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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cientistas amadores descobrem 42 planetas alienígenas





Uma equipe de cientistas amadores voluntários descobriu evidências de 42 exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar), incluindo um que poderia ser potencialmente habitável, através de dados da sonda Kepler, da NASA.
As descobertas fazem parte do projeto Planet Hunters (em português, “caçadores de planetas”), supervisionado por Zooniverse. Quarenta voluntários “fuçaram” os dados do telescópio espacial Kepler, da NASA, para identificar os mundos, 15 dos quais são potencialmente habitáveis, como Ph2 b, um planeta do tamanho de Júpiter que está na zona habitável de sua estrela-mãe.

O projeto

Através de crowd-sourcing (modelo de produção que utiliza conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas), o Planet Hunters já encontrou 48 planetas candidatos até agora. O primeiro planeta confirmado, Ph1, foi revelado em outubro de 2011.
Os voluntários do projeto incluem membros de instituições de ensino como Oxford e Yale. Uma vez que os mais fortes candidatos são identificados, astrônomos profissionais dão uma olhada neles.
Até agora, 15 dos objetos recentemente descobertos foram confirmados como exoplanetas com certeza de 99,9%. O resto ainda se enquadra na categoria de “candidatos planetários”, aguardando a coleta de mais evidências.
Pesquisadores sugeriram que a recente “bonança” de potenciais planetas na chamada zona cachinhos dourados (zona habitável em torno de uma estrela), em que as condições são favoráveis à existência de água líquida na superfície (potencialmente apoiando a vida como a conhecemos), pode significar que há um “engarrafamento” de mundos onde a vida poderia existir.
“Estes são candidatos a planetas que se perderam da vista de astrônomos profissionais e foram resgatados por voluntários da web”, disse Chris Lintott, da Universidade de Oxford, que dirige o Zooniverse.

Ph2 b

Os voluntários observaram Ph2 b enquanto o planeta passava em frente de sua estrela, diminuindo seu brilho aparente.
Ele foi um dos mundos alienígenas confirmados com 99,9% de certeza por observações no Observatório WM Keck, no Havaí (EUA).
Ph2 b orbita uma estrela parecida com o nosso sol na constelação do Cisne (Cygnus), várias centenas de anos-luz de distância. O planeta é considerado demasiado grande para abrigar vida. No entanto, quaisquer luas que o orbitem poderiam ser fortes candidatas.
A temperatura atmosférica no planeta varia entre 30 e menos 88 graus Celsius na zona habitável. “Qualquer lua em torno deste recém-descoberto planeta do tamanho de Júpiter pode ser habitável”, afirmou Ji Wang, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Yale.
Se uma “teórica” lua do planeta realmente hospedar vida, provavelmente terá um núcleo rochoso, além de uma atmosfera que suporte água líquida em sua superfície.
“É muito semelhante ao que foi descrito no filme ‘Avatar’: a habitável lua Pandora em torno de um planeta gigante, Polifemo”, compara Wang.

Astrônomos amadores descobrem novo planeta




Dois astrônomos amadores britânicos, Chris Holmes e Lee Threapleton, avistaram um novo planeta durante um projeto para encontrar mundos fora do nosso sistema solar, divulgado pelo professor Brian Cox.
Se a autenticidade da descoberta for confirmada por outros cientistas, ele será nomeado “Threapleton Holmes B”.
O planeta é provavelmente gasoso e tem em torno do tamanho de Netuno. Os padrões que os cientistas amadores encontraram sugerem que o planeta parecia estar orbitando uma estrela (seu sol) chamada SPH10066540, que se situa entre 600 e 3.000 anos-luz de distância.
Chris Lintott, da Universidade de Oxford, disse que o planeta deve ser quente demais para sustentar a vida.
A dupla fez a descoberta após a identificação de mudanças nos padrões de luz da imagem do telescópio Kepler, da NASA.
A imagem havia sido postada online no endereço Planethunters.org, da Universidade de Oxford, que pede aos membros do público para olhar os dados da NASA na esperança de aumentar e/ou provocar tais descobertas.
“Eu nunca nem tive um telescópio. Tive um interesse passageiro por onde as coisas estão no céu, mas nunca tive qualquer conhecimento sobre isso. Ser uma das pessoas a achar alguma coisa é uma posição muito emocionante”, disse Holmes.
Essa é apenas a terceira vez que cientistas amadores britânicos descobrem um novo planeta. Holmes e Threapleton são seguidores dos passos do primeiro deles, William Herschel, que descobriu Urano em 1781

Como se formam os raros arco-íris gêmeos




Entre as coisas mais bonitas da natureza, está o arco-íris. Ele se forma quando a luz branca do sol é interceptada por uma gota d’água na atmosfera. Parte da luz é refratada para dentro da gota, refletida no seu interior, e novamente refratada para fora da gota.
Como a luz branca é uma mistura de várias cores, quando a luz atravessa a superfície líquida da gota de chuva, a refração faz aparecer todo seu espectro de cores: violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho – o arco-íris, um simples arco colorido.
Se fosse só isso, a física não teria nenhum problema. No entanto, além dos arco-íris “normais”, várias formações mais raras e complexas intrigam os cientistas: arco-íris duplos (compostos de dois arcos concêntricos), triplos e até quádruplos já foram vistos, além dos arco-íris gêmeos, ou arco-íris geminados, compostos de dois arcos separados que nascem da mesma base (diferentemente do duplo).
Para essas belezas naturais, os pesquisadores ainda não tinham explicação. Mas, sem querer, uma equipe de cientistas da Suíça, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido pode ter descoberto como o fenômeno ocorre.
A equipe internacional de pesquisadores estava estudando o arco-íris para uso em aplicações gráficas, como filmes de animação e jogos de vídeo, considerando a forma física das gotas de água e suas interações complexas com a luz.
“Simulações anteriores assumiram que gotas de chuva eram esféricas. Enquanto isso pode facilmente explicar o arco-íris e até mesmo o arco-íris duplo, não pode explicar o arco-íris geminado”, diz Wojciech Jarosz, pesquisador da Disney Research em Zurique (Suíça).
Foi assim que a equipe concluiu que as gotas de chuva “achatam” conforme caem, por causa da resistência do ar. Este achatamento é mais pronunciado em gotas maiores. A chave para o mistério dos arco-íris gêmeos é, então, a combinação de diferentes tamanhos de gotas de água que caem do céu.
“Às vezes duas pancadas de chuva caem ao mesmo tempo”, explica Jarosz. “Quando as duas são compostas por gotas de diferentes tamanhos, cada conjunto de gotas produz arco-íris ligeiramente deformados, que se combinam para formar o arco-íris geminado”.
O software criado pela equipe reproduziu corretamente o arco-íris geminado, como visto em fotografias, além de vários outros tipos de arco-íris. Embora essas simulações pareçam explicar esses fenômenos raros, a descoberta ainda não foi validada fisicamente. Mas, quem sabe, alguém não consiga provar rapidinho que eles têm razão

10 belíssimos arcos-íris


Em se tratando de arco-íris, a maioria das pessoas acha que já viu tudo que há para ver. Com certeza todo mundo já viu o arco-íris mais simples, mas existem vários tipos de arco-íris incomuns, alguns muito mais belos que o tipo mais frequente. Confira:
1 – ARCO-ÍRIS PRIMÁRIO
É o arco-íris que todos estão familiarizados. O arco-íris primário é um arco multicolorido simples que geralmente aparece após uma chuva. Eles são formados quando a luz refratada é refletida através de uma gota de água. A intensidade das cores depende do tamanho das gotas de água.
2 – ARCO-ÍRIS SECUNDÁRIO
Se você vir um arco-íris primário, é possível que você veja um secundário. Eles são conhecidos com arco-íris duplos.
Um arco-íris secundário se forma quando a luz nas gotas de água é refletida duas vezes em vez de apenas uma. Ele geralmente tem o dobro do tamanho do arco-íris primário, mas tem apenas um décimo de sua intensidade. Além disso, as cores nele estão no sentido inverso.
3 – FAIXA ESCURA DE ALEXANDER
Tecnicamente não é um arco-íris, mas está associado com o arco-íris primário e secundário. A faixa escura de Alexander é a área entre os arco-íris primário e secundário, e é notavelmente mais escura que o resto do céu.
A luz refletida no arco-íris primário clareia o céu dentro do arco, e a luz duplamente refletida do arco-íris secundário clareia o céu fora dele. Para nossos olhos, parece que o céu está mais escuro entre os dois arco-íris.
4 – ARCO-ÍRIS SUPERNUMERÁRIO
Os arco-íris supernumerários são também conhecidos como empilhados, e ocorrem raramente. Eles consistem em vários arco-íris mais fracos dentro do arco-íris primário e, mais raramente, fora do arco secundário. Eles são formados por gotas menores, mas de tamanho similar, e pela interferência da luz, que reflete apenas uma vez, mas viaja em caminhos diferentes dentro da gota de chuva.
5 – ARCO-ÍRIS VERMELHO
Os arco-íris vermelhos, também chamados de monocromáticos, formam-se após uma chuva, durante o pôr do sol ou o nascer do sol.
As ondas mais curtas do espectro, como azul e verde, são espalhadas pela poeira e moléculas do ar, sobrando as cores mais compridas, vermelho e amarelo, para formar o arco-íris vermelho.
6 – ARCO-ÍRIS NAS NUVENS
Os arco-íris nas nuvens formam-se nas gotículas de nuvens e ar úmido, em vez de gotas de chuva. Eles parecem brancos por que as gotas são muito pequenas (gotas maiores conseguem refletir mais o espectro das cores).
Os arco-íris nas nuvens são muito maiores que os normais, e se formam comumente sobre a água, mas podem se formar sobre a terra, desde que o nevoeiro seja fino o suficiente para que os raios de sol o atravessem.
7 – ARCO-ÍRIS GÊMEO
Diferentes dos arcos-íris duplos e muito mais raros, eles são formados de dois arcos que parecem sair da mesma base, e são causados por uma combinação de gotas grandes e pequenas. As gotas maiores são deformadas pela resistência do ar, enquanto as menores mantém sua forma devido à tensão superficial. Cada tipo de gota forma então seu próprio arco-íris, que pode surgir na forma de arcos-íris gêmeos.
8 – ARCO-ÍRIS REFLETIDO E DE REFLEXÃO
Arco-íris refletidos e de reflexão, que não são a mesma coisa, somente se formam sobre a água. Um arco-íris refletido é o tipo mais comum: ele surge quando a luz é refletida pelas gotas de chuva, e então refletida novamente pela água antes de chegar aos nossos olhos.
Um arco-íris de reflexão é o que surge quando a luz reflete-se na água antes de ser defletida pelas gotículas de água. Eles são bem menos visíveis que os arco-íris refletidos, por conta das condições específicas de sua formação.
9 – ARCO-ÍRIS RODA-COM-RAIOS
Este tipo de arco-íris é formado quando nuvens mais escuras ou trechos mais densos de chuva impedem que a luz chegue aos nossos olhos. As gotas que estão na sombra não permitem que se veja as cores do arco-íris.
O resultado é um arco-íris que parece com uma roda com raios, com raios centrados em um determinado ponto. Se as nuvens estão se movendo rapidamente, o arco-íris parece estar girando.
10 – ARCO-ÍRIS LUNAR
Arco-íris lunares são formados à noite, pelo luar. Entretanto, o luar é muito fraco e arco-íris lunares são vistos muito raramente. A melhor hora para vê-los é, logicamente, em uma noite de lua cheia. O céu deve também estar bem escuro, o que significa que os arco-íris lunares parecem sem brilho e/ou brancos, por que as cores à noite não são brilhantes o suficiente para ativar os cones, os receptores de cor dos nossos olhos.[Listverse,Atmospheric optics - Rainbows]

Conheça a nova roupa espacial da NASA



NASA apresenta sua nova roupa espacial


Roupa espacial flexível
A NASA apresentou uma nova versão de roupa espacial, que seus astronautas deverão usar a partir de 2014.
A agência espacial norte-americana está em um momento de indefinição, não tendo ainda oficializado se sua próxima grande missão será a um asteroide, aMarte ou mesmo o estabelecimento de uma estação espacial lunar.
Por isso seus engenheiros estão tendo que pensar em todas as possibilidades.
"É como sair de férias sem saber se você está indo para a Antártica, para a praia ou visitar museus," disse Amy Ross, do Centro Espacial Johnson.
Cabide externo
O resultado desse esforço para construir uma roupa espacial polivalente é a Z-1, que possui todo o aparato necessário para flutuar no espaço, andar na superfície da Lua, de Marte ou de um asteroide, e suportar a radiação do espaço profundo.
A grande inovação da roupa espacial é ter seu próprio ambiente de pressurização, o que elimina a perda de ar nas saídas das naves ou estações espaciais para o espaço.
Isso significa que a roupa espacial pode ficar dependurada do lado de fora da estação ou do veículo espacial, já que o astronauta entra nela pela parte superior.
Para ganhar mobilidade, a roupa recebeu rolamentos na cintura, quadril, pernas e tornozelos.
NASA apresenta sua nova roupa espacial
Além da flexibilidade da própria roupa, obtida com vários conjuntos de rolamentos, a roupa espacial Z-1 é flexível também em suas aplicações. [Imagem: NASA]
Mochila espacial
Outra novidade é o deslocamento de todo o suporte de vida para uma mochila, chamada PLSS 2.0 (Portable Life Suport System - sistema de suporte de vida portátil).
A mochila permite que o astronauta fixe-se na parte externa de veículos espaciais, tanto no solo quanto no espaço, para recarregar seus suprimentos, permitindo a execução de missões mais prolongadas.
Uma vez conectado ao veículo, o astronauta pode também passar para o interior do veículo, e de lá de volta para a roupa espacial, de forma rápida e sem desperdício de recursos.
Os engenheiros da NASA estão agora trabalhando na adaptação das diversas ferramentas que os astronautas usam, tornando-as compatíveis com a nova roupa espacial Z-1.
"Nós estamos fabricando uma grande quantidade de ferramentas para a nossa caixa de ferramentas. Nos pediram para fazermos tudo o mais flexível possível," disse Ross, revelando as indefinições na agenda da NASA.

Maternidade de estrelas: Luz vinda da escuridão


Maternidade de estrelas: Luz vinda da escuridão

Esta imagem mostra a nuvem escura onde novas estrelas estão se formando e um aglomerado de estrelas brilhantes que já saiu da maternidade estelar empoeirada. É provável que o Sol se tenha formado numa região de formação estelar semelhante a esta. [Imagem: ESO/F. Comeron]

Da escuridão para a luz
No lado esquerdo vê-se uma coluna escura que parece uma nuvem de fumaça. À direita, brilha um pequeno grupo de estrelas.
À primeira vista, estes dois conjuntos não poderiam ser mais diferentes, mas a verdade é que se encontram ligados entre si.
A nuvem contém enormes quantidades de poeira cósmica e é uma maternidade onde novas estrelas estão nascendo.
É provável que o Sol se tenha formado numa região de formação estelar semelhante a esta, há mais de quatro bilhões de anos.
A imagem foi feita pelo Observatório de La Silla, no Chile, do ESO, e é uma das melhores imagens já obtidas no visível deste objeto pouco conhecido.
A nuvem é conhecida como Lupus 3 e situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância, na constelação do Escorpião. A parte mostrada nesta imagem tem uma dimensão de cerca de 5 anos-luz.
Estrelas Herbig Ae/Be
À medida que as regiões mais densas destas nuvens se contraem sob o efeito da gravidade, elas se aquecem e começam a brilhar.
No início esta radiação encontra-se bloqueada pelas nuvens de poeira, e podem ser observadas apenas com telescópios que captam radiação com comprimento de onda maior que a luz visível, como o infravermelho. No entanto, à medida que as estrelas se vão tornando mais quentes e mais brilhantes, a intensa radiação que emitem, assim como os ventos estelares, limpam as nuvens à sua volta, até que finalmente aparecem em toda a sua glória.
As estrelas brilhantes à direita da imagem são o exemplo perfeito de um pequeno grupo dessas estrelas quentes jovens. Parte de sua radiação azul brilhante é espalhada pelos restos de poeira que permanecem em seu redor.
As duas estrelas mais brilhantes são suficientemente brilhantes para poderem ser observadas através de um telescópio pequeno ou de binóculos. São estrelas jovens que ainda não começaram a brilhar por ação da fusão nuclear nos seus centros e que se encontram ainda envolvidas em gás brilhante. Têm, muito provavelmente, menos de um milhão de anos de idade.
São as chamadas estrelas Herbig Ae/Be, que levam o nome do astrônomo que as identificou inicialmente. "A" e "B" referem-se ao tipo espectral das estrelas, um pouco mais quentes que o Sol, e o "e" indica que elas apresentam linhas em emissão no seu espectro, devido à emissão do gás que as rodeia. Estas estrelas brilham ao converter energia potencial gravitacional em calor à medida que se contraem.
Nascimento do Sol
Embora menos óbvios à primeira vista do que as estrelas azuis brilhantes, vários rastreios encontraram muitos outros objetos jovens nesta região, uma das maternidades estelares deste gênero mais próxima do Sol.
As regiões de formação estelar podem ser enormes, tais como a Nebulosa da Tarântula, onde centenas de estrelas de grande massa estão se formando.
No entanto, acredita-se que a maioria das estrelas da nossa e de outras galáxias tenha-se formado em regiões muito mais modestas, como esta nuvem Lupus, onde apenas duas estrelas brilhantes são visíveis e não se formam estrelas de massa muito elevada.
Por esta razão, a região Lupus 3 é, ao mesmo tempo, fascinante para os astrônomos e uma magnífica ilustração das fases iniciais da vida das estrelas.

Revestimento que não molha repele até ácido



Revestimento superomnifóbico não molha e repele até ácido

De café a ácido, os cientistas testaram mais de 100 substâncias, e nenhum conseguiu molhar o material, que reveste o pequeno pedaço de tecido mostrado na foto. 

Superomnifóbico
Tecidos à prova d'água não são nenhuma novidade, ainda que também não seja nenhuma novidade que eles funcionem bem apenas quando novos.
Mas que tal um tecido - ou qualquer outro material - que seja à prova não apenas de água, mas também de tinta, molhos e até ácido concentrado?
É o que demonstraram Shuaijun Pan e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Pan criou um revestimento que é tão inimigo dos líquidos que o material está sendo chamado de "superomnifóbico" - um material que faz qualquer líquido formar gotas e escorrer.
Além da água, o material repele várias soluções poliméricas, solventes, óleos e alcoóis com tensão superficial extremamente baixa, e até ácidos e bases concentrados - foram testados mais de 100 líquidos diferentes, e nenhum conseguiu molhar, ou impregnar o material.
Isso abre a possibilidade de usar o revestimento para fabricar roupas de proteção para trabalhadores, além dos tão sonhados tecidos antimancha que sejam de fato à prova de qualquer mancha.
Outra possibilidade é o revestimento de materiais sujeitos a elevada corrosão, como o casco de navios.
Líquido fica no ar
O revestimento superomnifóbico é formado por nanopartículas do polímero PDMS (polidimetilsiloxano) misturados a um material hidrofóbico composto de carbono, flúor, silício e oxigênio.
A mistura é aplicada ao tecido, ou outro material que se deseja revestir, por uma técnica chamada deposição eletrostática.
Revestimento superomnifóbico não molha e repele até ácido
O segredo está em evitar que o líquido de fato toque a superfície sólida revestida. [Imagem: Pan et al./JACS]
O composto, inicialmente líquido, solidifica-se nos poros do material a ser protegido, formando uma textura em nanoescala que impede que os líquidos se espalhem.
Devido à nanoestrutura, a maior parte da textura é na verdade ar, impedindo que os líquidos toquem de fato o material sólido - em vez disso, eles formam gotas e escorrem.
"Normalmente, quando dois materiais se aproximam, eles trocam uma pequena carga positiva ou negativa, e logo que o líquido entra em contato com a superfície sólida ele começa a se espalhar," explicou Anish Tuteja, coordenadora da pesquisa.
"Nós reduzimos drasticamente a interação entre a superfície e a gota," concluiu ela.

Descoberta nova técnica para fabricação em escala atômica



Descoberta nova técnica para fabricação em escala atômica

A nova técnica de deposição de camada atômica permite a fabricação de camadas muito puras e exatamente com a espessura desejada. [Imagem: C. Smith/Science]

Deposição de camada atômica
Basta se lembrar que o grafeno é uma camada de carbono com apenas um átomo de espessura para se dar conta do quanto é importante para a nanotecnologia a capacidade de fabricar coisas em camadas.
E quanto mais próximas do nível atômico forem as camadas, melhor.
É por isso que está chamando a atenção uma nova técnica desenvolvida por Yihua Liu, do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia dos Estados Unidos.
Liu desenvolveu um novo método de deposição de camada atômica, que permite a fabricação de materiais e componentes em escala atômica, com uma precisão que não pode ser alcançada pelas técnicas atuais de deposição de vapor químico.
Resultado surpreendente
O método consiste na aplicação de um "alto sobrepotencial" de eletricidade para depositar uma camada do elemento sobre uma superfície.
A seguir, gera-se um subpotencial, que resulta na formação de uma camada atômica de hidrogênio sobre a primeira camada depositada.
O hidrogênio recobre a camada apenas por um breve instante, desaparecendo tão logo os pesquisadores ajustam o potencial para aplicar a próxima camada metálica.
"O resultado é surpreendente," diz o Dr. Jay Switzer, convidado pela revista Science para comentar a descoberta.
Tecnologia promissora
"A sabedoria convencional sugere que a melhor maneira de eletrodepositar filmes metálicos ultrafinos seria aplicar ou uma subtensão ou uma sobretensão muito pequena," explica o Dr. Switzer.
Mas Liu descobriu que a formação da camada de hidrogênio torna o processo autolimitante, impedindo o acúmulo de muitos átomos e evitando que a espessura da camada aumente de forma indesejada.
Ou seja, o hidrogênio dosa precisamente a espessura da camada de átomos metálicos depositados em cada passo, justamente o que é mais importante quando se está tentando formar camadas atômicas de qualquer material ou intercalar camadas de materiais diferentes.
"A beleza dessa nova rota eletroquímica para deposição de camadas atômicas é que ela mescla eletroquímica básica e ciência dos materiais para desvelar uma nova tecnologia promissora," disse Switzer.
Uma tecnologia que deverá ter usos na ciência dos materiais em geral, e no crescimento de óxidos metálicos e semicondutores em particular.

Concreto biológico cria fachadas verdes naturalmente



Concreto biológico cria fachadas verdes naturalmente
Fachadas vivas
Pesquisadores espanhóis desenvolveram um concreto biológico do qual crescem líquens e musgos naturalmente depois que a construção fica pronta.
objetivo é criar prédios com "fachadas vivas", de forma a melhorar o conforto térmico interno e evitar gastos de energia com aquecimento e ar-condicionado, dependendo da estação.
Segundo a equipe, a incorporação dos microrganismos no próprio concreto oferece vantagens  ambientais, térmicas e ornamentais em relação a outras técnicas de arquitetura verde.
"A inovação deste novo concreto é que ele se comporta como um suporte para o crescimento biológico natural e o desenvolvimento de certos organismos biológicos, particularmente certas famílias de algas, fungos, líquens e musgos," afirmam Antonio Aguado e seus colegas da Universidade de Granada.
"A ideia é também que as fachadas construídas com o novo material mostrem uma evolução temporal por descoloração, dependendo da estação do ano, bem como da família de organismos predominantes. Com esta técnica podemos evitar o uso de outras vegetações, para evitar que as raízes estraguem a construção," concluem.
Cimento com semente
Para viabilizar o projeto, equipe desenvolveu uma técnica para o crescimento acelerado dos microrganismos a partir de materiais à base de cimento.
O primeiro protótipo usa um derivado carbonatado do cimento Portland tradicional, de forma a obter um pH em torno de 8.
O segundo protótipo usa um cimento de fosfato de magnésio, um aglomerante que é ligeiramente ácido, dispensando tratamento para redução do pH.
Para garantir a colonização do material pelos microrganismos, os pesquisadores também ajustaram a porosidade e a rugosidade do concreto.
O processo foi patenteado, mas os pesquisadores trabalham ainda para acelerar ainda mais o crescimento dos líquens - o objetivo é que a fachada verde fique atraente em no máximo um ano depois do término da construção.
Concreto biológico
O concreto biológico consiste de uma placa de concreto, que faz o papel de elemento estrutural, à qual são adicionadas três camadas.
A primeira é de impermeabilização, evitando que a umidade passe para dentro do edifício.
A segunda é a camada biológica propriamente dita, com uma estrutura interna que permite a captação de água da chuva para os musgos e líquens.
Por último, é aplicada uma camada de impermeabilização inversa, que garante a manutenção da umidade na segunda camada.

Graxa de prótons acelera máquinas moleculares 10 milhões de vezes



Graxa de prótons acelera máquinas moleculares 10 milhões de vezes



Os hidrogênios extras diminuem drasticamente o efeito de repulsão entre os blocos do motor, o que resulta em uma aceleração de 10 milhões de vezes. [Imagem: Dial et al./JACS]

Lubrificação extrema
Os físicos alertam: antes de se aventurar pelos MEMS,nanomáquinasmicro e nano-robôs, é melhor prestar atenção na força de Casimir.
De fato, essa força se torna um problema quando os componentes começam a ser miniaturizados abaixo de determinadas dimensões, consumindo-se pelo atrito depois de poucos ciclos de operação.
Agora os químicos responderam: pisem fundo na miniaturização, que nós temos a solução: uma graxa de prótons.
Ken Shimizu e seus colegas da Universidade da Carolina do Sul descobriram como "lubrificar" máquinas moleculares usando prótons.
Essa "graxa" inusitada levou a lubrificação ao extremo, permitindo que um motor molecular aumentasse de rotação 10 milhões de vezes.
Motor molecular
O motor molecular é formado por anéis de quinolona e sucinimida conectados por um eixo formado por uma única ligação química.
Sua deficiência é que um oxigênio da sucinimida é repelido pelo nitrogênio da quinolona.
Isso significa que os dois anéis do motor repelem-se mutuamente quando seus planos começam a se alinhar, o que faz com que o motor gire muito lentamente.
Graxa de prótons acelera máquinas moleculares 10 milhões de vezes
O íon hidrogênio funciona como lubrificante das duas metades do motor molecular. [Imagem: JACS]
Entra então em cena o que os cientistas chamaram de "graxa de prótons", que também poderia ser batizada de graxa de hidrogênio.
Os hidrogênios extras, fornecidos por meio da acidificação do meio onde o motor molecular fica imerso, interage com o oxigênio, diminuindo drasticamente o efeito de repulsão, o que resulta em uma incrívelaceleração do motor.
Controle das máquinas moleculares
A solução é ainda mais interessante porque o giro do motor pode ser controlado dosando-se a adição de hidrogênio. Para brecá-lo, basta adicionar uma base à mistura.
Embora as máquinas moleculares ainda estejam distantes de aplicações práticas, com a demonstração prática de nanocarrosnanotrens, e até de um nanomotor a pistão, é cada vez maior o entusiasmo entre os nanotecnologistas de que será possível, em um futuro não tão distante, construir nanofábricas moleculares.

Isolamento acústico fica mais eficiente quando é perfurado



Isolamento acústico fica mais eficiente quando é perfurado
Furos contra sons
O isolamento acústico é um elemento cada vez mais importante conforme aumenta a densidade urbana, com mais pessoas, mais carros, mais obras etc.
Como não é razoável recobrir todas as construções com proteções parecidas com caixas de ovos, os engenheiros têm trabalhado em busca de soluções que não apenas sejam acusticamente eficientes, mas que também sejam esteticamente agradáveis e econômicas.
Pesquisadores alemães tentavam justamente melhorar seus materiais antirruído quando fizeram uma descoberta inusitada: a eficiência do material aumenta drasticamente quando ele é perfurado.
Embora possa parecer um contrassenso melhorar um material antirruído fazendo furos nele, Philip Leistner e seus colegas do Instituto para a Física das Construções (IBP) descobriram que o segredo está em fazer furos com dimensões precisas.
O resultado é tão bom que o isolamento acústico se torna um absorvedor de ruídos, que não deixa passar, mas também não reflete o barulho.
Microperfurações
O material em formato de colmeia tem seu poder de absorção otimizado quando recebe microperfurações em um dos seus lados.
O absorvedor de som microperfurado pode ser fabricado na forma de folhas ou membranas, e as microperfurações tanto podem ser circulares quanto terem o formato de fendas.
Quando as ondas sonoras atingem a superfície do material, chegando na forma de moléculas do ar que oscilam, gera-se uma fricção entre o ar em movimento e a borda das minúsculas aberturas.
É esta perda de energia que resulta em um aumento na absorção do som.
Absorvedor de som
O único pré-requisito é que o material inclua uma câmara de ar por trás das aberturas, para permitir que as moléculas continuem oscilando quando passam pelos furos.
Caso contrário, o som será simplesmente refletido - com a nova tecnologia, o material torna-se verdadeiramente um absorvedor de som.
Segundo os pesquisadores, a nova técnica significa que "pela primeira vez é possível fabricar absorvedores de som que são transparentes ou translúcidos", permitindo sua instalação em fachadas de edifícios ou barreiras em rodovias sem estragar o visual.
"Esta tecnologia é adequada para todos os tipos de material, e permite a fabricação de isoladores acústicos multifuncionais e visualmente atraentes, que podem ser usados em uma gama muito ampla de aplicações," disse Leistner.

Cientistas revisam previsão do aquecimento global




Modelo de computador
O Met Office, o centro nacional de meteorologia britânico, revisou uma de suas previsões sobre o quanto o mundo ficará mais quente nos próximos anos.
A nova projeção calcula que o aumento na temperatura pode ser menor do que o previsto anteriormente.
Segundo o novo estudo, a temperatura média deve ser elevada em 0,43º C até 2017 - enquanto a projeção anterior sugeria o aquecimento global de 0,54º C.
O centro afirma que a mudança ocorreu porque foi usado um novo tipo de modelo de computador, que utiliza parâmetros diferentes.
Se a nova previsão se mostrar correta, a temperatura média global permaneceria praticamente a mesma por cerca de duas décadas.
Desaceleração, não reversão
Os novos dados reabriram uma polêmica no mundo científico, já que um dos principais argumentos usados por críticos que não concordam com a tese do aquecimento global é o de que não há evidências suficientes para a constatação de uma mudança significativa nas temperaturas mundiais.
Para os céticos, uma aparente estabilização do aquecimento global representa um sinal de que os alertas sobre a ameaça do aquecimento global foram exagerados.
Um porta-voz do Met Office disse, no entanto, que "a nova previsão definitivamente não sugere temperaturas mais baixas, já que ainda há uma tendência a longo termo de aquecimento global, se compararmos com os anos 50, 60 e 70". "Nossa previsão é a de temperaturas que estarão próximas aos níveis recordes que vimos nos últimos anos."
O porta-voz afirmou ainda que, como a variação natural é baseada em ciclos, esses fatores podem mudar em algum ponto.
O centro britânico procurou ressaltar que o novo projeto é resultado de um trabalho experimental e que ele não altera as projeções de longo prazo do órgão.
Por que a desaceleração do aquecimento?
As previsões são baseadas em uma comparação com a média de temperatura global no período entre 1971 e 2000.
O modelo anterior projetava que o período de 2012 a 2016 seria 0,54º C mais quente que a média - com uma margem de erro de 0,36 a 0,72º C.
Já o novo modelo prevê um aumento cerca de 20%, de 0,43º C - com uma margem de 0,28% a 0,59%.
Essa temperatura seria apenas um pouco mais alta do que o ano recorde, 1998, quando acredita-se que o fenômeno conhecido como El Niño tenha causado mais calor.
Cientistas climáticos do Met Office e de outros centros vêm tentando entender o que está acontecendo no período mais recente.
A explicação mais óbvia baseia-se em uma variação natural, com ciclos de mudanças na atividade solar, na temperatura e nos movimentos dos oceanos.