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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Telescópio Hubble descobre novo planeta azul e com clima violento




O planeta chama-se HD 189733b, é azul como a Terra, situado a 63 anos-luz de nós,  mas tem características completamente diferentes da Terra. Para começar, as condições meteorológicas são “violentas”, adianta a imprensa internacional.

Assim, o planeta é um gigante de gás, com uma alarmante temperatura acima de 1.000ºC. Segundo os cientistas, no HD 189733b os ventos são de 7.000 km/h.

O planeta tem sido “intensivamente” estudado pelo Hubble e outros telescópios e a sua atmosfera foi considerada “dramaticamente mutável e exótica”, com erupções violentas.

Agora, ele é também o alvo de uma novidade: é a primeira vez que se vê a cor de um planeta que circula uma estrela.

Na verdade, a cor azul do o HD 189733b não reflete um oceano tropical, mas uma atmosfera misturada com partículas de silicato. Todas as primeiras observações deste planeta já revelavam uma cor azul clara, mas as dúvidas foram desfeitas com as novas observações do Hubble, agora anunciadas.

A cor do planeta será discutida em detalhe no Astrophysical Journal Letters, ainda de acordo com a imprensa internacional.

“Este planeta foi bem estudado no passado, tanto por nós como por outras equipes. Mas é a primeira vez que visualizamos  a sua cor”, explicou o autor do estudo e líder do programa de observação do Hubble, Frederic Pont.

O HD 189733b pertence a uma classe de planetas conhecidos como ‘Hot Jupiters’, planetas que são similares, em tamanho, aos gigantes de gás do Sistema Solar, mas vivem muito perto da sua estrela.

A mais potente explosão de uma estrela foi descoberta


Dois telescópios espaciais da NASA capturaram o que parece ser a mais poderosa explosão de uma estrela já detectada - um evento cósmico tão luminoso que os cientistas o apelidaram de "eye-wateringly bright". Essa estrela está a 3,6 bilhões de anos-luz da Terra.

Em 27 de abril, o telescópio espacial Swift, da NASA, e o Telescópio Espacial de R
aios Gama, Fermi, detectaram a explosão de uma alta energia de raios gama (GRB) durante a explosão de uma estrela massiva que estava na última fase de sua vida. O fato nunca havia sido visto antes.

Os cientistas da NASA combinaram as observações em uma animação mostrando o histórico da explosão de raios gama para ilustrar o brilho surpreendente da explosão da estrela. "Nós esperamos muito tempo por uma explosão de raios gama tão chocante como esta", disse Julie McEnery, cientista do projeto do Telescópio Espacial Fermi, que fica localizado em Greenbelt, Maryland.

"O GRB durou tanto tempo que um número recorde de telescópios no solo foram capazes de pegá-lo enquanto observações espaciais ainda estavam em curso."

Um dos raios gamma-emitidos durante a erupção - visto na constelação Leo - apresentou três vezes mais energia do que qualquer outra explosão de raios gama registrada pelo Telescópio de Fermi (LAT), o instrumento da sonda responsável por detectar estes tipos de explosões.

A explosão de raios gama também foi o maior já registrado, disseram funcionários da NASA. "A energia de emissão da explosão durou horas, e permaneceu detectável pelo LAT por boa parte do dia, estabelecendo um novo recorde de emissão de raios gama", acrescentaram os oficiais da NASA.

"Os astrônomos pensam que a maioria das explosões de raios gama ocorre quando estrelas massivas ficam sem combustível nuclear e entram em colapso sob seu próprio peso", disse um funcionário da Nasa em um comunicado. "Como o núcleo colapsa em um buraco negro, jatos de material são atirados para fora em velocidades próximas a da luz."

A explosão da estrela foi registrada pelo telescópio menos de um minuto depois que começou. O telescópio Swift ajudou os astrônomos a colocar a explosão de raios gama mais perto da Terra.

"Este GRB é o mais próximo de 5 por cento de explosões, de modo que o grande impulso agora é encontrar uma supernova emergente, que acompanha quase todos os longas GRBs a esta distância", disse Goddard Neil Gehrels, pesquisador do Swift.

Os cientistas esperam encontrar uma supernova dentro da área da explosão, a fim de traçar a explosão de raios gama de volta às suas origens. Observatórios no solo estão mantendo um olho na área de GRB para localizar a supernova até meados de maio.

A matéria escura expande o universo



Para sabermos se é verdade ou não o título do texto, é necessário que seja explicado o que é matéria escura do universo. No estudo dos cosmos ela é uma matéria que praticamente só interage gravitacionalmente. Ela é notada justamente pelos efeitos gravitacionais que interage com as estrelas.

Toda matéria dentro de uma galáxia está em órbita em torno de uma maté
ria que exerce atração gravitacional. A velocidade das esterlas dentro das galáxias é muito maior do que a que deveria ser exercida pela matéria luminosa que existe nelas. Isso mostra aos cientistas que existe outra matéria que não pode ser observada. Por isso o nome de matéria escura ou matéria negra.

Para se ter uma idéia, na Via Láctea a matéria escura é 10 vezes maior do que a matéria formada pelos gases e estrelas da galáxia.

O responsável pela descoberta da matéria escura foi o cientista suíço Fritz Swick. Os cientistas ainda não sabem exatamente que tipo de material forma a matéria escura. Parte dessa matéria pode ser formada por estrelas compactas e por buracos negros. Porém, esses materias estão presentes em somente 2% da Via Láctea, o que faz perceber que é um material quase insgnificante no conteúdo da matéria escura. É possível perceber que o restante do componente da matéria interage muito pouco com a matéria normal e com a luz.

O crescimento do universo é dependente da somatória de sua quantidade de matéria luminosa e escura. Se a quantidade de matéria presente no universo for insuficiente para a gravidade dominar a expansão, o universo vai seguir em crescimento constante. Isso depende da matéria escura. Logo, chegamos à definição título. A expansão do universo depende da interação entre as matérias escura e luminosa gravitacionalmente. Ou seja, depende da matéria escura.

A vida das Estrelas


Assim como todos nós, estrelas também nascem, crescem e morrem. Algumas no final de sua vida até se reproduzem. O que a maioria das pessoas não sabe é que o destino de uma estrela está traçado, ou seja, estrelas de formações diferentes, têm evoluções e finais de vida diferentes. Aqui vamos tratar de um tipo muito especial de estrelas, as chamadas estrelas de nêutrons ou pulsares.

Imensas bolas de
 gás em chamas, assim podemos de forma muito simples, definir uma estrela. Corpos imensos de incrível massa, muitos milhões de vezes maiores que a nossa pequenina Terra. O Sol, como a estrela mais próxima de nós, permitiu aos astrofísicos os primeiros estudos complexos sobre a física e evolução das estrelas.

Na maior parte de sua vida a estrela realiza a fusão nuclear do hidrogênio, o seu principal componente físico. Esta fusão os astrônomos chamam de queima do hidrogênio. A temperatura na superfície é de milhares de graus Celsius e no interior milhões de graus.

Durante 80% da vida a estrela está equilibrada, queimando hidrogênio em explosões termonucleares e contra-balanceando esta força com a gravidade. A gravidade de uma estrela é muito grande, isto se deve a sua enorme massa. Enquanto as explosões nucleares empurram o gás para fora, a força da gravidade puxa tudo para o interior, desta forma a estrela fica estabilizada.

Alguns tipos de estrelas, ao chegarem no final de suas vidas, após ocorrerem períodos turbulentos, onde muitas vezes explosões violentas ejetam matéria para o espaço, adquirem a forma de uma estrela de nêutrons. Na estrela de nêutrons a atividade de explosões nucleares acabou. A força de gravidade se torna imensa e comprime a matéria dentro de uma esfera de raio equivalente a uma cidade como São Paulo, algumas dezenas de kilometros. Isto é algo fantástico, que podemos chamar de um milagre da natureza.

Assim sendo, a matéria que anteriormente adquiriu forma de hidrogênio, hélio e outros elementos da tabela periódica, agora devido a efeitos de pressão enorme, perde suas características de carga, seus elétrons, e tudo é convertido em nêutrons. Estes nêutrons estão tão comprimidos devido à pressão, que muitos dizem que a estrela de nêutrons é um único núcleo atômico, gigantesco. Para vocês terem uma idéia, é tanta matéria num espaço tão pequeno, que se pudéssemos cortar um cubo de um cm de aresta da estrela e pesar numa balança, com certeza esta balança teria que medir numa escala de milhares de toneladas.

Este corpo extremamente massivo, devido a uma lei física chamada conservação de momento angular1, gira muito rápido. Seu período de rotação varia de milésimos de segundo até poucos segundos. A velocidade na superfície destas estrelas chega a ser décimos (10, 20%) da velocidade da luz, 300000 km/s.

Um campo magnético muito forte também pertence a estas estrelas, a pouca radiação que escapa da sua superfície, na forma de ondas de rádio, raios gama, etc, sai pelos pólos norte ou sul magnéticos, onde o campo magnético, assim como num imã, converge. Quando um destes feixes de radiação que saem dos pólos é direcionado para a Terra, devido à rotação da estrela, conseguimos observar um pulso nos nossos detectores de rádio. Um pulso periódico e muito preciso, mais preciso que o melhor de nossos relógios.

Quando as estrelas de nêutrons foram descobertas, na década de 60, acreditou-se de se tratar de um sinal de extraterrestres, devido a sua extrema precisão nos pulsos. Mas descobriu-se que se tratava de mais um capricho da natureza e da magia de suas leis.

Os pulsares ou estrelas de nêutrons tornam a teoria uma realidade observacional, tornam as leis verdadeiras e nos mostram os mistérios do universo.

Existem outros planetas habitáveis?



A possibilidade de planetas orbitando outras estrelas do que a nossa tem fascinado os cientistas e stargazers casuais por milênios. Hoje, sabemos de centenas desses planetas extra-solares, ou exoplanetas, e a lista cresce quase que diariamente. O desafio agora é encontrar exoplanetas do tamanho da Terra e localizados na zona habitável de sua estrela, onde a água líquida e vida, poderiam existir. A missão Kepler, da NASA Discovery Mission # 10, é a primeira missão capaz de detectar planetas do tamanho da Terra em ou perto da zona habitável. Kepler foi o levantamento nessa região da galáxia desde 2009, e já descobriu dezenas de exoplanetas e milhares de candidatos a exoplanetas.

Fonte: NASA

O que acontecerá se um dia a terra parar de girar?


Uma Terra sem vida seria o destino se um dia o planeta parasse de girar. A rotação da Terra é essencial para a vida de uma forma geral. Caso o planeta viesse a parar, o fenômeno influenciaria inicialmente o sistema climático.

Uma área do planeta ficaria constantemente virada para o Sol e exposta a altas temperaturas, e a outra parte ficaria totalmente escura, com a possibilidade de baixas temperaturas.

Isso tornaria impossível a sobrevivência de qualquer ser vivo. Segundo especialistas, apenas alguns organismos que vivem no fundo do mar teriam condições de sobreviver.

Outro efeito imediato seria uma “freada brusca”. A Terra sairia de uma velocidade de aproximadamente 900 km/h para zero, o que provavelmente faria com prédios e casas do mundo inteiro caíssem em razão de uma espécie de terremoto.

Exemplo : 
Mercúrio é assim. Mas ele tem sim, rotação. Só que o período de rotação dele coincide com o de translação. Então ele fica sempre com a mesma face virada para o sol. Mas se um planeta hipotético tiver a rotação zero, ou seja, com um "lado" sempre orientado para um ponto fixo no espaço, ao percorrer a órbita em torno da estrela ele vai ter toda a sua superfície sendo iluminada ao longo do ano (ou seja, seu dia iria ter a exata duração de seu "ano").

Massiva estrela faz ondas




Descrição: O gigante da estrela Zeta Ophiuchi, uma estrela jovem, grande e quente localizado cerca de 370 anos-luz de distância, está a ter um efeito de "chocante" sobre as nuvens de poeira que cercam nesta imagem infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer da NASA.

Colisão de estrelas de nêutrons pode ter dado origem a todo o ouro da Terra



Astrônomos revelaram que o mineral precioso é resultado desse evento cataclísmico, que originou também outros elementos.

Cientistas do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) revelaram que todo o ouro existente no planeta Terra pode ter sido originado de uma violenta colisão de duas estrelas de nêutrons com massa
s ultradensas.

"Estimamos que a quantidade de ouro produzido e ejetado durante a colisão das duas estrelas de nêutrons pode ser tão grande quanto dez vezes a massa da Lua", diz o líder do estudo Edo Berger, do CfA, ao The Washington Post.

ORIGEM CÓSMICA

Por muitos anos, os cientistas haviam teorizado que os elementos mais pesados da tabela periódica, como o ouro, a platina, o chumbo e o urânio, tiveram a sua origem em explosões de supernovas.

E não foram só os elementos da tabela periódica que tiveram origem cósmica. Até nós temos um pouco de estrelas dentro de nosso corpo, vindo do carbono e oxigênio, por exemplo, tudo proveniente de grandes explosões de supernovas. No entanto, as novas evidências sugerem que o ouro e outros elementos mais pesados não vêm das supernovas, mas sim das estrelas de nêutrons, que são os núcleos colapsados de estrelas que explodiram nas supernovas.

TUDO O QUE RELUZ

Para chegar a essa conclusão, os astrônomos observaram no dia 3 de junho — através do satélite Swift, da NASA — um forte flash de luz chamado de "explosão de raios gama de curta duração" (GRB), que aconteceu na constelação de Leão em uma galáxia a 3,9 bilhões de anos-luz da Terra.

Com isso, eles deduziram rapidamente (com a ajuda de alguns outros estudos e teorias) que o que eles presenciaram era o brilho radioativo de uma massa gigantesca de metais pesados criados na sequência de uma colisão de estrelas de nêutrons.

De acordo com as avaliações dos cientistas, essas explosões de junho — resultantes da colisão — produziram uma quantidade surpreendente de átomos pesados. Segundo os cálculos, o material pode ter cerca de 20 vezes a massa da Terra em ouro, sendo uma quantidade suficiente para encher 100 trilhões de petroleiros. No entanto, a quantidade de platina é ainda mais elevada, sendo sete vezes maior do que a do ouro. 

Fenômenos da Natureza : Círculo Perfeito de Gelo



Enquanto muitos acreditem que estes círculos perfeitos sejam obra de alguma teoria da conspiração, os cientistas geralmente aceitam que eles são formados por turbilhões d’água que giram em um considerável pedaço de gelo, em um movimento circular. Como resultado desta rotação, outros pedaços de gelo e objetos gerados pelo desgaste uniforme nas bordas do gelo vão lentamente formando um círculo.

Os círculos no gelo é mais um misterioso fenômeno natural, muito raro, que ocorre em países onde predominam as baixas temperaturas. Este fenômeno consiste na formação de um disco de gelo que consegue rodar lentamente à superfície da água, rotação esta que provavelmente estará associada a redemoinhos na água. A formação de um círculo pode levar semanas até ter o aspecto final apresentado na imagem e alguns deles podem mesmo apresentar um diâmetro até 200 metros.

Foto : Nave Voyager num Campo de Estrelas




A imagem mostra a sonda Voyager da NASA contra um campo de estrelas na escuridão do espaço enquanto viajam mais longe da Terra, em uma viagem para o espaço interestelar, e eventualmente circular em torno do centro da galáxia Via Láctea.

Um estranho na multidão


Hubble vê um estranho na multidão da constelação de Virgo (a virgem) é a maior das constelações do zodíaco e o segundo maior em geral depois de Hydra (o cobra de água). Sua característica mais atraente, no entanto, é o grande número de galáxias que se encontram dentro dele. Nesta foto, entre uma multidão de rosto e borda-espiral, elíptica e galáxias irregulares, NGC 4866 encontra-se, uma galáxia lenticular situada cerca de 80 milhões anos-luz da terra. Galáxias lenticulares situam-se entre as espirais e elípticas em termos de forma e propriedades. De imagem, podemos apreciar o bojo central brilhante de NGC 4866, que contém principalmente velhas estrelas, mas sem os braços em espiral são visíveis. A galáxia é vista da Terra quase borda-on, o que significa que a estrutura do disco — uma característica não está presente em galáxias elípticas — é claramente visível. Rastreamento de lanes poeira desmaiar em NGC 4866 nesta imagem, ocultando parte da luz da galáxia. À direita da galáxia é uma estrela muito brilhante que parece situar-se em halo do NGC 4866. No entanto, esta estrela está na verdade muito mais perto de nós; na frente da galáxia, ao longo de nossa linha de visão. Esses tipos de truques de perspectiva são comuns quando observando e inicialmente pode enganar os astrônomos quanto à verdadeira natureza e posição de objetos como galáxias, estrelas e aglomerados. Esta imagem nítida de NGC 4866 foi capturada pela câmera avançada para exames, um instrumento no telescópio espacial Hubble da NASA/ESA.

Aventura Física de Partículas




Conheça o projeto que pode ser a próxima grande aventura em física de partículas. Atualmente em fase de planejamento, este projeto complementará o Large Hadron Collider do CERN e lançará mais luz sobre as descobertas que os cientistas possam fazer lá nos próximos anos. Saiba mais nesta seção sobre a máquina, o seu estado e as pessoas que estão trabalhando nisso.

Sobre o International Linear Collider (ILC)
Organizado pelo Design Global Effort (GDE), uma equipe de cientistas de todo o mundo, o ILC é um esforço internacional que reúne mais de 1.000 cientistas e engenheiros de mais de 100 universidades e laboratórios em mais de duas dezenas de países. Composta por dois aceleradores lineares que se enfrentam, o ILC vai acelerar e colidir elétrons e suas antipartículas, os pósitrons. Supercondutores cavidades acelerador que operam a temperaturas próximas do zero absoluto para dar as partículas cada vez mais energia, até que colidem nos detectores no centro da máquina de 31 km. No auge da operação, cachos de elétrons e pósitrons irão colidir cerca de 7.000 vezes por segundo em um total de energia de colisão de 500 GeV, criando uma onda de novas partículas que são monitorados e registrados em detectores do ILC. Cada grupo conterá 20 mil milhões de electrons ou positrons concentradas numa área muito menor do que a de um fio de cabelo humano. Isso significa uma taxa muito elevada de colisões. 


Esta alta "luminosidade", quando combinado com a interação muito precisa de dois pontos-como partículas em colisão que se aniquilam mutuamente, permitirá que o CIT para entregar uma riqueza de dados para os cientistas que permitirá que as propriedades das partículas, como o bóson de Higgs , descoberto recentemente no Large Hadron Collider do CERN, a ser medido com precisão. Ele também pode lançar luz sobre novas áreas da física, como a matéria escura.

História do foguete



A origem do foguete é provavelmente oriental. A primeira notícia que se tem do seu uso é do ano 1232, na China, onde foi inventada a pólvora.

Existem relatos do uso de foguetes chamados flechas de fogo voadoras no século XIII, na defesa da capital da província chinesa de Henan.

Os foguetes foram introduzidos na Europa pelos árabes.

Durante os séculos XV e XVI foi utilizado como arma incendiária. Posteriormente, com o aprimoramento da artilharia, o foguete bélico desapareceu até ao século XIX, e foi utilizado novamente durante as Guerras Napoleônicas.

Os foguetes do coronel inglês William Congreve foram usados na Espanha durante o sítio de Cádiz (1810), na primeira guerra Carlista (1833 - 1840) e durante a Guerra do Marrocos (1860).

Nos finais do século XIX e princípios do século XX, apareceram os primeiros cientistas que viram o foguete como um sistema para propulsionar veículos aeroespaciais tripulados. Entre eles destacam-se o russo Konstantin Tsiolkovsky, o alemão Hermann Oberth e o estadunidense Robert Hutchings Goddard, e, mais tarde os russos Sergei Korolev e Valentin Gruchensko e o alemão Wernher von Braun.

Os foguetes construídos por Goddard, embora pequenos, já tinham todos os princípios dos modernos foguetes, como orientação por giroscópios, por exemplo.

Os alemães, liderados por Wernher von Braun, desenvolveram durante a Segunda Guerra Mundial os foguetes V-1 e V-2 ( A-4 na terminologia alemã ), que foram a base para as pesquisas sobre foguetes dos Estados Unidos e da URSS no pós-guerra. Ambas as bombas nazistas, usadas para bombardear Paris e Londres no final da guerra, podem ser mais bem definidas como míssil. A rigor, a V-1 não chega a ser um foguete, mas um míssil que voa como avião a jato.

Inicialmente foram desenvolvidos foguetes especificamente destinados para uso militar, normalmente conhecidos como mísseis balísticos intercontinentais. Os programas espaciais que os estadunidenses e os russos colocaram em marcha basearam-se em foguetes projetados com finalidades próprias para a astronáutica, derivados destes foguetes de uso militar. Particularmente os foguetes usados no programa espacial soviético eram derivados do R.7, míssil balístico, que acabou sendo usado para lançar as missões Sputnik.

Foguete - Princípio de funcionamento



O princípio de funcionamento do motor de foguete baseia-se na terceira lei de Newton, a lei da ação e reação, que diz que "a toda ação corresponde uma reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário".
Imaginemos uma câmara fechada onde exista um gás em combustão. A queima do gás irá produzir pressão em todas as direções. A câmara não se moverá em nenhuma direção pois as forças nas paredes opostas da câmara irão se anular.

Se introduzirmos um bocal na câmara, onde os gases possam escapar, haverá um desequilíbrio. A pressão exercida nas paredes laterais opostas continuará não produzindo força, pois a pressão de um lado anulará a do outro. Já a pressão exercida na parte superior da câmara produzirá empuxo, pois não há pressão no lado de baixo (onde está o bocal).

Assim, o foguete se deslocará para cima por reação à pressão exercida pelos gases em combustão na câmara de combustão do motor. Por isto este tipo de motor é chamado de propulsão por reação.

Como no espaço exterior não há oxigênio para queimar com o combustível, o foguete deve levar armazenado em tanques não só o propelente (combustível), mas também o oxidante (comburente).

A magnitude do empuxo produzido (expressão que designa a força produzida pelo motor de foguete) depende da massa e da velocidade dos gases expelidos pelo bocal. Logo, quanto maior a temperatura dos gases expelidos, maior o empuxo. Assim, surge o problema de proteger a câmara de combustão e o bocal das altas temperaturas produzidas pela combustão. Uma maneira engenhosa de fazer isto é usar um fino jato do próprio propelente usado pelo foguete nas paredes do motor, para formar um isolante térmico e refrigerar o motor.

Ônibus espacial



O ônibus espacial é um tipo de avião que decola verticalmente e é composto basicamente de uma cabine para a tripulação, um grande compartimento de carga, duas asas e três motores. Para decolar utiliza um enorme depósito de combustível e dois foguetes auxiliares. A altura do conjunto é de 56,14 m, o ônibus espacial tem 37,23 m de comprimento, envergadura de 23,79 m. A órbita de operação ocorre entre 185 e 643 km e a velocidade máxima do ônibus espacial é de 28.000 km/h.


Challenger

A cabine está dividida em dois níveis nos quais se podem acomodar de duas a oito pessoas. No primeiro nível estão os controles do veículo, o controle do braço mecânico, a comunicação e os assentos da tripulação para o lançamento e a reentrada na atmosfera terrestre. O segundo nível está destinado à tripulação (dormitórios, lugar para as refeições e asseio pessoal, etc.) e o local de onde se tem acesso ao compartimento de carga e à sala de pressurização (local do qual são preparadas as atividades fora da nave).

O compartimento de carga tem 18,3 m de comprimento e 4,6 m de largura e pode levar até 22.000 kg de carga útil. É possível manipular a carga com o braço mecânico, isto é muito útil para colocar e recolher satélites no espaço e realizar operações de manutenção e reparo dos mesmos, pôr em órbita telescópios e levar suprimentos ou astronautas à estação orbital.

Os três motores do ônibus espacial consomem hidrogênio e oxigênio líquido, estão configurados triangularmente e contam com a mais alta tecnologia de foguetes dos dias atuais. Quando submetidos à máxima potência, durante o lançamento, consomem 4.000 litros de combustível por segundo! Um carro normal poderia dar a volta ao mundo, seguindo a linha do equador, com tal quantidade de combustível. O tanque externo tem 47 m de altura e 8 m de diâmetro.

Clima Especial




O clima espacial é o resultado de tempestades solares (ejeções de material coronal, flares solares, vento espacial e outros efeitos) que interagem com o campo magnético da Terra, também denominado magnetosfera. A radiação nociva do Sol tornaria a vida na Terra inviável se não existissse esse campo magnético para nos proteger. Quando explosões solares muito fortes ocorrem, pode haver danos para sistemas espaciais, tais quais satélites de navegação e comunicação, bem como para astronautas realizando atividades extraveiculares. Dependendo do nível de radiação ao qual ficarem expostos, até mesmo suas vidas podem correr perigo. No entanto, nem tudo são perigos no que se refere ao clima espacial. Por exemplo, um dos efeitos do clima espacial são as magnificentes auroras, que podem ser observadas em determinadas regiões da Terra, sobretudo os pólos. 

Passado, presente e futuro não existem ...




Segundo a teoria da relatividade, o tempo como o conhecemos simplesmente não existe. Einstein sempre disse que a diferença entre passado, presente e futuro é uma mera ilusão. Isso porque quanto mais rápido andamos, mais devagar o tempo passa. Alguém que desse uma volta na órbita Terra à 50% da velocidade da luz, não teria envelhecido tanto quando voltasse para o planeta. Enquanto seu irmão gêmeo envelheceu 1 ano, você que estava em órbita envelheceu 6 meses, e assim por diante. Em outras palavras, você viajou para o futuro, enquanto todos os demais na Terra prevaleceram num suposto presente.

Se houvesse como chegar a velocidade da luz, voltaríamos no tempo. Mas existem outras formas mais inteligentes de fazer isso, tal como os buracos de minhoca.
Isso já foi confirmado pelos pesquisadores com vários experimentos práticos. A mesma teoria ainda prevê que estamos nos movendo numa dimensão chamada tempo na velocidade da luz, e quando nos movemos fisicamente, pegamos emprestado um pouco de velocidade (pois é impossível viajar na velocidade superior à da da luz) e em troca fornecemos um pouco de tempo, por isso este passa mais devagar quando nos movemos.

Claro que para velocidades pequenas o efeito é imperceptível, mas quando se atinge pelo menos 1% da velocidade da luz, a incrível teoria de Einstein começa a fazer efeito significativo.

Constelação de Orion




Orion, Oríon, Órion ou Orionte, o caçador Órion, é uma constelação do equador celeste. As estrelas que compõem esta constelação podem ter como elemento do seu nome o genitivo "Orionis".

Órion é uma constelação reconhecida em todo o mundo, por incluir estrelas brilhantes e visíveis de ambos os hemisférios.
A constelação tem a forma de um trapézio formado por quatro estrelas: Betelgeuse (Alpha Orionis) de magnitude aparente 0,50, Rigel (Beta Orionis) de magnitude aparente 0,12, Bellatrix (Gamma Orionis) de magnitude aparente 1,64 e Saiph (Kappa Orionis) de magnitude aparente 2.06.

É uma constelação fácil de ser enxergada pois, dentre as estrelas que a compõem, destaca-se a presença de três, Mintaka (Delta Orionis) de magnitude aparente 2,23, Alnilam (Epsilon Orionis) de magnitude aparente 1,70 e Alnitak (Zeta Orionis) de magnitude aparente 2,03, popularmente conhecidas como "As Três Marias", que formam o cinturão de Órion e estão localizadas no centro da constelação.
Nesta constelação também encontra-se uma das raras nebulosas que podem ser vistas a olho nu, a Nebulosa de Órion que é uma região de intensa formação de estrelas.
As constelações vizinhas são Gemini (Gêmeos), Taurus (Touro), Eridanus, Lepus (Lebre) e Monoceros (Unicórnio).

Mitologia

Na Mitologia grega representa o herói Órion, grande caçador e amado por Ártemis. Apolo, irmão de Ártemis, por não aprovar o romance entre os dois envia um escorpião para matá-lo. Apolo, então, desafia a pontaria de Ártemis, outra grande caçadora, que atinge em cheio seu amado que fugia do escorpião. Percebendo o engano que havia cometido, Ártemis, em meio às lágrimas, pediu para Zeus colocar Órion e o Escorpião entre as estrelas. 
Na Mitologia nórdica, a constelação é denominada "Frigga Distaff" (Fuso de Frigga). Como a constelação está no equador celestial, vários intérpretes sugerem que as estrelas que giram no céu da noite podem ter sido associadas com a roda girando da deusa Frigga

Redemoinho Cósmico



Esse impressionante redemoinho cósmico é o centro da galáxia NGC 254, como observado pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA. Essa galáxia está localizada na constelação de Pisces, a aproximadamente 90 milhões de anos-luz de distância da Terra.
A NGC 254 é uma galáxia lenticular. Acredita-se que as galáxias lenticulares sejam um estado intermediário na evolução galáctica – elas nem são galáxias elípticas e nem são galáxias espirais. As galáxias espirais são galáxias de meia idade, com vastos braços contendo milhões de estrelas. Juntamente com essas estrelas estão grandes nuvens de gás e poeira que, quando são densas o suficiente, são berçários onde novas estrelas se formam. Quando todo o gás é depletado ou perdido no espaço, os braços gradativamente se apagam e a sua forma espiral começa a ser perdida. No final desse processo, o que resta é uma galáxia lenticular – um brilhante disco cheio de estrelas vermelhas velhas circundado pelo pouco gás e poeira que conseguiu se prender à galáxia.

Relógios de Sol



Conhecido também como "Relógio de Acaz", "Relógio de Sombra" ou "Relógio Solar", são instrumentos geralmente feitos no solo ou no muro, que medem a passagem do tempo pelo movimento da sombra de um corpo projetada em um mostrador. Essa sombra marca as horas do dia.

São considerados obras arquitetônicas ou monumentos. Muitas vezes são feitos para durarem muito tempo, eram feitos basicamente de materiais rochosos, metais e madeira. Ou até mesmo esculpidos nas pedras.

É o "movimento" do Sol no nosso céu quem mostra às horas. Conforme a Terra gira, a sombra provocada se movimenta, pois a luz solar é fixa e a haste ou placa que faz a sombra não é fixa em relação à luz, já que ela acompanha a rotação terrestre. Também deve ser alinhado a esse eixo de rotação. A sombra resultante aponta para determinado número ou figura no mostrador, indicando a hora do dia. 

Alguns relógios de Sol usam como gnômon (aquela haste ou placa) o próprio espectador, basta ser relativo ao tamanho médio dos humanos e estar na posição correta. Quando a pessoa se dirige até a área específica, sua sombra aponta para a hora no mostrador. Eram construídos na horizontal, com o gnômon na vertical; e também na vertical, com o gnômon na horizontal. Sempre perpendiculares entre si.

Com a modernização, hoje podemos encontrar relógios de Sol com o gnômon e mostrador inclinados ou curvos. Esses são do tipo equatorial (norte/sul) onde a haste ou placa está apontada para o polo norte verdadeiro (não o magnético) e inclinada de acordo com a latitude local.

As horas projetadas no relógio são as horas solares, a hora verdadeira do local deve ser calculada ou traduzida em tabelas por comparação ou configurar sua posição de forma específica. Segundo historiadores, os primeiros a desenvolverem esse instrumento foram os egípcios, em 1.500 a. C.

Coisa de Doido : E se o sol fosse formado por bananas?




Seria tão quente como é. O grande calor de nossa estrela (aproximadamente centenas de milhares de bilhões de toneladas) cria um enorme campo gravitacional que coloca seu núcleo sobre uma colossal pressão. Do mesmo modo que uma bomba de encher pneus de bicicleta fica quente quando a bombeamos (a pressão aumenta a temperatura), com o Sol ocorre o mesmo.
Caso o sol, ao invés de hélio e hidrogênio, fosse formado por infinidade de bananas, a pressão seria igualmente grande, e isso criaria uma enorme temperatura. Por isso, a diferença da composição do Sol (se é hidrogênio ou bananas) é pequena, mas existe. Isso por que uma estrela formada por bananas não teria reação de fusão que mantém as estrelas comuns aquecidas por bilhões e bilhões de anos, e a estrela esfriaria mais rápido então.

Zero Absoluto – A Menor Temperatura Possível

Aqueles que estudaram um pouco de física podem se lembrar que por volta de -459,67  Fahrenheit é o ponto chamado de zero absoluto, mas para o resto, é provavelmente um pouco confuso. Mudar para Celsius não vai ajudar, o zero absoluto é menos 273,15 graus nessa escala.
EscalaZero absoluto Ponto de fusão da água  Ponto de ebulição da água
Kelvin0 K273,15 K373,15 K
Rankine0 Ra491,67 Ra671,67 Ra
Celsius-273,15ºC0ºC100ºC
Fahrenheit-459,67ºF32ºF212ºF
Réaumur-218,52ºRé0ºRé80ºRé
A escala Fahrenheit usado nos Estados Unidos remonta ao início dos anos 1700, uma época em que os cientistas perceberam que precisavam de uma maneira de medir o calor e o frio, nessa época estavam inventando termômetros então o físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit é creditado como o primeiro a utilizar o mercúrio em um termômetro, e criou uma escala de medida para ir de brinde junto com sua invenção.
temperaturas-zero-absolutoEmbora a escala Fahrenheit de temperatura tornou-se amplamente usada, outros cientistas da época, experimentaram com suas próprias escalas. Em 1742, astrónomo sueco Anders Celsius usou a 100 graus, ou centígrados, escala que definia o ponto de congelamento da água como zero e o ponto de ebulição a 100. (Em 1948, a escala Celsius foi rebatizado de escala Celsius pela Nona Conferência Geral de Pesos e Medidas, em homenagem ao seu inventor.) Com a sua semelhança com o sistema métrico base 10, a escala Celsius tornou-se o padrão na maior parte do mundo .
No início do século 19, cientistas que estudam o comportamento dos gases havia determinado que a temperatura mais baixa possível para qualquer coisa no universo era menos 273,15 Celsius. E em 1848, William Thomson (que mais tarde seria nomeado barão com o título Lord Kelvin) sugeriu que seria conveniente chamar que a temperatura  de zero absoluto e criar uma nova escala começando lá que eliminaria todas as temperaturas negativas. A ideia pegou, pelo menos na ciência, e que a escala absoluta de temperatura é agora conhecido como a escala Kelvin.

O que Acontece no Zero Absoluto?

Zero AbsolutoNo zero absoluto o movimento das partículas cessa completamente, e em alguns elementos ocorre a supercondutividade (resistência elétrica zero), e a superfluidez (Viscosidade zero). Outras coisas curiosas que acontecem no zero absoluto, cientistas relataram que as moléculas de um gás ultra-frio pode reagir quimicamente a distâncias de até 100 vezes maior do que eles podem em temperatura ambiente.
Em experiências à temperatura ambiente, as reações químicas tendem a abrandar à medida que a temperatura diminui. Mas os cientistas descobriram que as moléculas em temperaturas próximas do zero absoluto, apenas algumas centenas de bilionésimos de grau acima do zero absoluto (-273,15 ° C ou 0 kelvin) ainda pode trocar átomos, formando novas ligações químicas no processo, graças a efeitos quânticos estranhas que estender seu alcance a baixas temperaturas.

Emissões de dióxido de carbono do cometa ISON



Astrônomos usando o Telescópio Espacial Spitzer da NASA têm observado o que muito provavelmente são fortes emissões de dióxidos de carbono do Cometa ISON à frente de sua passagem antecipada através do Sistema Solar interno no final desse ano.

As imagens capturadas em 13 de Junho de 2013 com a Infrared Array Camera do Spitzer indicam que o dióxido de carbono é vagarosamente e constantemente jogado para longe do seu núcleo, juntamente com a poeira, em uma cauda com 300000 quilômetros de comprimento.

“Nós estimamos que o ISON esteja emitindo 1 milhão de quilos do que provavelmente seja o gás dióxido de carbono e aproximadamente 54.4 milhões de quilos de poeira a cada dia”, disse Carey Lisse, líder da Campanha de Observação do Cometa ISON da NASA e um cientista sênior de pesquisa no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Md. “Observações anteriores feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, pela Missão Swift Gamma-Ray Burst e pela sonda Deep Impact nos deram somente os limites superiores para qualquer emissão de gás do ISON. Graças ao Spitzer, nós sabemos agora com certeza que atividade distante do cometa tem sido energizada pelo gás”.

O Cometa ISON estava a 502 milhões de quilômetros do Sol, 3.35 vezes mais longe do que a Terra, quando as observações foram feitas.

“Essas fabulosas observações do ISON são únicas e colocam o ponto para mais observações e descobertas que se seguirão como parte da campanha compreensiva da NASA para se observar o cometa”, disse James L. Green, diretor de ciência planetária da NASA em Washington. “O ISON é muito animador. Nós acreditamos que os dados coletados desse cometa podem ajudar a explicar como e quando o Sistema Solar se formou”.

O Cometa ISON (oficialmente conhecido como C/2012 S1) tem menos de 4.8 quilômetros em diâmetro, aproximadamente o tamanho de uma pequena montanha, e pesa entre 3.2 bilhões e 3.2 trilhões de quilos. Pelo cometa estar muito longe, seu tamanho verdadeiro e a sua densidade não foram determinados precisamente. Como todos os cometas, o ISON é uma bola de neve suja, feita de poeira e gás congelado como água, amônia, metano e dióxido de carbono. Esses são os constituintes principais, que os cientistas acreditam ter liderado a formação dos planetas a 4.5 bilhões de anos atrás.

Acredita-se que o Cometa ISON esteja na sua primeira passagem da distante Nuvem de Oort, uma coleção aproximadamente esférica de cometas e estruturas parecidas com cometas que existem no espaço entre um décimo de ano-luz e 1 ano-luz do Sol. O cometa passará a 1.16 milhões de quilômetros do Sol no dia 28 de Novembro de 2013.

Ele está se aquecendo gradativamente à medida que chega mais perto do Sol. No processo, diferentes gases são aquecidos ao ponto de evaporar, revelando-se para os instrumentos no espaço e no solo. Acredita-se que o dióxido de carbono seja o gás que alimenta a emissão para a maior parte dos cometas entre as órbitas de Saturno e dos asteroides.

O cometa foi descoberto em 21 de Setembro, aproximadamente entre Júpiter e Saturno, por Vitali Nevski e Artyom Novichonok na International Scientific Optical Network (ISON), perto de Kislovodsk, na Rússia. Isso conta como uma detecção inicial de um cometa, e as fortes emissões de dióxido de carbono pode ter feito com que essa detecção fosse possível.

“Essa observação nos dá uma boa imagem de parte da composição do ISON, e, por extensão, do disco protoplanetário de onde os planetas se formaram”, disse Lisse. “Boa parte do carbono no cometa aparece na forma de gelo de dióxido de carbono. Nós saberemos mais no final de Julho e Agosto, quando o cometa começará a se aquecer perto da linha entre água e gelo fora da órbita de Marte, e nós poderemos detectar a maior parte do gás congelado, que é água, à medida que ela se evaporará do cometa”.

O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, gerencia a missão do Telescópio Espacial Spitzer para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. As operações científicas são conduzidas no Spitzer Science Center no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. Os dados são arquivados no Infrared Science Archive que fica no Infrared Processing and Analysis Center no Caltech. O Caltech gerencia o JPL para a NASA.

NASA libera imagens da Terra e da Lua clicadas a partir de Saturno



Fotografias foram registradas a uma distância de 1,5 bilhão de quilômetros.

A NASA acaba de divulgar uma série de imagens da Terra e da Lua capturadas pela sonda espacial Cassini no dia 19 de julho. O equipamento se encontra em missão próximo ao sistema saturniano, e as fotografias foram registradas a partir de absurdos 1,5 bilhão de quilômetros de distância. Tanto o nosso planeta como seu satélite aparecem na forma de meros pontinhos brilhantes, e também é possível ver nas fotos um vislumbre dos famosos anéis de Saturno.

Segundo a agência espacial, fotos desse tipo são raras devido à distância envolvida, já que dos confins do sistema solar a Terra aparece muito próxima ao Sol. Além disso, outro problema é que os detectores da câmera da Cassini são supersensíveis, podendo ser danificados se focarem a nossa estrela diretamente. As imagens foram capturadas enquanto o Sol se encontrava temporariamente “escondido” atrás de Saturno.

Messenger:

Além das fotos clicadas pela Cassini, a NASA também divulgou uma imagem registrada pela Messenger também no dia 19 de julho, que está em missão próximo a Mercúrio em busca de satélites naturais do planeta. No caso dessa sonda espacial, as fotografias foram capturadas em preto e branco e a 98 milhões de quilômetros de distância, e a Terra e a Lua aparecem ser maiores devido à superexposição.

As imagens servem para ilustrar como a Terra e a Lua parecem minúsculas na vastidão do espaço, além de nos fazer pensar na nossa própria insignificância com relação ao Universo.

Lixo espacial



Lixo espacial é qualquer objeto lançado no espaço orbital da Terra que não tenha mais utilidade, tais como satélites desativados, fragmentos de satélite ou de foguetes, e até mesmo instrumentos e ferramentas perdidos por astronautas durante missões espaciais.

Segundo a NASA, desde 1957, com o lançamento do Sputnik, pela União Soviética, cerca de 4.000 satélites foram lançados na órbita do nosso planeta, muitos deles atualmente desativados. Esses objetos ficam “viajando” pelo espaço a uma velocidade de até 36.000 km/h, e aproximadamente 200 deles caem na Terra todo o ano.

Quanto maior a altitude de um lixo espacial, mais tempo ele permanecerá em órbita. Por exemplo, destroços que estão numa altitude em torno de 600 km levam anos para entrar na atmosfera da Terra, enquanto que numa elevação de 1000 km eles demoram séculos.

O lixo espacial representa mais perigo para satélites ativos e naves espaciais tripuladas no espaço (e futuras expedições espaciais) do que propriamente aos habitantes da Terra, pois, ao entrar em contato com a atmosfera, grande parte dos destroços é queimada e destruída. Os que conseguem atravessar essa barreira geralmente caem nos oceanos, já que estes representam 75% do volume do planeta.

A tecnologia ainda não conseguiu produzir um equipamento capaz de recolher o lixo espacial. A única solução plausível até o momento é direcionar os satélites para as chamadas órbitas-cemitério, o que seria basicamente programar um satélite para seguir uma rota orbital distante da Terra, assim que seu tempo útil se esgotasse.

domingo, 21 de julho de 2013

Cientistas descobrem 14 rochas espaciais perto de Netuno



A partir de observações de arquivo do telescópio espacial Hubble, astrônomos descobriram 14 pedras espaciais grandes escondidas além da órbita de Netuno. As rochas foram encontradas em intervalos de 40 a 100 km.
Os objetos, rochas geladas como são conhecidas, são chamados de “transnetunianos”, porque normalmente residem fora da órbita de Netuno. Esses objetos incluem o ex-planeta Plutão, agora classificado como um planeta anão, assim como os cometas.

Esses objetos são semelhantes aos asteróides, mas ficam mais distantes da Terra. Geralmente, os asteróides orbitam no interior do sistema solar, para fora da órbita de Júpiter.

Os pesquisadores disseram que os objetos transnetunianos são interessantes porque são blocos que sobraram da formação do sistema solar. Mas, segundo eles, a maioria dos objetos transnetunianos é muito difícil de detectar.
Para encontrar este novo grupo de rochas, por exemplo, os pesquisadores procuraram o indicador de luz que as rochas deixam nas fotos do telescópio de acordo com a sua movimentação no espaço, durante a sua exposição as lapsos de tempo.
Ao medir o movimento dos objetos transnetunianos no céu, os astrônomos foram capazes de calcular a órbita de cada objeto e sua distância do sol. Também puderam estimar o tamanho de cada objeto, combinando observações sobre a distância, o brilho e a refletividade.

No estudo inicial, os pesquisadores examinaram apenas um terço de um grau quadrado do céu, o que significa que há muito mais espaço para pesquisa.
Segundo os cientistas, eles provaram que são capazes de detectar e caracterizar esses objetos mesmo com dados destinados a fins completamente diferentes, por isso eles pretendem continuar a busca por tais objetos.
Os cientistas estão confiantes que este novo método de detecção ajudará a revelar mais centenas de objetos transnetunianos ao longo do tempo.

A busca por rochas do espaço



Em uma caça que faz com que o provérbio “procurar agulha no palheiro” pareça fácil, os cientistas começaram a buscar restos de um meteoro que iluminou os céus dos EUA. Como eles sabem por onde começar e por que se preocupar?
O meteoro, que apareceu como um deslumbrante raio de chama, foi provavelmente um pedaço de rocha espacial do tamanho de uma bola de futebol.

Cientistas acreditam que minúsculos pedaços do meteoro – meteoritos – poderiam ter sobrevivido à queda na Terra e começaram a coleta de dados para auxiliar a pesquisa.
A bola de fogo voou para o leste sobre o sul da Califórnia, foi observada em Nevada e Arizona e foi vista pela última vez em desintegração no céu sobre Phoenix, a capital do estado do Arizona, de acordo com relatos da mídia, testemunhas oculares e astrônomos.
Muitos dos que viram o fenômeno telefonaram para as autoridades e capturaram imagens em câmeras de celulares. As filmagens foram espalhadas pelo Twitter e pelos meios de comunicação. As testemunhas descrevem o fenômeno como uma estrela cadente que se quebra em pedaços.

Se encontrados, os meteoritos poderiam fornecer pistas sobre as origens do nosso sistema solar e da química e física de outros corpos celestes.
Blocos
A maioria dos meteoritos são mais velhos do que qualquer das rochas que se encontram sobre a terra. Eles são, essencialmente, os primordiais blocos de construção do sistema solar.
Suspeita-se que a bola de fogo era um pedaço de rocha espacial viajando a cerca de a 32 quilômetros por segundo e estava a 48 quilômetros de distância do chão quando se queimou.
Apesar de meteoros caírem em vários lugares a cada dia, este apareceu em mais de uma área bastante povoada, em um momento conveniente, no início da noite, por isso foi amplamente visto e relatado.
Pesquisadores consultam uma variedade de fontes para chegar ao centro de onde a bola fogo possa ter deixado vestígios para tentar restringir uma área de pesquisa de meteoritos.
Os levantamentos incluem testemunhas oculares e uma variedade de registros e tecnologias, incluindo satélites, câmeras astronômicas, radares, vídeos amadores e câmeras de painéis em carros da polícia.
Os pesquisadores vão tentar reunir os dados para triangular o caminho e, assim, eles serão capazes de calcular onde os meteoritos são suscetíveis de ser encontrados.

Buscas

Meteoritos que sobrevivem a queda, queimando através da atmosfera da Terra, continuam viajando dezenas de quilômetros antes de finalmente atingirem o chão.
Para encontrá-los, os pesquisadores também levam em conta a direção e a velocidade dos ventos na atmosfera da Terra.
Assim que uma área de busca é modelada, muitas vezes os cientistas pedem a moradores locais que se juntem às pesquisas, ajudando a descobrir telhados danificados, carros, etc.

O problema é que existem variados tipos de pedras em todo o mundo e a grande maioria das rochas incomuns as pessoas já acham que pode ser um meteorito.
Os pesquisadores dão dicas: se a pedra é imantada, se tiver uma fina e escura crosta, com apenas um milímetro ou dois de espessura, isso é um bom sinal.
Em 2000, cientistas recuperarm 1 quilo de meteoritos em uma área de 64 quilômetros quadrados, depois de um piloto local descobrir o primeiro fragmento. Ele coletou as amostras usando sacos plásticos e armazenou tudo em seu freezer até que pudesse entregar aos pesquisadores.

Oito anos mais tarde, uma equipe encontrou 47 meteoritos em um deserto do Sudão. Astrônomos tinham rastreado o corpo caindo através do espaço a partir de um telescópio no Arizona e previram a ampla área de seu impacto.

No caso do Sudão, a busca foi feita através dos relatos de testemunhas e dos dados coletados nos EUA. A pesquisa foi feita a pé, com 45 pessoas alinhadas caminhando no deserto. Demorou cerca de duas horas, isso porque o alvo já estava traçado.
No caso da mais recente bola de fogo – que deve ter deixado cair meteoritos – os pesquisadores serão auxiliados pelo fato de que a queda aconteceu em uma área mais densamente povoada em relação ao deserto do Sudão.

A “história do mundo” está escondida em rochas brasileiras



Apesar da maioria achar que só servimos para jogar futebol e fazer caipirinhas, o Brasil também é um importante centro de coleta de fósseis e análise de rochas e solos antigos. Um grupo de pesquisadores de diversos países está nessa semana na bacia da Paraíba, perto da cidade de Pastos Bons, analisando a história por trás da nossa natureza.
Essa área é onde o primeiro espécime do Prionosuchus foi encontrado. Ele é um anfíbio arcaico que viveu na época em que a formação geológica da cidade de Pedras de Fogo estava sendo depositada. E a análise dessas rochas sedimentares também nos dá uma noção histórica das mudanças ambientais.

Muita evidência encontrada sugere que as rochas dessa região se formaram quando havia água ali, mas com o clima muito seco (lembrando que, hoje, essa não é uma parte litorânea). Conforme a água foi saindo, as rachaduras se formaram e foram preenchidas com sedimentos. Também estão presentes rochas derivadas de dunas de areia.
De acordo com os pesquisadores, essa região provavelmente era um sabkha, um tipo geológico geralmente encontrado nas margens oceânicas. E apesar de parecer um ambiente um tanto hostil, vários fósseis já foram encontrados. A maior parte são fragmentos de peixes, mas os pesquisadores encontraram também o que parece ser uma parte da coluna vertebral de um animal terrestre. Ainda é incerto se é um anfíbio, réptil ou mamífero. Isso dá esperança de encontrar um tetrápode no local. 

Buraco na camada de Ozônio está levando as chuvas para o Sul do mundo



Pesquisadores britânicos estão usando modelos climáticos no Reino Unido e na Austrália para medir condições do tempo entre os Hemisférios Sul e Norte. A partir da análise das correntes de ar que atravessam continentes, descobriram que os focos de chuva do Hemisfério Sul, inclusive nos trópicos, estão sendo deslocados em direção ao sul do planeta.
Já se sabia que os danos na camada de Ozônio fazem com que raios solares nocivos atravessem a estratosfera, mas as influências da camada nas oscilações de clima, chuvas e direção do vento, entre outros fatores, ainda é um campo pouco conhecido.



Basicamente, a corrente de ar que sopra do Hemisfério Norte para o Sul está sendo interrompida devido ao buraco. Dessa maneira, há uma espécie de “migração” das nuvens em direção ao sul. Esse fenômeno está sendo observado com maior intensidade na Austrália. Apesar disso, os cientistas afirmam que as implicações do fenômeno vão do Pólo Sul até além da Linha do Equador.
Os efeitos recém-descobertos tendem a aumentar. Um relatório recente da Organização Meteorológica Mundial afirma que estamos vivendo o ápice dos danos à Camada de Ozônio, de modo que os desdobramentos ainda vão se verificar por mais tempo. Com as novas medidas de proteção à limpeza do ar, a situação deve se estabilizar entre 2045 e 2060

Núcleo da Terra pode ter camada misteriosa



O núcleo da Terra é composto principalmente de ferro, dividido em um centro interno sólido de aproximadamente 2.440 quilômetros de largura, coberto por uma camada exterior líquida de cerca de 2.250 quilômetros de espessura.
Embora a maior parte do núcleo seja de ferro, os pesquisadores já sabiam que ele continha uma pequena quantidade de elementos mais leves, como oxigênio e enxofre. Conforme o núcleo se cristaliza ao longo do tempo, os cientistas acreditam que o processo força a maioria desses elementos leves, que migram através do núcleo externo líquido.

Agora, geocientistas acreditam que detectaram todos estes elementos leves concentrados nas regiões mais extremas do núcleo. A descoberta parece ser uma nova camada do núcleo da Terra, e, segundo os cientistas, pode ajudar a resolver os mistérios do campo magnético do planeta.
Para estudar o núcleo da Terra, os pesquisadores monitoraram as ondas sísmicas que viajam através de sua camada exterior. As ondas foram geradas por terremotos na América do Sul e no sudoeste do Oceano Pacífico, e foram registradas utilizando matrizes de sismógrafos no Japão e no norte da Europa.


As velocidades das ondas sísmicas que viajaram através da camada mais exterior do núcleo, em diferentes profundidades, sugerem que a sua composição não é a mesma em todos os lugares. Em vez disso, os primeiros 300 quilômetros do núcleo são uma estrutura distinta, com a seção mais próxima a fronteira constituída até 5% de elementos leves.
Alguns pesquisadores podem chamar a descoberta de uma nova camada do núcleo da Terra, e outros não. Os geocientistas compararam a “nova camada” às camadas da atmosfera. Por exemplo, a estratosfera, acima de nossas cabeças: é ou não é uma camada? Não há limite para isso, apenas uma mudança no perfil da temperatura com a altitude.
Da mesma forma, não há limite para inferir uma parte superior do núcleo, e uma inferior, apenas uma inclinação lenta na velocidade da onda, e, eventualmente, um ligeiro aumento quando se aproxima da superfície do núcleo.
Os pesquisadores acreditam que os resultados podem ajudar a resolver os mistérios sobre o campo magnético da Terra. Eles acreditam que a rotação do núcleo da Terra dá poder ao campo magnético que circunda o planeta. Um problema persistente é saber como o núcleo provém energia para esse campo magnético.



Segundo os cientistas, a solução mais plausível é que a expulsão de elementos leves a partir do núcleo libera o que é chamado de energia potencial gravitacional. Conforme esse líquido leve sobe, transmite a energia que carrega o fluxo de metal no núcleo, que por sua vez ajuda a manter o campo magnético em execução. A explicação se encaixa com o perfil de velocidade de onda observada na pesquisa.
Os pesquisadores afirmam que futuros terremotos podem fornecer uma compreensão ainda melhor desta estrutura ultraperiférica do núcleo. Segundo eles, a principal coloraboração dos próximos estudos será produzir um modelo melhor sobre os líquidos do núcleo e avaliar o crescimento do núcleo com a composição da camada. 

Duração do dia pode mudar em seis anos


Oscilações periódicas no núcleo da Terra alteram a duração de um dia a cada 5,9 anos, de acordo com um estudo publicado na revista Nature.

Trazendo à tona esse ciclo sutil, que subtrai e acrescenta milissegundos a cada dia, a pesquisa revelou mudanças abruptas na duração do dia e do campo magnético na Terra. Durante estas curtas mudanças na intensidade do campo magnético, chamadas de eventos geomagnéticos, a interferência pode ser de 0,1 milissegundos, segundos os pesquisadores. Desde 1969, os cientistas detectaram 10 eventos geomagnéticos.
 
Aparentemente insignificantes, estas variações são poderosas para aqueles que estudam o planeta e seu núcleo. De repente, um planeta muda seu giro como uma patinadora abre ou fecha os braços. O efeito de rotação ajuda os cientistas a entender o que está acontecendo dentro do núcleo da Terra. Mudanças no campo magnético também fornecem pistas para o núcleo de ferro inacessível. Sua fonte, no entanto, permanece um mistério.

Principal autor do estudo, Richard Holme suspeita que um tremor no núcleo interno sólido impulsione o ciclo de 5,9 anos, transferindo as movimentações angulares para o núcleo externo, mas ninguém sabe o que provoca os eventos geomagnéticos.
“Não tenho ideia”, disse Holme, geofísico da Universidade de Liverpool, no Reino Unido. “Algo está acontecendo na fronteira entre o manto e o núcleo, porque vemos eventos geomagnéticos e os efeitos de rotação ao mesmo tempo, mas não sabemos o que está acontecendo”, disse Holme.

Os pesquisadores ainda discutem ativamente sobre como o núcleo externo líquido produz o campo magnético protetor do nosso planeta, que enfraqueceu e virou polaridade muitas vezes na história geológica. Eles acreditam que ele gera ferro fluido girando no campo magnético da Terra, como um dínamo gigante. Ambas as mudanças anuais e milenares no campo têm sido atribuídas ao giro do núcleo externo.
Desde que os eventos geomagnéticos foram descobertos em 1969, pesquisadores têm procurado explicar e modelar como o dínamo da Terra produz essas rápidas mudanças no campo magnético. Encontrar uma conexão com as mudanças na duração do dia fornece uma nova maneira de pensar sobre o fenômeno, Holme disse.
Os resultados podem, por exemplo, ajudar a entender melhor a troca de momento angular do núcleo e manto, Holme explica. Cria um torque de fricção eletromagnética, semelhante a uma bateria de carro elétrico, mas a condutividade elétrica do manto inferior (ou a facilidade com que as cargas elétricas de fluxo vão para dentro) não podem ser demasiadamente elevada, ou provocariam um atraso no campo magnético de resposta ao deslocamento rotacional. “Nós temos algumas ideias, mas são só imaginações”, comenta Holme.

Outros pesquisadores, como Mathieu Dumberry, geofísico da Universidade de Alberta no Canadá, que não estava envolvido no estudo, não estão convencidos de que ele mostra uma ligação entre empurrões e mudanças no comprimento do dia. “Existe uma correlação notável entre um evento geomagnético em 2003 e um comprimento de mudança do dia, mas não são ligações tão fortes”.

Outras forças também podem alterar a rotação do planeta. Desde que a Terra se formou, os movimentos do sol e da lua são responsáveis pela rotação do planeta. Em escalas de tempo mais curto, terremotos, derretimento de geleiras, correntes oceânicas e os ventos fortes podem alterar o quão rápido o planeta gira, encurtando ou alongando um dia por cerca de 1 milissegundo.
Holme e seus colegas removeram estes efeitos externos e planetários de cinco décadas de comprimento de dados do dia, expondo o período de 5,9 anos. Eles então compararam movimentos no ciclo, que correspondem a saltos repentinos no comprimento do dia, com eventos geomagnéticos detectados desde 1969.

Dumberry elogia o trabalho da dupla ao extrair o tempo de 5,9 anos. “Esta é a melhor pesquisa sobre a alteração no período do dia até agora”, disse.

Bizarra ocorrência natural: chuva radioativa


Em vários novos vídeos do YouTube filmados nos Estados Unidos e no Canadá, contadores radiação Geiger aparecem zumbindo em um ritmo alarmante ao passar pela grama molhada e poças d’água logo após uma chuva recente.
Em Toronto, um homem detectou milhares de partículas de radiação por minuto na área em torno de sua casa. Ele postou: “De onde isso está vindo, eu não sei. Fukushima? Eles estão alterando as nuvens com isótopos radioativos para fazer alterações climáticas? Não tenho ideia, mas isso é ridículo”.
Apesar das especulações feitas pelo canadense, especialistas garantem que não há motivo para alarme. Na verdade, a chuva radioativa presenciada recentemente não é uma nova ameaça ou evidência de um encobrimento pela indústria nuclear, mas apenas um indicativo de quantas partículas naturalmente radioativas existem na atmosfera da Terra.
“O que as pessoas estão detectando é mais provavelmente radioatividade natural que vem em forma de chuva”, disse Ward Whicker, professor da Universidade Estadual de Colorado, EUA. “Fundamentalmente, a maioria das pessoas aprecia muito pouco a magnitude da radiação natural que sempre vive conosco”.
Em particular, há uma grande quantidade de urânio presente no solo e nas rochas. Com uma meia-vida de 4,5 bilhões de anos – o tempo que leva para a metade de uma dada amostra se decompor -, o urânio dentro da Terra progride lentamente através de uma série de manifestações em diferentes isótopos radioativos (variantes de um elemento químico particular, que têm diferentes números de nêutrons), e eventualmente torna-se o gás radônio. Este gás escoa para fora do solo e das rochas, até a atmosfera.
O radônio é de curta duração, com uma meia-vida de menos de quatro dias. Conforme ele decai, transformando-se em menos elementos radioativos, ele emite radiação alfa e beta. A chuva lava estas partículas para o chão. “Então, mesmo se você tiver uma chuva modesta por um curto período de tempo, com um contador Geiger, você pode facilmente medir a radioatividade depositada por ela”, disse Whicker.
Whicker também afirmou que os níveis apresentados na chuva recente não parecem anormais, e não há nenhuma razão para ligá-los a radiação de Fukushima.
E mais: é normal sentir perto de 1 milhão de eventos de absorção de radiação em seu corpo a cada minuto a partir de fontes naturais de radiação, incluindo raios cósmicos vindos do espaço e gás radônio se infiltrando a partir de urânio e tório do interior da Terra. “Esta é a radioatividade natural que sempre esteve presente, desde que a Terra se formou”, disse Whicker.
Mas nem tudo são rosas. Natural ou não, não deixa de ser importante minimizar a exposição ao gás radônio, que tende a ficar preso nos porões de casas mal ventiladas. O gás decai em elementos que ficam presos nos pulmões quando inalado e, ao inundar células com um fluxo constante de radiação, aumenta a chance de desenvolver câncer de pulmão.
A exposição ao gás provoca cerca de 21.000 mortes por câncer de pulmão a cada ano, apenas nos Estados Unidos. Especialistas recomendam testar a quantidade de radônio na sua casa, seja pela procura de um profissional ou através da instalação de um kit de teste de radônio, que pode ser comprado online.[LiveScience]