem feita 18 minutos antes. O jato então se apagou de forma significante, em uma imagem feita 18 minutos depois. A equipe da câmera OSIRIS estima que o jato de material viajou a uma velocidade de 10 metros por segundo, no mínimo.

Nessa quinta-feira, dia 13 de Agosto de 2015, o cometa e a sonda Rosetta passarão a cerca de 186 milhões de quilômetros do Sol – o mais próximo do Sol que a dupla chegará em sua órbita de 6.5 anos. Em meses recentes, o aumento da energia solar tem aquecido os gelos do cometa – transformando-os em gás – que é expelido para o espaço, levando poeira junto. O período ao redor do periélio é cientificamente muito importante, à medida que a intensidade da luz do Sol aumenta e partes dos cometas que passaram anos nas sombras estão agora sendo inundadas pela luz do Sol. A atividade geral do cometa é esperada que alcance o pico nas semanas depois do periélio.

Os cometas são cápsulas do tempo contendo o material primitivo deixado para trás na época quando o Sol e os planetas se formaram. O módulo de pouso Philae, da Rosetta, obteve as primeiras imagens feitas da superfície de um cometa e fornecerá análises da possível composição primordial do cometa. A Rosetta é a primeira sonda a testemunhar de tão próximo como um cometa muda à medida que é sujeito a um aumento da intensidade da radiação do Sol. As observações estão ajudando os cientistas a aprenderem mais sobre a origem e evolução do nosso Sistema Solar, e o papel que os cometas podem ter tido na semeação da Terra, com água e até mesmo com a vida.

A Rosetta, é uma missão da Agência Espacial Europeia com contribuições dos estados membros e da NASA. O Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, gerencia a contribuição norte-americana da missão Rosetta para o Science Mission Directorate da NASA e abriga seu principal pesquisador, Samuel Gulkis. O Southwest Research Institute, em San Antonio e Boulder, desenvolveu os instrumentos IES e ALICE da Rosetta e abriga seus principais pesquisadores, James Burch (IES) e Alan Stern (Alice).
Fonte: NASA

NGC 1514



NGC 1514 é uma nebulosa planetária que foi descoberta por William Herschel em 13 de Novembro de 1790. Ela também é conhecida como Nebulosa Bola de Cristal.

Calendário do universo




Se colocássemos a história do Universo num calendário de 365 dias, o Big Bang ocorreria em primeiro de janeiro, a vida na Terra surgiria em 30 de setembro e os primeiros hominídeos nasceriam em 30 de dezembro.

IC1101



A maior galáxia do Universo conhecido (ou observável) é a IC1101, com aproximadamente 100 trilhões estrelas.

Está a 1 bilhão de anos-luz de distância, na constelação de Serpens. 

Esta galáxia tem um diâmetro de aproximadamente 6 milhões de anos-luz, e é atualmente (desde 2011) a maior galáxia conhecida em termos de largura