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sábado, 23 de agosto de 2014

Interestelar - Filme de Ficção Científica em breve nos cinemas !!!




"Interestelar" narra as aventuras de um grupo de exploradores que faz uso de um buraco negro recém-descoberto para superar as limitações de uma viagem espacial humana e conquistar as grandes distâncias relacionadas a uma viagem interestelar.

O filme está previsto para ser estreado em Novembro nos cinemas aqui no Brasil . É esperar para ver . Enquanto isso assista aos trailers 1 e 2 e bom entretenimento !!!







Nebulosa do Esquimó



A Nebulosa do Esquimó (ou NGC 2392) é classificada como nebulosa planetária. Foi descoberta por William Herschel, em 1787, e recebeu o apelido 'Esquimó' por lembrar um rosto envolto por uma pele parca. Sua formação iniciou há 10 000 anos, aproximadamente, quando, em extinção, um astro pôs-se a lançar material no espaço.

Você sabia ? O ser humano sobreviveria dois minutos no espaço sideral




Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, um ser humano que fosse lançado ao espaço sideral sem nenhuma proteção não explodiria e nem congelaria.

Na verdade, os cientistas calculam que a exposição ao vácuo não causaria nenhum dano imediato a uma pessoa, desde que ela não tentasse trancar a respiração. 

Segurar o fôlego poderia causar problemas nos pulmões, um efeito semelhante ao que pode ocorrer com mergulhadores em grandes profundidades. 

Fora isso, os efeitos previstos seriam queimaduras solares, uma leve descamação da pele e dor de ouvido nos primeiros dez segundos de "passeio" pelo espaço.

A falta de oxigênio provocaria perda de consciência depois de um ou dois minutos, seguida finalmente pela morte por asfixia.

NGC 3603




Essa imagem, registrada pelo equipamento conhecido como Wide Field Imager, instalado no Observatório de La Silla do ESO no Chile, mostra duas regiões de formação de estrelas na parte sul da Via Láctea. A primeira delas, na parte esquerda da imagem, é dominada pelo aglomerado estelar NGC 3603, localizado a cerca de 20000 anos-luz de distância no braço espiral Carina-Sagittarius da Via Láctea. O segundo objeto, na parte direita da imagem, é uma coleção de nuvens de gás brilhantes conhecida como NGC 3576 que localiza-se a cerca de metade da distância do aglomerado até a Terra.

O NGC 3603 é um aglomerado estelar brilhante e é famoso por ter a mais alta concentração de estrelas massivas que tem sido descoberta na nossa galáxia até então. No centro, localiza-se um sistema estelar múltiplo Wolf-Rayet, conhecido como HD 97950. Estrelas Wolf-Rayet, são estrelas que estão num estágio avançado de evolução estelar, e possuem massa a partir de 20 massas solares. Mas, apesar da sua grande massa, as estrelas Wolf-Rayet expelem uma considerável quantidade de sua matéria devido aos intensos ventos estelares, que atiram material da superfície da estrela no espaço, a uma velocidade de alguns milhões de quilômetros por hora, num mecanismo que pode ser considerado como uma dieta de proporções cósmicas.

NGC 6302




A NGC 6302 é conhecida como nebulosa Borboleta e fica na constelação de Escorpião, dentro da Via Láctea. Apesar da bela aparência, a imagem retrata a morte de uma estrela que, um dia, já teve mais de cinco vezes a massa do Sol. As “asas” são gases aquecidos a quase 2 mil graus Celsius.

A nebulosa de Órion




A nebulosa de Órion ou nebulosa de Orião, também descrita como M42 ou NGC 1976, de acordo com a nomenclatura astronômica, é uma nebulosa difusa que se encontra entre 1500 e 1800 anos-luz do Sistema Solar, e situada a sul do Cinto de Órion.1 . Foi descoberta por Nicolas-Claude Fabri de Peiresc em 1610 (anteriormente havia sido classificada como estrela - Theta Orionis). Existem muitas outras (fracas) nebulosas ao redor da nebulosa Orion e existem muitas formações de estrelas na região. A nebulosa Orion é, provavelmente, a nebulosa mais ativamente estudada do céu. O seu nome provém da sua localização na constelação Orion. Possui 25 anos-luz de diâmetro, uma densidade de 600 átomos/cm³ e temperatura de 70 K. Trata-se de uma região de formação estelar: em seu interior as estrelas estão nascendo e começando a brilhar constantemente. Há uma enorme concentração de poeira estelar e de gases nessa região, o que sugere a existência de água, pela junção de hidrogênio e oxigênio.

É uma das nebulosas mais brilhantes, e pode ser observada a simples vista sobre o céu noturno. Fica a 1.270±76 anos-luz da Terra,2 e possui um diâmetro aproximado de 24 anos-luz. Os textos mais antigos denominam-na Ensis, palavra latina que significa "espada", nome que também recebe a estrela Eta Orionis, que desde a Terra se vê muito próxima à nebulosa.3

A nebulosa de Órion é um dos objetos astronômicos mais fotografados, examinados, e investigados.4 Dela obteve-se informação determinante a respeito da formação de estrelas e planetas a partir de nuvens de poeira e gás em colisão. Os astrônomos observaram nas suas entranhas discos protoplanetários, anãs castanhas, fortes turbulências no movimento de partículas de gás e efeitos fotoionizantes perto de estrelas muito massivas próximas à nebulosa. 

Nebulosa de Hélix




Nebulosa de Hélix, também conhecida como A Hélix ou NGC 7293 é uma nebulosa planetária localizada na constelação de Aquarius.

Descoberta por Karl Ludwig Harding, provavelmente antes de 1824, essa nebulosa é uma das nebulosas mais próximas da Terra. Sua distância da Terra é de aproximadamente 700 anos-luz (215 parsec). Ela é muito parecida à nebulosa do anel, que têm tamanho, idade e características físicas parecidos à nebulosa do Haltere, sendo diferentes apenas em suas proximidades e aparência de um ângulo equatorial.A nebulosa de Hélix já foi chamada várias vezes de Olho de Deus na internet.

Durante a uma tempestade, de meteoros Leonídeos em novembro de 2002, os controladores viraram o Hubble para o proteger por cerca de meio dia. Felizmente, a Nebulosa Helix estava quase que exatamente na direção oposta à chuva de meteoros, assim o Hubble pôde fotografar a nebulosa enquanto esperava a tempestade passar.

Nebulosas planetárias como a Helix são formadas no final da vida de uma estrela (como o Sol) por uma corrente de gases que escapam da estrela morrendo.

Nebulosa Coroa Austral




A Nebulosa Coroa Austral (em inglês: Corona Australis Nebula) é uma nebulosa de reflexão localizada na constelação de corona australis. Essa nebulosa é o resultado de de algumas estrelas brilhantes que estão no interior de uma nuvem grande e empoeirada. Essa complexa nebulosa esta a uma distância de 420 anos luz da terra, uma das nebulosa de grande formação de estrelas mais próxima da terra.

Nebulosa IC 2118




IC 2118 (também conhecida como Nebulosa Cabeça de Bruxa, devido à sua forma), é uma nebulosa de reflexão extremamente fraca1 . Acredita-se que um resíduo de supernova antiga ou nuvem de gás iluminada por estrelas próximas a supergigante Rigel da constelação de Órion2 . Fica na constelação Eridanus, cerca de 900 anos-luz da Terra. A natureza das partículas de poeira, refletindo a luz azul melhor do que o vermelho, é um fator em dar o Cabeça de Bruxa sua cor azul. Observações mostram que a emissão de monóxido de carbono em toda parte substancial desta nebulosa é um indicador da presença de nuvens moleculares e a formação de estrelas na nebulos

Nebulosa Ômega



A Nebulosa Ômega, também conhecida como a Nebulosa do Cisne ou Nebulosa da Ferradura (Messier 17, NGC 6618) é uma região HII, ou seja, uma região composta de gás estelar e poeira que recentemente começou a formar novas estrelas. A nebulosa está localizada na constelação de Sagitário e foi descoberta pelo astrônomo francês Philippe Loys de Chéseaux em 1745, e catalogada pelo francês Charles Messier em 1764 em seu catálogo de objetos de aparência semelhante a cometas. A nebulosa está localizada em uma região rica em estrelas, na região sagitariana da Via-Láctea.

A Nebulosa Ômega está entre 5 000 a 6 000 anos-luz da Terra e mede cerca de 15 anos-luz de diâmetro. A nuvem de matéria interestelar onde a Nebulosa Ômega está contida tem cerca de 40 anos-luz de diâmetro. A massa total da nebulosa está estimada em 800 massas solares. Um aglomerado estelar aberto, composto de 35 estrelas, está contida na nebulosa. Sua intensa radiação causa a diminuição do gás estelar em suas vizinhanças.



Siding Spring




O Siding Spring não terá qualquer obstáculo pela frente e seu encontro com o planeta Vermelho é apenas uma questão de tempo.
Quando foi descoberto, em 3 de janeiro de 2013, ele se encontrava a 7.2 AU do Sol. Após ter sua órbita calculada, verificou-se que o cometa passaria a uma distância muito pequena do planeta Marte, até mesmo com chances de impacto, o que provocou grande euforia entre os astrônomos amadores e profissionais.
Passados 17 meses desde a sua descoberta, sabe-se que o choque contra a superfície marciana não deverá acontecer, mas a distância que o cometa chegará do planeta é realmente muito pequena. Neste momento, o cometa se encontra a 500 milhões de quilômetros de Marte e a cada dia essa distância é menor. O cálculos mostram que em 19 de outubro o Siding Spring chegará a apenas 134 mil quilômetros da superfície marciana, uma distância tão pequena que poderá envolver todo o planeta Vermelho em sua esteira de fragmentos.

Consequências: Pouco se sabe sobre o que de fato poderá acontecer. Apesar de estar praticamente descartada, é muito difícil avaliar as consequências de uma colisão direta entre o cometa e o Planeta Vermelho. Estima-se que o C/2013 A1 tenha entre 10 e 50 km de diâmetro e se move em relação a Marte a uma velocidade de 200 mil km/h. Assim, a energia cinética estimada pode ser comparada a 20 bilhões de megatons de TNT.
Um choque dessa magnitude seria capaz de produzir uma cratera de 520 km de largura por 2 km de profundidade, além de produzir alterações significativas na atmosfera marciana. A pluma de partículas levantadas também poderia encobrir o Sol por um longo período de tempo, diminuindo a temperatura do planeta.
Mesmo que a colisão não aconteça, uma passagem tão próxima também poderá provocar alterações na química marciana, já que o planeta poderá ser envolvido pela enorme coma, estimada em mais de 100 mil quilômetros de diâmetro. Isso injetaria milhões de toneladas de material orgânico na atmosfera de Marte, com consequências futuras imprevisíveis.

Do que somos feitos?

Somos poeira das estrelas, disse o astrônomo Carl Sagan, porém o que significa?

Isto significa que somos fruto de um colapso estrelar. Uma estrela no fim de sua vida agoniza e não se aguentando mais, sucumbi sobre si mesma e explode violentamente em uma supernova, é nesta explosão que seus restos são jogados ao infinito.

Se este evento parece surreal, saiba que foi dele que o carbono que há em você e o oxigênio que respira foi produzido. Se não fosse sua morte não viveríamos.

Bem, esse é o lado “dramático-indiferente” do cosmos para conosco. O lado que nos fascina é que somos feitos de poeira estrelar, isto é, somos feito do mesmo material que compõe uma estrela e uma estrela é umas das coisas mais belas do cosmos.

Uma supernova é o evento mais violento que há no cosmos e também o mais fascinante. Assim como nascemos de uma estrela também podemos ser devorados por uma. Basta que uma próxima de nós chegue ao seu fim como uma supernova.

Assim, segundo os astrônomos, toda a vida na Terra e os átomos em nossos corpos foram criados do resto de estrelas, agora mortas há muito tempo.

Elas produzem elementos pesados, e mais tarde ejetam gases para o meio estelar para que eles possam fazer parte de outras estrelas e planetas – e pessoas. Tudo bem que, se do pó viemos para o pó voltaremos, na verdade, somos agora, poeira cósmica. E isto é o mais fascinante e o mais angustiante.

“Nós estamos no Universo e o Universo está em nós, porque nós somos feitos de poeira estelar” (Neil deGrasse Tyson, Astrônomo).


Nosso pálido ponto Azul

Foto: O pálido ponto azul - Carl Sagan

"... não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem nossas modificações da superfície da Terra, nem nossas maquinas, nem nós mesmos. Desse ponto de vista, nossa obsessão com nacionalismo não aparece em evidencia. Nós somos muito pequenos na escala dos mundos, humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal. Considere novamente esse ponto. É aqui. É nosso lar. Somos nós. Nele todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram suas vidas. A totalidade da alegria e do sentimento, milhares de religiões ideológicas e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, cada criança esperançosa, inventor e explorador, cada educador, cada político corrupto, cada “líder supremo”, cada “superstar”, cada santo e pecador na historia da nossa espécie viveu ali, numa partícula de poeira... A Terra é um palco muito pequeno numa imensa arena cósmica. Pense nas infinitas crueldades infligidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de algum outro canto... Como são freqüentes seus desentendimentos, como eles estão sedentos em matar um aos outros, como fervilham seus ódios, pense nos rios de sangue derramados por todos esses generais e imperadores, para que, em gloria e triunfo, eles pudessem ser os chefes momentâneos de uma fração de um ponto. Nossas atitudes, nossa imaginaria auto importância, a ilusão de que nós temos alguma posição privilegiada no universo, são desafiadas por este ponto de luz pálido. Nosso planeta é um pontinho solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Em nossa obscuridade, em toda essa imensidão não há nenhum indicio de que a ajuda virá de algum outro lugar para salvarmos de nós mesmos. Goste disso ou não, neste momento, a Terra é onde estamos estabelecidos."...

Foto da Terra e da Lua fotografada pela sonda Cassini da NASA no dia 19 de julho de 2013.

Link da mesma imagem AMPLIADA cinco vezes: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=485075521577573&set=a.385614811523645.92113.385605028191290&type=1&theater

- Gislene Vieira


O pálido ponto azul - Carl Sagan

"... não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem nossas modificações da superfície da Terra, nem nossas maquinas, nem nós mesmos. Desse ponto de vista, nossa obsessão com nacionalismo não aparece em evidencia. Nós somos muito pequenos na escala dos mundos, humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal. Considere novamente esse ponto. É aqui. É nosso lar. Somos nós. Nele todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram suas vidas. A totalidade da alegria e do sentimento, milhares de religiões ideológicas e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, cada criança esperançosa, inventor e explorador, cada educador, cada político corrupto, cada “líder supremo”, cada “superstar”, cada santo e pecador na historia da nossa espécie viveu ali, numa partícula de poeira... A Terra é um palco muito pequeno numa imensa arena cósmica. Pense nas infinitas crueldades infligidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de algum outro canto... Como são freqüentes seus desentendimentos, como eles estão sedentos em matar um aos outros, como fervilham seus ódios, pense nos rios de sangue derramados por todos esses generais e imperadores, para que, em gloria e triunfo, eles pudessem ser os chefes momentâneos de uma fração de um ponto. Nossas atitudes, nossa imaginaria auto importância, a ilusão de que nós temos alguma posição privilegiada no universo, são desafiadas por este ponto de luz pálido. Nosso planeta é um pontinho solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Em nossa obscuridade, em toda essa imensidão não há nenhum indicio de que a ajuda virá de algum outro lugar para salvarmos de nós mesmos. Goste disso ou não, neste momento, a Terra é onde estamos estabelecidos."...

Cientistas começam a identificar poeira exótica de estrelas




As amostras foram obtidas pela espaçonave Starust Foto: BBC

Cientistas podem ter identificado as primeiras partículas conhecidas de poeira de fora do Sistema Solar. As amostras foram obtidas pela espaçonave Starust e trazidas à Terra por uma missão espacial da Nasa em 2006. Uma equipe de pesquisadores identificou nesse material sete grãos exóticos, com a ajuda de 30 mil pessoas ao redor do mundo. O material foi obtido em uma região conhecida como espaço interestelar - que fica entre estrelas - e é repleta de partículas microscópicas. Essa poeira interestelar é um produto do nascimento de estrelas, sua evolução e morte. As moléculas que a formam foram originadas no interior de estrelas formadas antes do Sol e expelidas no espaço na forma de pedras muito pequenas à medida que estas estrelas esfriavam. Agora, os cientistas podem analisar essas partículas de forma inédita. A composição e estrutura das amostras coletadas podem ajudar a explicar a origem e evolução da poeira espacial.

Análise preliminar

 Andrew Westphal, do Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia, em Berkeley, diz à BBC que "os resultados (desta análise) estão permitindo entender a complexidade e a diversidade das partículas da poeira interestelar". Uma análise preliminar realizada por Westphal e outros cientistas, publicada na revista Science, mostrou que estas particulas variam mais em tamanho, estrutura e composição química do que se pensava anteriormente com base em teorias e observações astronômicas. "Essa análise poderia facilmente ter mostrado que as partículas de poeira interestelar são similares, mas não encontramos nada disso. Elas são todas diferentes entre si." Em comparação, a poeira de cometas é mais recente. O material que forma o nosso Sistema Solar foi aquecido, misturado e transformado conforme o Sol e os planetas assumiram suas formas.


Duas missões

 A Stardust era formada por duas missões diferentes. Apesar de ser mais conhecida por seu contato com o Cometa Wild 2, a espaçonave também capturou amostras de poeira que circulavam na corrente do espaço interestelar. Essa corrente carrega partículas muito antigas e anteriores à formação do nosso Sol, de diferentes partes da nossa galáxia. A Stardust estava equipada com um aparelho conhecido como Coletor de Poeira Interestelar, um mosaico formado por 132 partes do tamanho de uma raquete de tênis e feito de um material conhecido como aerogel, o mais leve sólido produzido pelo homem. Esse material feito a partir de silício é composto 99% de espaços vazios. As partículas de poeira podem viajar a uma hipervelocidade de mais de 5km/s. Como uma rede, o aerogel captura as partículas sem vaporizá-las ao reduzir sua velocidade gradualmente. Mais de 30 mil voluntários se inscreveram no projeto Stardust@home para examinar as imagens de aerogel na busca por rastros deixados pelas partículas, que têm um diâmetro de cerca de dois milionésimos de metro.

Origem

Mas nem todas as partículas encontradas no aerogel têm origem interestelar. Os pesquisadores determinaram que quase todos os rastros haviam sido deixados por minúsculos pedaços da espaçonave, com exceção de três. Quatro outras possíveis partículas interestelares, com um tamanho de 0,4 milionésimos de metro, foram encontradas em buracos do alumínio que reveste as peças do mosaico de aerogel. As sete partículas são compostas de diferentes materiais, o que significa que cada uma delas tem sua própria história.
Fonte: TERRA

Chandra da NASA busca pela causa da explosão da supernova SN 2014J na M82

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Novos dados obtidos pelo Observatório de Raios-X Chandra, da NASA têm fornecido informações cruciais sobre o ambiente ao redor de uma das supernovas mais próximas da Terra, descoberta em décadas. Os resultados do Chandra fornecem ideias sobre a possível causa da explosão. No dia 21 de Janeiro de 2014, os astrônomos testemunharam uma supernova logo depois dela ter explodido na galáxia Messier 82, a M82. Os telescópios através do globo e no espaço viraram sua atenção para estudar essa estrela recém explodida, incluindo o Chandra. Os astrônomos determinaram que essa supernova, chamada de SN 2014J, pertence a uma classe de explosão  chamada de Supernovas do Tipo Ia.

Essas supernovas são usadas como marcadores de distância e têm um papel fundamental na descoberta da expansão acelerada do universo, que tem sido atribuída aos efeitos da energia escura. Os cientistas acreditam que todas as supernovas do Tipo Ia envolvem a detonação de uma anã branca. Uma importante questão é se a fusão na explosão acontecem quando a anã branca puxa muito material de sua estrela companheira, parecida com o Sol, ou quando duas anãs brancas se fundem. A imagem principal desse post contém dados do Chandra, onde os raios-X de baixa, média e alta energia, são mostrados em vermelho, verde e azul, respectivamente. As caixas na parte inferior da imagem mostram visões detalhadas da região ao redor da supernova nos dados obtidos, antes da explosão (esquerda) bem como nos dados obtidos em 3 de Fevereiro de 2014, depois da explosão (direita).

 A ausência de raios-X detectados pelo Chandra é uma importante pista para os astrônomos procurarem pelo mecanismo exato de como essa estrela explodiu. A não detecção de raios-X, revela que a região ao redor do local da explosão da supernova é relativamente desprovida de material. Os astrônomos esperam que se uma supernova explode devido a isso ela tem constantemente coletado material de uma estrela companheira antes de explodir, o processo de transferência de massa não seria 100% eficiente, e a anã branca mergulharia numa nuvem de gás. Se uma quantidade significante de material estivesse ao redor da estrela moribunda, a onda de explosão gerada pela supernova teria sido observada quando o Chandra foi apontado para ela, produzindo uma brilhante fonte de raios-X.

Como eles não detectaram qualquer raio-X, os pesquisadores determinaram que a região ao redor da SN 2014J é excepcionalmente limpa. Uma candidata viável para a causa da SN 2014J precisa explicar o ambiente relativamente livre de gás ao redor da estrela antes da explosão. Uma possibilidade é a fusão de duas estrelas do tipo anãs brancas, onde, nesse caso, haveria pouca transferência de massa e poluição do ambiente antes da explosão. Outra é que algumas erupções menores na superfície da anã branca limpou a região antes da supernova. Observações futuras, poucos dias depois da explosão poderiam mostrar a quantidade de gás em um volume maior, e ajudar a decidir entre esses e outros cenários.

Asteroide que desafia as leis da Física pode destruir a Terra em 2880

Fonte: Shutterstock

Um asteroide visto pela primeira vez na década de 1950, o 1950 DA, pode acabar com a Terra daqui a 866 anos, no dia 16 de março de 2880. A chance de colisão é pequena – apenas 0,3%  –, mas o que chama mesmo atenção são as características do corpo celeste, que parece desafiar as leis da Física. De acordo com uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tennesse, nos EUA, o asteroide monstro mede cerca de 1.000 metros de diâmetro e possui uma velocidade de rotação absurda: ele dá uma volta completa ao redor de si mesmo a cada duas horas e seis minutos, suficiente para que ele se desintegrasse. Inclusive, o 1950 DA gira tão rápido que chega a apresentar gravidade negativa na altura de seu equador.

 Se por acaso um astronauta desavisado tentasse chegar até sua superfície, ele seria arremessado para o espaço. Mas como o asteroide permanece intacto e não se desintegra, como seria o esperado? Segundo os cientistas, estudos para determinar a temperatura e a densidade do 1950 DA levaram à conclusão de que ele apresenta forças coesivas – conhecidas como “forças de van der Waals” –, as quais possibilitam que suas moléculas fiquem unidas.

“Se apenas a gravidade estivesse segurando esse monte de pedras juntas, como geralmente acontece, elas iriam sair voando cada uma para um lado. Portanto, forças coesivas interpartículas devem estar mantendo a união”, explicou o pesquisador Ben Rozitis. Esse tipo de forças coesivas já foi estimado matematicamente em asteroides pequenos, mas ainda não há uma prova definitiva de que elas realmente existam. “Entender o que segura esse asteroide intacto pode ajudar a desenvolver estratégias para evitar futuros impactos”, completou o cientista.

A pesquisa também mostra que algumas técnicas para tentar destruir o asteroide podem causar efeitos ainda piores. Por exemplo, colocar um objeto de grandes proporções no caminho do 1950 DA interferiria nas forças coesivas, fazendo com que o corpo celeste se dividisse em vários asteroides menores que também poderiam se chocar contra a Terra. Estima-se que o asteroide cairia por aqui com uma velocidade de 60 mil quilômetros por hora, causando uma explosão com força de 44,8 mil megatoneladas de TNT – quase 2 milhões de vezes mais do que a bomba atômica de Nagasaki.

Embora a probabilidade de choque contra a Terra seja de apenas 0,3%, isso significa que o corpo possui um risco de impacto 50% maior do que os outros asteroides. Apesar dos números espantosos, os cientistas afirmam que não há por que se preocupar. Caso se mostre necessário desviar a trajetória do 1950 DA, temos tempo suficiente para utilizar um método simples como cobrir a superfície com pó de carvão ou giz – isso mudaria sua refletividade e permitiria que a luz do sol tirasse o corpo celeste do caminho da Terra.

Pulsos de radiação iluminam buraco negro




Astrónomos mediram com precisão - e, portanto, confirmaram a existência de - um raro buraco negro de massa intermédia com cerca de 400 vezes a massa do nosso Sol numa galáxia a 12 milhões de anos-luz da Via Láctea. A descoberta, publicada no passado dia 17 de Agosto na revista Nature, usa uma técnica nunca antes aplicada desta maneira, e abre a porta para novos estudos sobre estes objectos misteriosos.

Esta imagem da galáxia M82 é uma composição de dados do Observatório de Raios-X Chandra, do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial Spitzer. O buraco negro de massa intermédia M82 X-1 é o objecto mais brilhante na ampliação do canto superior direito, aproximadamente às 2 horas do centro da galáxia. Crédito: NASA/H. Feng et al.

O Universo tem tantos buracos negros que é impossível contá-los todos. Só na nossa Galáxia podem existir 100 milhões destes objectos astronómicos. Quase todos os buracos negros pertencem a uma de duas classes: grande e colossal. Os astrónomos sabem que os buracos negros que variam entre cerca de 10 vezes e 100 vezes a massa do nosso Sol são os remanescentes de estrelas moribundas, e que os buracos negros supermassivos, com mais de um milhão de vezes a massa do Sol, habitam os centros da maioria das galáxias.

Mas espalhados pelo Universo como oásis no deserto, estão alguns buracos negros aparentemente de um tipo mais misterioso. Variando desde uma centena de vezes até algumas centenas de milhares de vezes a massa do Sol, estes buracos negros de massa intermédia são tão difíceis de medir que até a sua existência é por vezes contestada. Pouco se sabe sobre como se formam. E alguns astrónomos questionam se se comportam como outros buracos negros. Agora, uma equipa de astrónomos conseguiu medir com precisão - e assim confirmar a existência de - um buraco negro com aproximadamente 400 vezes a massa do nosso Sol numa galáxia a 12 milhões de anos-luz da Terra.

A descoberta, pelo estudante de astronomia Dheeraj Pasham e dois colegas, da Universidade de Maryland, EUA, foi publicada online no dia 17 de Agosto na revista Nature.O co-autor Richard Mushotzky, professor de astronomia da mesma universidade, diz que o buraco negro em questão é uma versão ideal desta classe de objectos. Os objectos nesta escala são os menos esperados de todos os buracos negros," afirma Mushotzky. "Os astrónomos têm vindo a perguntar, será que estes objectos existem ou não? Quais são as suas propriedades? Até agora não tínhamos dados para responder a estas questões." Apesar do buraco negro de massa intermédia que a equipa estudou não ser o primeiro medido, é o primeiro a ser medido com precisão, realça Mushotzky, "estabelecendo-o como um exemplo interessante desta classe de buracos negros."

Um buraco negro é uma região no espaço que contém uma massa tão densa que nem mesmo a luz pode escapar à sua gravidade. Os buracos negros são invisíveis, mas os astrónomos podem encontrá-los ao acompanhar a atracção gravitacional que exercem sobre outros objectos. A matéria que é puxada na direcção do buraco negro reúne-se em seu redor como detritos de uma tempestade que giram em redor do centro de um tornado. Estes materiais cósmicos entram em contacto uns com os outros e produzem fricção e radiação, o que faz com que as regiões imediatamente próximas do buraco negro estejam entre as mais brilhantes do Universo.

Desde a década de 1970 que os astrónomos observam algumas centenas de objectos que pensam ser buracos negros de massa intermédia. Mas não conseguiam medir a sua massa, por isso não podiam ter a certeza. "Por razões que são muito difíceis de explicar, estes objectos têm resistido às técnicas de medição padrão," comenta Mushotzky. Pasham, que completará o seu doutoramento no dia 22 de Agosto, focou-se num objecto em Messier 82, uma galáxia na constelação de Ursa Maior. M82 é a galáxia "starbust" (galáxia que atravessa um período de formação estelar excepcionalmente activo) mais próxima da Via Láctea, onde estrelas jovens estão em formação.

Desde 1999 que um observatório espacial da NASA, o Observatório de Raios-X Chandra, detecta raios-X em M82 a partir de um objecto brilhante prosaicamente apelidado M82 X-1. Os astrónomos, incluindo Mushotzky e o co-autor Tod Strohmayer do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, suspeitam há já quase uma década que o objecto era um buraco negro de massa intermédia, mas as estimativas da sua massa não eram suficientemente definitivas para o confirmar. Entre 2004 e 2010, o telescópio espacial RXTE (Rossi X-Ray Timing Explorer) da NASA observou M82 X-1 cerca de 800 vezes, registando partículas individuais de raios-X emitidas pelo objecto. Pasham mapeou a densidade e comprimento de onda dos raios-X em cada sequência, agrupou-as e analisou os resultados.

Entre o material que orbita o alegado buraco negro, avistou dois surtos repetidos de radiação. Os surtos mostravam um padrão rítmico de pulsos, um ocorrendo 5,1 vezes por segundo e outro 3,3 vezes por segundo - ou uma proporção de 3:2. As duas oscilações foram como duas partículas de poeira presas nos sulcos de um disco de vinil a ser tocado num gira-discos, realça Mushotzky. Se as oscilações fossem batidas musicais, produziriam um ritmo sincopado específico. Os astrónomos podem usar a oscilação de radiação 3:2 para medir a massa de um buraco negro. A técnica tem sido usada em buracos negros mais pequenos, mas nunca tinha sido aplicada para buracos negros de massa intermédia.

Pasham usou as oscilações para estimar que M82 X-1 tem 428 vezes a massa do Sol, com mais ou menos 105 massas solares. Ele não propõe uma explicação para como esta classe de buracos negros se forma. "Precisávamos primeiro de confirmar a sua existência por meio de observações," afirma. "Agora, os teóricos podem começar a trabalhar. Embora o telescópio Rossi já não esteja operacional, a NASA planeia lançar um novo telescópio de raios-X, o NICER (Neutron Star Interior Composition Explorer), daqui a cerca de dois anos, a ser acoplado à Estação Espacial Internacional. Pasham, que começará uma posição de pesquisa de pós-doutorado no Centro Goddard da NASA no final de Agosto, identificou seis potenciais buracos negros de massa intermédia que o NICER poderá explorar.

O planeta Mercúrio pintado de azul e amarelo em imagens da Sonda MESSENGER

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Essa imagem, mostra a porção norte da Rachmaninoff, apresentando uma possível abertura vulcânica para o leste e uma expansão do terreno que aparece azul nessa imagem colorida para oeste. A coloração laranja amarelada da depressão e a forma irregular são similares a outras possíveis aberturas vulcânicas em Mercúrio. Para o oeste da grande abertura está uma cratera com uma depressão irregular laranja em seu assoalho que pode também ser uma abertura. Aberturas vulcânicas em Mercúrio são evidências que indicam vulcanismo explosivo que prevaleceu no passado do planeta.

A imagem acima foi adquirida como uma observação colorida planejada de alta resolução. Observações planejadas coloridas são imagens feitas de pequenas áreas da superfície de Mercúrio com resoluções maiores que 1 quilômetro por pixel, que são usadas no mapa base de 8 cores. Durante a missão primária de um ano da sonda MESSENGER, centenas de observações coloridas planejadas foram obtidas. Durante a missão estendida da sonda MESSENGER, observações coloridas planejadas de altas resoluções são mais raras, já que o mapa base de 3 cores cobriu o hemisfério norte de Mercúrio com a mais alta resolução possível para as imagens coloridas.

Terrenos contrastantes no cometa CHURYUMOV-GERASIMENKO

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Onde Philae deve pousar? Enquanto a sonda robótica da ESA Rosetta circula em torno do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma decisão deve, eventualmente, ser feita a respeito de onde seu aterrissador mecânico deve tentar atracar. Alcançando o cometa no início deste mês, a Rosetta está enviando de volta imagens detalhadas de núcleo incomum deste copro a partir do qual um local de pouso suave será selecionado.

Na foto acima, perto da parte superior da imagem, a “cabeça” do núcleo do cometa mostra sulcos escarpados, enquanto na parte inferior da imagem, o “corpo” mostra uma manta de áreas em forma de retalhos, por vezes separados por montes irregulares. Algumas das áreas de retalhos evidentes sobre a cabeça e o corpo parecem ter campos de relevo relativamente suaves.

No entanto, na área de ligação da chamada de “o pescoço”, visível através do centro da imagem, uma parte relativamente grande com terreno liso e de cor clara aparece, pontuado ocasionalmente por grandes pedregulhos. A Rosetta está programada para liberar Philae ao núcleo do cometa escuro, do tamanho de uma montanha, com uma data de desembarque prevista para novembro.

Uma paisagem espetacular de formação estelar



Esta imagem obtida pelo instrumento Wide Field Imager, no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, mostra duas regiões de formação estelar na Via Láctea austral. A primeira destas regiões, à esquerda, é dominada pelo enxame estelar NGC 3603 e situa-se a 20 000 anos-luz de distância, no braço em espiral Carina-Sagitário da nossa Via Láctea. A segunda, à direita, trata-se de uma coleção de nuvens de gás brilhante conhecida pelo nome de NGC 3576 e situa-se a apenas metade da distância a que primeira região se encontra da Terra. O NGC 3603 é um enxame estelar muito brilhante, famoso por ter a mais alta concentração de estrelas massivas descobertas na nossa Galáxia até agora.

No seu centro situa-se um sistema estelar múltiplo Wolf-Rayet, conhecido por HD 97950. As estrelas Wolf-Rayet encontram-se num estado avançado de evolução e apresentam massas a partir de 20 vezes a massa solar. No entanto, apesar da sua elevada massa, estas estrelas libertam uma quantidade considerável de matéria, devido a intensos ventos estelares, que enviam o material da superfície estelar para o espaço a velocidades de vários milhões de quilómetros por hora, no que pode ser considerado uma dieta drástica de proporções cósmicas.

O NGC 3603 situa-se numa região de formação estelar muito ativa. As estrelas nascem em regiões do espaço escuras e poeirentas, escondidas da vista. À medida que as estrelas muito jovens começam a brilhar e limpam os casulos de material que as rodeiam, tornam-se visíveis e dão origem a brilhantes nuvens de material circundante, conhecidas por regiões HII. As regiões HII brilham devido à interação entre a radiação ultravioleta emitida pelas estrelas jovens quentes brilhantes e as nuvens de gás de hidrogénio. As regiões HII podem ter um diâmetro de várias centenas de anos-luz e a região HII que rodeia a NGC 3603 tem a particularidade de ser a mais massiva da nossa Galáxia.

Este enxame foi observado pela primeira vez por John Herschel a 14 de março de 1834 perto da Cidade do Cabo, durante a sua expedição de três anos para mapear o céu austral de forma sistemática. Este astrónomo descreveu o objeto como extraordinário e pensou que poderia tratar-se de um enxame estelar globular. Estudos posteriores mostraram que não se trata de um enxame globular velho, mas sim de um jovem enxame aberto, um dos mais ricos conhecidos. A nebulosa NGC 3576, situada no lado direito da imagem, encontra-se igualmente no braço em espiral de Carina-Sagitário da Via Láctea, no entanto está apenas a 9000 anos-luz de distância da Terra - muito mais perto que o NGC 3603, mas aparece próximo deste no céu.

A NGC 3576 apresenta dois enormes objetos curvos que parecem os chifres de um bode. Estes estranhos filamentos são o resultado de ventos estelares emitidos por estrelas quentes e jovens que se situam nas regiões centrais da nebulosa e que lançam gás e poeira para o exterior a centenas de anos-luz de distância. Duas regiões escuras, conhecidas por glóbulos de Bok, são também visíveis neste vasto complexo de nebulosas. As nuvens pretas próximo do topo da nebulosa são igualmente potenciais locais de futura formação estelar.  A NGC 3576 foi também descoberta por John Herschel em 1834, fazendo com que este fosse um ano particularmente produtivo e visualmente recompensador para o astrónomo inglês.

Bóson de Higgs também poderia explicar a primeira expansão do Universo

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Desde que o bóson de Higgs foi flagrado em ação pela primeira vez, muitas especulações foram feitas a seu respeito. A mais recente delas está sendo proposta pelos pesquisadores Fedor Bezrukov, do Centro de Pesquisa Riken-BNL, e Mikhail Shaposhnikov, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne. Segundo eles, o bóson de Higgs, que foi recentemente confirmado como a origem da massa, também pode ser responsável pela expansão e pela forma que o universo tomou logo após o Big Bang. De acordo com Bezruko, “há uma conexão intrigante entre o mundo explorado em aceleradores de partículas de hoje e os primeiros momentos de existência do universo”.


Bóson de Higgs e a expansão do Universo

O universo começou com a famosa e gigante explosão conhecida como Big Bang, e vem se expandindo progressivamente desde então. Essa expansão é equilibrada de tal maneira que a sua forma é plana e não inclinada, o que, segundo os pesquisadores do assunto, só pode ser o caso de uma distribuição muito específica da densidade da matéria. O acoplamento entre o bóson de Higgs e outras partículas fundamentais fornece massa. Nos primeiros momentos do universo, no entanto, esse acoplamento entre o campo de Higgs e a gravidade acelerou o processo de expansão do mesmo.

Um parâmetro importante para entendermos esse acoplamento é a massa do Bóson de Higgs.

Experiências realizadas no acelerador de partículas do CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) mostraram que a massa do bóson de Higgs é muito próxima de um valor crítico que separa dois tipos possíveis de universo: o estável, que nós conhecemos, ou um potencialmente instável. Bezrukov e Shaposhnikov já estudaram as implicações decorrentes da massa de Higgs estar perto desse limite crítico e o impacto que isso tem sobre a expansão do universo. Através de argumentos teóricos, eles concluíram que, como a massa do bóson de Higgs se aproxima do valor crítico, as ondas gravitacionais do Big Bang tornam-se fortemente reforçadas.

Sob este ponto de vista, o Big Bang é visto como o criador de muitas ondas gravitacionais que atuam como ondas no espaço e no tempo, e são justamente essas ondas que são amplificadas por um Higgs de massa quase crítica. Experimentalmente falando, a influência do bóson de Higgs poderia ter implicações significativas para a observação de ondas gravitacionais – aspecto este que havia escapado dos físicos até recentemente, quando uma análise de dados obtidos pelo telescópio BICEP2 perto do Pólo Sul sugeriu os primeiros sinais de ondas gravitacionais na radiação cósmica de fundo que preenche o universo.

O resultado da análise dos dados fornecidos pelo BICEP2, no entanto, está longe de ser absoluto, já que levanta o debate eterno sobre se o sinal extremamente fraco de ondas gravitacionais poderia realmente ser detectado desta forma. Os efeitos de uma massa quase crítica de Higgs, contudo, poderiam colocar um fim nesta discussão. “A massa de Higgs no limite crítico poderia explicar o resultado do BICEP2“, explica Bezrukov. Poderia. Mas, por enquanto, permanecemos com a cabeça cheia de perguntas, poucas respostas e muitas possibilidades.

Marte se aproxima da Terra e ficará maior que a Lua cheia. Será?




Gráfico compara os tamanhos aparentes de Marte e da Lua cheia. Créditos: Apolo11.com.

Todos os anos circula pela internet um boato afirmando que no dia 27 de agosto o Planeta Vermelho vai se aproximar tanto da Terra que seu tamanho será comparável ao da Lua Cheia. Será que isso é verdade ou não passa de mais uma pegadinha de internet?

Naturalmente, isso não é verdade.

Há bilhões de anos, Marte e Terra giram ao redor do Sol. Marte em uma orbita ligeiramente mais achatada e a Terra em uma trajetória praticamente circular. A cada 26 meses os dois planetas se aproximam um pouco mais um do outro, sendo que as distâncias envolvidas não são constantes. Durante os momentos da máxima aproximação, as distâncias entre Marte e Terra podem ficar realmente pequenas, da ordem de até 70 milhões de quilômetros. Ninguém sabe exatamente como essa história começou, mas o fato é que sempre que o dia 27 de agosto se aproxima, o mesmo boato da aproximação máxima se repete, dando conta que a distância entre os dois planetas será de apenas 54 milhões de quilômetros.

Carta Celeste Marte 27 de agosto de 2014

Carta Celeste Marte 27 de agosto de 2014

Carta celeste retrata o céu do quadrante oeste em 27 de agosto de 2014 as 21 horas. Créditos: Apolo11.com.

A maior aproximação entre Marte e Terra ocorreu em 27 de agosto de 2003, quando a distância mínima entre os dois planetas foi de apenas 56 milhões de km, a maior aproximação desde o Homem de Neandertal, há 60 mil anos. Uma aproximação como essa só ocorrerá novamente em 2287! Mesmo durante a aproximação de 2003, Marte não passou de uma mini bolinha quando comparada ao tamanho da Lua.

Como será o céu?

Agora que você já sabe que Marte não ficará nunca do tamanho da Lua cheia, relaxe. O céu reserva diversas atrações verdadeiras. No dia 27 de agosto de 2014, quarta-feira, Marte estará visível, alto no céu, a partir do momento em que o Sol se pôr. Como mostra a carta celeste das 21 horas desse dia, o Planeta Vermelho estará super bem acompanhado de Saturno no quadrante oeste e vê-los tão próximos renderá boas fotos. Acima da dupla, a gigantesca estrela Antares presente no centro da constelação do Escorpião, domina o cenário. Olhando em direção ao sul o Cruzeiro é a grande vedete e será facilmente localizado logo abaixo das duas estrelas mais brilhantes da constelação do Centauro. Um espetáculo verdadeiro, de encher os olhos. E sem Lua Cheia!

Novo mapa de Tritão, e estranha lua de Netuno



A sonda Voyager 2 da NASA deu-nos o primeiro olhar de perto de Neptuno e da sua lua, Tritão, no Verão de 1989. Como um filme antigo, as imagens históricas de Tritão pela Voyager foram "restauradas" e usadas para construir o melhor mapa de sempre desta lua estranha. O mapa, produzido por Paul Schenk, cientista do Instituto Lunar e Planetário em Houston, EUA, também foi usado para fazer um vídeo que recria o encontro histórico da Voyager, que ocorreu há 25 anos, no dia 25 de Agosto de 1989. O novo mapa de Tritão tem uma resolução de 600 metros por pixel. Aumentaram o contraste mas as cores são uma boa aproximação das cores naturais de Tritão. Os "olhos" da Voyager vêm cores ligeiramente diferentes das do olho humano, e este mapa foi produzido usando imagens obtidas em filtros laranja, verde e azul.

Em 1989, a maior parte do hemisfério norte estava na escuridão e por isso não foi visto pela Voyager. Devido à velocidade da visita da sonda e da lenta rotação de Tritão, apenas um hemisfério foi visto claramente a curtas distâncias. O resto da superfície ou estava na escuridão ou foi visto de modo desfocado. A produção do novo mapa de Tritão foi inspirado em antecipação do encontro da sonda New Horizons da NASA com Plutão, daqui a pouco menos de um ano. Entre as melhorias do mapa estão actualizações da precisão de características locais, o melhoramento da definição de detalhes à superfície ao remover alguns dos efeitos de esbatimento da câmara, e melhor processamento de cores.

Embora Tritão seja uma lua de um planeta e Plutão seja um planeta anão, Tritão serve como uma espécie de previsão para o encontro com Plutão. Embora ambos os corpos tenham origem no Sistema Solar exterior, Tritão foi capturado por Neptuno e passou por uma fase térmica radicalmente diferente da de Plutão. O aquecimento de marés provavelmente derreteu o interior de Tritão, produzindo os vulcões, fracturas e outras características geológicas que a Voyager viu na sua superfície gelada.

É improvável que Plutão seja uma cópia de Tritão, mas algumas das mesmas características podem estar presentes. Tritão é ligeiramente maior que Plutão, tem uma densidade interna e composição muito semelhantes, e tem os mesmos elementos voláteis a baixa temperatura na sua superfície gelada. A composição da superfície de ambos os corpos inclui monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano e gelos de azoto.

A Voyager também descobriu plumas atmosféricas em Tritão, o que a torna num dos corpos activos conhecidos do Sistema Solar exterior, juntamente com as luas Io, de Júpiter, e Encelado em Saturno. Os cientistas vão observar Plutão no ano que vem para ver se se junta a esta lista. Vão também comparar o contraste de Plutão com Tritão, e como as suas histórias diferentes moldaram as superfícies que vemos. Embora seja uma rápida passagem rasante, o encontro da New Horizons com Plutão, previsto para o dia 14 de Julho de 2015, não será uma repetição do "flyby" da Voyager mas mais uma espécie de sequela e "reboot", com uma nave espacial nova e tecnologicamente mais avançada e, ainda mais importante, um novo elenco de personagens.

Essas personagens são Plutão e a sua família de cinco luas conhecidas, todas as quais serão observadas de perto pela primeira vez no próximo Verão. Tritão pode não ser uma pré-visualização perfeita do que está por vir, mas serve como uma prequela para o "blockbuster" cósmico esperado por parte da New Horizons, quando chegar a Plutão no próximo ano.Em mais um marco histórico para a missão Voyager, o dia 25 de Agosto também assinala o segundo aniversário da entrada da Voyager 1 no espaço interestelar.

Telescópio capta nuvem de cores na explosão de supernova


Imagem feita a partir de uma supernova captada pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia mostra nuvem de poeira colorida. Informação em infravermelho do fotômetro de imagem do telescópio Spitzer, da Nasa, em ondas de 24 e 70 microns surgem em vermelho e verde e raios X do XMM-Newton em um alcance de 0.3 a 8 kiloelectron volts em azul.  Os resultados destrutivos da explosão de uma poderosa supernova aparecem revelados nesta mistura delicada de raios infravermelhos e raios X.

A imagem divulgada pela Nasa (Agência especial americana) nesta quinta-feira (21) foi feita pelo telescópio espacial Spitzer em conjunto com o Observatório de Raios X Chandra e pelo Centro de Operações XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia.  Em sua descrição, a Nasa referiu-se à nuvem como "uma onda de choque irregular, gerada por uma supernova que teria ocorrido há 3.700 anos na Terra. O material restante, chamado Puppis A, está a aproximadamente 7.000 anos-luz daqui e a onda de choque a dez anos-luz.  As partículas de poeira são responsáveis pela maior parte das ondas de raio infra-vermelho, que aparece em verde e vermelho na imagem.  Os materiais aquecidos pela onda de choque da supernova emitem raios X, que são vistos na cor azul. 

As regiões onde as emissões de raios infravermelhos e raios X se misturam surgem em tons pasteis mais claros.  Segundo os pesquisadores da Nasa, pelo brilho infravermelho, os astrônomos encontraram uma quantidade de poeira na região equivalente a um quarto da massa do nosso sol. Pelos dados coletados pelo espectrômetro do Spitzer, é possível ver como a onda de choque quebra os grãos de poeira que preenchem o espaço ao redor.  As explosões de supernovas oferecem muitos elementos para que as gerações futuras de estrelas e planetas que vão se formar. Ao estudar como o material resultante da supernova se expande em uma galáxia e interage com outros materiais também oferece pistas sobre a origem do nosso universo.

Entre a alma e o coração, o belo cometa Jacques

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No dia 13 de Julho de 2014, um bom lugar para observar o Cometa Jacques, foi o planeta Vênus. O então recém descoberto visitante (C/2014 E2) ao sistema solar interno passou a uma distância de 14.5 milhões de quilômetros do nosso planeta irmão. Quando estiver de saído do sistema solar interno o cometa passará a 84 milhões de quilômetros do planeta Terra, no dia 28 de Agosto de 2014, mas mesmo assim, já é um alvo interessante para binóculos e telescópios. A dois dias atrás, a coma esverdeada do Jacques e a reta e fina cauda de íons foram capturadas nessa bela imagem telescópica, uma simples imagem de longa exposição de 2 minutos com uma câmera digital modificada. O cometa é visto ladeado pela IC 1805 e pela IC 1848, também conhecidas como as Nebulosas do Coração e da Alma da Cassiopeia.

Se você estiver no planeta Terra nesse final de semana, pode tentar procurar o cometa Jacques no céu noturno, ou observar Vênus, Júpiter e a Lua crescente que formarão um belo triângulo no céu antes do amanhecer. Para quem não sabe o cometa Jacques foi descoberto pelo Cristóvão Jacques, astrônomo brasileiro que junto com seus colegas fez essa e outra descoberta de cometa utilizando o já famoso Observatório SONEAR, localizado no interior de Minas Gerais. Esse observatório é totalmente brasileiro, desde o instrumento, até o software que registra o céu. O Cristóvão é um dos belos exemplos de que se o governo não se interessa nenhum pouco por ciência, nós não podemos desistir. Todo o observatório foi construído com recursos próprios e vem fazendo um belo trabalho. Esse ano, já descobriu dois cometas e uma série de NEOs, ou Near Earth Objects, os asteróides que ameaçam a nossa segurança no nosso tranquilo pálido ponto az

sábado, 16 de agosto de 2014

A incrível história de uma estrela que virou planeta !

A estrela que virou planeta

Os avanços da astronomia criaram um problema inusitado de taxonomia estelar, ou seja, de classificação de objetos. Assim: com a melhoria da capacidade dos instrumentos científicos, mas também dos modelos teóricos de formação de estrelas, os astrônomos continuamente foram empurrando o limite inferior de massa das estrelas. Simplificando, astrônomos foram descobrindo cada vez mais estrelas cada vez menores. Aí surgiu a discussão, qual deveria ser o valor da massa mínima para que um corpo celeste pudesse ser classificado como estrela. Por definição, um corpo celeste é considerado estrela se ele tem massa suficiente para produzir energia através de fusão nuclear, juntando átomos de hidrogênio e formando átomos de hélio, nos casos mais simples. É possível haver fusão de átomos mais pesados se fundindo em outros mais pesados ainda, no interior de estrelas de muita massa. Com esse processo é possível produzir até átomos de ferro. Por conta dos detalhes da física nuclear, produzir átomos mais pesados que o ferro não gera energia, mas sim a consome. Se a estrela chega a esse ponto ela se torna uma supernova, numa explosão tão poderosa que pode criar uma estrela de nêutrons ou mesmo um buraco negro, mas também produz todos os elementos da tabela periódica.

Mas, qual o valor da massa que um corpo celeste deve ter para que as condições necessárias para haver fusão de nuclear ocorra? Modelos teóricos dizem que 75 vezes a massa de Júpiter, mas esse valor pode vaiar, e muito, de acordo com a composição química da estrela. Para piorar, em 1988 foi descoberto um objeto de massa sub estelar que foi classificado como uma Anã Marrom. Essa classe de objetos têm massas variando entre 12 e 80 vezes a massa de Júpiter. Isso é muito pouco para produzir a fusão do hidrogênio comum, mas com 13 massas de Júpiter, um corpo é capaz de fundir o deutério, um isótopo do átomo de hidrogênio. Anãs Marrons com mais de 65 massas de Júpiter conseguem fundir átomos de lítio.

E aí? Como fica agora? Se a definição inicial dizia que uma estrela é o corpo celeste que consegue produzir energia por fusão nuclear, as Anãs Marrons não deveriam ser consideradas estrelas? Ou esses corpos deveriam ser considerados Júpiteres gigantes? Alguns astrônomos acham que não, aqueles que pensam justamente nos processos de fusão nuclear dizem que são estrelas. Já outros, que pensam nos processos de formação de estrelas acham que sim, que não passam de Júpiteres bombados.

Polêmicas à parte, o que ocorre é que não existe uma linha bem definida que separe estrelas de (exo)planetas, mas sim uma extensa faixa cinza. Para se ter uma ideia, a Anã Marrom mais massiva tem 29 vezes a massa de Júpiter, portanto é capaz de produzir energia através da fusão nuclear de deutério, mas é considerado o exoplaneta mais massivo já descoberto. Bom, se já é difícil dizer quem é Júpiter gigante e quem é estrela, o que dizer de um corpo celeste que tenha nascido com cara de estrela, mas hoje poderia ser classificado como planeta?

Esse é o caso do objeto WISE J0304-2705, descoberto por um time internacional de astrônomos liderado por David Pinfeld da Universidade de Hertfordshire, Inglaterra. Classificado inicialmente como uma Anã Marrom da classe mais fria possível, o espectro de J0304 mostrou que ele tinha características de uma estrela muito antiga e que passou por um processo de esfriamento ao longo de bilhões de anos e hoje é quente o suficiente para ferver água, apenas.

De acordo com a linha do tempo traçada por Pinfeld e colaboradores, durante os primeiros 20 milhões de anos de vida dessa (ainda) estrela, sua temperatura era de 2.800 graus Celsius, o mesmo que uma Anã Vermelha. Depois de 100 milhões de anos a temperatura baixou para 1.500 graus e nuvens de silicatos começaram a se condensar em sua atmosfera. Isso mesmo, nuvens de poeira começaram as se formar. Com uma idade de um bilhão de anos a temperatura já era de mil graus, fazendo com que nuvens de metano e vapor d'água trouxessem as características típicas de uma Anã Marrom. Desde então, J0304 esfriou até chegar a uma temperatura entre 100 e 150 graus Celsius.

Esse objeto tem entre 20-30 vezes a massa de Júpiter, o que a faria uma Anã Marrom, mas com uma temperatura baixa assim, lembre-se que Vênus tem por volta de 450 graus, J0304 está mais para um planeta e não pode realizar qualquer fusão nuclear. Situado a uma distância entre 33 e 55 anos luz de distância, esse é o primeiro objeto conhecido a cruzar a linha cinza entre estrelas e planetas e é o primeiro caso de uma estrela que virou planeta.

Albíreo uma das melhores estrelas duplas do céu !




Albireo, na constelação do Cisne, é provavelmente a estrela dupla mais bonita do céu.
Para conseguirmos resolvê-la necessitamos de uns binóculos com uma abertura superior a 50mm, montados num tripé, ou de um telescópio.
O seu nome original era Al Minhar al Dajajah, ou seja o bico da ave, embora os romanos lhe chamassem Ireo, talvez devido a uma de
ficiente tradução/interpretação do nome árabe.

Albireo situa-se a cerca de 385 anos-luz de nós, ou seja, a imagem que agora chega até nós, teve origem quando Galileo apontava o seu telescópio para os céus...
A gigante amarelo/alaranjada é muito mais brilhante que a sua companheira anã azul/esverdeada, se bem que esta última seja cerca de 3 vezes mais quente que a primeira.

Você sabia ? Em 2015 será o Ano internacional da Luz




A Assembleia Geral das Nações Unidas acaba de proclamar 2015 como o Ano Internacional da Luz, para celebrar a luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico.

O objetivo é promover o conhecimento sobre o papel essencial que a luz desempenha em nossas vidas e assinalar, como refere a resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU, algumas datas científicas importantes, que coincidentemente fazem aniversários “redondos” nessa altura.

O monstro magnético NGC 1275




Esta bela imagem da NGC 1275 foi registrada através do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA para as pesquisas de julho e agosto de 2006. 

Fornecendo mais detalhes da aparência dos frágeis filamentos, que aparecem como uma estrutura avermelhada em torno do brilhante centro da galáxia. 

Estes finos filamentos são belos, apesar de estarem cercados de gás, com temperaturas altas, de aproximadamente 55 milhões de graus Celsius. 

A galáxia está suspensa em um campo magnético que mantém sua estrutura e demonstrando como a energia do buraco negro central é transferida para o gás circundante. 

Observando a estrutura dos filamentos, os astrônomos foram capazes, pela primeira vez, de estimar a força do campo magnético. 

Por esses dados, eles demonstraram como os campos magnéticos extragalácticos têm estabilizado a estrutura dos filamentos contra o colapso causado por forças gravitacionais ou a violência do aglomerado circundante durante seu tempo de vida de 100 milhões de anos. 

Esta é a primeira vez que os astrônomos foram capazes de diferenciar os segmentos individuais que compõem os filamentos. 

Surpreendentemente, eles distinguiram os segmentos por 200 anos-luz. 

Por outro lado, os filamentos vistos aqui podem ter 200.000 anos-luz de comprimento. 

A imagem inteira é de aproximadamente 260.000 anos-luz. 

Há também na imagem, impressionantes faixas de poeira separando-se da galáxia espiral. 

Conclui se que a parte do caminho espiral da galáxia (vista de frente deste angulo) foi interrompida por forças da maré gravitacional dentro da galáxia. 

Vários filamentos marcantes de estrelas azuis são vistos cruzando a imagem.

Planeta Terra - Uma Criatura Viva



Nós sempre observamos imagens de clima extremo feitas desde o espaço. Mas nenhuma delas poderiam nos preparar para o vídeo acima que acaba de ser lançado pelo Scientific Visualization Studio da NASA. Usando dados reais, as nuvens renderizadas volumetricamente nessa simulação mostram sete dias em 2005, quando um tufão de categoria 4 se desenvolveu na costa da China.


Messenger faz imagens de Mercúrio




No começo de seu sobrevoo, a sonda MESSENGER passou pela região polar norte de Mercúrio, onde numerosas e pequenas crateras secundárias de impacto estão presentes. Após cobrir mais de 280 km sobre essa superfície repleta de crateras, a sonda MESSENGER sobrevoou duas crateras maiores logo ao norte da cratera Yoshikawa. Acredita-se que essas duas crateras, juntamente com muitas outras crateras na região abrigam gelo de água nos seus interiores que ficam permanentemente nas sombras. A sonda MESSENGER continuou sua órbita sobrevoando um terreno acidentado. As planícies suaves observadas na sequência fazem parte da bacia de impacto Lismer. Finalmente, a sonda imageou mais do terreno acidentado da região polar norte, capturando o interior de duas grandes crateras sem nome, vistas como feições circulares pretas no mosaico devido a presença de sombras persistentes.

Messier 82



Messier 82 é uma galáxia irregular localizada a cerca de doze milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Ursa Maior.

A Lua é maior do que parece ?

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Algumas notícias sensacionalistas sobre a super Lua passam a ideia ERRADA de que ela é muito maior do que uma Lua cheia usual.

A razão entre diâmetro angular da super Lua (Lua cheia no perigeu) pelo diâmetro angular da “mini” Lua (Lua cheia no apogeu) é cerca de 1,14.

Portanto, a Lua quando observada em máxima aproximação da Terra é na melhor da hipóteses 14% maior em diâmetro de que a menor Lua que observamos. Na verdade o que interessa para a nossa percepção é a área área do disco lunar e esta depende do quadrado do diâmetro. Refazendo os cálculos, a maior Lua cheia observada é cerca de 30% maior do que a menor Lua cheia observada.


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Na figura é possível comparar os diâmetros de duas luas cheia, ocorridas em 28 agosto de 2012 no apogeu e em 23/06/2013. Esta última é super lua referida na pergunta As fotos foram realizadas por Diego de Bastiani, acadêmico de Física da UNOCHAPECÓ. Os diâmetros nas fotos estão de acordo com a razão esperada, isto é, a razão entre o maior e o menor diâmetro vale 1,14.

É possível viajar no tempo ?



Viagem no tempo ( se mover em diferentes direções no tempo) se tornou um tópico muito popular em filmes e séries de ficção cientifica por décadas. Vemos em ”Doctor Who”, ”Star trek” e ”Back to the future” (De volta para o futuro) onde humanos utilizam um veículo que tem a capacidade de ir para o futuro e o passado!

Porém, na realidade a viagem no tempo é mais confusa. Nem todos os cientistas acreditam que é possível viajar no tempo. Alguns até dizem que uma tentativa seria fatal para qualquer ser humano que escolhe para realizá-lo.

Para conseguir isso, as máquinas do tempo comumente precisam de formas exóticas de matéria com a chamada ”energia negativa.” Tal matéria exótica tem propriedades bizarras, incluindo mover-se na direção oposta da matéria normal quando empurrada. Tal matéria poderia teoricamente existir, mas se o fizesse, ele pode estar presente apenas em quantidades muito pequenas para a construção de uma máquina do tempo.

No entanto, pesquisas de viagem no tempo sugerem máquinas do tempo são possíveis sem matéria exótica. O trabalho começa com um buraco em forma de rosquinha envelopado em uma esfera de matéria normal. Dentro deste vácuo em forma de rosquinha, o espaço-tempo pode ser dobrado sobre si mesmo usando campos gravitacionais focados para formar uma curva fechada similar ao tempo. Para voltar no tempo, um viajante correria por dentro da rosquinha, indo mais para trás para o passado com cada volta. Esta teoria tem uma série de obstáculos, no entanto. Os campos gravitacionais necessários para fazer uma curva de tempo-como tão fechada teriam que ser muito forte, e manipulá-los teria que ser muito preciso.


Lua Surreal



Grande, brilhante e bonita, uma Lua Cheia próxima do perigeu, o ponto mais próximo de sua órbita elíptica em torno do nosso planeta, surgiu em 10 de agosto. 

A imagem notável registra a cena com uma qualidade, como se fosse um sonho, a partir da costa leste dos Estados Unidos. 

A imagem é, na verdade, uma composição de 10 quadros digitais feitos com exposições de 0,002 a 1 segundo de duração, preservando contrastes e detalhes bem maiores que uma variação normal de brilho.

Entendendo um pouco mais sobre a expansão do Universo

Constelação

Com a constatação de que a Terra não estava no centro do sistema solar, nossa visão do universo começou a mudar profundamente. No começo do século 20, com as primeiras medidas precisas das distâncias de algumas nebulosas, constatou-se que de fato elas não eram nuvens de poeira e gás, mas aglomerados com centenas de bilhões de estrelas distantes de nós milhões de anos-luz. Com a percepção de que nossa galáxia, a Via Láctea, é apenas uma entre as centenas de bilhões que existem, novamente percebemos que não ocupamos um lugar privilegiado no universo.

Com a percepção de que nossa galáxia, a Via Láctea, é apenas uma entre as centenas de bilhões que existem, novamente percebemos que não ocupamos um lugar privilegiado no universo
Ainda na primeira metade do século 20 foi possível também descobrir que essas galáxias, além de muito distantes, também se afastavam de nós a velocidades gigantescas. O astrônomo estadunidense Edwin Hubble (1889-1953) conseguiu criar uma técnica que permitia medir a distância entre as galáxias a partir da variação do brilho de um tipo particular de estrelas, as Variáveis Cefeidas, e com base na análise do espectro de emissão da galáxia pôde estimar também as velocidades com que se afastavam de nós. Ou seja, Hubble descobriu a expansão do universo.

A ideia da expansão do universo levou, na segunda metade do século 20, ao desenvolvimento da teoria do Big Bang, segundo a qual o universo teria surgido há cerca de 13,7 bilhões de anos. Vários indícios desse evento foram coletados ao longo das últimas décadas, mas ainda não é consenso de que o Big Bang foi de fato o início de tudo, embora tenhamos fortes evidências disso.

Constelação

A imagem, obtida pelo telescópio Hubble na constelação de Fornax em junho de 2014, inclui galáxias que surgiram logo após a ocorrência do Big Bang. (imagem: Nasa/ ESA)
Paralelamente, no final do século 20 e início do 21, constatou-se que as centenas de bilhões de estrelas que existem nas centenas de bilhões de galáxia representam apenas uma pequena parte de tudo o que existe no universo (algo em torno de 4%). O restante seria composto da chamada matéria e energia escura, que atua gravitacionalmente no universo, porém não é observada diretamente.

Além disso, com os avanços observacionais foram descobertos milhares de planetas extrassolares, compondo diferentes tipos de sistemas planetários. Devido às limitações das técnicas de observação, esses planetas são na maioria das vezes maiores que a Terra e estão muito próximos de suas estrelas, diferentemente do que acontece no sistema solar. Mas, nos próximos anos, com os novos telescópios e satélites de observação, deveremos encontrar mundos semelhantes ao nosso.


Há muito espaço lá fora

Diante desse quadro, qual será o nosso lugar no universo? Até onde sabemos, a Terra é o único lugar onde se desenvolveram formas de vida que tentam compreender o significado da sua própria existência e do universo, mesmo existindo como civilização há pouco mais de 10 mil anos. Isso, na escala da existência do universo, corresponde a apenas alguns segundos.

Talvez o surgimento de formas de vida como a nossa tenha sido um evento raro em um universo imenso como o conhecemos, pois são necessárias condições muito especiais para o seu aparecimento. Esse fato nos tornaria protagonistas importantes. 

O mais importante é que, ao longo de nossa história, desenvolvemos um modo particular de tentar entender nosso papel no grande teatro cósmico
Mas é possível haver milhares ou milhões de outros seres na imensidão do cosmo que, nesse momento, podem estar fazendo a mesma indagação. Afinal, há muito espaço lá fora.

O mais importante é que, ao longo de nossa história, desenvolvemos um modo particular de tentar entender nosso papel no grande teatro cósmico, seja por meio de nossas crenças e medos, seja pela investigação sistemática que a ciência propicia.

Somos apenas criaturas que tentam de alguma forma evoluir com seus erros e acertos. Mas também somos capazes de buscar respostas, que nunca serão definitivas, para nossas questões mais fundamentais. Para mim, esse talvez seja o nosso papel no universo.