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sábado, 25 de julho de 2015

Terra 2.0 – NASA anuncia descoberta de planeta muito parecido com o nosso

Terra 2.0 – NASA anuncia descoberta de planeta muito parecido com o nosso

Lembre-se do nome Kepler 452b. Porque em nossa busca para descobrir se estamos sozinhos neste vasto e fascinante universo repleto de planetas mortos e inabitáveis, podemos finalmente ter encontrado um verdadeiro candidato a Terra 2.0.

Imagem do topo: Terra em comparação ao Kepler 452b (ilustração artística)

Pela primeira vez, os cientistas encontraram o que parece ser um mundo rochoso que orbita uma estrela semelhante ao Sol a quase exatamente na mesma distância que a Terra orbita o nosso próprio Sol. Enquanto outros planetas habitáveis ​​potenciais foram encontrados antes, este é o primeiro que poderia plausivelmente ser outra Terra.

Kepler 452b, encontrado pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, está localizado a 1.400 anos-luz de nós. Ele orbita uma estrela que é 4% mais massiva e 10% mais brilhante do que o nosso Sol. O planeta em si é 1,6 vezes maior que a Terra – tornando-se uma super-Terra – mas os cientistas tem bastante certeza de que ele é um mundo rochoso, devido ao seu tamanho e tipo de estrela que orbita.

Sua órbita, de 384,84 dias terrestres e 5% mais distante do que o nosso planeta está do Sol, coloca-o na zona habitável de sua estrela, onde não é demasiado quente ou frio para a água líquida existir em abundância. Este não é o primeiro planeta do tamanho da Terra encontrado em uma zona habitável; no ano passado, o mundo viu a descoberta de Kepler 186f, mais semelhante em tamanho à Terra. Mas esse planeta orbita uma estrela anã vermelha, menor e mais fria que o Sol. Kepler 452b, por sua vez, orbita quase um clone exato do Sol.

Embora a massa do planeta ainda pode ser diretamente determinada, os cientistas pensam que pode ser cerca de 5 vezes a da Terra. Um planeta rochoso deste tamanho e com essa massa provavelmente tem vulcanismo ativo na superfície.


No entanto, deve notar-se que a estrela que orbita é 1,5 bilhão de anos mais velha do que o nosso Sol. Por um lado, isso pode significar que quaisquer oceanos em sua superfície são susceptíveis de serem evaporados, diminuindo a sua chance de ser habitável. Por outro lado, este planeta oferece uma oportunidade fascinante de ver como a Terra pode ser no futuro.

“Se Kepler 452b é de fato um planeta rochoso, a sua localização poderia significar que ele está entrando em uma fase de estufa”, Doug Caldwell, um cientista do Instituto SETI trabalhando na missão Kepler, disse em um comunicado. “O Kepler 452b poderia estar enfrentando agora o que a Terra passará daqui a mais de um bilhão de anos, conforme o Sol fica velho e mais brilhante”.

Kepler 452b foi encontrado em um novo catálogo de 500 candidatos a exoplanetas a partir de quatro anos de dados do Kepler. 12 destes têm menos de 2 vezes o diâmetro da Terra e orbitam a zona habitável de sua estrela, mas Kepler 452b foi o primeiro a ser confirmado como um planeta. Por conseguinte, poderia ser apenas uma das muitas “Terras 2.0s” que estão na iminência de serem anunciadas.

“Kepler 452b nos leva um passo mais perto de compreender quantos planetas habitáveis estão lá fora”, disse Joseph Twicken, também do Instituto SETI, em um comunicado.

Em suma, enquanto nós podemos anunciar este como o melhor candidato para a Terra 2.0 até agora, a caça vai continuar em busca de mais planetas semelhantes à Terra.

Na verdade, encontrar vida nesses planetas é mais difícil. Embora os próximos telescópios como o Telescópio Espacial James Webb (JWST) sejam projetados para estudar as atmosferas de exoplanetas e procurar sinais de habitabilidade, Kepler 452b está muito longe de ser amplamente estudado no momento.

Mas uma coisa é certa – as chances de estarmos sozinhos no universo é cada vez menor. Quer se trate de Kepler 452b ou Kepler186f  ou algum outro planeta ainda não descoberto, em algum lugar lá fora, deve haver um mundo com vida esperando para ser descoberta.



Cientistas descobrem que algo enorme está escondido atrás de Plutão (literalmente)

Cientistas descobrem que algo enorme está escondido atrás de Plutão (literalmente)

Na semana passada, a New Horizons fez seu sobrevoo histórico de Plutão e suas cinco pequenas luas (Caronte, Styx, Nix, Kerberos, e Hydra). As imagens que a sonda retornou até agora são simplesmente incríveis (como a sonda está muito longe, vai demorar mais de um ano para recebermos todos os dados). Mas já vimos que Caronte é redonda e cheia de marcas. Vimos também que Plutão tem um coração estampado em sua superfície. E há uma outra coisa que os cientistas descobriram recentemente e que está escondida atrás de Plutão.

Uma cauda.

Cauda Plutão

Cauda Plutão

Saturno pode ter um sistema de anel glorioso, mas Plutão não fica atrás quando se fala em excentricidade: o planeta anão possui uma cauda de plasma. A notícia veio graças ao instrumento SWAP (Solar Wind Around Pluto). Conforme a sonda passou, a ferramenta fez leituras mostrando uma depressão e, como se vê, esta depressão é preenchida com íons de nitrogênio.

Uma vez que a descoberta é recente, é atualmente desconhecido exatamente o quão grande essa cauda é ou o que leva a formar sua estrutura; no entanto, uma análise mais aprofundada dos dados deve permitir que os cientistas possam descobrir mais informações. Assim, embora sabemos que a cauda exista, nós teremos que esperar até agosto para aprender mais, período em que a New Horizons vai enviar de volta o próximo pacote de dados que incluirá informações relevantes sobre esta característica específica. Dito isto, na presente conjuntura, os cientistas pensam que a cauda é causada por vulnerabilidades na atmosfera de Plutão, como resultado do vento solar junto com o fato de que o mundo é muito pequeno.

Em última análise, os ventos solares tiram porções maciças da atmosfera de Plutão que, em seguida, trilham atrás do minúsculo planeta anão. Para se ter uma ideia do que isso diz sobre o nosso sol, Plutão está a 5,9 bilhões de quilômetros. E os ventos da estrela podem até mesmo impactar mundos que estão realmente muito longe.


Severa tempestade geomagnética cria aurora super-vívida

Severa tempestade geomagnética cria aurora super-vívida

O vídeo abaixo foi gravado em Goulburn, uma cidade no estado australiano de New South Wales. Apesar do nome, a Aurora Austral – também conhecida como luzes do sul porque é a contraparte da Aurora Boreal (norte) – normalmente só é vista na Nova Zelândia e Tasmânia. Mas, graças à atividade solar incrível que vem acontecendo ao longo dos últimos dias, a aurora surgiu mais viva do que nunca.

Tem havido relatos de avistamentos de Auroras Boreais no norte dos EUA, incluindo o Estado de Washington e Minnesota, e ontem à noite, as pessoas do Alaska e Canadá e grande parte da Eurásia também foram capaz de vê-la, de acordo com Andrew Freeman no Mashable.





Mas luzes bonitas não são a única coisa que uma tempestade solar como essa pode trazer. Classificada como ‘G4′ (que significa “severa”), é um passo aquém da mais alta categoria de tempestade solar.

É possível que a atividade possa mexer com os nossos sistemas de comunicações, tais como transmissões de rádio e os sinais de GPS, e também redes de eletricidade. No entanto, até o momento, não houve relatos de problemas, de acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA.


Estranho flash de luz em movimento é visto nos EUA

Estranho flash de luz em movimento é visto nos EUA

Algo iluminou o céu sobre toda a faixa dos estados orientais inferiores dos EUA no final do mês passado. Então o que era? Um meteoro, talvez, ou uma bola de fogo? Não, é realmente algo muito estranho.

A NASA terminou a análise deste rastro de luz do dia 29 de junho e concluiu que a brilhante luz que viajou longe o suficiente e queimou brilhantemente o suficiente para gerar relatos separados em 12 estados não era um fenômeno natural totalmente: Era lixo. Lixo espacial, para ser mais específico, retornando de volta de onde veio.

A luz estava se movendo a menos de 24.000 km/h, menos do que um meteoro ou cometa. E, claro, a origem faz muito mais sentido quando você considera o quanto de lixo espacial temos flutuando por aí.



Veja mais aqui: http://misteriosdomundo.org/estranho-flash-de-luz-em-movimento-e-visto-nos-eua/#ixzz3gvCtu1Dy

Relógio mais preciso do mundo não perderá nenhum segundo por 15 bilhões de anos

Relógio mais preciso do mundo não perderá nenhum segundo por 15 bilhões de anos


Um relógio atômico que define o tempo pelas oscilações de átomos de estrôncio é tão preciso e estável que não vai ganhar nem perder nenhum segundo pelos próximos 15 bilhões de anos. O relógio de estrôncio possui cerca de três vezes a precisão do detentor do recorde anterior e agora tem o poder de revelar pequenas mudanças no tempo, previstas pela teoria da relatividade de Einstein, que afirma que o tempo corre mais rápido em diferentes altitudes na Terra. Essa precisão poderia ajudar os cientistas a criar mapas detalhados da forma da Terra.

“Nossa performance mostra que podemos medir o desvio gravitacional quando você levanta o relógio em 2 centímetros sobre a superfície da Terra”, conta o coautor Jun Ye, físico da JILA, um instituto conjunto do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA e da UNIVERSIDADE do Colorado, no mesmo país.

A equipe também melhorou a maneira como os ponteiros interagem entre si em quase 50%. Os relógios atômicos normalmente trabalham medindo a frequência vibracional de átomos, como estrôncio ou césio, quando eles saltam entre diferentes níveis de energia. Cada átomo oscila naturalmente em frequência muito altas bilhões ou trilhões de vezes por segundo. Contar essas batidas regulares fornece uma medida altamente precisa de tempo. Atualmente, um relógio de césio define que em um segundo existem 9192631770 oscilações do átomo de césio.

No novo relógio, milhares de átomos de estrôncio em temperaturas extremamente frias são presas em uma coluna estreita por uma luz intensa de um laser. Para medir o tempo, o relógio bate esses átomos com a frequência correta de luz laser para fazer os átomos saltarem de níveis de energia. A versão anterior do relógio utilizava uma técnica similar, entretanto, agora, os pesquisadores melhoraram o projeto, eliminando erros de medição relacionados a uma fonte externa de radiação eletromagnética conhecida como radição de corpo negro, que é emitida por objetos opacos, em temperaturas constantes. A equipe colocou escudos de radiação em torno do dispositivo, bem como termômetros de platina dentro do tubo de vácuo do relógio, para levar mais em conta o calor EXTRA. Os pesquisadores também melhoraram os cálculos da quantidade de radiação que seria gerada.

O novo relógio também pode ser operado à temperatura ambiente, em oposição às temperaturas criogénicas utilizadas nas versões anteriores. “Este é realmente um dos pontos mais fortes da nossa abordagem, em que podemos operar o relógio em uma configuração simples e normal, mantendo a incerta mudança de radiação de corpo negro no mínimo”, disse Ye.

O novo relógio é tão preciso que pode detectar a relatividade em ação em escalas incrivelmente pequenas. Em um conceito chamado de dilatação gravitacional do tempo, este passa mais rápido em campos gravitacionais mais fracos. Então, quanto maior a altitude na Terra, menor a gravidade – e mais rápida a passagem do tempo. O relógio é tão sensível que pode detectar esses efeitos mesmo em variações pequenas de altitude – como, por exemplo, quando se coloca um livro abaixo dele.

Se o relógio for aprimorado, poderá detalhadamente medir proporções da Terra. Detalhes sobre o relógio foram publicados no último dia 21 na revista Nature Communications.



Novo estudo sugere que universo está prestes a colapsar

Novo estudo sugere que universo está prestes a colapsar

Uma teoria para a energia escura sugere que o universo não pode se expandir para sempre, mas em vez disso irá colapsar em um “big crunch”, deixando de existir. Agora, de acordo com um novo ESTUDO, isso pode acontecer muito mais cedo do que se esperava – embora ainda na ordem dos milhares de milhões de anos.

Por quase um século, os cosmólogos estão obcecados com a questão de saber se a gravidade acabará por fazer com que o universo colapse sobre si mesmo em uma reversão do Big Bang, ou se ele se expandirá para sempre até o Big Freeze ou o Big Rip. [3 modos pelos quais o universo pode acabar

A descoberta da energia escura parecia ter resolvido a questão. Se o universo não estiver apenas em expansão, mas acelerando sua expansão graças a uma força poderosa superior à gravidade, então como poderia reverter? Em vez disso, a dispersão pode ser esperada para acontecer cada vez mais rápido até que as galáxias e as estrelas individuais percam o contato entre si.


Na Physical Review Letters, no entanto, dois físicos têm tentado responder à pergunta ainda não resolvida sobre o que a energia escura é realmente. Seu modelo sugere que a energia escura vai dominar o universo pouco antes de perder a batalha contra a gravidade, que dominará e fará com que as galáxias se atraiam, fazendo com que daqui a bilhões de anos toda a matéria esteja comprimida em um único ponto, levando a um eventual colapso. Enquanto eles não podem FIXAR a data em que esta reviravolta ocorrerá, uma escolha natural para os pontos fortes das forças sugere que poderia ser muito em breve, pelo menos em termos cósmicos.

Embora a solução seja elegante, não está claro se ela realmente descreve o universo em que vivemos.

O trabalho, feito pelos físicos Nemanja Kaloper, da UNIVERSIDADE da Califórnia, e Antonio Padilla, da Universidade de Nottingham. baseia-se em um trabalho anterior feito pela dupla, que abordou a questão de por que as observações do tamanho da constante cosmológica estão totalmente fora de sintonia com os resultados modelados. Sua solução é o “sequestro de energia do vácuo”, uma ideia que eles descrevem como uma “muito simples reformulação da Relatividade Geral”, onde a energia que existe em todos os lugares (densidade de energia do vácuo) no universo é impedida de contribuir para a curvatura do universo, e, portanto, de influenciar a gravidade . O trabalho torna a constante cosmológica igual à média de toda a densidade de energia de matéria no universo que existe ou irá existir.

A dupla explica que o trabalho é “consistente com uma variedade de modelos inflacionários que fazem o universo grande e velho.” Sob o seu modelo, o tempo de vida do universo é determinado pela inclinação em que a energia do vácuo está mudando. As primeiras indicações sugerem que o colapso vai começar acontecer em algumas dezenas de milhares de milhões de anos.



Cientistas descobrem anéis em volta de Quíron

Cientistas descobrem anéis em volta de Quíron


Quantos objetos do sistema solar têm sistemas de anéis? Se você respondeu um, você está muito atrasado. Sabemos agora de cinco, mas uma equipe do MIT pode ter produzido evidências sugerindo mais um.

Após Huygens identificar “um fino e plano sistema de anéis” em Saturno, levou 322 anos para descobrirmos que Urano também tinha anéis. Logo depois, descobrimos o mesmo sobre os outros gigantes gasosos, Júpiter e Netuno (claro que nenhum deles se compara ao formidável sistema de anéis de Saturno).

Foi muito mais surpreendente, no entanto, quando cientistas descobriram anéis em um corpo menor (objeto do sistema solar que não se enquadra na definição de planeta ou planeta anão e que não é um satélite natural) chamado 2060 Quíron. Ainda é desconhecida a forma como um objeto tão pequeno mantém sob sua gravidade um sistema de anéis, mas parece que isso pode não ser tão incomum.

Em 2011, 2060 Quíron passou na frente de uma estrela. Não somente parte da estrela ficou escondida conforme Quíron passou, mas a sua luz foi esmaecida antes e depois, o que indica a presença de algo de 300 km de cada lado do centro do corpo menor. A análise levou mais de três anos, mas agora foi publicada na Icarus.

 
A órbita alongada de Quíron o traz para tão perto do Sol quanto Saturno e tão longe como Urano. Foi o primeiro de uma classe de objetos conhecidos como CENTAUROS (acredita-se que há dezenas de milhares corpos semelhantes no sistema solar).

Amanda Bosh, do Instituto de Tecnologia de Massachussets, ajudou a observar passagens semelhantes em 1993 e 94, o que permitiu aos astrônomos estimar o diâmetro de Quíron em 180 km e detectar características intrigantes que possivelmente indicam que ele estava jorrando jatos de água ou poeira como um cometa se aproximando do Sol.

Em 2011, Bosh teve outra chance. Ela usou o telescópio infravermelho da NASA, em Mauna Kea. “Há um aspecto de serendipidade a estas observações”, diz Bosh. “Precisamos de uma certa dose de sorte, à espera de Chiron passar na frente de uma estrela que é brilhante o suficiente. Quíron em si é pequeno demais e o evento é muito curto: Se você piscar, você pode perdê-lo.”

O padrão de escurecimento que Bosh e seus colegas observaram sugere dois anéis, com cerca de 3 km e 7 km de largura, com um distância de 10-14 km entre eles. Bosh diz a teoria de jatos simétricos continua a ser uma possibilidade, mas os anéis permanentes são mais prováveis.


Esse vídeo da NASA o fará lembrar o quão terrivelmente bonita é a Terra

Esse vídeo da NASA o fará lembrar o quão terrivelmente bonita é a Terra

Você provavelmente já viu como o clima é extremo em outros planetas através de imagens e simulações da NASA, mas certamente nunca viu nada parecido com isso. Esse vídeo de nosso belo planeta foi desenvolvido pelo Estúdio de Visualização Científica da NASA e revela o comportamento assustador da Terra durante condições meteorológicas severas.

A animação mostra renderizações de testes iniciais de um modelo computacional mundial da atmosfera da Terra baseado em dados de uma simulação 3D complexa chamada Goddard Earth Observing System Model 5 ou simplesmente GEOS-5.

A agência espacial americana explica que a simulação foi feita durante 7 dias, e que o período escolhido para a produção foi durante a passagem de um tufão categoria 4 ao largo da costa chinesa. Cada quadro do vídeo pesou 2,6GB, segundo a NASA. O período de uma semana é repetido algumas vezes durante a execução da simulação.


Estranho anel gigante é visto no espaço

Estranho anel gigante é visto no espaço

De vez em quando, o universo cria uma forma para nós, meros homens em um pontinho em uma mera galáxia, vermos algo incrível. Este é um anel de Einstein, uma manifestação quase perfeita de uma determinada variedade de lentes gravitacionais.

Imagem do topo: A galáxia SDP.81 em lente gravitacional em um anel de Einstein. O anel brilhante é a poeira, com traços de monóxido de carbono e nuvens de água observados em comprimentos de onda milimétricos. Créditos: NRAO / ESO / NAOJ / B. Saxton / AUI / NSF

A teoria da relatividade geral de Albert Einstein inclui descrições de como a massa pode distorcer o espaço-tempo, com uma das muitas consequências teóricas sendo a capacidade de corpos massivos dentro do nosso universo agir como lentes gravitacionais gigantes, flexionando e entortando a luz. Se, por acaso, um corpo massivo está localizado na posição exata em relação ao nosso planeta, a lente será perfeitamente simétrica em dobrar a luz de um objeto atrás dele, criando um anel. Einstein lamentou que nunca conseguiríamos observar um anel porque seria muito pequeno para até os melhores telescópios, mas isso é porque ele só estava considerando anéis criados por lentes pequenas, do tamanho de estrelas. Quando as galáxias ou buracos negros assumem o papel de lentes, podem criar enormes anéis de Einstein que são mais fáceis de detectar e muito mais bonitos.

A galáxia SDP.81 está a cerca de 12 bilhões de anos-luz de distância, e surgiu quando o universo ainda estava em seus estágios iniciais de formação de estrelas e galáxias. Entre nós e ela está uma galáxia relativamente próxima, a “apenas” 4 bilhões de anos-luz de distância que, por pura sorte, tem a massa e distância correta para agir como uma lente gravitacional perfeita e amplificar a luz de SDP.81. Isso nos permite um olhar outrora impossível para a formação de estrelas da galáxia.

‘Fogo líquido’ faz as aulas de química muito mais interessantes

‘Fogo líquido’ faz as aulas de química muito mais interessantes

Esta demonstração insana é algo que todos os professores de química deveriam considerar.

Tenho certeza de que esta é a melhor maneira de fazer os alunos do ensino médio se interessarem pela matéria. É chocante o que este professor fez, mas eu certamente não estou reclamando.

O que ele demonstrou é a chamada reação de termita, um material usado em solda capaz de derreter e juntar materiais. Queima a aproximadamente 2.200 ºC e é preciso muito cautela ao fazê-la, e ter um ambiente apropriado.

Confira o vídeo:




Para isso, o professor usou alumínio e óxido de ferro.



Formas de vida baseadas em metano podem existir em Titã

Formas de vida baseadas em metano podem existir em Titã

Quase todos os organismos vivos na Terra têm estruturas à base de água em torno de suas células chamadas bicamadas de fosfolipídios. Estas mantêm a água dentro (ou fora), e abrigam o interior de suas células do resto do mundo. Agora, de acordo com um ESTUDO baseado inteiramente em modelos de computador, pequenas moléculas em ambientes livres de oxigênio podem ser capazes de formar compartimentos que se assemelham a estas membranas lipídicas. Os resultados, publicados na revista Science Advances na semana passada, dizem que a vida, “mas não como a conhecemos”, – é possível em mundos sem oxigênio. Ela só tem de ser composta de células à base de metano.

Os astrônomos procuram por sinais de vida extraterrestre (e lugares onde a humanidade pode colonizar um dia) focando na zona habitável, uma área estreita em torno da estrela onde a água líquida pode existir. No entanto, se as células não forem baseadas em água, mas sim em metano, a zona habitável passa ser muito mais distante da estrela, permitindo a existência de vida mesmo em mundos extremamente frios, como Titã, uma das luas de Saturno. A lua gigante é repleta de mares de metano líquido e não tem nenhum oxigênio disponível para a formação de uma membrana de bicamada lipídica.

 
Usando simulações de computador, uma equipe da Cornell liderada por Paulette Clancy criou um modelo livre de oxigênio à base de metano para a vida. Vesículas feitas de membranas de dupla camada de fosfolipídios são chamadas lipossomas. Assim, a equipe criou uma membrana celular teorizada chamada “azotosome”. Azotosomes são feitos a partir de azoto, carbono, e moléculas de hidrogênio conhecidas por existir nos mares deTitã, e mostram a mesma estabilidade e flexibilidade que os lipossomas fazem, com uma maior exceção: A membrana celular é capaz de funcionar em temperaturas de metano líquido em até 180 graus abaixo de zero.

Quando a equipe selecionou compostos candidatos presentes em Titã, eles encontraram o mais promissor: acrilonitrila – um composto incolor, líquido e orgânico utilizado para criar fibras acrílicas, resinas e termoplásticos. Um azotosome acrilonitrilo fornece boa estabilidade, uma forte barreira para a decomposição, e uma flexibilidade semelhante às nossas membranas fosfolipídicas.

Inspirado por Isaac Asimov, o co-autor James Stevenson diz: “O nosso é o primeiro projeto concreto de vida como nós não a conhecemos.


Vídeo da NASA revela como Marte era há bilhões de anos

Vídeo da NASA revela como Marte era há bilhões de anos

Hoje, Marte é um mundo deserto frio e estéril, sem nenhum sinal de vida, pelo menos na superfície. No entanto, bilhões de anos atrás, quando o planeta vermelho era jovem, ele parece ter tido uma espessa atmosfera que era quente o suficiente para manter oceanos de água líquida – um ingrediente essencial para a vida.

A água líquida não pode existir em abundância na superfície marciana hoje devido à baixa pressão atmosférica e temperatura, mas evidências apontam que o planeta era quente e úmido em um passado distante, e entender como ocorreu essa mudança é um dos grandes desafios dos astrônomos atualmente.

Confira o vídeo :


Assim seria o universo sem a gravidade

Assim seria o universo sem a gravidade


Não há nada como um frio desagradável para fazer você apreciar a boa saúde. O mesmo vale para o universo: Ajustar apenas uma das leis ou constantes físicas fundamentais, normalmente perfeitamente “afinadas” com os valores corretos para permitir a existência de estrelas, planetas, átomos e a vida como a conhecemos, poderia transformar tudo em coisas muito diferentes – muito desagradavelmente.

Considere, por exemplo, como horrivelmente irreconhecível o universo seria se tivesse se formado com apenas três forças fundamentais em vez de quatro – se o eletromagnetismo, a interação forte e a interação fraca fossem todas exatamente como nós as conhecemos, mas a quarta força, a que reuniu um monte de pedras para formar a Terra e ainda mantém seus pés firmemente plantados no planeta, nunca tivesse existido. E se não houvesse a força da gravidade?

Imagine uma terra árida. De acordo com James Overduin, físico da UNIVERSIDADE de Towson em Maryland, que é especialista em gravitação, um universo sem gravidade seria “totalmente plano e inexpressivo.” Overduin explicou que a gravidade é apenas um termo para a curvatura do espaço-tempo – o quão íngreme ou superficial o tecido do universo está em um determinado lugar (e como os objetos são propensos a cair em direção à fonte de curvatura). Assim, se o universo não pode ser curvo (porque a gravidade não existe), então não pode haver nenhuma matéria ou energia dentro dele.

“Este seria um universo muto chato”, disse Overduin.

No interesse de não ser chato, vamos considerar um cenário alternativo: E se o universo se formasse com a gravidade e se desenvolvesse normalmente até um determinado momento no espaço-tempo (agora, por exemplo) e então, de repente, a gravidade fosse “desligada”?

Vamos deixar bem claro que é absolutamente impossível manipular o valor da gravidade e muito menos desligá-la. Esse artigo trabalha somente para um entendimento hipotético do que aconteceria.

Tomando primeiramente como exemplo o nosso planeta, a atmosfera seria perdida para o espaço e, junto com ela, toda a água do planeta. Não somente a água dos oceanos, lagos, rios e mares, mas também a água de todo o corpo humano. No momento em que a gravidade fosse desligada, toda as formas de vida na Terra morreriam imediatamente, e qualquer líquido iria ferver quando fosse exposto ao vácuo do espaço.

Aos poucos, todos os nossos edifícios e árvores começaram a se desprender do solo e seriam arremessados no espaço. Os objetos dentro dos edifícios começaram a flutuar até bater no teto, enquanto as coisas fora continuariam acelerando cada vez mais.

Nosso planeta só ganhou sua forma e estrutura graças a força da gravidade. Ela mantém um equilíbrio entre a pressão interna perto do núcleo, o manto e a crosta. Em princípio, os metais fundidos no interior da Terra chegariam até a superfície. Aos poucos, a Terra começaria a se partir em infinitos pedaços, até se desintegrar totalmente.

O mesmo aconteceria com todas as coisas do universo. Em não muito tempo, tudo se transformaria em uma calmaria monótoma – as estrelas se apagariam, os planetas se despedaçariam, as galáxias se desmembrariam e o cosmo viveria em eterna escuridão – sem nenhuma estrutura remanescente

Assim seria o céu noturno se pudéssemos ver todos os asteróides

Assim seria o céu noturno se pudéssemos ver todos os asteróides

Nosso sistema solar está repleto de milhões de asteróides, mas apenas os maiores se dirigindo em linha reta em direção a nós fazem manchetes.

“Estamos voando essencialmente em torno do sol através desta população de asteróides com nossos olhos fechados”, diz o astrônomo Scott Manley em seu último vídeo.

Se todos nós tivéssemos poderosos telescópios, veríamos um magnífico bando dessas rochas espaciais conforme eles passam através de nosso céu noturno.


O vídeo interativo (mostrado acima) permite que os espectadores olhem e percorram o céu noturno. Manley criou o vídeo para destacar os perigos potencialmente fatais que essas rochas representam para a humanidade.


Kepler-452b: Como seria viver no ‘primo’ da Terra




Kepler-452b: Como seria viver no ‘primo’ da Terra


Kepler-452b pode ser o primo próximo da Terra, mas ainda assim viver no mundo recém-descoberto seria uma experiência alienígena.

Um grupo hipotético de pioneiros magicamente se transportou para a superfície do Kepler-452b – que é a coisa mais próxima de um “gêmeo da Terra” já descoberta, os pesquisadores anunciaram ontem (23 de julho) – e perceberam instantaneamente que não estavam mais em seu planeta natal. (Considere magia, ou algum tipo de motor de dobra, uma vez que Kepler-452b encontra-se a 1.400 anos-luz de distância e demoraríamos milhões e milhões de anos para chegar lá com nossa melhor tecnologia atual).

Kepler-452 é 60% maior que a Terra e, provavelmente, cerca de 5 vezes mais massivo. Isso significa que a sua gravidade superficial é consideravelmente mais forte do que a gravidade que nos prende ao chão aqui. Quaisquer exploradores hipotéticos se sentiriam duas vezes mais pesados no mundo alienígena do que na Terra.

“Pode ser bastante desafiador no começo,” Jon Jenkins, do Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, Califórnia, disse durante uma coletiva de imprensa ontem. Jenkins analisa dados da nave espacial Kepler, que descobriu Kepler-452b.

Mas os visitantes do exoplaneta provavelmente seriam capazes de enfrentar esse desafio, disse o ex-astronauta John Grunsfeld, administrador associado da missão da NASA. Afinal, disse ele, bombeiros e mochileiros rotineiramente transportam cargas pesadas, imitando (ainda que temporariamente) o efeito do aumento da gravidade de superfície.

“Os nossos ossos ficariam realmente mais fortes. Seria como um treino ininterrupto”, disse Grunsfeld.

O ambiente de alta gravidade, provavelmente, levaria a mudanças significativas nos corpos dos colonos de Kepler-452b durante períodos de tempo mais longos.

“Eu suspeito que, com o tempo, ficaremos adaptados às condições e, talvez, evoluíramos para viver naturalmente ao longo de muitas gerações”, disse Jenkins.


Outras características da vida em Kepler-452b seriam mais familiares. Por exemplo, o exoplaneta orbita uma estrela do tipo solar na mesma distância, aproximadamente, em que a Terra orbita o sol. Plantas da Terra poderiam fazer a fotossíntese normalmente nesse planeta.

Imaginar outros aspectos da vida em Kepler-452b requer muito mais especulação, já que estamos muito longe de obter uma boa olhada no planeta. Os investigadores suspeitam que o planeta é rochoso, como a Terra. Kepler-452b, provavelmente, tem uma espessa atmosfera, água líquida e vulcões ativos.

Os modelos também sugerem que Kepler-452b em breve poderá experimentar um efeito estufa descontrolado, semelhante ao que mudou Vênus de um mundo potencialmente habitável bilhões de anos atrás para a estufa sufocante que é hoje, disseram os pesquisadores.

A estrela de Kepler-452b é, aparentemente, mais velha do que o sol – tem 6 bilhões de anos, enquanto o nosso Sol possui 4,5 bilhões. Está, portanto, em uma fase mais enérgica do seu ciclo de vida do que o sol; na verdade, a estrela é cerca de 10% maior e 20% mais brilhante do que o Sol da Terra.

O aumento da produção de energia de seu sol pode fazer com que Kepler-452b aqueça e perca seus oceanos – se o planeta de fato tiver.

Tal cenário provavelmente não irá ocorrer em Kepler-452b por 500 milhões de anos, assumindo que as estimativas para o tamanho do planeta e a idade da estrela são precisas, disse Jenkins. (A gravidade mais forte de planetas maiores lhes permite segurar sobre a sua superfície água por longos períodos de tempo, enquanto mundos menores não podem.)

“Mas, você sabe, nós não sabemos exatamente”, disse Jenkins.

“É uma coisa fascinante de se pensar, e eu acho que nos dá uma oportunidade de fazer uma pausa e refletir sobre nosso próprio ambiente que nos encontramos”, acrescentou. “Nós tivemos sorte de viver em um mundo habitável”.

Projeto da NASA quer construir drone capaz de flutuar eternamente no espaço




O programa de inovação da NASA vai oferecer US$ 100 mil para o desenvolvimento do projeto de um drone capaz de flutuar eternamente e ficar no ar sem a necessidade de combustíveis. Caso se confirme a teoria dos cientistas, o dispositivo seria capaz de explorar corpos celestes constituídos de gases, ou seja, aqueles que não possuem uma supefície sólida que permite, por exemplo, o pouso de uma sonda.

O modelo básico proposto pelos pesquisadores é semelhante à semente de um dente-de-leão. A sonda captaria a variação de correntes de vento para se manter funcionando.

"É possível imaginar uma rede de drones flutuando por um longo tempo em Júpiter ou Saturno e enviando informações sobre as mudanças climáticas nestes locais. O que aprendermos sobre as atmofesferas de outros planetas pode aprimorar os conhecimentos sobre o clima da Terra", explica Adrian Stoica, um dos pesquisadores do estudo.

Nas próximas etapas, o estudo deve mostrar se a ideia é viável. Caso seja, ela pode ajudar a estudar eventos climáticos na Terra, como furacões.

Catálogo atualizado do Kepler inclui 521 possíveis exoplanetas

Catálogo atualizado do Kepler inclui 521 possíveis exoplanetas


Ontem, durante o anúncio do planeta mais parecido com a Terra já descoberto, os pesquisadores que trabalham na missão Kepler lançaram um catálogo atualizado que agora inclui 521 novos candidatos a planetas. Adicione isso aos 4175 já vistos pelo telescópio espacial.

Acima. Concepção de um artista de planetas na ​​zona habitável com semelhanças com a Terra: da esquerda, Kepler-22b, Kepler-69c, o anunciado Kepler-452b, Kepler-62f e Kepler-186F. O último é a própria Terra.

O Kepler se transformou em um caçador de planetas extraordinário. O telescópio espacial já detectou 4.696 objetos de interesse, incluindo os novos candidatos a planetas. A confirmação da nova super-Terra traz o número total de planetas conhecidos para 1030. Os dados analisados ​​pelos cientistas foram capturados pelo Kepler a partir de maio de 2009 até maio de 2013, um período de quatro anos.

O novo catálogo lançado pela equipe do Kepler – e o primeiro desde janeiro de 2015 – é o primeiro a ser totalmente automatizado. Tipicamente, o primeiro passo no processo de caça de planetas é encontrar os sinais que apresentam depressões periódicas no brilho da estrela (isto é, o método de detecção de trânsito exoplanetário, quando um planeta passa na frente de sua estrela), seguido por uma análise mais minuciosa no qual os KOIS, ou objetos de interesse do Kepler, são destacados para futuros ESTUDOS. Esta segunda etapa é tradicionalmente tratada por uma equipe de cientistas, mas que pode consumir muito tempo.

“Agora que o processo é automatizado, somos capazes de avaliar todos os sinais de trânsito automaticamente”, observou Jeff Coughlin, pesquisador da missão Kepler no Instituto SETI em Mountain View, Califórnia, numa conferência de imprensa ontem.

Além do mais, o processo novo e melhorado permitirá aos astrônomos determinar melhor o número de pequenos planetas, que são melhores candidatos para hospedar vida.

“Novos candidatos à planetas continuam sendo encontrados em todos as órbitas e tamanhos, devido à contínua melhoria nas técnicas de detecção”, observou a NASA durante uma coletiva de imprensa. “Notavelmente, vários destes novos candidatos são quase do tamanho da Terra e em períodos orbitais longos, onde eles têm a chance de serem rochosos com água líquida em sua superfície.”

Mais especificamente, o novo catálogo inclui 12 candidatos planetários que tem menos de duas vezes o diâmetro da Terra e estão em órbita na zona habitável de sua estrela, ou seja, o local ideal do sistema solar onde um planeta rochoso pode sustentar água líquida em sua superfície. Nove destes planetas orbitam estrelas semelhantes ao nosso Sol em termos de tamanho e temperatura. Isso é incrivelmente encorajador.

Dos 12 candidatos anunciados, Kepler 452b-o é o único exoplaneta descrito como sendo o mais parecido com a Terra. Os 11 restantes ainda terão que ser verificados por astrônomos nos próximos meses e anos.

Novo planeta atiça a imaginação dos cientistas. E agora?

Kepler 452b


Concepção artística mostra como pode ser a aparência do exoplaneta Kepler 452b. Créditos: NASA, Universidade de Porto Rico, Apolo11.com.

A descoberta de mais um planeta similar à Terra elevou para 31 o número de exoplanetas potencialmente habitáveis, mas a distância descomunal até esses mundos não permite qualquer conclusão definitiva. Por enquanto. A Nasa anunciou quinta-feira uma das notícias mais esperadas pela comunidade científica e revelou que a 1400 anos-luz de distância existe um sistema solar muito parecido com o nosso, com um planeta quase similar à Terra orbitando uma estrela igual ao Sol. A agência revelou ainda que além da descoberta, outros onze objetos poderão fazer parte deste seleto grupo, o que elevará para 42 o número de corpos extrassolares que têm ou tiveram possibilidade de serem potencialmente habitados.

O novo planeta, batizado de Kepler 452-b se encontra na região visual da constelação do Cisne e de acordo com estudos feitos a partir de dados coletados pelo telescópio espacial Kepler, orbita uma estrela do tipo G - igual ao nosso Sol, embora mais velha - apenas 5% mais distante que do que a Terra orbita o Sol. Kepler 452-b é 60% maior que a Terra e sua massa e composição ainda não foram definidas, mas sabe-se que planetas similares a ele são provavelmente rochosos. O novo planeta leva 385 dias para orbitar a estrela-mãe, período de translação muito parecido com o da Terra. 

Com todas essas similaridades, mas principalmente devido ao planeta se encontrar dentro da zona habitável da estrela - região onde a provável temperatura permite a existência de água líquida - o novo sistema já pode ser considerado um quase irmão gêmeo do nosso, enquanto Kepler 452-b seria uma espécie de primo-irmão. Antes de Kepler 452-b, o objeto extrassolar mais parecido com a Terra era Kepler 186f, 10% menor que a Terra e localizado a "apenas" 500 anos-luz de distância. No entanto, sua estrela mãe é muito mais fria que o nosso Sol e seu período de rotação é de apenas 130 dias. Neste caso, Kepler 186f seria um primo de segundo grau da Terra.

E Agora?A descoberta do novo exoplaneta é um marco na busca por planetas similares à Terra e confirma a importância do telescópio espacial Kepler neste tipo de pesquisa. Sozinho, entre outros feitos, o telescópio já catalogou 1235 candidatos a planeta e 170 possíveis sistemas multiplanetários, com dois ou mais candidatos orbitando a mesma estrela. Embora os avanços sejam realmente significativos e nosso conhecimento sobre possíveis mundos habitados tenha se expandido muito nos últimos anos, as distâncias envolvidas não permitem - até o momento - uma exploração direta desses mundos, sendo que a única forma de pesquisa-los é através da luz emitida por suas estrelas.

No entanto, a contagem e classificação desses exoplanetas são o passo primordial para seus estudos, pois uma vez que se saiba onde procurar, mais fácil será sonda-los através de radiotelescópios, talvez a única forma científica que temos atualmente para detectar sinais exteriores que possam revelar algum padrão inteligente. Juntos, a prospecção de novos mundos e análise de possíveis sinais de rádio emitidos por eles, talvez sejam a chave para a detecção de formas de vida extraterrestre inteligente e não será surpresa alguma se um anúncio desse tipo acontecer nos próximos anos.

7 descobertas impressionantes sobre Plutão




Na última terça-feira a sonda New Horizons passou a 766 mil quilômetros de Plutão, o mais próximo que uma sonda da NASA já esteve do planeta. Com a aproximação foi possível observar melhor a superfície do planeta e aprender mais coisas sobre ele. Confira algumas das principais descobertas sobre Plutão obtidas com a ajuda do equipamento, que usa o processador do primeiro PlayStation:


1. Plutão tem montanhas de geloA imagem mais nítida já capturada do planeta permitiu que os cientistas observassem que há diversas montanhas de gelo com altura de mais de 3 quilômetros. A foto mostrou também uma mancha mais clara em formato de coração. Os pesquisadores da NASA acreditam que as montanhas são feitas de gelo de água, com base na composição do restante do sistema solar. A superfície de Plutão também é extremamente gelada, medindo por volta de -387 graus Fahrenheit (cerca de -232ºC). É essa temperatura que permite a formação de superfícies de gelo tão altas.

2. O planeta não se parece em nada com qualquer outra coisa no sistema solar 
Plutão é único. Os cientistas que trabalham com a New Horizons não conseguiram comparar as características de aparência geral e superfície do planeta com nada encontrado no sistema solar. Antes, a ideia era de que que ele se parecesse com a lua Triton de Netuno, mas a aproximação acomprovou que a comparação não é correta. Triton não tem esse tipo de terreno acidentado", afirmou um dos responsáveis pela missão. "Ela tem uma grande quantidade de materiais estranhos, mas não se parece em nada com isso. Há algo muito diferente sobre geologia plutoniana".

3. É maior do que se acreditava
Dados da nave espacial mostram que Plutão é maior do que o estimado, se classificando como o maior objeto conhecido no Cinturão de Kuiper - cinturão de asteroides maciços que circunda o sistema solar. Uma medição a partir da New Horizons mostra que o planeta mede aproximadamente 1473 milhas (cerca de 2.370 km) de diâmetro.

4. Plutão tem poucas crateras
Antes de chegar a Plutão, muitos pesquisadores esperavam encontrar um mundo repleto de crateras. No entanto, a superfície é muito mais suave - e, portanto, mais jovem - do que o previsto. A estimativa é de que as montanhas de gelo do planeta tenham apenas 100 milhões de anos, algo considerado pouco diante dos 4,5 bilhões de anos do sistema solar. É possível que o planeta anão abrigue um oceano subterrâneo ou até mesmo vulcões de gelo, o que poderia ajudar a suavizar a superfície. No entanto, os pesquisadores afirmam que ainda não há informações suficientes para determinar isso.

5. Pode nevar em Plutão
Os cientistas sabiam há algum tempo que Plutão tem uma atmosfera rica em nitrogênio, mas descobriram que pode realmente nevar nitrogênio na superfície do planeta anão. O diretor de ciências planetárias da NASA Jim Green explicou que a formação em forma de coração é provavelmente feita de nitrogênio, metano, monóxido de carbono ou algum outro tipo de neve que cai na superfície.

6. Ele (provavelmente) não tem outras luas
Os responsáveis pela missão esperavam encontrar pelo menos mais uma lua orbitando Plutão, mas a sonda não encontrou nenhum indício de outras além das cinco já catalogadas: Caronte, Nix, Hidra, Cérbero e Estinge.

7. A maior lua de Plutão ainda pode ser geologicamente ativa
Caronte, a maior lua do planeta, parece ser jovem. Imagens de alta resolução do satélite mostram uma superfície suave, o que indica que ele pode ter sido geologicamente ativo há pouco tempo. Nas fotos é possível ainda observar uma grande depressão que mede entre 6 e 9 quilômetros.

Plutão: Dúvidas, perguntas e respostas sobre a New Horizons

Full disk de Plutao


Nesta cena, chamada informalmente Tombaugh Regio, vemos uma série de planícies geladas com mais de 100 milhões de anos desde sua formação. De acordo com os cientistas, a região ainda está em desenvolvimento devido ao processo geológico ativo. Esta imagem foi captada pelo instrumento LORRI, quando estava a 77 mil km de altitude.


Desde que a nave New Horizons chegou a Plutão, diversas dúvidas surgiram sobre a missão, principalmente o questionamento do por que a nave não ter pousado no planeta-anão ou porque as fotos não são coloridas.


Porque não pousou?
Um dos principais questionamentos em relação à missão New Horizons (NZ) tem a ver com o fato de a nave ter demorado mais de nove anos para chegar a Plutão e não ter pousado ou entrado em sua orbita, o que permitiria a coleta constante de dados e aprofundamento dos estudos. Na realidade, a NH não pousou em Plutão porque isso não fazia parte da missão. Desde o início, o objetivo era se aproximar do planeta anão e ali coletar dados científicos capazes de ajudar a entender um pouco mais sobre aquele mundo. Para isso a nave levou sete instrumentos desenvolvidos especificamente para essa finalidade, entre eles uma câmera monocromática, uma câmera pancromática e principalmente analisadores de espectro e detectores diversos.

Com esses instrumentos, todos os dados científicos que foram previamente solicitados por diversas instituições, entre eles a análise da atmosfera, topografia, interação com o vento solar, etc., foram coletados satisfatoriamente e deverão ser enviados lentamente nos próximos dias. Em outras palavras, os instrumentos a bordo da sonda não foram colocados lá por acaso. Suas necessidades e características foram amplamente estudadas e só foram desenvolvidos com esse propósito.


Muito Energia
Por outro lado, mesmo que a NASA resolvesse pousar em Plutão, isso não seria possível. A NH viaja a 49 mil km/h, cerca de 1.1 milhão de km por dia e se a NASA quisesse entrar na orbita de Plutão seria necessário frear a nave com uma energia muito grande. Isso exigiria tanto combustível que seria impossível lança-la da Terra, uma vez que o peso total ultrapassaria a capacidade do veículo ATLAS 5, que a arremessou ao espaço. De acordo com a NASA, a energia necessária para frear a NH a 49 mil km/h demandaria um segundo foguete ATLAS 5, igual o que levou a nave à Plutão. Ou seja, precisaria lançar outro ATLAS 5 no topo do ATLAS 5, algo totalmente inviável.

Fotos em Preto e Branco
Outro questionamento bastante interessante se refere às imagens enviadas pela sonda, em preto e branco e com resolução de 1 megapixel. Muitos afirmam que qualquer Smartphone moderno tem câmeras coloridas muito melhores. Na realidade, isso é verdade em parte. Embora os smartphones tenham câmeras de 10 megapixels e produzem excelentes selfies para serem postadas nas redes sociais, elas não serviriam hoje em dia para irem a uma missão no espaço profundo.  Os atuais chips dos smartphones são pequenos, feitos para lentes minúsculas e, sobretudo não tem as características e eficiência necessárias para coletar os dados que os pesquisadores solicitaram. Seria necessário projetar um novo CCD para ir a plutão, bem diferente dos usados nos smartphones.

Além disso, o uso de chips monocromáticos permite coletar até quatro vezes mais detalhes que os chips coloridos, o que por si só já justifica o seu uso. Com regra geral, toda a câmera monocromática é superior em sensibilidade e resolução à similar colorida. Com relação à suposta baixa resolução da câmera, de apenas 1 megapixel, é bom lembrar que de nada adiantaria mandar construir um chip maior. Não é o fato de a nave ter sido lançada em 2006 que limitou a tecnologia e sim as características ópticas do telescópio de 200 milímetros acoplado ao chip. Devido a algumas leis da óptica e da amostragem de sinais eletrônicos (teorema de Niquist), mesmo que o instrumento LORRI levasse uma câmera de 100 megapixels, não produziria imagens mais detalhadas do que as que foram coletadas, embora o tamanho da foto aumentasse consideravelmente.

Essas leis e regras naturais é que impedem de tirar proveito de um CCD maior, que seria inútil. No entanto, apesar de as fotos serem preto e branco, isso não significa que essas imagens não podem ser colorizadas. Essa característica pode ser adicionada posteriormente com o uso de dados da outra câmera pancromática a bordo da nave - o instrumento RALPH.  Prova dessa possibilidade é a coloração avermelhada de Plutão, obtida mesclando-se os dados desses dois instrumentos, como podemos ver na imagem no topo do artigo.

Resumindo
Embora lançada em 2006, a nave New Horizons é ainda hoje um equipamento muito moderno e top de linha. Não é algo obsoleto e se fosse construída hoje em dia pelo mesmo preço, teria praticamente as mesmas características, com poucas capacidades melhoradas com exceção do poder de processamento, ampliado graças aos chips mais modernos. Nem mesmo a transferência de dados seria melhor. Hoje em dia a New Horizons transmite na velocidade de 56 kbs e uma nave similar, construída hoje em dia não transmitiria em velocidades maiores desde Plutão.

ALMA observa pela primeira vez formação de galáxias no Universo primordial




ALMA observa formação de galáxias no Universo primordial.Crédito:ESO/R. Maiolino

Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) foram detectadas as nuvens de gás de formação estelar mais distantes observadas até hoje em galáxias normais no Universo primordial. As novas observações permitem aos astrônomos começar a ver como é que as primeiras galáxias se foram construindo e como é que limparam o nevoeiro cósmico durante a era da reionização. Esta é a primeira vez que tais galáxias são observadas com melhor detalhe do que simples manchas tênues. Quando as primeiras galáxias se começaram a formar algumas centenas de milhões de anos depois do Big Bang, o Universo estava cheio de um nevoeiro de hidrogênio gasoso.

Mas à medida que mais e mais fontes brilhantes —  tanto estrelas como quasares alimentados por enormes buracos negros — começaram a brilhar, este nevoeiro foi desaparecendo tornando o Universo transparente à radiação ultravioleta. Os astrônomos chamam a este período a época da reionização, no entanto pouco se sabe acerca destas primeiras galáxias e, até agora, apenas se tinham observado como manchas tênues. Estas novas observações obtidas com o poder do ALMA estão a mudar esta realidade.

Uma equipe de astrônomos liderada por Roberto Maiolino (Cavendish Laboratory e Kavli Institute for Cosmology, University of Cambridge, Reino Unido) apontou o ALMA a galáxias que se sabia estarem a ser observadas a cerca de apenas 800 milhões de anos depois do Big Bang. Os astrônomos não estavam à procura da radiação emitida pelas estrelas, mas sim do fraco brilho do carbono ionizado emitido pelas nuvens de gás a partir das quais se formam as estrelas. A equipa pretendia estudar a interação entre uma geração de estrelas jovem e os frios nós de gás que se estavam a formar nestas primeiras galáxias.

A equipe também não estava à procura de objetos raros extremamente brilhantes — tais como quasares e galáxias com elevada taxa de formação estelar — que tinham sido observados anteriormente. Em vez disso, o trabalho concentrou-se em galáxias muito mais comuns, galáxias que reionizaram o Universo e se transformaram na maior parte das galáxias que vemos hoje à nossa volta. Vindo de uma das galáxias — chamada BDF2399 — o ALMA captou um sinal fraco mas claro de carbono brilhante. No entanto, este brilho não vinha do centro da galáxia, mas sim de um dos lados.

A co-autora Andrea Ferrara (Scuola Normale Superiore, Pisa, Itália) explica a importância desta nova descoberta: “Trata-se da detecção mais distante deste tipo de emissão de uma galáxia “normal”, observada a menos de um bilhão de anos depois do Big Bang, o que nos dá a oportunidade de observar a formação das primeiras galáxias. Estamos a ver pela primeira vez galáxias primordiais não como pequenos pontos, mas como objetos com estrutura interna!”

Os astrônomos pensam que a localização deslocada do centro desta emissão deve-se ao fato das nuvens centrais estarem a ser desfeitas pelo meio inóspito criado pelas estrelas recém formadas — tanto pela sua radiação intensa como pelos efeitos de explosões de supernova — enquanto o carbono está a traçar gás frio recente que está a ser acretado do meio intergalático. Ao combinar as novas observações ALMA com simulações de computador foi possível compreender em detalhe processos chave que estão a ocorrer no seio das primeiras galáxias. Os efeitos da radiação emitida pelas estrelas, o sobreviver de nuvens moleculares, o fato da radiação ionizante se escapar e a estrutura complexa do meio interestelar podem agora ser calculados e comparados às observações.

A BDF2399 é muito possivelmente um exemplo típico das galáxias responsáveis pela reionização. Durante muitos anos tentamos compreender o meio interestelar e a formação das fontes de reionização. Conseguir finalmente testar previsões e hipóteses em dados reais do ALMA é algo extremamente excitante e que nos abre um novo conjunto de questões. Este tipo de observação clarificará muitos dos difíceis problemas que temos tido com a formação das primeiras estrelas e galáxias no Universo,” acrescenta Andrea Ferrara.

Roberto Maiolino conclui: “Este estudo teria sido simplesmente impossível sem o ALMA, uma vez que nenhum outro instrumento consegue atingir a sensibilidade e resolução espacial necessárias. Embora esta seja uma das observações mais profundas do ALMA realizada até agora, estamos ainda longe de atingir todas as capacidades deste telescópio. No futuro o ALMA fará imagens da estrutura fina das galáxias primordiais, mostrando em detalhe a formação das primeiras galáxias.”
Fonte:ESO

Azulado, cometa Panstarrs pode ser visto de todo o Brasil

Cometa C/2014 Q1 Panstarrs


Depois de maravilhar os habitantes do hemisfério norte, o cometa C/2014 Q1 Panstarrs já pode ser visto no hemisfério sul durante os próximos dias. E Venus e Júpiter ajudam a localiza-lo. Se você olhar no quadrante Oeste-Noroeste (WNE) logo após o pôr do Sol, os primeiros objetos que chamarão a sua atenção serão, sem sombra de dúvidas, os planetas Vênus e Júpiter, além da estrela Regulus, da constelação de Leão, bem pertinho deles. Ultimamente, esses três elementos formam um belo cenário após o ocaso e certamente você já os viu salpicando o firmamento. Entretanto, além desses dois planetas e de Regulus, um quarto objeto também está presente na mesma região.

Trata-se do cometa C/2014 Q1 Panstarrs, que está dando um verdadeiro show no céu do hemisfério Sul. O cometa foi descoberto pelo consórcio Pan-STARRS em 16 de agosto de 2014, com auxílio de um telescópio de 1800 milímetros situado sobre o monte Haleakala, no Hawaii.  Panstarrs é um cometa não periódico, com um período orbital superior a 33400 anos e em 6 de julho atingiu a menor distância do Sol, passando a apenas 44 milhões de km da superfície da estrela. Atualmente, o brilho de Panstarrs está estimado em 6.0 magnitudes, o que faz dele um objeto facilmente visível através de binóculos de boa qualidade. Através de instrumentos, Panstarrs parece uma pequena bolinha difusa, ligeiramente azulada.

Como achar e ver

Atualmente, C/2014 Q1 Panstarrs se encontra na constelação do Sextante, na borda da constelação de Leão e pode ser visto logo após o pôr do Sol, à esquerda da formação Vênus-Júpiter-Régulus. À medida que os dias passam o cometa ganha altitude, mas também perde o brilho, por isso recomendamos tentar observar o cometa até no máximo o final de semana. O ideal para ver o cometa é uma pequena luneta, telescópio ou binóculos, todos de boa qualidade. Instrumentos baratos ou de brinquedo não são recomendados. Panstarrs não pode ser visto a olho nu. A carta celeste mostrada acima pode ajudar na localização dos objetos, mas recomendamos o uso de um software planetário. O mais indicado é o Stellarium, que pode ser baixado gratuitamente.

Fábrica de poeira cósmica




Um radiotelescópio gigante no deserto do Atacama, no norte do Chile, capturou, pela primeira vez, as imensas capacidades de fabricação de poeira de uma estrela explodindo. Os restos da explosão estelar, conhecida como supernova 1987A, estão localizados na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã a cerca de 168.000 anos-luz da Terra.

Foto : A Via Láctea sobre o Deserto do Atacama!




Essa é a  Via Láctea sobre o Deserto do Atacama!

Astrônomo amador descobre estrela raríssima

sistema estrelar raro


Com a ajuda de astrônomos amadores, uma equipe internacional de pesquisadores acabou de descobrir um sistema estelar binário único. Este é o primeiro sistema conhecido onde uma estrela eclipsa completamente a outra, o que faz com que seja um tipo de sistema de duas estrelas conhecido como uma variável cataclísmica, onde uma estrela anã branca superdensa está roubando gás da sua estrela companheira, em um processo de canibalização estrelar. O sistema também poderia ser um importante laboratório para estudar explosões de supernovas ultrabrilhantes, que são um instrumento vital para medir a expansão do universo.


Quem e onde

O sistema, chamado Gaia14aae, está localizado a cerca de 730 anos-luz de distância na constelação de Draco. Ele foi descoberto pelo satélite Gaia da Agência Espacial Europeia em agosto de 2014, quando, de repente, tornou-se cinco vezes mais brilhante ao longo de um único dia. O grupo de astrônomos liderados pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, analisou as informações e determinou que a súbita explosão aconteceu devido ao fato de que a anã branca – que é tão densa que uma colher de chá de seu material pesaria tanto quanto um elefante – estava devorando sua maior companheira. Observações complementares do sistema, feitas pelo Centro de Astrofísica Backyard (CAB), uma colaboração de astrônomos amadores e profissionais, descobriram que o sistema é um binário raro, onde uma estrela passa diretamente em frente da outra, bloqueando-a completamente quando vista da Terra.

As duas estrelas estão firmemente se orbitando. Portanto, um eclipse total ocorre aproximadamente a cada 50 minutos. De acordo com o Dr. Heather Campbell, do Instituto de Astronomia de Cambridge, que liderou a observação de Gaia14aae, é muito raro ver um sistema binário alinhado desta maneira. O mais curioso deste posicionamento é que, por causa dele, podemos medir o sistema com grande precisão e descobrir do que ele é feito e como evoluiu.


Fonte de conhecimento

Usando a espectroscopia do telescópio Herschel William, que fica nas Ilhas Canárias, Campbell e seus colegas descobriram que Gaia14aae contém grandes quantidades de hélio, mas nenhuma de hidrogênio, o que é altamente incomum pois o hidrogênio é o elemento mais comum no universo. A falta de hidrogênio, então, lhes permitiu classificar Gaia14aae como um tipo muito raro de sistema conhecido como AM Canum Venaticorum, um tipo de sistema variável onde ambas as estrelas perderam todo o seu hidrogênio. Este é o primeiro sistema AM Canum Venaticorum conhecido onde uma estrela eclipsa totalmente a outra.

domingo, 19 de julho de 2015

Um enigma na Via Láctea

Astros incomuns: representação artística de estrelas gigantes vermelhas de composição química atípica, recém-identificadas


Equipe internacional identifica na galáxia estrelas jovens com composição química de velhas


Astros incomuns: representação artística de estrelas gigantes vermelhas de composição química 
prova que um método usado para estimar a idade de estrelas longínquas da galáxia, o chamado “relógio químico” da Via Láctea, nem sempre funciona. Essas estrelas foram identificadas recentemente por uma equipe internacional de astrônomos coordenada pela brasileira Cristina Chiappini e descritas em um artigo na edição de abril da revista Astronomy & Astrophysics. A origem dessas estrelas jovens com cara de velhas, porém, permanece um mistério. Pesquisadora do Instituto Leibniz para Astrofísica, em Potsdam, Alemanha, Chiappini notou a existência desses objetos celestes incomuns quando seu aluno de doutorado Friedrich Anders lhe apresentou uma análise de 622 estrelas de várias partes do disco da Via Láctea. Chiappini desenvolve modelos de evolução química estelar para deduzir quando e onde nasceram as estrelas da galáxia.

Uma das previsões desses modelos é que, quanto mais átomos de ferro uma estrela possui em relação a elementos químicos chamados de alfa, mais jovem é a estrela. Para verificar essa previsão, Anders comparou a composição química das estrelas, obtida por astrônomos do levantamento Apogee, com a idade das mesmas estrelas, calculada por pesquisadores do telescópio espacial CoRoT. O Apogee investiga a evolução da galáxia usando instrumentos sensíveis à luz infra vermelha montados no telescópio de 2,5 metros do observatório Sloan, no Novo México, Estados Unidos. Já o CoRoT é um satélite desenvolvido por uma colaboração franco-europeia-brasileira que permite investigar a estrutura interna das estrelas e determinar a idade delas.
Anders confirmou que as idades da maioria das 622 estrelas determinadas pelo CoRoT concordavam com a faixa etária sugerida pela composição química delas. Cerca de 20 dessas estrelas, no entanto, chamavam a atenção por terem proporcionalmente mais elementos químicos alfa do que ferro, em relação ao que se esperaria de suas idades. “Achamos que algo estranho estava acontecendo”, lembra Chiappini.



Intrigados, Chiappini e Anders pediram a um de seus colaboradores no projeto CoRoT, o astrônomo Benoit Mosser, do Observatório de Paris, que reanalisasse os dados sobre cada uma dessas estrelas em detalhe, para calcular melhor suas idades. A confirmação da idade das estrelas pobres em ferro causou espanto. “Elas são jovens demais”, diz Chiappini. “Uma delas, por exemplo, tem a proporção de elementos químicos esperada para uma estrela com 10 bilhões de anos, mas sua idade é de apenas 2 bilhões de anos.” Exceto em circunstâncias muito especiais, os astrônomos dificilmente conseguem determinar a idade de estrelas da Via Láctea situadas a mais de 80 anos-luz de distância do Sol. A maioria dos telescópios não consegue determinar as propriedades de estrelas tão distantes com a precisão necessária para que os astrônomos consigam calcular a idade delas. Há, porém, uma maneira menos precisa de estimar se uma estrela longínqua é muito nova ou muito antiga examinando seus elementos químicos.

Relógio quebrado

Esse método é o do “relógio químico”, que se baseia no seguinte raciocínio: as primeiras estrelas da galáxia teriam nascido a partir de nuvens de gás primordial, composto apenas por elementos químicos leves – hidrogênio, hélio e um pouco de lítio –, criados durante o Big Bang, o evento que teria originado o Universo. A morte explosiva de estrelas gigantes, com massas de 8 a 10 vezes superiores à do Sol, teria acrescentado elementos químicos mais pesados ao gás primordial, especialmente os chamados elementos alfa: oxigênio, magnésio, silício, cálcio e titânio, criados a partir da fusão de núcleos de hélio no interior dessas estrelas.

Essas explosões, conhecidas como supernovas do tipo II, são as principais fontes desses elementos químicos na galáxia. Já a maior parte do ferro da Via Láctea vem de outro tipo de supernova, as variedades Ia. São estrelas anãs brancas que, depois de sugarem uma certa quantidade de gás de uma estrela gigante vizinha, acabam explodindo e espalhando átomos de ferro pela galáxia. As supernovas de tipo II demoram milhões de anos para explodir, enquanto as de tipo Ia levam muito mais, bilhões de anos. Essa diferença entre as escalas de tempo das supernovas funciona como um marcador temporal para estimar a data de nascimento das estrelas da Via Láctea. Desse modo, quanto maior a abundância de elementos alfa de uma estrela em relação à abundância de ferro, mais velha a estrela deve ser.

Até a identificação das 20 estrelas incomuns, o método do “relógio químico” parecia funcionar sempre. Em todos os casos nos quais havia sido possível fazer medições que permitiam calcular a idade das estrelas, os valores a que os astrônomos chegavam correspondiam bastante bem à estimativa obtida pelo “relógio químico. Em 2012, Chiappini e seus colegas chamaram a atenção para o fato de que seria possível usar o telescópio espacial CoRoT para obter idades de várias estrelas situadas a mais de 80 anos-luz do Sol, para as quais não havia outro méto–do disponível além do “relógio químico”. “O CoRoT mede variações de brilho a partir das quais podemos obter o raio, a massa e a distância da estrela”, ela explica. “Com esses dados, é possível calcular a idade.”

Desde então, Chiappini vem articulando uma colaboração entre astrônomos de especialidades que não costumam interagir. Chamada de CoRoGEE, a colaboração é uma parceria entre pesquisadores do CoRoT, instrumento mais conhecido por suas descobertas de exoplanetas, e pesquisadores envolvidos com o Apogee, que também conta com a participação de brasileiros ligados ao Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), no Rio de Janeiro. Foi combinando os dados de estrelas observadas tanto pelo CoRoT quanto pelo Apogee que os pesquisadores descobriram as estrelas estranhas para as quais o relógio químico parece não funcionar.

“Seria possível formar uma estrela jovem com abundância elevada de elementos alfa em relação à de ferro”, Chiappini sugere, “caso uma porção de gás primordial pouco enriquecido por supernovas do tipo Ia houvesse sobrado em algum lugar isolado, sem participar da evolução química geral da galáxia”. Esse gás teria ficado ali por bilhões de anos, sem interagir com o gás do resto da galáxia, e só depois teria formado estrelas.

Os dados do Corot e do Apogee também sugerem que as 20 estrelas jovens feitas de material antigo tenham nascido em algum lugar do disco da Via Láctea a cerca de 20 mil anos-luz do centro galáctico, localizado perto de uma estrutura da galáxia chamada de barra. “É uma região em que se acredita que o gás e as estrelas do disco giram com a mesma velocidade que o gás e as estrelas da barra”, explica Chiappini. “Por essa razão, é mais difícil haver por ali os choques entre nuvens de gás necessários para formar as estrelas.” Se de fato se comportar assim, essa região pode ter abrigado bolsões de gás que mantiveram as características primordiais.

Gás intergaláctico

Outra possibilidade é que essas estrelas tenham se formado a partir de um gás de composição primordial que teria caído na Via Láctea apenas recentemente, vindo do meio intergaláctico. “Mas é difícil entender por que isso teria acontecido mais para o centro da galáxia e não em toda parte”, diz Chiappini. “Essa descoberta é interessante porque mostra que há diversos processos ocorrendo na nossa galáxia, em particular próximo à barra central”, diz a astrofísica Beatriz Barbuy, da Universidade de São Paulo (USP), que estuda a evolução química da Via Láctea.

“Sabemos, a partir da observação de outras galáxias e de modelos dinâmicos, que as barras permitem uma migração de gás e estrelas em dois sentidos, da barra para o disco e do disco para a barra. Os pesquisadores precisam descobrir mais dessas estrelas para entender sua origem. Isso será possível, eles esperam, combinando os dados da missão espacial Kepler-2 com os do Apogee-2, o novo levantamento de estrelas da Via Láctea que vem sendo realizado pelo projeto Sloan Digital Sky Survey.